sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A justiça do Céu


1. O que pode ser além de arrogância pensar que os teus peque­nos erros não podem ser desfeitos pela justiça do Céu? E o que pode significar isso, senão que eles são pecados e não equívocos, para sempre incorrigíveis e que devem ser enfrentados com vingança e não com justiça? Estás disposto a ser liberado de todos os efeitos do pecado? Não podes responder a isso enquanto não vês tudo o que a resposta acarreta. Pois se respondes “sim”, isso significa que deixarás todos os valores desse mundo em favor da paz do Céu. Nem um único pecado tu reterás. E não valorizarás nenhuma dúvida de que isso seja possível de modo que o pecado seja mantido em seu devido lugar. O que queres dizer é que a verdade agora tem maior valor do que todas as ilusões. E reconheces que a verdade tem que ser revelada a ti, porque não sabes o que é.

2. Dar relutantemente é não ganhar a dádiva, porque estás relutante em aceitá-la. Ela está guardada para ti até que a relutância em recebê-la desapareça e tiveres vontade de que ela te seja dada. A justiça de Deus dá direito à gratidão, não ao medo. Nada do que dás está perdido para ti nem para ninguém, mas é valorizado e preservado no Céu, onde todos os tesouros dados ao Filho de Deus são guardados para ele e oferecidos a qualquer um que apenas estenda a mão, com a disposição de recebê-los. E o tesouro também não diminui à medida em que é dado aos outros. Cada dádiva apenas acrescenta ao estoque. Pois Deus é justo. Ele não luta contra a relutância de Seu Filho em perceber a salvação como uma dádiva Sua. No entanto, a Sua justiça não se satisfará enquanto não for recebida por todos.

3. Estejas certo de que qualquer resposta que o Espírito Santo dê para solucionar qualquer problema sempre será uma resposta na qual ninguém perde. E isso tem que ser verdadeiro, porque Ele não pede nenhum sacrifício de ninguém. Uma resposta que exija a menor perda de qualquer pessoa não resolveu o problema, mas somou-se a ele, aumentando-o, tornando-o mais difícil de resolver e mais injusto. É impossível que o Espírito Santo possa ver a falta de eqüidade como uma solução. Para ele, o que é injusto tem que ser corrigido, porque é injusto. E todo erro é uma percepção na qual alguém, pelo menos um, é visto injustamente. Assim a justiça não é concedida ao Filho de Deus. Quando qualquer um é visto como perdedor, ele foi condenado. E a punição vem a ser o que lhe é devido ao invés da justiça.

4. O que a inocência vê faz com que o castigo seja impossível e a justiça certa. A percepção do Espírito Santo não deixa nenhuma justificativa para o ataque. Somente uma perda poderia justificar o ataque e Ele não pode ver qualquer tipo de perda. O mundo resolve problemas de outra maneira. O mundo vê uma solução como um estado no qual se decide quem irá ganhar e quem irá perder, quanto aquele deverá tomar do outro e quanto o perdedor poderá ainda defender para si mesmo. Entretanto, o problema permanece ainda sem solução, pois só a justiça pode estabelecer um estado no qual não há perdedor, no qual ninguém é tratado sem eqüidade e ninguém é destituído, não tendo, portanto, justificativa para vingança. A solução de problemas não pode ser a vingança, a qual, na melhor das hipóteses, só pode trazer outro problema que será acrescentado ao primeiro, no qual o assassina­to não é óbvio.

5. A solução de problemas própria do Espírito Santo é a maneira na qual o problema termina. Ele foi resolvido porque se encontrou com a justiça. Até que isso se dê, irá ocorrer outra vez por não ter ainda sido solucionado. O princípio segundo o qual a justiça significa que ninguém pode perder é crucial nesse curso. Pois milagres dependem da justiça. Não como ela é vista através dos olhos desse mundo, mas como Deus a conhece, e como conhecimento ela se reflete no modo de ver que é dado pelo Espírito Santo.

6. Ninguém merece perder. E o que seria injusto para qualquer um não pode ocorrer. A cura tem que ser para todos, porque ninguém merece nenhuma espécie de ataque. Que ordem pode existir nos milagres, a não ser que alguém mereça sofrer mais e outro menos? E isso é justiça para com os totalmente inocentes? Um milagre é justiça. Não é uma dádiva especial para alguns, a ser recusada para outros por serem considerados menos dignos, mais condenados e, portanto, à parte da cura. Quem pode ser separado da salvação, se o seu propósito é o fim do especialismo? Onde está a justiça da salvação se alguns erros são imperdoáveis e dão direito à vingança em lugar da cura e do retorno da paz?

