sábado, 28 de novembro de 2009

Revertendo efeito e causa


1. Sem uma causa não é possível efeitos e, ao mesmo tempo, sem efeitos não existe causa. A causa torna-se causa devido a seus efeitos; o Pai é Pai devido a Seu Filho. Os efeitos não criam a própria causa, mas estabelecem a sua causalidade. Assim o Filho dá a Paternidade a seu Criador e recebe a dádiva que deu a Ele. E porque ele é o Filho de Deus tem que ser também um pai, que cria como Deus o criou. O círculo da criação não tem fim. Seu início e seu fim são o mesmo. Mas, em si, ele contém todo o universo da criação sem começo e sem fim.

2. Paternidade é criação. O amor tem que ser estendido. A pure­za não se confina. Faz parte da natureza do inocente jamais estar contido, sem barreira ou limitação. Assim, a pureza não é do corpo. Também não é possível achá-la onde existe limitação. O corpo pode ser curado pelos efeitos da pureza, que são tão ilimi­tados quanto ela, própria. No entanto, toda cura tem que vir a ser porque se reconhece que a mente não está dentro do corpo e a inocência da mente está bem separada do corpo, está lá onde reside a cura. Onde, então, se encontra a cura? Só onde está a causa da cura são dados os seus efeitos. Pois a doença é uma tentativa sem significado de dar efeitos a algo que carece de cau­sa e de fazer dele uma causa.

3. Na doença, o Filho de Deus sempre procura fazer de si mesmo a sua própria causa e não se permitir ser o Filho de seu Pai. Com esse desejo impossível, ele não acredita que é o efeito do Amor e ele mesmo tem que ser a própria causa devido ao que ele é. A causa da cura é a única Causa de todas as coisas. Ela tem apenas um efeito. E nesse reconhecimento não se dá quaisquer efeitos ao que carece de causa e nenhum efeito é visto. Uma mente dentro de um corpo e um mundo de outros corpos, cada um com mentes separadas, são as tuas “criações”, sendo tu a “outra” mente, que cria com efeitos que não são como tu és. E enquanto “pai” dessas criações, tens que ser como elas.

4. Não aconteceu absolutamente nada, exceto o fato de que tu te puseste a dormir e tiveste um sonho no qual eras um estranho para ti mesmo e apenas uma parte do sonho de alguma outra pessoa. O milagre não te desperta, mas te mostra quem é o sonhador. Ele te ensina que existe uma escolha de sonhos enquanto ainda estás adormecido, dependendo do propósito do teu sonhar. Desejas sonhos de cura ou sonhos de morte? O sonho é como uma memória na qual se retrata aquilo que quiseste que te fosse mostrado.

5. Dentro de um armazém vazio, com portas abertas, estão guar­dados todos os teus retalhos de memórias e sonhos. Entretanto, se tu és aquele que sonha, pelo menos isso percebes: que causaste o sonho e podes igualmente aceitar um outro sonho. Mas para que se dê essa mudança no conteúdo do sonho, é preciso que se reconheça que foste tu aquele que sonhou o sonho do qual não gostas. Ele não passa de um efeito que tu causaste, e não queres ser a causa desse efeito. Nos sonhos de assassinato e de ataque, és a vítima em um corpo abatido, à morte. Mas nos sonhos de perdão, não se pede a ninguém que seja vítima e sofredor. Estes são os sonhos felizes pelos quais o milagre substitui o teu. Ele não pede que faças outro; só que vejas que fizeste aquele que queres substituir por esse.

6. Esse mundo não tem causa, assim como qualquer sonho que qualquer pessoa tenha sonhado dentro dele. Não existem planos possíveis e não se pode achar nenhum projeto que seja compreen­sível. Que outra coisa se poderia esperar de algo que carece de causa? Ao mesmo tempo, se não tem causa, não tem propósito. Podes causar um sonho, mas nunca darás a ele efeitos reais. Isso mudaria a causa do sonho, e é isso o que não podes fazer. O sonhador de um sonho não está desperto, mas não sabe que dorme. Ele vê ilusões de si mesmo como estando doente ou bem, deprimido ou feliz, mas sem uma causa estável com efeitos garan­tidos.

7. O milagre estabelece que tu estás sonhando um sonho e que o seu conteúdo não é verdadeiro. Esse é um passo crucial para se lidar com ilusões. Ninguém tem medo delas quando percebe que as inventou. O medo mantinha-se em seu lugar porque ele não havia visto que era o autor do sonho e não uma de suas figuras. Ele dá a si mesmo as conseqüências que sonha ter dado a seu irmão. E é apenas isso o que o sonho juntou e ofereceu a ele, para mostrar-lhe que os seus desejos foram realizados. Assim ele teme o próprio ataque, mas o vê nas mãos de outrem. Como vítima, sofre em função dos efeitos do ataque, mas não do que o causou. Ele não foi o autor do próprio ataque, e é inocente em relação ao que causou. O milagre nada faz senão mostrar-lhe que ele não fez nada. O que ele teme é uma causa sem as conseqüências que fariam dela uma causa. E, portanto, isso nunca existiu.

8. A separação teve início com o sonho de que o pai foi destituído de Seus Efeitos e ficou impotente para mantê-las, já que não era mais o seu Criador. No sonho, o sonhador fez a si próprio. Mas o que ele fez voltou-se contra ele tomando o papel de seu criador, como tinha feito o sonhador. Assim como ele odiou o seu Cria­dor, as figuras no sonho o odiaram. O seu corpo é escravo dessas figuras, do qual abusam porque os motivos que ele conferiu ao corpo elas adotaram como seus próprios. E odeiam o corpo pela vingança que ele quer fazer com que recaia sobre elas. Mas é a vingança dessas figuras em relação ao corpo que parece provar que o sonhador não poderia ter sido o autor do sonho. O efeito e a causa são, em primeiro lugar, separados e depois revertidos de tal modo que o efeito vem a ser uma causa e a causa um efeito.

9. Esse é o passo final da separação, com o qual a salvação, que procede no sentido oposto, começa. Esse passo final é um efeito do que aconteceu anteriormente, mas aparece como causa. O mi­lagre é o primeiro passo na devolução à Causa da função da cau­salidade, não do efeito. Pois essa confusão produziu o sonho e enquanto ela durar o despertar será temido. O chamado para o despertar também não será ouvido, porque parece ser o chamado para o medo.

