segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

16 - Como os professores de Deus devem passar o seu dia?


1. Para o professor de Deus avançado, esta pergunta não tem significado. Não existe programa, porque as lições mudam a cada dia. O professor de Deus, porém, está certo de uma coisa: essas lições não mudam por acaso. Vendo isso e compreendendo que é verdadeiro, ele descansa contente. A ele será dito tudo sobre qual deve ser o seu papel nesse dia e todos os dias. E aqueles que compartilham o seu papel o acharão, de modo que possam aprender as lições do dia juntos. Ninguém que seja necessário para ele está ausente, ninguém é enviado sem um objetivo de aprendizagem já determinado e que possa ser aprendido naquele mesmo dia. Para o professor de Deus avançado, então, esta questão é supérflua. Foi perguntada e respondida e ele se mantém em constante contato com a Resposta. Ele está no seu lugar e vê a estrada na qual caminha desdobrar-se segura e suave à sua frente.


2. Mas, e aqueles que não alcançaram a sua certeza? Eles não estão ainda prontos para essa falta de estrutura da própria parte. O que precisam fazer para aprender a dar o dia a Deus? Existem algumas regras gerais que se aplicam, muito embora cada um deva usá-las da melhor forma possível à sua própria maneira. As rotinas como tais são perigosas, porque facilmente vêm a ser deuses em seu próprio direito, ameaçando aquelas mesmas metas em nome das quais foram estabelecidas. De um modo geral, então, pode dizer-se que é bom começar o dia acertadamente. Sempre é possível começar de novo caso o dia comece com um erro. No entanto, são óbvias as vantagens em termos de economizar de tempo.


3. No início, é sábio pensar em termos de tempo. Este não é, de modo algum, o critério absoluto, mas, inicialmente, é provável que seja o mais simples de se observar. A economia de tempo, nos estágios iniciais, é uma ênfase essencial e embora ao longo do processo de aprendizado ela continue importante, vai sendo cada vez menos enfatizada. No início, pode-se dizer com segurança que dedicar algum tempo a começar o dia acertadamente, de fato, economiza tempo. Quanto tempo deve-se gastar com isso? Isso tem de depender do próprio professor de Deus. Ele não pode reivindicar este título enquanto não tiver terminado o livro de exercícios, já que estamos aprendendo dentro da estrutura do nosso curso. Depois de completados os períodos de prática mais estruturados que o livro de exercícios contém, a necessidade individual passa a ser a consideração mais importante.


4. Este curso é sempre prático. Pode acontecer que o professor de Deus não esteja numa situação que lhe favoreça pensar em quietude ao acordar. Se é esse o caso, que ele apenas se lembre de que está escolhendo passar seu tempo com Deus o quanto antes e que o faça. A duração não é a maior preocupação. É fácil uma pessoa ficar sentada uma hora, de olhos fechados e não realizar nada. Do mesmo modo, pode-se facilmente dar a Deus um instante apenas e, nesse instante, unir-se completamente a Ele. Talvez a única generalização que se possa fazer seja esta: o mais cedo possível depois de despertar, toma para ti algum tempo de quietude, continuando assim um minuto ou dois a mais depois de começar a achar isso difícil. Podes descobrir que a dificuldade vai diminuir e sumir. Se não, essa é a hora de parar.


5. O mesmo procedimento deve ser seguido à noite. Talvez o teu tempo de quietude deva ser no começo da noite, no caso de não te ser viável conseguir fazê-lo antes de dormir. Não é sábio deitar para isto. É melhor sentar-te, na posição que preferires. Tendo completado o livro de exercícios, tens que ter chegado a algumas conclusões a este respeito. Se possível, porém, o tempo imediatamente anterior ao momento de dormir é um momento que se deseja dedicar a Deus. Ele coloca a tua mente num padrão de descanso que te orienta para longe do medo. Se for mais conveniente para ti dedicar esse tempo mais cedo, pelo menos assegura-te de não te esqueceres, por um breve momento - não é preciso mais do que um momento - de fechar os olhos e pensar em Deus.


6. Há um pensamento, em particular, que deve ser lembrado no decorrer do dia. É um pensamento de pura alegria, um pensamento de paz, um pensamento de libertação sem limites, pois nele todas as coisas são libertadas. Pensas que fizeste um lugar seguro para ti mesmo. Pensas que fizeste um poder que pode salvar-te de todas as coisas amedrontadoras que vês em sonhos. Não é lá que está a tua segurança. Desistes apenas da ilusão de proteger ilusões. E é isto que temes, apenas isto. Que tolice ter tanto medo de nada! Absolutamente nada! Tuas defesas não funcionarão, mas não estás em perigo. Não tens necessidade delas. Reconhece isso e elas desaparecerão. E só então aceitarás a tua proteção real.