7. A salvação não pode buscar ajudar o Filho de Deus a ser mais injusto do que ele buscou ser. Se os milagres, que são a dádiva do Espírito Santo, fossem dados especialmente para um grupo eleito e especial e fossem mantidos à parte de outros menos merecedores, nesse caso, Ele seria um aliado do especialismo. O que o Espírito Santo não pode perceber, Ele não testemunha. E todos têm o mesmo direito à Sua dádiva de cura, libertação e paz. Dar um problema ao Espírito Santo para que Ele o solucione para ti, significa que tu queres que ele seja solucionado. Mantê-lo para ti mesmo para que o resolvas sem a Sua ajuda é decidir que o problema deve continuar sem solução, não-resolvido, perdurando em seu poder de injustiça e ataque. Ninguém pode ser injusto contigo a não ser que, em primeiro lugar, tenhas te decidi­do a ser injusto. E então é preciso que surjam problemas para impedir o teu caminho e a paz tem que ser dispersada pelos ventos do ódio.

8. A não ser que penses que todos os teus irmãos, assim como tu, têm o mesmo direito aos milagres, não reivindicaras teu direito a eles porque foste injusto para com alguém com direitos iguais. Busca negar e te sentirás negado. Busca privar e terás sido privado. Um milagre nunca pode ser recebido porque um outro não pode recebê-lo. Só o perdão oferece milagres. E o perdão tem que ser Justo para com todos

9. Os pequenos problemas que guardas e escondes vêm a ser teus pecados secretos, porque não escolheste deixar que eles fossem removidos para ti. Assim, eles ajuntam pó e crescem até que cubram todas as coisas que percebes e não te deixam ser justo para com ninguém. Não podes acreditar que tenhas qualquer direito. E a amargura, com a vingança justificada e a misericórdia perdida, te condena como indigno do perdão. Os não-perdoados não têm misericórdia para conceder uns aos outros. E por isso que a tua única responsabilidade tem que ser receber o perdão para ti mesmo.

10. O milagre que recebes, tu dás. Cada um vem a ser uma ilustração da lei na qual a salvação se baseia: que a justiça tem que ser feita para todos, se é que se quer que alguém se salve. Ninguém pode perder e todos têm que se beneficiar. Cada milagre é um exemplo do que a justiça pode realizar quando é oferecida a todos de modo igual. Ela é recebida e dada igualmente. E a consciência de que dar e receber são a mesma coisa. Porque ela não faz com que o mesmo não seja igual, não vê diferenças onde elas não existem. E assim é a mesma para todos, porque não vê diferenças entre eles. Seu oferecimento é universal e ela ensina apenas uma mensagem:

O que é de Deus pertence a todos e é devido a todos.

Um Curso Em Milagres

Lição 267



O meu coração está pulsando na paz de Deus.

À minha volta está toda a vida que Deus criou em Seu Amor. Ela me chama em cada batida do coração, em cada respiração, em cada ação e em cada pensamento. A paz enche o meu coração e inunda o meu corpo com o propósito do perdão. Agora, a minha mente está curada e tudo o que preciso para salvar o mundo me é dado. Cada batida do coração me traz paz; cada respiração me impregna de força. Sou um mensageiro de Deus, dirigido pela Sua Voz, amparado por Ele no amor para sempre abraçado por Seus Braços amorosos em quietude e em paz. Cada batida do meu coração invoca o Seu Nome e cada uma é respondida pela Sua Voz, assegurando-me que estou em casa Nele.

Que eu ouça a Tua Resposta e não a minha. Pai, o meu coração está pulsando na paz que o Coração do Amor criou. É lá e só lá que posso estar em casa.

Livro de Exercícios UCEM

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Entrar na arca


1. Nada pode ferir-te a não ser que tu lhe dês o poder de faze-lo. No entanto, tu dás poder assim como as leis desse mundo inter­pretam o dar; ao dar, tu perdes. Não te cabe dar qualquer poder. O poder é de Deus, dado por Ele e redespertado pelo Espírito Santo Que tem o conhecimento de que à medida que dás, tu ga­nhas. Ele não dá nenhum poder ao pecado e, por conseguinte o pecado não tem nenhum, e também não dá qualquer poder a seus resultados conforme esse mundo os vê – doença e morte, miséria e dor. Essas coisas não ocorreram porque o Espírito San­to não as vê e não dá nenhum poder à sua fonte aparente. Assim Ele quer te manter livre delas. Sem nenhuma ilusão a respeito do que tu és, o Espírito Santo meramente dá tudo a Deus, Que já deu e recebeu tudo o que é verdadeiro. O que não é verdadeiro, Ele não recebeu nem deu.

2. O pecado não tem lugar no Céu, onde seus resultados são desconhecidos e não podem entrar assim como a sua fonte. E nisso está a tua necessidade de ver o teu irmão sem pecado. Nele está o Céu. Ao invés disso, se nele vires o pecado, o Céu está perdido para ti. Mas que o vejas tal como é, e o que é teu brilhará a partir dele para ti. O teu salvador só te dá amor, mas o que queres receber depende de ti. Está nele não ver todos os teus equívocos e nisso está a sua própria salvação. E o mesmo se dá com a tua. A salvação é uma lição em dar, assim como o Espírito Santo a interpreta. É o redespertar das leis de Deus em mentes que estabeleceram outras leis e lhes deram poder para impor aquilo que Deus não criou.