10. Como toda lição que o Espírito Santo solicita que aprendas, o milagre é claro. O milagre demonstra o que Ele quer que apren­das e que os seus efeitos são aquilo que tu queres. Nos Seus so­nhos de perdão os efeitos dos teus são desfeitos e inimigos odiados são percebidos como amigos com intenção misericordio­sa. A sua inimizade é vista agora como não tendo causa porque eles não a fizeram. E podes aceitar o papel de autor do seu ódio, porque vês que ele não tem quaisquer efeitos. Agora estás livre dessa parte do sonho; o mundo é neutro e os corpos que ainda parecem se movimentar como coisas separadas não precisam ser temidos. E assim eles não estão doentes.

11. O milagre devolve a causa do medo a ti que a fizeste. Mas ele mostra também que, não tendo efeitos, não é uma causa, porque a função da causalidade é ter efeitos. E onde os efeitos se foram, não há causa. Assim o corpo é curado pelos milagres porque eles mostram que foi a mente que fez a doença e empregou o corpo como vítima ou efeito do que fez. Entretanto, meia lição não ensinará o todo. O milagre será inútil se aprenderes somente que o corpo pode ser curado, pois não é essa a lição que ele foi enviado a ensinar. A lição mostra que a mente que pensou que o corpo pudesse estar doente é que estava doente; a projeção da culpa da mente para fora nada causou e não teve quaisquer efeitos.

12. Esse mundo está cheio de milagres. Eles estão em silêncio ra­diante ao lado de cada sonho de dor e de sofrimento, de pecado e de culpa. Eles são a alternativa para o sonho, a escolha de ser o sonhador ao invés de negar o papel ativo na invenção do sonho. Eles são os efeitos felizes de trazer de volta a conseqüência da doença à sua causa. O corpo é liberado porque a mente reconhece: “Isso não está sendo feito a mim, mas eu estou fazendo isso.” E, desse modo, a mente está livre para fazer uma outra escolha. Tendo aqui o seu início, a salvação procederá para mudar o cur­so de cada passo na descida para a separação até que todos os passos tenham sido retraçados, a escada tenha desaparecido e todo o sonhar do mundo tenha sido desfeito.

Um Curso Em Milagres


Deus vai comigo aonde quer que eu vá.


A idéia de hoje eventualmente superará por completo a sensação de solidão e de abandono que todos os separados experimentam. A depressão é uma conseqüência inevitável da separação. Assim como a ansiedade, a preocupação, a profunda sensação de importância, a miséria, o sofrimento e o medo intenso da perda também o são.



Os separados inventaram muitas curas para aquilo que acreditam ser os “males do mundo”. Mas a única coisa que eles não fazem é questionar a realidade do problema. No entanto, seus efeitos não podem ser curados porque o problema não é real. A idéia para o dia de hoje tem o poder de dar fim a toda essa tolice para sempre. E tolice isso é, embora possa tomar formas sérias e trágicas.


Tudo o que é perfeito está profundamente dentro de ti, pronto para irradiar-se através de ti sobre o mundo exterior. Isso vai curar todo o pesar, a dor, o medo e a perda, pois isso vai curar a mente que pensou serem reais essas coisas e sofreu devido à sua aliança com elas.


Nunca podes ser privado da tua santidade perfeita, porque a sua Fonte vai contigo aonde quer que vás. Nunca podes sofrer, porque a Fonte de toda a alegria vai contigo aonde quer que vás. Nunca podes estar só, porque a Fonte de toda a vida vai contigo aonde quer que vás. Nada pode destruir a paz da tua mente, porque Deus vai contigo aonde quer que vás.


Compreendemos que não acredites nisso tudo. Como poderias, enquanto a verdade está escondida lá no fundo de ti, sob uma pesada nuvem de pensamentos insanos que é densa e obscurece as coisas, mas, no entanto representa tudo que vês? Hoje faremos nossa primeira tentativa real de ultrapassar essa nuvem escura e pesada e atravessá-la para chegar à luz que está além.


Hoje haverá apenas um período de prática longo. Pela manhã, se possível assim que te levantares, senta-te quieto por uns três a cinco minutos, com os olhos fechados. No início do período de prática, repete a idéia de hoje bem devagar. Depois, não faças nenhum esforço para pensar em coisa alguma. Ao invés disso, tenta sentir-te voltado para o teu interior, além de todos os pensamentos vãos do mundo. Tenta entrar com profundidade na tua própria mente, mantendo-a livre de quaisquer pensamentos que poderiam desviar a tua atenção.


Podes repetir a idéia de vez em quando, se achares útil. Mas, acima de tudo, tenta mergulhar bem fundo dentro de ti mesmo, longe do mundo e de todos os tolos pensamentos do mundo. Estás tentando ir além de todas essas coisas. Estás tentando deixar as aparências e aproximar-te da realidade.


É bem possível alcançar Deus. De fato é muito fácil, porque é a coisa mais natural do mundo. Poderias até dizer que é a única coisa natural no mundo. O caminho se abrirá, se acreditares que é possível. Esse exercício pode trazer resultados muito surpreendentes mesmo na primeira tentativa e, mais cedo ou mais tarde, é sempre um sucesso. Entraremos em maiores detalhes sobre esse tipo de prática à medida que avançarmos. Mas ele nunca falhará completamente e o sucesso instantâneo é possível.


Usa a idéia do dia de hoje com freqüência durante o dia, repetindo-a bem lentamente, de preferência com os olhos fechados. Pensa no que estás dizendo, no que as palavras significam. Concentra-te na santidade que está implicada nelas a teu respeito, na companhia infalível que tens, na proteção completa que te cerca.


De fato, podes te dar ao luxo de rir dos pensamentos de medo, ao lembrares que Deus vai contigo aonde quer que vás.


Lição 41
Livro de Exercícios UCEM
 

domingo, 22 de novembro de 2009

Escolhe outra vez





1. A tentação tem uma lição a ensinar em todas as suas formas, sempre que, ocorre. Ela quer persuadir o santo Filho de Deus de que ele é um corpo, nascido no que tem que morrer, incapaz de escapar à sua fragilidade e limitado ao que o corpo ordena que ele sinta. O corpo estabelece os limites do que ele pode fazer; seu poder é a única força que ele tem; o que ele apreende não pode exceder o alcance diminuto do corpo. Quererias ser assim, se Cristo te aparecesse em toda a Sua glória pedindo-te apenas isso:

Escolhe outra vez se queres tomar o teu lugar entre
os salvadores do mundo, ou se queres permanecer
no inferno e lá manter os teus irmãos.

Pois Ele veio e Ele está pedindo isso.

