quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

22 - Qual a relação entre a Expiação e a cura?


1. A cura e a Expiação não são relacionadas, são idênticas. Não há ordem de dificuldades em milagres pois não existem graus de Expiação. É o único conceito completo que é possível nesse mundo, pois é a fonte de uma percepção totalmente unificada. A Expiação parcial é uma idéia sem significado, assim como é inconcebível que existam áreas especiais do inferno no Céu. Aceita a Expiação e estás curado. A Expiação é o Verbo de Deus. Aceita o Seu Verbo e o que restará para tornar possível a doença? Aceita o Seu Verbo e todos os milagres terão sido realizados. Perdoar é curar. O professor de Deus aceitou a Expiação para si mesmo como a sua única função. Assim sendo o que existe que ele não possa curar? Que milagre pode deixar de ser dado a ele?




2. O progresso do professor de Deus pode ser lento ou rápido, depende de que ele reconheca a total abrangência da Expiação ou, por algum tempo, exclua daí certas áreas problemáticas. Em alguns casos, há uma consciência repentina e completa da aplicabilidade perfeita da lição da Expiação a todas as situações, mas isso é comparativamente raro. O professor de Deus pode ter aceito a função que Deus lhe deu muito tempo antes de ter aprendido tudo o que a sua própria aceitação lhe oferece. Somente o fim é certo. Em qualquer lugar ao longo do caminho, o reconhecimento da abrangência total, que é necessário, pode alcançá-lo. Se o caminho lhe parece longo, que ele fique contente. Já decidiu em que direção quer seguir. O que mais lhe foi pedido? E tendo feito o que lhe foi requisitado, acaso Deus deixaria de dar-lhe o resto?




3. É preciso compreender que o perdão é cura, se o professor de Deus quer progredir. A idéia de que um corpo pode adoecer é um conceito central no sistema de pensamento do ego. Esse pensamento dá autonomia ao corpo, separa-o da mente e mantém intocada a idéia do ataque. Se o corpo pudesse adoecer, a Expiação seria impossível. Um corpo capaz de ditar à mente o que fazer, de acordo com o que lhe parece adequado, meramente, toma o lugar de Deus e prova que a salvação é impossível. O que sobra então para curar? O corpo veio a ser o senhor da mente. Como poderia a mente retornar ao Espírito Santo a não ser que o corpo fosse morto? E quem iria querer a salvação a este preço?




4. É certo que a doença não parece ser uma decisão. E ninguém, de fato, acreditaria que quer ser doente. Talvez possa aceitar a idéia em teoria, mas raramente, talvez nunca, ela é consistentemente aplicada a todas as formas específicas de doença, tanto na percepção individual de si mesmo, quanto na percepção de todos os outros. Nem é nesse nível que o professor de Deus invoca o milagre da cura. Ele não vê nem a mente nem o corpo, vendo apenas a face de Cristo brilhando diante de si, corrigindo todos os equívocos e curando toda percepção. A cura é o resultado do reconhecimento, pelo professor de Deus, de quem é que tem necessidades da cura. Esse reconhecimento não tem nenhuma referência especial. É verdadeiro em relação a todas as coisas que Deus criou. Nele todas as ilusões são curadas.




5. Quando um professor de Deus falha em curar é porque se esqueceu de Quem é. Assim, a doença do outro vem a ser a sua. Ao permitir que tal aconteça, ele se identifica com o ego do outro, tendo-o, deste modo, confundido com um corpo. Fazendo isso, recusou-se a aceitar a Expiação para si mesmo e dificilmente pode oferecê-la ao seu irmão em Nome de Cristo. De fato, não será capaz de reconhecer o seu irmão em absoluto, pois seu Pai não criou corpos e assim ele está vendo em seu irmão, somente o irreal. Equívocos não corrigem equívocos e a percepção distorcida não cura. Volta atrás agora, professor de Deus. Tu erraste. Não mostres o caminho, pois o perdeste. Volta-te rapidamente para o teu Professor e permite que sejas curada.




6. A oferta da Expiação é universal. Ela é igualmente aplicável a todos os indivíduos em todas as circunstâncias. E nela está o poder de curar todos os indivíduos de todas as formas de doença. Não acreditar nisto é ser injusto para com Deus e, portanto, infiel para com Ele. Uma pessoa doente se percebe separada de Deus. Queres vê-la separada de ti? Tua tarefa é curar o senso de separação que a fez doente. Tua função é reconhecer para ela que o que acredita acerca de si mesma não é verdade. É o teu perdão que tem que mostrar isto a ela. A cura é muito simples. A Expiação é recebida e oferecida. Tendo sido recebida, tem de ser aceita. É no recebimento, portanto, que está a cura. Tudo o mais tem de decorrer deste único propósito.




7. Quem pode limitar o poder do próprio Deus? Quem, então, pode dizer quem pode ser curado de quê e o que é que tem de permanecer além do poder de Deus de perdoar? Isso, de fato, é insanidade. Não cabe aos professores de Deus traçar limites para Deus, porque não lhes cabe julgar o Seu Filho. E julgar o Seu Filho é limitar o Seu Pai. Ambos são igualmente sem significado. No entanto, isto não será compreendido enquanto o professor de Deus não reconhecer que ambos são o mesmo equívoco. Assim ele recebe recebe a Expiação, pois retira o seu julgamento do Filho de Deus, aceitando-o tal como Deus o criou. Ele já não está à parte de Deus, determinando onde a cura deve ser dada e onde deve ser recusada. Agora, ele pode dizer com Deus: "Este é o meu filho amado, criado na perfeição e para sempre perfeito".




Manual dos Professores UCEM

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