3. As tuas leis insanas foram feitas para garantir que cometesses equívocos e lhes desses poder sobre ti, aceitando os seus resulta­dos como o que te é devido de forma justa. O que isso poderia ser senão loucura? E é isso o que queres ver dentro daquele que vai salvar-te da insanidade? Ele está tão livre disso quanto tu, e na liberdade que vês nele, tu vês a tua própria. Pois isso tu com­partilhas. O que Deus deu segue as Suas leis e apenas as Suas. E nem é possível àqueles que as seguem sofrer com os resultados de qualquer outra fonte.

4. Aqueles que escolhem a liberdade experimentarão apenas os seus resultados. Seu poder é de Deus, e eles o darão apenas àqui­lo que Deus deu, para que seja compartilhado com eles. Nada além disso pode tocá-los, pois é somente isso que vêem, comparti­lhando o seu poder de acordo com a Vontade de Deus. E assim, a sua liberdade é estabelecida e mantida. Ela é mantida através de toda tentação de aprisionar ou de ser aprisionado. É a essas pes­soas, que aprenderam sobre a liberdade, que deves perguntar o que é a liberdade. Não perguntes ao pardal como a águia se eleva aos ares, pois aqueles que têm asas curtas não aceitaram para si mesmos o poder para compartilharem contigo.

5. Aqueles que não têm pecado dão conforme receberam. Vê, então, o poder da impecabilidade dentro do teu irmão e compar­tilha com ele o poder da liberação do pecado que ofereceste a ele. A cada um que caminha sobre essa terra em aparente solidão é dado um salvador, cuja função especial aqui é liberá-lo e, assim, libertar a si mesmo. No mundo da separação, cada um é desig­nado separadamente, embora todos sejam o mesmo. Entretanto, aqueles que têm o conhecimento de que todos são o mesmo, não necessitam de salvação. E cada um acha seu salvador quando está pronto para olhar para a face de Cristo e vê-Lo sem pecado.

6. O plano não vem de ti, nem é necessário que te preocupes com qualquer coisa exceto a parte que te foi dada para aprender. Pois Ele, Que conhece o resto, encarregar-se-á dele sem a tua ajuda. Mas não penses que Ele não precisa da tua parte para ajudar-te com o resto. Pois na tua parte está tudo, sem ela nenhuma parte é completa, nem o todo é completo sem a tua parte. Na arca da paz só entram dois a dois, no entanto, o início de um outro mun­do vai com eles. Cada relacionamento santo tem que entrar aqui para aprender a sua função especial no plano do Espírito Santo, agora que compartilha o Seu propósito. E na medida em que esse propósito é cumprido, um novo mundo se ergue no qual o peca­do não pode entrar, onde o Filho de Deus pode entrar sem medo, e onde ele descansa um pouco para esquecer a prisão e lembrar­-se da liberdade. Como pode ele entrar para descansar e relem­brar sem ti? A não ser que tu estejas lá, ele não está completo. E é da própria completeza que ele se lembra estando lá.

7. Esse é o propósito que vos é dado. Não penseis que o vosso perdão ao vosso irmão só serve para vós. Pois todo o mundo novo descansa nas mãos de cada dois irmãos que aqui entram para descansar. E à medida que descansam, a face de Cristo res­plandece sobre eles e se lembram das leis de Deus, esquecendo-se de todo o resto e ansiando apenas que as Suas leis sejam cumpri­das perfeitamente neles e em todos os seus irmãos. Pensas que quando isso tiver sido realizado descansarás sem eles? Não pode­rias deixar de fora nenhum deles, assim como eu não poderia dei­xar-te e esquecer parte de mim mesmo.

8. Podes perguntar a ti mesmo como podes estar em paz quando, já que estás no tempo, há tanto para ser feito antes que o caminho para a paz esteja aberto. Talvez isso pareça impossível para ti. Mas pergunta a ti mesmo se é possível que Deus tenha um plano para a tua salvação que não funcione. Uma vez que tiveres aceito o Seu plano como a única função que queres cumprir, nada mais haverá que o Espírito Santo não arranje para ti sem o teu esforço. Ele irá diante de ti endireitando as tuas veredas e não deixando em teu caminho nenhuma pedra em que possas tropeçar, nenhum obstáculo para impedir o teu passo. Nada do que necessites te será negado. Nenhuma dificuldade aparente deixará de se desva­necer antes que a alcances. Não precisas pensar em nada, descui­dado de todas as coisas, exceto do único propósito que queres realizar. Como ele te foi dado, assim também será a sua realiza­ção. A garantia de Deus se manterá contra todos os obstáculos, pois ela descansa na certeza e não na contingência. Ela descansa em ti. E o que pode ser mais certo do que um Filho de Deus?