2. Como fazes a escolha? Como isso é explicado facilmente! Sempre escolhes entre a tua fraqueza e a força de Cristo em ti. E o que escolhes é o que pensas que é real. Simplesmente pelo fato de nunca usares a fraqueza para dirigir as tuas ações, não deste a ela nenhum poder. E à luz de Cristo em ti é dado o controle de tudo o que fazes. Pois trouxeste a tua fraqueza a Ele e Ele te deu a Sua força em lugar dela.

3. As provações são apenas lições que falhaste em aprender, apre­sentadas mais uma vez de forma que onde antes fizeste uma es­colha faltosa agora possas fazer outra melhor e assim escapar de toda a dor que o que escolheste antes trouxe a ti. Em toda difi­culdade, toda aflição e a cada perplexidade, Cristo te chama e gentilmente diz: “Meu irmão, escolhe outra vez.” Ele não deixa­ria uma única fonte de dor sem cura, nem imagem alguma para velar a verdade. Ele quer remover toda a miséria de ti, a quem Deus criou como um altar à alegria. Ele não te deixaria sem con­solo, sozinho em sonhos do inferno, mas quer liberar a tua mente de todas as coisas que escondem a Sua face de ti. A Sua santida­de é a tua porque Ele é único Poder que é real em ti. A Sua força é a tua porque Ele é o Ser Que Deus criou como Seu único Filho.

4. As imagens que fazes não podem prevalecer contra o que o Próprio Deus quer que sejas. Portanto, nunca tenhas medo da tentação, mas a vejas como é: uma outra chance de escolher outra vez e permitir que a força de Cristo prevaleça em qualquer cir­cunstância e em qualquer lugar onde antes havias erguido uma imagem de ti mesmo. Pois o que aparenta esconder a face de Cristo é impotente diante da Sua majestade e desaparece diante da Sua vista santa. Os salvadores do mundo, que vêem como Ele, são simplesmente aqueles que escolhem a Sua força em vez de suas próprias fraquezas, vistas à parte Dele. Eles redimirão o mundo, pois estão unidos em todo o poder da Vontade de Deus. E a sua vontade é apenas aquilo que é a Vontade de Deus.

5. Portanto, aprende o hábito feliz de responder a toda tentação de perceber a ti mesmo como fraco e miserável com estas pala­vras:


Eu sou como Deus me criou. O Filho de Deus
nada pode sofrer. E eu sou Sua Filha.

Assim é a força de Cristo convidada a prevalecer substituindo todas as tuas fraquezas com a força que vem de Deus e que nunca pode falhar. E assim os milagres são tão naturais quanto o medo e a agonia pareciam ser, antes que a escolha pela santidade fosse feita. Pois nesta escolha as falsas distinções desaparecem, as alter­nativas ilusórias são postas de lado e não se deixa nada para inter­ferir com a verdade.

6. Tu és como Deus te criou e assim é cada coisa viva que contem­plas independentemente das imagens que vês. O que contemplas como doença e dor, como fraqueza, sofrimento e perda, não é se­não a tentação de perceber a ti mesmo como sendo indefeso e estando no inferno. Não cedas a isso e verás toda a dor, sob qualquer forma e onde quer que ocorra, simplesmente desaparecer como a névoa diante do sol. Um milagre veio para curar o Filho de Deus e fechar a porta aos seus sonhos de fraqueza, abrindo o caminho para a sua salvação e liberação. Escolhe outra vez o que queres que ele seja, lembrando-te de que cada escolha que fazes estabelece a tua própria identidade assim como tu a verás e acreditarás que é.

7. Não me negues a pequena dádiva que peço, quando, em troca, eu coloco aos teus pés a paz de Deus e o poder de trazer essa paz a cada um que vaga no mundo incerto, solitário e com medo constante. Pois te é dado unir-te a ele e através do Cristo em ti retirar o véu que lhe cobre os olhos e permitir que ele olhe para o Cristo em si mesmo.

8. Meus irmãos na salvação, não deixem de ouvir a minha voz e de escutar as minhas palavras. Eu nada peço senão a tua própria liberação. Não existe lugar para o inferno dentro de um mundo cuja beleza pode ainda ser tão intensa e tão abrangente que ape­nas um passo o separa do Céu. Aos teus olhos cansados eu trago a visão de um mundo diferente, tão novo, tão limpo e fresco, que esquecerás a dor e a tristeza que viste antes. Entretanto, essa é uma visão que tens que compartilhar com todas as pessoas que vês, pois, de outro modo, não a contemplarás. Dar essa dádiva é a forma de fazê-la tua. E Deus determinou, em benignidade amo­rosa, que ela fosse tua.

9. Vamos ficar contentes porque podemos caminhar pelo mundo e achar tantas oportunidades de perceber outra situação onde a dádiva de Deus pode mais uma vez ser reconhecida como nossa! E assim todos os vestígios do inferno, os pecados secretos e os ódios escondidos desaparecerão. E toda a beleza que eles oculta­vam aparecerá como os gramados do Céu aos nossos olhos para erguer-nos bem acima das estradas espinhosas pelas quais viaja­mos antes que Cristo aparecesse. Ouçam-me, meus irmãos, ou­çam e unam-se a mim. Deus determinou que eu não pudesse chamar em vão e na certeza de Deus eu descanso contente. Pois vós ouvireis e escolhereis outra vez. E nesta escolha todos serão libertados.

10. Graças Te dou, Pai, por estas pessoas santas que são meus irm­ãos assim como são Teus Filhos. Minha fé neles é a Tua. Eu estou tão certo de que virão a mim assim como Tu estás certo do que eles são e serão para sempre. Eles aceitarão a dádiva que eu lhes ofereço porque Tu a deste a mim em nome deles. Se assim como eu não quero senão fazer a Tua santa Vontade, assim eles escolherão. E eu dou graças por eles. A canção da salvação ecoa­rá através do mundo com cada escolha que fizerem. Pois nós somos um em propósito e o fim do inferno está próximo.

11. Em alegres boas-vindas minha mão está estendida a todo ir­mão que queira unir-se a mim para alcançar o que está além da tentação, olhando com fixa determinação na direção da luz que brilha além em perfeita constância. Dá-me os que são meus, pois eles pertencem a Ti. E é possível que Tu falhes naquilo que não é senão a Tua Vontade? Eu Te dou graças pelo que são os meus irmãos. E à medida em que cada um elege unir-se a mim, a can­ção de agradecimento da terra para o Céu cresce e os diminutos fios dispersos de melodia vêm a ser um único coro que abrange todo um mundo redimido do inferno, que dá graças a Ti.