7. Como é simples e fácil a passagem do tempo para o professor de Deus que aceitou a Sua proteção! Tudo que ele fez antes em nome da segurança não lhe interessa mais. Pois ele está a salvo e sabe que é assim. Ele tem um Guia Que não falhará. Não precisa de fazer distinções entre os problemas que percebe, pois Aquele para Quem ele se volta com todos eles problemas, não reconhece ordem de dificuldade para resolve-los. Ele está tão seguro no presente quanto estava, antes das ilusões serem aceitas em sua mente e como estará quando as tiver deixado partir. Não há diferença em seu estado em horas diferentes e locais diferentes, porque todos são um para Deus. Essa é a sua segurança. E ele não necessita de nada mais do que isto.


8. No entanto, existirão tentações ao longo do caminho pelo qual o professor de Deus tem ainda de viajar e ao longo do dia ele tem necessidade de lembrar a si mesmo da sua proteção. Como poderá fazer isto, particularmente nos momentos em que sua mente está ocupada com coisas externas? Ele não pode fazer outra coisa senão tentar, e seu sucesso depende da sua convicção de que terá sucesso. Ele tem de estar certo de que o sucesso não lhe pertence, mas que lhe será dado a qualquer momento, em qualquer lugar e circunstância em que chamar por ele. Haverá ocasiões em que a sua certeza vacilará e no instante em que isso ocorrer, voltará às tentativas anteriores de depositar a confiança só em si mesmo. Não te esqueças de que isso é magica e a magica é um triste substituto para a verdadeira assistência. Não é suficientemente bom para o professor de Deus, pois não é suficientemente para o Filho de Deus.


9. Evitar a magica é evitar a tentação. Pois qualquer tentação não é nada mais do que a tentativa de substituir a Vontade de Deus por outra. Essas tentativas podem, de fato, parecer amendrontadoras, mas são apenas patéticas. Não podem surtir nenhum efeito, nem bom nem mau, nem recompensador nem que exija sacrifício, nem curativo nem destrutivo, nem tranqüilizador nem amedrontador. Quando toda magica é reconhecida como meramente nada, o professor de Deus alcançou o grau mais avançado. Todas as lições intermediárias levam apenas a isso e trazem essa meta para mais perto do reconhecimento. Pois qualquer tipo de magica, em todas as suas formas, simplesmente não faz nada. Ela não tem poder e é essa a razão pela qual é tão fácil escapar. O que não tem efeito dificilmente pode aterrorizar.


10. Não há nenhum substituto para a Vontade de Deus. Em termos simples, é a este fato que o professor de Deus dedica todo o seu dia. Qualquer substituto que ele possa aceitar como real só poderá enganá-lo. Mas ele está a salvo de todo engano, se assim o decidir. Talvez tenha necessidade de lembrar "Deus está comigo. Não posso ser enganada". Talvez prefira outras palavras, ou apenas uma, ou nenhuma. No entanto, qualquer tentação de aceitar a magica como verdadeira tem de ser abandonada através do seu próprio reconhecimento, não por ela ser aamedrontadora, não por ser pecaminosa, não por ser perigosa, mas meramente por não ter significado. Como a magica é enraízada no sacrifício e na separação, dois aspectos de um único erro e nada mais, ele apenas escolhe abrir mão do que nunca teve. E, por este "sacrifício", o Céu é restaurado à sua consciência.


11. Não é essa uma troca que queres fazer? O mundo a faria com contentamento se soubesse que poderia ser feita. São os professores de Deus que têm de ensinar ao mundo que isso é possível. E, assim, a sua função é assegurarem-se de que a aprenderam. Não há risco possível ao longo do dia a não ser o de colocares a tua confiança na magica, pois é apenas isso que leva à dor. "Não há outra vontade senão a de Deus". Os Seus professores sabem que assim é, e aprenderam que tudo o mais é apenas de magica. Toda crença na magica é mantida apenas por uma única ilusão simplória - a de que ela funciona. No decorrer de todo o seu treinamento, a cada dia e a cada hora e até mesmo a cada minuto e segundo, os professores de Deus têm de aprender a reconhecer as formas de magica e a perceber que não têm significado. O medo é retirado dessas formas e assim, eles seguem. E, deste modo, a porta do Céu é reaberta e a sua luz pode brilhar mais uma vez sobre uma mente imperturbada.


Manual dos Professores UCEM

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