Um Curso Em Milagres

Lição 266


O meu Ser santo habita em ti, Filho de Deus.

Pai, Tu me deste todos os Teus Filhos para serem meus salvadores e meus conselheiros naquilo que vejo; os portadores da Tua santa Voz para mim. Neles, Tu estás refletido e neles Cristo olha de volta para mim, a partir do meu Ser. Que o Teu Filho não esqueça o Teu santo Nome. Que o Teu Filho não esqueça a sua Fonte santa. Que o Teu Filho não esqueça que o seu nome é o Teu.

Nesse dia, entramos no paraíso, invocando o Nome de Deus e o nosso próprio nome, reconhecendo o nosso Ser em cada um de nós, unidos no santo Amor de Deus. Quantos salvadores nos foram dados por Deus! Como é possível perdermos o caminho para Ele, se Ele encheu o mundo com aqueles que apontam em Sua direção e nos deu a vista para olharmos para eles?

Livro de Exercícios UCEM



quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lição 265


Eu só vejo a gentileza da criação.

Eu, de fato, compreendi mal o mundo, porque coloquei nele os meus pecados e os vi olhando de volta para mim. Como pareciam ameaçadores! E como me enganei ao pensar que o que temia estava no mundo e não apenas na minha mente. Hoje vejo o mundo na gentileza celestial com que brilha a criação. Nele não há medo. Que nenhuma aparência dos meus pecados venha obscurecer a luz do Céu que brilha no mundo. O que lá se reflete está na Mente de Deus. As imagiens que vejo refletem os meus pensamentos. No entanto, a minha mente é uma com A de Deus. E, assim, posso perceber a gentileza da criação.

Em quietude quero olhar para o mundo que reflete apenas os Teus Pensamentos, assim como os meus. Que eu me lembre que eles são os mesmos e verei a gentileza da criação.

Livro de Exercícios UCEM

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Lição 264


Eu estou cercado pelo Amor de Deus.

Pai, estás na frente e atrás de mim, ao meu lado, no lugar em que me vejo e em todo lugar aonde vou. Estás em todas as coisas que contemplo, nos sons que ouço e em cada mão que procura alcançar a minha. Em Ti, o tempo desaparece e o lugar vem a ser uma crença sem significado. Pois o que cerca o Teu Filho e o mantém a salvo é o próprio Amor. Não há outra Fonte senão Essa e não há nada que não compartilhe a Sua santidade, não há nada que esteja além da Tua única criação ou sem o Amor Que contém todas as coisas em Si Mesmo.
Pai, o Teu Filho é como Tu és. Hoje, vamos a Ti em Teu próprio Nome, para estarmos em paz no Teu Amor que dura para sempre.

Meus irmãos, unam-se a mim nisso hoje. Essa é a prece da salvação. Não devemos unir-nos no que salvará o mundo junto conosco?

Livro de Exercícios UCEM

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Lição 263


A minha santa visão vê todas as coisas puras.

Pai, a Tua Mente criou tudo o que é, o Teu Espírito penetrou em tudo, o Teu Amor lhe deu vida. E quereria eu olhar para o que Tu criaste como se fosse possível torná-lo pecaminoso? Não quero perceber imagens tão escuras e amedrontadoras. O sonho de um louco dificilmente seria a minha escolha em lugar de toda a beleza com que abençoaste a criação, toda a sua pureza, sua alegria e sua eterna e serena morada em Ti.

E, enquanto ainda permanecemos fora da porta do Céu, contemplemos tudo o que vemos através da santa visão e dos olhos de Cristo. Que todas as aparências nos pareçam puras, para que possamos passar por elas em inocência e caminhar juntos para a casa de nosso Pai, como irmãos e como os Filhos santos de Deus.

Livro de Exercícios UCEM

domingo, 25 de setembro de 2011

Lição 262


Que eu não perceba diferenças hoje.

Pai, Tu tens um Filho. E, nesse dia, é para ele que eu quero olhar. Ele é a Tua única criação. Por que haveria de perceber mil formas naquilo que permanece uno? Por que haveria eu de dar mil nomes a ele quando um só nome é suficiente? Pois o Teu Filho tem que ter o Teu Nome, porque Tu o criaste. Que eu não o veja como um estranho para o seu Pai, nem para mim. Pois ele faz parte de mim e eu dele e nós somos parte de Ti, Que és a nossa Fonte, eternamente unidos no Teu Amor, eternamente o Filho santo de Deus.


Nós, que somos um, hoje queremos reconhecer a verdade sobre nós mesmos. Queremos ir para casa e descansar em unidade. Pois lá há paz e em nenhum outro lugar é possível buscar e achar a paz.

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sábado, 24 de setembro de 2011

Lição 261


Deus é o meu refúgio e a minha segurança.