12. E agora nós dizemos “Amém.” Pois Cristo veio para habitar na morada que Tu estabeleceste para Ele antes do início dos tem­pos, na calma eternidade. A jornada se encerra, terminando no lugar em que começou. Nenhum traço permanece. A fé não é dada a nenhuma ilusão e nada que venha das trevas ainda per­manece para esconder a face de Cristo de quem quer que seja. A Tua Vontade está feita, completa e perfeitamente, e toda a criação reconhece a Ti e conhece a Ti como a única Fonte que tem. Clara à Tua semelhança, a Luz brilha a partir de todas as coisas que vivem e se movem em Ti. Pois nós alcançamos o lugar onde todos nós somos um e estamos em casa, onde Tu queres que este­jamos.

Um Curso Em Milagres

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Além do corpo


1. Não há nada fora de ti. Isso é o que tens que aprender em ultima instância, pois é o reconhecimento de que o Reino do Céu foi restaurado para ti. Pois Deus criou apenas isso e não foi em­bora nem te deixou separado de Si Mesmo. O Reino do Céu é a morada do Filho de Deus, que não deixou o seu Pai e nem habita à parte Dele. O Céu não é um lugar nem uma condição. É meramente uma consciência da perfeita unicidade e o conhecimento de que nada além disso existe, nada fora dessa unicidade e nada mais dentro dela.

2. O que poderia Deus dar além do conhecimento de Si Mesmo? O que mais existe para ser dado? A crença em que poderias dar ou ganhar qualquer outra coisa, alguma coisa fora de ti, custou-te a consciência do Céu e da tua Identidade. E fizeste uma coisa ainda mais estranha do que reconheces no momento. Deslocaste a tua culpa da tua mente para o teu corpo. No entanto, um corpo não pode ser culpado, pois nada pode fazer por si mesmo. Tu, que pensas que odeias o teu corpo, enganas a ti mesmo. Odeias a tua mente, pois a culpa a penetrou e ela quer permanecer separa­da da mente do teu irmão, o que não pode fazer.

3. As mentes estão unidas, os corpos não. Só atribuindo à mente as propriedades do corpo é que a separação parece ser possível. E é a mente que parece ser algo privado, estar fragmentada e sozinha. A culpa, que a mantém separada, é projetada para o corpo, que sofre e morre porque é atacado para manter a separação na mente e não permitir que ela conheça a sua Identidade. A mente não pode atacar, mas pode fabricar fantasias e dirigir o corpo para encená-las. No entanto, o que parece satisfazer nunca é o que o corpo faz. A não ser que a mente acredite que o corpo, de fato, esteja encenando as suas fantasias, ela atacará o corpo aumentando a projeção da sua culpa sobre ele.

4. Nisso, a mente é claramente delusória. Ela não pode atacar, mas insiste em que pode e usa o que faz para ferir o corpo e provar que pode. A mente não pode atacar, mas pode enganar a Si mesma. E isso é tudo o que faz quando acredita que atacou o corpo. Ela pode projetar a própria culpa, mas não a perderá através da projeção. E embora esteja claro que pode interpretar equi­vocadamente a função do corpo, não pode mudar a função que o Espírito Santo estabelece para ele. O corpo não foi feito pelo amor. No entanto, o amor não o condena e é capaz de usa-lo amorosamente, respeitando o que o Filho de Deus fez e usando-o para salvá-lo das ilusões.

5. Não gostarias de ter os instrumentos para a separação re-inter­pretados em meios para a salvação e usados com os propósitos do amor? Não receberias com boas-vindas e não darias o teu apoio para fazer das fantasias de vingança uma liberação em relação a elas? A tua percepção do corpo pode ser claramente doente, mas não projetes isso sobre o corpo. Pois o teu desejo de tornar destru­tivo o que não podes destruir não pode ter qualquer efeito real. O que Deus criou é apenas o que Ele quer que seja, sendo a Sua Vontade. Não podes fazer com que a Sua Vontade seja destrutiva. Podes fabricar fantasias nas quais a tua vontade entra em conflito com a Sua, mas isso é tudo.

6. É insano usar o corpo como o bode expiatório da culpa, diri­gindo os seus ataques e acusando-o pelo que desejaste que ele fizesse. E impossível encenar fantasias. Pois ainda são as fanta­sias que tu queres e elas nada têm a ver com o que o corpo faz. Ele não sonha com elas e elas apenas fazem dele um débito quando poderia ser um crédito. Pois as fantasias fizeram do teu corpo teu inimigo: fraco, vulnerável, traiçoeiro, merecedor do ódio que investes nele. Como isso te serviu? Tu te identificaste com essa coisa que odeias, o instrumento da vingança e a fonte que percebes para a tua culpa. Isso tu fizeste com uma coisa que não tem significado, proclamando-a a morada do Filho de Deus e voltando-a contra ele.

7. Esse é o anfitrião de Deus que tu fizeste. E nem Deus e nem o Seu santíssimo Filho podem entrar em uma habitação que abriga o ódio e onde semeaste as sementes da vingança, da violência e da morte. Essa coisa que fizeste para servir à tua culpa interpõe­-se entre ti e outras mentes. As mentes estão unidas, mas não te identificas com elas. Tu te vês trancado em uma cela separada, retirado e inacessível, incapaz de alcançar o exterior assim como de ser alcançado. Odeias essa prisão que fizeste e queres destruí-la. Mas não queres escapar deixando-a ilesa, sem a tua culpa sobre ela.

8. No entanto, e só assim que podes escapar. O lar da vingança não é o teu, o lugar que separaste para abrigar o teu ódio não é uma prisão, mas uma ilusão de ti mesmo. O corpo é um limite imposto à comunicação universal que é uma propriedade eterna da mente. Mas a comunicação é interna. A mente alcança a si mesma. Ela não é feita de partes diferentes que alcançam umas às outras. Ela não sai para o lado de fora. Dentro de si mesma não tem limites e nada há fora dela. Ela abrange todas as coisas. Abrange inteiramente a ti, tu dentro dela e ela dentro de ti. Não há nenhuma outra coisa, em lugar nenhum ou tempo algum.

