segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

7 - A cura deve ser repetida?


1. Esta questão, realmente, responde a si mesma. A cura não pode ser repetida. Se o paciente está curado, o que faltará curar nele? E, se a cura é certa, como já dissemos que é, o que há para repetir? O professor de Deus que fica preocupado com o resultado da cura, a limita. Agora é a própria mente do professor de Deus que necessita ser curada. E é isto que ele precisa de facilitar. Agora, ele  é o paciente e deve considerar-se assim. Cometeu um equívoco e precisa estar disposto a mudar a sua mente em relação a isso. Faltou-lhe a confiança que faz com que a verdadeira doação seja possível e assim ele não recebeu o benefício da sua dádiva.

2. Sempre que um professor de Deus tentou ser um canal para a cura, teve sucesso. Caso seja tentado a duvidar disso, não deveria repetir o seu esforço anterior. Aquilo já foi o máximo e o Espírito Santo o aceitou assim e o aceitou e usou assim. Agora, o professor de Deus só tem um caminho a seguir. Tem de usar a sua razão para dizer a si mesmo que entregou o problema Àquele que não pode falhar e tem que reconhecer que a sua própria incerteza não é amor, mas medo e por conseguinte ódio. Sua posição vem a ser então insustentável, pois está  oferecendo ódio a quem ofereceu amor. Isso é impossível. Tendo oferecido amor, só amor pode ser recebido.

3. É nisto que o professor de Deus tem de confiar. É isto que realmente significa a declaração de que a única responsabilidade daquele que trabalha em milagres é aceitar a Expiação para si mesmo. O professor de Deus é um trabalhador em milagres porque dá as dádivas que recebeu. No entanto, antes, precisa aceitá-las. Não precisa fazer mais do que isto, nem há nada mais que possa fazer. Por aceitar a cura, é capaz de dá-la. Se duvida disto, que se lembre de Quem deu a dádiva e de Quem a recebeu. Assim a sua dúvida é corrigida. Ele pensou que as dádivas de Deus podiam ser retiradas. Isso foi um equívoco, mas dificilmente veio pra ficar. Assim, o professor de Deus só pode reconhecê-lo pelo que é e deixar que seja corrigido para ele.



4. Uma das mais difíceis tentações a ser reconhecida é que duvidar devido à permanência da aparência dos sintomas é um equívoco na forma de falta de confiança. Como tal, é um ataque. Usualmente, parece ser exatamente o oposto. À primeira vista, de fato não parece razoável ser advertido de que a persistência da preocupação é um ataque. Tem todas as aparências do amor. No entanto, o amor sem confiança é impossível, e dúvida e confiança não podem coexistir. E o ódio tem de ser o oposto do amor, independentemente da forma que tome. Não duvide da dádiva e é impossível duvidar do seu resultado. É essa certeza que dá aos professores de Deus o poder de serem trabalhadores de milagres, pois depositaram a sua confiança Nele.

5. A base real da dúvida a respeito do resultado de qualquer problema que tenha sido dado ao professor de Deus para resolver é sempre dúvida acerca de si mesmo. E isto necessariamente demonstra que a confiança foi depositada num ser ilusório, pois só se pode duvidar de um ser assim. Essa ilusão pode tomar muitas formas. Talvez haja um medo de fraqueza e vulnerabilidade. Talvez haja um medo do fracasso e da vergonha associada a um sentido de inadequação. Talvez haja um embaraço culposo brotando da falsa humildade. A forma do equívoco não é importante. O que é importante é apenas o reconhecimento de um equívoco como um equívoco.

6. O equívoco é sempre alguma forma de preocupação com o próprio ser, que exclui o paciente. É um fracasso em reconhecê-lo como parte do Ser e assim representa uma confusão de identidade. Um conflito acerca de quem és entrou na tua mente e vieste a te enganar quanto a ti mesmo. E estás enganado quanto a ti mesmo porque negaste a Fonte da tua criação. Se estás oferecendo apenas cura, não podes duvidar. Se realmente queres o problema resolvido, não podes duvidar. Se estás certo a respeito de qual é o problema, não podes duvidar. A dúvida é o resultado de desejos conflitantes. Estejas certo do que queres e a dúvida passa a ser impossível.

Manual dos Professores UCEM



 

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