Eu me identificarei com o que penso ser refúgio e segurança. Eu contemplarei a mim mesmo ali onde percebo a minha força e penso viver no interior da fortaleza onde estou a salvo e não posso ser atacado. Que hoje eu não busque a segurança no perigo, nem tente achar a minha paz no ataque assassino. Eu vivo em Deus. Nele acho o meu refúgio e a minha força. Nele está a minha Identidade. Nele está a paz que dura para sempre. E só lá lembrar-me-ei Quem realmente sou.

Que eu não busque ídolos. Meu Pai, hoje quero voltar para casa em Ti. Escolho ser tal como me criaste e achar o Filho que criaste como o meu Ser.

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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

5. O que é o corpo?


O corpo é uma cerca que o Filho de Deus imagina ter construído para separar partes do seu Ser de outras partes. É dentro dessa cerca que ele pensa viver, para morrer quando ela decair e desmoronar. Pois no interior dessa cerca ele pensa estar a salvo do amor. Identificando-se com a própria segurança, ele considera ser aquilo que é a sua segurança. De que outro modo poderia ele ter certeza de permanecer dentro do corpo, mantendo o amor do lado de fora?

O corpo não perdurará. Mas, isso ele vê como uma dupla segurança. Pois a impermanência do Filho de Deus é uma “prova” de que as suas cercas funcionam e cumprem a tarefa que a sua mente lhes designou. Pois se a sua unicidade ainda permanecesse intocada, quem poderia atacar e quem poderia ser atacado? Quem poderia ser vitorioso? Quem poderia ser sua presa? Quem poderia ser vítima? Quem o assassino? E, se ele não morresse, que “prova” haveria de que o eterno Filho de Deus pode ser destruído?

O corpo é um sonho. Como outros sonhos, ele às vezes parece retratar a felicidade, mas pode retroceder subitamente para o medo, onde nascem todos os sonhos. Pois só o amor cria em verdade e a verdade nunca tem medo. Feito para ter medo, o corpo tem que servir ao propósito que lhe é dado. Mas podemos mudar o propósito ao qual o corpo obedecerá mudando o nosso pensamento quanto ao quê ele serve.

O corpo é o meio pelo qual o Filho de Deus retorna à sanidade. Apesar de ter sido feito para cercá-lo irremediavelmente no inferno, a perseguição do inferno foi trocada pela meta do Céu. O Filho de Deus estende a mão para alcançar o seu irmão e para ajudá-lo a caminhar pela estrada junto com ele. Agora o corpo é santo. Agora, ele serve para curar a mente que ele tinha sido feito para matar.

Tu te identificarás com aquilo que pensas ser a tua segurança. O que quer que seja, acreditarás que és um com ela. A tua segurança está na verdade e não em mentiras. A tua segurança é o amor. O medo não existe. Identifica-te com o amor e estás seguro. Identifica-te com o amor e estás em casa. Identifica-te com o amor e achas o teu Ser.

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Lição 260


Que eu me lembre que Deus me criou.

Pai, eu não fiz a mim mesmo, embora na minha loucura, tenha pensado que sim. Entretanto, como Teu Pensamento, não deixei a minha Fonte, permanecendo como parte Daquele Que me criou. Hoje, meu Pai, o Teu Filho Te chama. Que eu me lembre que me criaste. Que eu me lembre da minha Identidade. E que a minha impecabilidade eleve-se mais uma vez diante da visão de Cristo, através da qual quero olhar para os meus irmãos e para mim mesmo no dia de hoje.

Agora, a nossa Fonte foi lembrada e Nela enfim achamos a nossa verdadeira Identidade. Somos santos, de fato, porque a nossa Fonte não pode conhecer o pecado. E nós, que somos os Seus Filhos, somos iguais uns aos outros e iguais a Ele.

Livro de Exercícios UCEM

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lição 259


Que eu me lembre que não existe pecado.

O pecado é o único pensamento que faz a meta de Deus parecer inatingível. O que mais poderia nos cegar para o obvio e fazer com que o estranho e o deturpado aparentem mais clareza? O que mais, senão o pecado, gera os nossos ataques? O que mais, senão o pecado poderia ser a fonte da culpa, exigindo punição e sofrimento? E o que mais, senão o pecado, poderia ser a fonte do medo, obscurecendo a criação de Deus, dando ao amor os atributos do medo e do ataque?

Pai, hoje eu não quero ser insano. Não quero ter medo do amor, nem buscar refúgio no seu oposto. Pois o amor não pode ter nenhum oposto, Tu és a Fonte de tudo o que existe. E tudo o que é permanece em Ti e Tu estás em tudo o que és.

Livro de exercícios UCEM




quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O medo de olhar para dentro


1. O Espírito Santo nunca te ensinará que és pecador. Os erros, Ele corrigirá, mas isso não amedronta ninguém. De fato, tens medo de olhar para dentro e ver o pecado que pensas estar lá. Isso não terias medo de admitir. O medo em associação com o pecado o ego considera bastante apropriado e sorri com aprovação. Ele não tem medo de deixar que te sintas envergonhado. Não duvida da tua crença e da tua fé no pecado. Seus templos não tremem em função disso. A tua fé em que o pecado lá está apenas testemunha o teu desejo de que ele lá esteja para ser visto. Isso apenas parece ser a fonte do medo.