9. O corpo está fora de ti e apenas parece cercar-te, fechando-te para os outros e mantendo-te à parte deles e eles à parte de ti. Ele não existe. Não existe nenhuma barreira entre Deus e o Seu Filho e nem pode o Filho estar separado de Si mesmo, exceto em ilusões. Essa não é a sua realidade, embora ele acredite que seja. No entanto, só poderia ser assim no caso de Deus estar errado. Deus teria tido que criar de forma diferente e teria que ter separado a Si Mesmo de Seu Filho para fazer com que isso fosse possível. Ele teria tido que criar coisas diferentes e estabelecer ordens de reali­dade diferentes, somente algumas das quais seriam amor. Entretanto, o amor tem que ser para sempre igual a si mesmo, imutável para sempre e para sempre sem alternativa. E assim ele é. Não podes colocar uma barreira em torno de ti porque Deus não colocou nenhuma entre Ele e ti.

10. Podes estender a tua mão e alcançar o Céu. Tu, cuja mão está unida à mão de teu irmão, começaste a alcançar o que está além do corpo, mas não fora de ti, para alcançar a vossa Identidade que é compartilhada. Poderia Isso estar fora de ti? Onde Deus não está? Seria Ele um corpo e teria Ele criado a ti como Ele não é e onde Ele não pode estar? Estás cercado apenas por Ele. Que limites podem existir em ti, a quem Ele abrange?

11. Todos já experimentaram o que poderia ser descrito como uma sensação de estar sendo transportado além de si mesmo. Esse sentimento de libertação em muito excede o sonho de liberdade algumas vezes esperado nos relacionamentos especiais. E uma sensação de ter, de fato, escapado das limitações. Se considerares o que esse “transporte” realmente envolve, reconhecerás que é uma súbita ausência de consciência do corpo e uma união de ti mesmo com alguma outra coisa na qual a tua mente cresce para abrangê-la. Ela vem a ser parte de ti na medida em que te unes a ela. E ambos vêm a ser íntegros, já que nenhum dos dois é perce­bido como separado. O que realmente acontece é que renuncias­te à ilusão de uma consciência limitada e perdeste o teu medo da união. O amor que instantaneamente o substitui se estende àquilo que te libertou e une-se a ele. E enquanto isso dura, não estás incerto da tua Identidade e não queres limitá-la. Escapaste do medo para a paz, sem fazer perguntas à realidade, mas mera­mente aceitando-a. Aceitaste isso ao invés do corpo e te deixaste ser uno com alguma coisa além dele, simplesmente por não per­mitires que a tua mente seja limitada por ele.

12. Isso pode ocorrer independentemente da distância física que parece existir entre tu e aquilo a que te unes, das suas respectivas posições no espaço e das suas diferenças em tamanho e aparente qualidade. O tempo não é relevante, isso pode ocorrer com algo passado, presente ou antecipado. Essa “alguma coisa” pode ser qualquer coisa e em qualquer lugar: um som, uma vista, um pen­samento, uma memória e até mesmo uma idéia geral sem referência específica. Entretanto, em cada caso, tu te unes a ela sem reservas porque a amas e queres estar com ela. E assim corres ao seu encontro, deixando que os teus limites se dissolvam, suspendendo todas as “leis” a que o teu corpo obedece e gentilmente deixando-as de lado.

13. Não existe absolutamente nenhuma violência nesta libertação. O corpo não é atacado, mas simplesmente percebido de maneira adequada. Ele não te limita meramente porque não queres que ele o faça. Não és realmente “elevado além” dele, ele não pode conter-te. Vais aonde queres estar, ganhando e não perdendo o senso do Ser. Nestes instantes de liberação das restrições físicas, experimentas muito do que acontece no instante santo: a suspen­são das barreiras do tempo e do espaço, a experiência repentina da paz e da alegria e acima de tudo, a falta de consciência do corpo e do questionamento acerca da possibilidade ou impossibi­lidade de tudo isso.

14. É possível porque tu o queres. A repentina expansão da cons­ciência que tem lugar com o teu desejo por isso é o apelo irresistível que o instante santo contém. Ele te chama para ser quem és, em seu abraço seguro. Lá as leis dos limites são suspensas para ti, para te dar as boas-vindas na abertura da mente e na liberdade. Vem a esse lugar de refúgio, onde podes ser quem és em paz. Não através da destruição, nem através do rompimento, mas me­ramente através de uma serena fusão. Pois lá a paz irá unir-se a ti, meramente porque estás disposto a abrir mão dos limites que im­puseste ao amor e unir-te a ele no lugar onde ele está e aonde ele te conduziu, em resposta ao gentil chamado que ele te fez para estares em paz.
Um Curso Em Milagres

Eu estou transtornada porque vejo um mundo sem significado.


A importância dessa idéia está no fato de que ela contém uma correção para uma das principais distorções perceptivas. Pensas que o que te transtorna é um mundo assustador ou um mundo triste, ou um mundo violento, ou um mundo insano. Todos estes atributos são dados a ele por ti. O mundo em si mesmo é sem significado.


Estes exercícios são feitos com os olhos abertos. Olha ao teu redor, dessa vez bem lentamente. Tenta compassar a ti mesmo de maneira que a passagem lenta do teu olhar de uma coisa para outra envolva um intervalo de tempo razoavelmente constante. Não permitas que o tempo da passagem venha a ser notadamente mais longo ou mais curto, mas tenta, em vez disso, manter um compasso medido e uniforme do início ao fim. O que vês não importa. É isso que estás ensinando a ti mesmo ao dar a qualquer coisa sobre a qual o teu olhar pousar igual atenção e tempo igual. Esse é um passo inicial na aprendizagem de dar igual valor a todas elas. Ao olhar ao teu redor, dize a ti mesmo:


Eu penso que vejo um mundo amedrontador, um mundo perigoso, um mundo hostil, um mundo triste, um mundo perverso, um mundo louco...


E assim por diante, usando quaisquer termos descritivos que possam te ocorrer. Se termos que parecem positivos em vez de negativos te ocorrerem, inclua-os. Por exemplo, poderias pensar num mundo bom, ou num mundo satisfatório. Se tais termos te ocorrerem, usa-os junto com os outros. Podes ainda não compreender porque esses adjetivos agradáveis têm lugar nestes exercícios, mas lembra-te que um mundo bom implica em um mau e um mundo satisfatório implica em um insatisfatório.


Todos os termos que cruzarem a tua mente são sujeitos adequados para os exercícios de hoje. A sua qualidade aparente não importa. Certifica-te de não alterar os intervalos de tempo entre as aplicações da idéia para o dia de hoje ao que pensas que é aprazível e ao que pensas que é desprazível. Para os propósitos destes exercícios, não há nenhuma diferença entre eles. No final do período de prática, acrescenta:

Mas eu estou transtornada porque vejo um mundo sem significado.


