quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

25 - Os poderes "psíquicos" são desejáveis?


1. A resposta a esta pergunta se assemelha muito à anterior. Não existem, é claro, poderes "antinaturais" e inventar um poder que não existe obviamente é um mero apelo à mágica. Entretanto, é igualmente óbvio que cada indivíduo tem muitas habilidades das quais não está ciente. À medida em que cresce a sua consciência, ele pode muito bem desenvolver habilidades que lhe parecerão bastante surpreendentes. No entanto, nada do que ele possa fazer pode comparar, mesmo de leve, à gloriosa surpresa de lembrar Quem ele é. Que todo o seu aprendizado e todos os seus esforços sejam dirigidos para essa única e grande surpresa final e assim ele não ficará contente em ser atrasado pelas pequenas que lhe possam advir ao longo do caminho.

2. É certo que existem muitos poderes "psíquicos" que estão claramente na linha deste curso. A comunicação não está limitada ao pequeno estopo dos canais que o mundo reconhece. Se fosse assim, faria pouco sentido tentar ensinar a salvação. Seria impossível fazê-lo. Os limites que o mundo traça para a comunicação são as principais barreiras para a experiência do Espírito Santo, Que está sempre presente e Cuja Voz está disponível se apenas ouvirmos. Estes limites são colocados em função do medo, pois, sem eles as muralhas que circundam todos os locais separados do mundo cairiam ao santo som da Sua Voz. Quem, de alguma forma, transcende estes limites está simplesmente tornando-se mais natural. Não está fazendo nada de especial e não há nenhuma mágica nas suas realizações.

3. As habilidades aparentemente novas que podem ser encontradas ao longo do caminho podem ser muito úteis. Dadas ao Espírito Santo e usadas sob a Sua direção, elas são recursos de ensino valiosos. Em relação a isso, questionar como surgem é irrelevante. A única consideração importante é como são usadas. Tomando-as como fins em si mesmas, não importa como isso é
feito, o processo será atrasado. E o valor que elas têm não está em provar coisa alguma; realizações que vêm do passado, afinação rara com o "invisível" ou "favores" especiais de Deus. Deus não faz favores especiais e ninguém tem quaisquer poderes que não estejam disponíveis para todos. Poderes especiais só são "demonstrados" por truques de mágica.

4. Nada que seja genuíno é usado para enganar. O Espírito Santo é incapaz de enganar e Ela só pode usar habilidades genuínas. O que é usado para a mágica é inútil para Ele. Mas o que Ele usa não pode ser usado para a mágica. Há, no entanto, um apelo particular nas habilidades que estão fora do comum que pode ser curiosamente tentador. Aqui estão as forças que o Espírito Santo quer e precisa. No entanto, o ego vê nessas mesmas forças uma oportunidade de glorificar a si mesmo. Forças que viram fraquezas são, de fato, uma tragédia. Porém, aquilo que não é dado ao Espírito Santo, tem de ser dado à fraqueza, pois o que é recusado ao amor é dado ao medo e, conseqüentemente, será amedrontador.

5. Mesmo aqueles que já não dão valor às coisas materiais do mundo podem ainda ser enganados pelos poderes "psíquicos". Como o investimento nos bens materiais do mundo foi retirado, o ego foi seriamente ameaçado. Ele pode ainda ser forte o suficientemente para se reanimar sob essa nova tentação, tentando retomar a força apela fraude. Muitos não viram através das defesas do ego aqui, embora elas não sejam particularmente sutis. Contudo, havendo um desejo remanescente de ser enganado, o engano torna-se fácil. Agora, o "poder" já não é uma habilidade genuína e não pode ser usado com confiança. É quase inevitável que, a não ser que o indivíduo mude a sua mente acerca do propósito desse poder, ele venha a se gabar das incertezas dos seu "poderes" com decepção crescente.

6. Qualquer habilidade desenvolvida por qualquer pessoa tem potencialidade para o bem. Não há exceção para isso. E quanto mais raro e inesperado esse poder, maior a sua utilidade em potencial. A salvação precisa de todas as habilidades, pois o que o mundo quer destruir, o Espírito Santo quer restaurar. As habilidades "psíquicas" têm sido usadas para chamar o demônio, o que significa, meramente, reforçar o ego. No entanto, aqui está um grande canal para a esperança e para a cura a serviço do Espírito Santo. Aqueles que desenvolvem poderes "psíquicos" simplesmente permitiram que algumas limitações que haviam colocado sobre as suas mentes, fossem retiradas. Utilizar a sua maior liberdade para um encarceramento mair só pode aumentar as limitações que colocam sobre si mesmos. O Espírito Santo precisa destas dádivas e aqueles que as oferecem a Ele, e somente a Ele, vão com a gratidão de Cristo nos seus corações e a Sua vista santa os acompanha de perto.

Manual dos Professores UCEM


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