2. Lembra-te que o ego não está sozinho. O domínio do ego é moderado e seu ‘inimigo’ desconhecido, a Quem ele nem sequer pode ver, ele teme. Em alto e bom som o ego te diz que não olhes para dentro, pois se o fizeres, os teus olhos tocarão o pecado e Deus te trespassará, cegando-te. Acreditas nisso e assim não olhas. No entanto, esse não é o medo que o ego esconde, nem o teu, que serves a ele. Em alto e bom tom, de fato, o ego reivindica que é, alto demais e com freqüência demais. Pois por detrás desse grito constante e dessa proclamação frenética, o ego não está certo de que seja assim. Atrás do seu medo de olhar para dentro por causa do pecado, existe ainda um outro medo, medo esse que faz o ego tremer.

3. O que aconteceria se olhasses para dentro e não visses pecado algum? Essa questão ‘amedrontadora’ é algo que o ego nunca pergunta. E tu, que a perguntas agora, estás ameaçando todo o sistema defensivo do ego de modo por demais grave para que ele se incomode em fingir que é teu amigo. Aqueles que se uniram aos seus irmãos desligaram-se da crença em que a sua identidade está no ego. Um relacionamento santo é aquele no qual tu te unes com o que é parte de ti mesmo na verdade. E a tua crença no pecado já foi abalada e agora também não te falta inteiramente a disponibilidade de olhar para dentro e não vê-lo.

4. A tua liberação ainda é apenas parcial, ainda limitada e incompleta, no entanto, já nasceu dentro de ti. Não estando totalmente louco, tens estado disposto a olhar para grande parte da tua insanidade e reconhecer a loucura disso tudo. A tua fé está se movendo para dentro, além da insanidade para a razão. E o que a tua razão te diz agora, o ego não quer ouvir. O propósito do Espírito Santo foi aceito pela parte da tua mente que o ego desconhece. Tu também não a conhecias. E no entanto, essa parte, com a qual agora te identificas, não tem medo de olhar para si mesma. Ela não conhece pecado algum. De que outro modo poderia estar disposta a ver como seu o propósito do Espírito Santo?

5. Essa parte viu o teu irmão e o reconheceu perfeitamente desde o início dos tempos. E nada desejou além de unir-se a ele e ser livre outra vez, como antes fora. Ela tem estado esperando pelo nascimento da liberdade, para que a aceitação da liberação viesse a ti. E agora reconheces que não foi o ego que se uniu ao propósito do Espírito Santo e, portanto, tem que haver alguma outra coisa. Não penses que isso é loucura. Pois isso é a tua razão que te diz e decorre perfeitamente do que já aprendeste.

6. Não há incoerência alguma naquilo que o Espírito Santo ensina. Esse é o raciocínio dos sãos. Percebeste a loucura do ego e não te fizeste temeroso, porque não escolheste compartilhá-la. Algumas vezes, ela ainda te engana. No entanto, nos teus momentos mais sãos, as suas extravagâncias não trespassam o teu coração com terror. Pois reconheceste que todas as dádivas que ele tiraria de ti, irado por ‘presunçosamente’ desejares olhar para dentro, tu não queres. Uns poucos badulaques remanescentes ainda parecem cintilar e capturar os teus olhos. Entretanto, não ‘venderias’ o Céu para possuí-los.

7. E agora o ego está com medo. Entretanto, o que ele ouve com terror, a outra parte ouve como a mais doce música, a canção que ansiava por ouvir desde que o ego veio à tua mente pela primeira vez. A fraqueza do ego é a sua força. A canção da liberdade, que canta os louvores de um outro mundo, traz a ela a esperança da paz. Pois ela se lembra do Céu e agora vê que o Céu afinal veio à terra, fora do qual o domínio do ego a manteve por tanto tempo. O Céu veio porque achou um lar no teu relacionamento na terra. E a terra já não pode conter o que foi dado ao Céu como algo que lhe é próprio.

8. Olha gentilmente para o teu irmão e lembra-te que a fraqueza do ego é revelada na vista de ambos. Aquilo que ele quer manter à parte se encontrou e se uniu e olha para o ego sem medo. Pequena criança, inocente do pecado, segue na alegria o caminho para a certeza. Não te atrases em função da insana insistência do medo, segundo a qual a certeza está na dúvida. Isso não tem significado. Que importância tem para ti que isso seja proclamado tão alto? O que não tem sentido não se torna significativo pela repetição e pelo clamor. O caminho da quietude está aberto. Segue-o com felicidade e não questiones o que não pode deixar de ser assim.