Aquilo que é sem significado não é bom nem mau. Então, porque um mundo sem significado deveria transtornar-te? Se pudesses aceitar o mundo como algo sem significado e deixar a verdade ser escrita sobre ele para ti, isso te faria indescritivelmente feliz. Mas, por ser sem significado, tu és impelido a escrever nele o que querias que ele fosse. É isso que vês nele. É isso o que é sem significado na verdade. Por baixo das tuas palavras está escrito o Verbo de Deus. A verdade te transtorna agora, mas quanto as tuas palavras tiverem sido apagadas, tu verás as Suas. Este é o propósito fundamental destes exercícios. Três ou quatro vezes são suficientes para a prática da idéia para o dia de hoje. Os períodos de prática também não devem exceder um minuto. Podes achar até mesmo isso longo demais. Termina os exercícios ao experimentar uma sensação de tensão.


Lição 12
Livro de Exercícios UCEM

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Os dois retratos


1. Deus estabeleceu o Seu relacionamento contigo para fazer-te feliz e nada do que faças, que não compartilhe o Seu propósito, pode ser real. O propósito atribuído por Deus a qualquer coisa que seja é a sua única função. Devido à Sua razão para criar o Seu relacionamento contigo, a função dos relacionamentos veio a ser para sempre a de “fazer feliz”. E nada mais. Para cumprir essa função, tu te relacionas com as tuas criações assim como Deus com as Suas. Pois nada do que Deus criou está à parte da felicidade, e nada do que Deus criou quer outra coisa senão estender a felicidade como fez o seu Criador. Qualquer coisa que não cumpra essa função não pode ser real.

2. Nesse mundo é impossível criar. No entanto, é possível fazer feliz. Eu tenho dito repetidas vezes que o Espírito San-to não quer privar-te dos teus relacionamentos especiais, mas apenas transformá-los. E tudo o que isso significa é que Ele vai devolver-lhes à função que lhes foi dada por Deus. A função que tu lhes deste, claramente, não é a de fazer feliz. Mas o relacionamento santo compartilha o propósito de Deus ao invés de ter como objetivo substituí-lo. Cada relacionamento especial que fizeste é um substituto para a Vontade de Deus e glorifica a tua em vez da Sua, devido à ilusão de que elas são diferentes.

3. Fizeste relacionamentos muito reais mesmo nesse mundo. No entanto, não os reconheces porque elevaste os seus substitutos a uma predominância tal que, quando a verdade te chama, como faz constantemente, respondes com um substituto. Cada relacionamento especial que tenhas feito tem, como seu propósito fundamental, o objetivo de ocupar a tua mente de forma tão completa que não ouças o chamado da verdade.

4. Em certo sentido, o relacionamento especial foi a resposta que o ego deu à criação do Espírito Santo, Que foi a Resposta de Deus à separação. Pois embora o ego não tivesse compreendido o que tinha sido criado, estava ciente da ameaça. Todo o sistema de defesa que o ego desenvolveu para proteger a separação contra o Espírito Santo foi em resposta à dádiva com a qual Deus a abençoou e, através da Sua bênção, permitiu que ela fosse curada. Essa benção contém dentro de si a verdade a respeito de todas as coisas. E é verdade que o Espírito Santo está em íntimo relacionamento contigo, porque Nele o teu relacionamento com Deus é devolvido a ti. O relacionamento com Ele nunca foi rompido porque o Espírito Santo nunca esteve separado de ninguém desde a separação. E através Dele todos os teus relacionamentos santos foram cuidadosamente preservados para servir ao propósito de Deus para ti.

5. O ego está sempre alerta à ameaça e a parte da tua mente na qual o ego foi aceito está muito ansiosa para preservar a própria razão, tal como a vê. Ela não se dá conta de que é totalmente insana. E tens que reconhecer exatamente o que significa isso, se queres ser restaurado à sanidade. Os insanos protegem seus sistemas de pensamento, mas o fazem de maneira insana. E todas as suas defesas são tão insanas quanto o que pretendem proteger. A separação nada tem em si mesma, nenhuma parte, nenhuma “razão” e nenhum atributo que não seja insano. E a sua “proteção” é parte dela, tão insana quanto o todo. O relacionamento especial, que é a sua forma principal de defesa, portanto, não pode deixar de ser insano.

6. Agora tens apenas um pouco de dificuldade em dar-te conta de que o sistema de pensamento que o relacionamento especial protege não passa de um sistema de delusões. Reconheces, pelo menos em termos gerais, que o ego é insano. Entretanto, o relacionamento especial ainda te parece de algum modo "diferente”. Contudo, nós olhamos para ele muito mais de perto do que para muitos outros aspectos do sistema de pensamento do ego que tens estado mais disposto a abandonar. Enquanto esse permanece, não abandonarás os outros. Pois esse não é diferente deles. Retém esse e terás retido a todos.

7. É essencial reconhecer que todas as defesas fazem exatamente aquilo do qual pretendem defender. A base subjacente à sua efetividade é o fato de oferecerem o produto do qual pretendem defender. O que defendem é colocado nelas para ser mantido em segurança e à medida em que operam é isso o que trazem a ti. Toda defesa opera dando dádivas e a dádiva sempre é uma miniatura do sistema de pensamento que a defesa protege, montada em uma moldura dourada. A moldura é muito elaborada, toda guarnecida de jóias, profundamente esculpida e polida. Seu propósito é ter valor em si mesma e distrair a tua atenção daquilo que ela contém. Mas a moldura sem o retrato, tu não podes ter. As defesas operam para fazer-te pensar que podes.

8. O relacionamento especial tem a moldura mais imponente e enganadora de todas as outras defesas que o ego usa. Seu sistema de pensamento é oferecido aqui, cercado por uma moldura tão pesada e tão elaborada que o retrato é quase que obliterado por sua estrutura imponente. Na moldura são tecidas todas as espécies de ilusões fantasiosas e fragmentadas acerca do amor, dispostas com sonhos de sacrifício e auto-glorificação, entrelaçadas com fios dourados de auto-destruição. O cintilar do sangue brilha como rubis, as lágrimas são lapidadas como diamantes e resplandecem na luz tênue na qual é feita a oferenda.

9. Olha para o retrato. Não deixes a moldura distrair-te. Essa dádiva te é feita para a tua condenação e se a receberes, vais acreditar que estás condenado. Não podes ter a moldura sem o retrato. O que valorizas é a moldura, pois nela não vês nenhum conflito. No entanto, a moldura apenas é o invólucro para a dádiva do conflito. A moldura não é a dádiva. Não sejas enganado pelos aspectos mais superficiais desse sistema de pensamento, pois esses aspectos englobam o todo, completo em cada um deles. A morte está nessa dádiva cintilante. Não permitas que o teu olhar permaneça no cintilar hipnótico da moldura. Olha para o retrato e reconhece que é a morte que te é oferecida.

