sábado, 2 de janeiro de 2010

III - A função do professor de Deus


1. Se o paciente tem de mudar a sua mente para ser curado, o que faz o professor de Deus? É capaz de mudar a mente do paciente por ele? É claro que não. Para aqueles que já estão dispostos a mudar a sua própria mente, o professor de Deus não tem função, a não ser a de se regozijar com eles, pois vieram a ser professores de Deus com ele. Ele tem, porém, uma função mais específica para com aqueles que não compreendem o que seja a cura. Esses pacientes não se dão conta de que escolheram a doença. Ao contrário, acreditam que a doença os escolheu. E nem têm a mente aberta em relação a isto. O corpo lhes diz o que fazer e eles obedecem. Não têm idéia de quanto esse conceito é insano. Se eles apenas suspeitassem disso, seriam curados. Entretanto, de nada suspeitam. Para eles, a separação é bastante real.

2. O professor de Deus vem a eles para representar uma outra escolha, aquela que haviam esquecido. A simples presença de um professor de Deus é um lembrete. Os seus pensamentos solicitam o direito de questionar o que o paciente aceitou como verdadeiro. Como mensageiros de Deus, os Seus professores são os símbolos da salvação. Eles pedem ao paciente perdão para o Filho de Deus, em seu próprio Nome. Eles representam a alternativa. Com o Verbo de Deus nas suas mentes, elas vêm para abençoar, não para curar os doentes, mas para lembrar-lhes o remédio que Deus já lhes deu. Não são as suas mãos que curam. Não é a sua voz que profere o Verbo de Deus. Eles meramente dão o que lhes foi dado. Com muita gentileza apelam para os seus irmãos para que se afastem da morte: «Contempla tu, Filho de Deus, o que a Vida te pode oferecer. Escolherias a doença em lugar disto?»

3. Nem uma vez os professores de Deus avançados consideram as formas de doença em que o seu irmão acredita. Fazer isto é esquecer que todas têm o mesmo propósito e não são, portanto, realmente diferentes. Eles buscam a Voz de Deus nesse irmão que quer tanto se auto-enganar ao ponto de acreditar que o Filho de Deus pode sofrer. E lembram-lhe que  ele não se fez a si mesmo e não pode deixar de permanecer tal como Deus o criou. Reconhecem que ilusões não podem ter nenhum efeito. A verdade em suas mentes procura alcançar a verdade nas mentes dos seus irmãos, de tal modo que as ilusões não sejam reforçadas. Assim, são trazidas à verdade; não é a verdade que é trazida a elas. Assim são elas são elas dissipadas, não pela vontade de um outro, mas pela união da Vontade Única Consigo Mesma. E essa é a função dos professores de Deus: não ver nenhuma vontade como se fosse separada da sua própria e nem a sua da de Deus.

Manual dos Professores UCEM




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