Um Curso Em Milagres


Lição 258



Que eu me lembre que a minha meta é Deus.

Tudo o que precisamos fazer é treinar as nossas mentes para deixarem de ver todos os pequenos objetivos sem sentido e lembrarem que a nossa meta é Deus. A Sua memória está escondida em nossas mentes, obscurecida apenas pelas nossas pequenas metas sem razão, que nada oferecem e que não existem. Continuaremos a deixar que a graça de Deus brilhe na inconsciência, enquanto buscamos, em seu lugar, os brinquedos e as bagatelas do mundo? Deus é a nossa única meta, o nosso único Amor. Não temos nenhum objetivo, exceto lembrar-nos Dele.

A nossa meta é apenas a de seguir no caminho que conduz a Ti. Não temos nenhuma outra além dessa. O que mais poderíamos querer, exceto lembrarmo-nos de Ti? O que poderíamos buscar, senão a nossa Identidade?

Livro de Exercícios UCEM

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Lição 257



Que eu me lembre qual é o meu propósito.

Se eu esquecer a minha meta, só poderei ficar confuso, incerto do que sou e assim em conflito nas minhas ações. Ninguém pode servir a metas contraditórias e servir-lhes bem. Tampouco lhe será possível funcionar sem profunda angustia e grande depressão. Que estejamos determinados, portanto, a lembrar-nos do que queremos hoje, para que possamos unificar os nossos pensamentos e ações de modo significativo e realizar apenas o que Deus quer que façamos hoje.

Pai, o perdão é o meio que escolheste para a nossa salvação. Que não nos esqueçamos nesse dia de que não temos nenhuma vontade senão a Tua. E, assim, o nosso propósito também tem que ser o Teu, se quisermos alcançar a paz que é a Tua Vontade para nós.

Livro de Exercícios UCEM

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Lição 256


Hoje, Deus é a minha única meta.

Aqui, o caminho para Deus é através do perdão. Não há outro caminho. Se o pecado não tivesse sido apreciado pela mente, que necessidade haveria de achar o caminho para o lugar onde já estás? Quem ainda estaria incerto? Quem poderia ter dúvidas quanto a quem é? E quem ainda desejaria continuar dormindo, em pesadas nuvens de dúvida a respeito da santidade daquele que Deus criou sem pecado? Aqui, só nos é possível sonhar. Mas podemos sonhar que perdoamos aquele em que todo pecado permanece impossível, e é isso que escolhemos sonhar hoje. Deus é a nossa meta; o perdão é o meio pelo qual as nossas mentes enfim retornam a Ele.

E assim, Pai nosso, queremos vir a Ti pelo caminho que indicaste. Não temos outra meta, exceto a de ouvir a Tua Voz e achar o caminho que o Teu Verbo sagrado indicou para nós.

Um Curso Em Milagres




domingo, 18 de setembro de 2011

Lição 255


Escolho passar esse dia em perfeita paz.

Não me parece que eu possa escolher ter apenas paz no dia de hoje. E, no entanto, o meu Deus me garante que o Seu Filho é como Ele Mesmo. Que nesse dia eu tenha fé Naquele Que diz que eu sou o Filho de Deus. E que a paz que eu escolho hoje para mim dê testemunho da verdade do que Ele diz. O Filho de Deus não pode ter preocupações, e tem que permanecer para sempre na paz do Céu. Em Seu Nome, dedico o dia de hoje a achar o que é a Vontade do meu pai para mim, aceitando-a como minha e dando-a a todos os Filhos do meu Pai junto comigo.

E assim, meu Pai, quero passar esse dia Contigo. O Teu Filho não Te esqueceu. A paz que lhe deste ainda está na sua mente, e é lá que eu escolho passar o dia de hoje.

Livro de Exercícios UCEM



sábado, 17 de setembro de 2011

A justiça devolvida ao amor


1. O Espírito Santo pode usar tudo o que dás a Ele para a tua salvação. Mas Ele não pode usar aquilo que reténs, porque não pode tomá-lo de ti sem a tua disponibilidade para isso. Pois se Ele o fizesse, acreditarias que Ele o arrancou de ti contra a tua vontade. E assim não aprenderias que é tua vontade ficar sem isso. Não precisas dar isso a Ele com disponibilidade total, pois se pudesses fazê-lo, não terias nenhuma necessidade Dele. Mas disso Ele necessita: que prefiras que Ele tire isso de ti do que guardá-lo só para ti, reconhecendo que não queres conhecer aquilo que traz perda a qualquer pessoa. É necessário acrescentar apenas isso à idéia de que ninguém pode perder para que tu ganhes. E nada mais.