10. É por isso que o instante santo é tão importante na defesa da verdade. A verdade em si mesma não necessita de defesa, mas tu, de fato, necessitas de defesa contra a tua aceitação da dádiva da morte. Quando tu, que és a verdade, aceitas uma idéia tão perigosa para a verdade, ameaças a verdade com a destruição. E a tua defesa tem que ser agora empreendida para manter a verdade íntegra. O poder do Céu, o Amor de Deus; as lágrimas de Cristo e a alegria do Seu Espírito eterno são convocadas para defender-te do teu próprio ataque. Pois tu Os, atacas, sendo parte Deles e Eles têm que salvar-te pois amam a Si Mesmos.

11. O instante santo é uma miniatura do Céu, que te é enviada do Céu. É também um retrato, montado em uma moldura. Entretanto, se aceitas essa dádiva, não verás a moldura em absoluto, porque a dádiva só pode ser aceita através da tua disponibilidade para focalizar toda a tua atenção no retrato. O instante santo é uma miniatura da eternidade. É um retrato da intemporalidade, montado em uma moldura de tempo. Se focalizas o retrato, vais reconhecer que foi só a moldura que te fez pensar que era um retrato. Sem a moldura, a retrata é visto pelo que representa. Pois assim como todo o sistema de pensamento do ego está nas suas dádivas, também assim todo o Céu está nesse instante, tomado por empréstimo da eternidade e montado no tempo para ti.

12. Duas dádivas te são oferecidas. Cada uma é completa e não pode ser parcialmente aceita. Cada um é um retrato de tudo o que podes ter, visto de modos muito diferentes. Não podes comparar o seu valor comparando um retrato com uma moldura. Tens que comparar apenas os retratos ou a comparação é totalmente sem significado. Lembra-te de que é o retrato que constitui a dádiva. E só com base nisso é que estás realmente livre para escolher. Olha para os retratos. Ambos. Um é um retrato diminuto, difícil de se ver por trás das pesadas sombras de seu invólucro enorme e desproporcional, o outro é levemente emoldurado e pende na luz, belo para ser contemplado tal como é.

13. Tu, que tanto tens tentado e ainda continuas tentando adequar o melhor retrato à moldura errada e assim combinar a que não pode ser combinado, aceita isso e fica contente: cada um desses retratos é emoldurado de forma perfeita para o que representam. Um está emoldurado para ficar fora de foco e não ser visto. O outro está emoldurado para transparecer perfeita clareza. O retrato da escuridão e da morte torna-se cada vez menos convincente à medida em que o investigas dentre seus invólucros. À medida em que cada pedra sem sentido, que parece brilhar na moldura quando está escuro, é exposto à luz, passa a ser opaco e sem vida e deixa de distrair-te do retrato. E finalmente olhas para o retrato em si mesmo, vendo afinal que, sem a proteção da moldura, ele não tem significado.

14. O outro retrato está levemente emoldurado, pois o tempo não pode conter a eternidade. Não há distração aqui. O retrato do Céu e da eternidade torna-se mais convincente à medida em que olhas para ele. E agora, através da comparação real, uma transformação de ambos os retratos pode afinal ocorrer. E a cada um é dado o seu lugar de direito quando ambos são vistas, um em relação ao outro. O retrato escuro, trazido à luz, não é percebida como amedronta-dor, mas o fato de que é apenas um retrato é afinal compreendido. E o que vês nele, vais reconhecer pelo que é: um retrato do que pensaste que fosse real e nada mais. Pois além desse retrata, nada verás.

15. O retrato da luz, em contraste claro e inequívoco, é transformado no que está além dele. À medida em que olhas para ele, reconheces que não é um retrato, mas uma realidade. Ele não é uma representação figurada de um sistema de pensamento, mas o Pensamento em si mesmo. O que representa está lá. A moldura se desvanece gentilmente e Deus surge na tua lembrança, oferecendo-te a totalidade da criação em troca do teu pequeno retrato, totalmente sem valor e inteiramente privado de significado.

16. À medida em que Deus ascende a Seu lugar de direita e tu ao teu, experimentarás mais uma vez o significado do relacionamento e conhecerás o que é verdadeiro. Vamos juntos ascender em paz para o Pai dando a Ele ascendência em nossas mentes. Nós tudo ganharemos por dar a Ele o poder e a glória, sem guardar nenhuma ilusão acerca de onde estão. Estão em nós, através da Sua1ascendência. O que Ele deu é Seu. Brilha em todas as Suas partes, assim como no todo. Toda a realidade do teu relacionamento com Ele está em nossos relacionamentos uns com os outros. O instante santo brilha igualmente sobre todos os relacionamentos, pois nele todos são um. Pois aqui está apenas a cura, já completa e perfeita. Pois aqui está Deus e onde Ele está só o que é perfeito e completo pode estar.

Um Curso Em Milagres


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mensagem de Mãe Maria 34-09


Queridos irmãos e irmãs,
Com as bênçãos da Mãe Divina.
Amor e Luz,
Jane Ribeiro


Mensagem de Mãe Maria


Amados Filhos,


Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.


Vossos corpos físicos passam, neste tempo, por inúmeras adaptações às novas freqüências de energias que permeiam vossa Mãe Terra.


Sintomas como ansiedade, sobressaltos, aflições se somam a distúrbios digestivos acarretando sensações desconfortáveis que dificultam vosso silêncio e vossa concentração.


Não vos alarmeis, pois por vos sentir inquietos, quase incapazes de comungardes com a divindade que sois.


Entregai-vos ao descanso e as atividades rotineiras com a certeza que vossos corpos se adaptarão ao novo patamar energético da Mãe Terra se estiverdes cuidando de vossa alimentação e utilizando a água como condutor da luz que necessitais para nutrir vossas células, ajudando-as a liberar a densidade que ainda as reveste nesse período de transformação.


Pouco a pouco, acreditai, vossos corpos se adaptarão para, a seguir, revelar a necessidade de mais e mais água, mais e mais vegetais que liberem clorofila, mais e mais frutos que contenham selênio, e outras substâncias que aos poucos ireis percebendo necessárias aos vossos novos corpos preparando-vos para a próxima etapa das vossas transformações físicas, emocionais e mentais cujo intuito é vos deixar aptos para transpor cada um dos sete portais que vos darão acesso as outras dimensões.


