segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

6 - A cura é certa?


1. A cura é sempre certa. É impossível deixar que as ilusões sejam trazidas à verdade e continuar a manter ilusões. A verdade demonstra que as ilusões não têm valor. O professor de Deus viu a correção dos seus erros na mente do paciente, reconhecendo-a pelo que é. Tendo aceito a Expiação para si mesmo, aceitou-a também para o paciente. O que acontece, porém, se o paciente usar a doença como um modo de vida, acreditando que a cura é uma forma de morte? Quando isso é assim, uma cura repentina poderia precipitar uma depressão intensa e um sentido de perda tão profundo que o paciente poderia até tentar destruir-se. Não tendo motivos para viver, pode pedir a morte. A cura tem que esperar, para a sua própria proteção.

2. A cura sempre será posta de lado quande seria vista como ameaça. No instante em que é bem-vinda, lá está. Onde a cura foi dada, ela será recebida. E o que é o tempo diante das dádivas de Deus? Muitas vezes, no decorrer do livro texto, nos referimos à casa do tesouro, disposto igualmente para quem dá e para quem recebe as dádivas de Deus. Nenhuma se perde, pois só podem aumentar. Nenhum professor de Deus deve sentir-se desapontado, caso tenha oferecido a cura sem que ela tenha sido aparentemente recebida. Não lhe cabe julgar quando a sua dádiva deve ser aceita. Que ele esteja certo de que ela foi recebida, e confie em que será aceita quando for reconhecida como uma bênção e não uma maldição.

3. Não é função dos professores de Deus avaliar o resultado das suas dádivas. Sua função é apenas dá-las. Uma vez que tenham feito isto, deram também o resultado, pois ele faz parte da dádiva. Ninguém pode dar se estiver preocupado com o resultado da doação. Isso é uma limitação do próprio ato de dar e, nesse caso, nem quem dá, nem quem recebe, possuiria a dádiva. A confiança é uma parte essencial da doação; de fato, é a parte que faz com que o compartilhar seja possível, é a parte que garante ao doador que ele não perde, apenas ganha. Seria possível dar uma dádiva e ficar com o que é dado, para ter a certeza de que é usado como o doador acha apropriado? Isto não é dar, mas aprisionar.

4. É a renúncia de toda e qualquer preocupação em relação à dádiva que faz com que ela seja verdadeiramente dada. E é a confiança que faz com que a verdadeira doação seja possível. A cura é a mudança mental que o Espírito Santo na mente do paciente está buscando para ele. E é o Espírito Santo na mente do doador Que lhe dá a dádiva. Como é possível perdê-la? Como pode não ter efeito? Como pode ser desperdiçada? A casa do tesouro de Deus nunca pode estar vazia. Se uma dádiva estivesse faltando, ela não estaria plena. No entanto, a sua plenitude é garantida por Deus. Neste caso, que preocupação pode ter um professor de Deus em relação ao que acontece às suas dádivas? Dadas por Deus a Deus, quem, nesse intercâmbio santo, pode receber menos do que tudo?

Manual dos Professores UCEM



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