Amados, é preciso que possais compreender que para vos reintegrar ao mundo da perfeição muito do que acumulastes em vossos corpos físicos, emocionais e mentais precisa ser deixado para trás.


Manter o velho só vos manterá na densidade do mundo da ilusão, que cada vez mais reabsorve os despojos daqueles que compreenderam que a luz não se compatibiliza com as conquistas egoístas acumuladas ao longo de vossas jornadas; a luz só preenche os receptáculos que já se esvaziaram das conquistas egoístas do mundo da ilusão!


É preciso que possais compreender que quanto mais denso permanecer vossos corpos, menor a possibilidade de fluir a luz do Pai Criador por eles, e sem essa luz é impossível vos elevardes às freqüências que continuarão a permear vosso planeta até a conclusão da etapa de vossa evolução a que chamais ascensão.


Bem amados, urge, pois liberardes os poderosos apegos que vos mantém aprisionados ao mundo da ilusão.


Urge reconhecer vosso caminho, urge comungar com aqueles que buscam, como vós, concluir seus processos de purificação.


É hora de abrir espaço para a entrada do novo tempo em vossas vidas, reconhecendo que ele não é uma utopia, mas sim a única realidade que porá um fim as vossas carências e devolverá sentido as vossas vidas.


Que vossas orações ajudem a trazer de volta a compreensão deste momentum, para que as alterações das vibrações que acontecem em vossa realidade possam ser acompanhadas por vossos corpos com a naturalidade daqueles que reconhecem a dinâmica da vida, dinâmica que exige, momento a momento, novas atitudes e novas emoções.


Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.


P.A. – 10/11/09 – Mensagem de Mãe Maria-34-2009 recebida por Jane M. Ribeiro.


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terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mensagem de Mãe Maria em 02/11/2009


Queridos irmãos e irmãs,
Com as bênçãos da Mãe Divina.
Amor e Luz,
Jane Ribeiro

Mensagem de Mãe Maria

Amados Filhos,

Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.

Mais um degrau se abre para vós na subida ao retorno ao Pai, para que possais concluir mais uma etapa rumo à ascensão.

Não estranheis, pois se inesperadamente vos deparardes com o que chamais de “novos problemas”; lembrai-vos que esses “problemas” se revelam a vós neste tempo para que possais vos desvencilhar de todas, todas as amarras do passado que ainda vos seguram na terceira dimensão.

Buscai olhar para esses “problemas” com novos olhos, buscai compreender que eles estão refletindo vossas escolhas do passado, buscai aceitar essa realidade com que vos deparais no agora e buscai força, fé e determinação para liberar essa realidade de vossas vidas.

Como, perguntais?

Primeiramente, olhai para o outro - para aquele que encarna o ‘problema” - não como um inimigo que vos trás dor sofrimento, mas como alguém que aí está para vos ajudar a crescer e resgatar a liberdade, alguém que reflete o quanto ainda sois prisioneiros do mundo da ilusão!

Assim agindo podereis dar o segundo passo, aceitando a lição que a vida vos revela através do outro, sentindo a dor do outro, os sentimentos do outro, a realidade do outro, as dificuldades do outro, a perspectiva do outro.

É nessa compreensão, amados, que podereis dar o terceiro e derradeiro passo, podereis dissolver a dor e o sofrimento contidos no “problema” percebendo que abraçando o outro, sentindo-vos um com o outro, amando o outro pelo que ele é e expressa a vós, toda a separação que se apresenta como “problema” se dissolve na magia daquele que percebe que a jornada só adquire sentido quando a liberdade perdida se torna novamente uma possibilidade real e palpável de ser conquistada, e a conquista chega quando chega a percepção que sois o outro, e o outro sois vós no mundo da escravidão.

Bem amados, o tempo se torna cada vez mais acelerado à medida que a densidade que vos separava do Criador se dissolve na luz da transformação consciente dos limites criados pela humanidade.

É hora, pois de vos preparardes para os derradeiros passos que vos levam ao acesso as “Sete Chaves” que precisais resgatar para transpassar os portais limites que vos abrem o acesso às múltiplas dimensões.

Cuidai, pois de vossos corpos cuidando de vossa alimentação, não permitindo que esse corpo que abriga vossa alma seja entregue somente a satisfação de vossos sentidos físicos.

Os desejos manifestados através de vossos sentidos físicos precisam ser respeitados até o limite em que não interferem nos desejos de vossas almas.

Vossas almas pedem leveza, leveza amados!

Precisais, pois sutilizardes vossos corpos físicos para que vossos sentidos espirituais possam desabrochar em plenitude, eis que eles são indispensáveis no processo que vos aguarda em um futuro próximo, o processo antes por mim referido do acesso às “Sete Chaves” que vos dão acesso a outras dimensões.

Buscai, pois vos alimentar o mais possível do que vos disponibiliza o mundo vegetal em todas as suas expressões.

Buscai ingerir muita água, eis que a água é a condutora da luz que precisais para liberar de vez vossa divindade.

Buscai o calor do sol que potencializa a freqüência necessária de ser manifestada pelos vossos corpos, para que as Chaves sejam reveladas a vós.

Buscai retirar do ar o prana sutil que energiza vossos corpos, e que pode vos abastecer através do ato consciente de vossa respiração.

Buscai o contato direto com a Mãe Natureza através do pisar descalço na terra benfazeja que contém a memória necessária de ser resgatada por cada um de vós.

Buscai absorver o som do canto dos pássaros e a linguagem dos ventos, para que uma nova forma de comunicação possa ser despertada em vosso ser dando-vos acesso a muitos aspectos da sabedoria divina que precisais despertar em vós.

Bem amados, Eu vos alerto, esse é o caminho mais curto que tendes a vossa disposição no agora para comungardes com Deus, o Deus que guardais em vós e que necessita ser manifestado para que a humanidade, e todas as formas de vidas abrigadas pela Mãe Terra, possam cumprir essa etapa de evolução para adentrar em uma outra morada do Pai Criador, que vos espera pacientemente com a mesa posta onde estão presentes todos os ingredientes que abastecerão cada um de vós do único alimento que necessitais para ser feliz, o amor-compreensão.

Bem amados, que vossas orações ajudem a levar clareza as mentes e corações dos Filhos da Terra, para que todos possam encontrar o único caminho que devolve a cada um a liberdade, o caminho do coração que o Pai reservou a todos os Filhos da Terra que buscam exercitar a redenção.

Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.

bp-02/11/09 – Mensagem de Mãe Maria-33-2009 recebida por Jane M. Ribeiro

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