2. Aqui está o único princípio de que necessita a salvação. Também não é necessário que a tua fé nisso seja forte, inquebrantável e inatacável por qualquer crença que se oponha a ele. As tuas alianças não são fixas. Mas lembra-te que a salvação não é necessária para os que estão salvos. Não te é pedido que faças o que uma pessoa ainda dividida contra si mesma acharia impossível. Não tenhas fé em que se possa achar sabedoria em tal estado mental. Mas sê grato porque apenas te é pedido um pouco de fé. O que, além de um pouco de fé, resta para aqueles que ainda acreditam no pecado? O que poderiam eles saber acerca do Céu e da justiça dos que estão salvos?

3. Existe uma espécie de justiça na salvação a respeito da qual o mundo nada conhece. Para o mundo, justiça e vingança são a mesma coisa, pois os pecadores só vêem a justiça como seu castigo, talvez suportado por uma outra pessoa, mas nunca é possível escapar. As leis do pecado exigem uma vítima. Quem será, faz pouca diferença. Mas a morte tem que ser o custo e tem que ser pago. Isso não é justiça, mas insanidade. No entanto, como poderia a justiça ser definida sem insanidade onde o amor significa ódio e a morte é vista como uma vitória e um triunfo sobre a eternidade, a intemporalidade e a vida?

4. Tu, que não conheces a justiça, podes ainda perguntar e aprender a resposta. A justiça olha para todos do mesmo modo. Não é justo que falte a alguém o que outro tem. Pois isso é vingança, qualquer que seja a forma que tome. A justiça não exige nenhum sacrifício, posto que todo o sacrifício é feito para que o pecado seja preservado e mantido. É um pagamento oferecido pelo custo do pecado, mas não o custo total. O restante é tomado de outro, para ser depositado ao lado do teu pequeno pagamento, para “expiar” tudo o que queres manter e não entregar. Assim a vítima é vista como sendo em parte tu, com um outro arcando com uma parte muito maior. E no custo total, quanto maior a parte dele, menor a tua. E a justiça, sendo cega, fica satisfeita por ser paga, pouco importa por quem.

5. É possível que isso seja justiça? Deus nada sabe a respeito disso. Mas a justiça Ele conhece e conhece bem. Pois Ele é totalmente justo para com todas as pessoas. A vingança é alheia à Mente de Deus porque Ele conhece a justiça. Ser justo é ser capaz de eqüidade, não sendo vingativo. Eqüidade e vingança são impossíveis, pois cada uma contradiz a outra e nega que ela seja real. É impossível para ti compartilhar a justiça do Espírito Santo com uma mente que é capaz de conceber qualquer especialismo. Entretanto, como pode Ele ser justo se condena um pecador pelos crimes que ele não cometeu, mas pensa que cometeu? E onde estaria a justiça se Ele exigisse daqueles, que estão obcecados com a idéia do castigo, que a pusessem de lado sem ajuda e percebes­sem que ela não é verdadeira?

6. É extremamente difícil para aqueles que ainda acreditam no pecado como algo significativo compreender a justiça do Espírito Santo. Eles têm que acreditar que o Espírito Santo compartilha a sua própria confusão e não pode evitar a vingança que a sua própria crença na justiça tem que acarretar. E assim têm medo do Espírito Santo e percebem Nele a “ira” de Deus. Nem sequer podem confiar que Ele não os trespassará, matando-os com relâmpagos de luz arrancados do “fogo” do Céu pela própria Mão furiosa de Deus. Eles, de fato, acreditam que o Céu é o inferno e têm medo do amor. E uma suspeita profunda e o frio tremor do medo caem sobre eles quando lhes é dito que nunca pecaram. O seu mundo depende da estabilidade do pecado. E percebem a “ameaça” daquilo que Deus conhece como justiça como algo mais destrutivo para si mesmos e para o seu mundo do que a vingança, a qual compreendem e amam.

7. Assim pensam que a perda do pecado é uma maldição. E fogem do Espírito Santo como se Ele fosse um mensageiro do inferno, enviado do alto, na traição e na lábia, para trabalhar na vingança de Deus sobre eles, disfarçado de libertador e amigo. O que poderia Ele ser para eles senão um demônio, vestido com a capa de um anjo com o objetivo de enganá-los? E que saída Ele lhes oferece senão uma porta para o inferno com a aparência da porta do Céu?

8. Apesar disso, a justiça não pode punir aqueles que pedem punição, pois têm um Juiz Que tem o conhecimento de que eles são completamente inocentes na verdade. Na justiça, Ele se limita a libertá-los e a dar-lhes toda a honra que merecem e têm negado a si próprios porque não são capazes de eqüidade e não podem compreender que são inocentes. O amor não é compreensível para os pecadores porque pensam que a justiça está fora do amor e representa alguma outra coisa. Assim é o amor percebido como fraco e a vingança forte. Pois o amor perdeu quando o julgamento deixou de estar a seu lado e é fraco demais para salvar da punição. Mas a vingança sem amor ganhou em força por estar separada e à parte do amor. E o que além da vingança pode agora salvar e ajudar, enquanto o amor se deixa ficar debilmente de lado, com mãos impotentes, destituído de justiça e vitalidade e sem poder para salvar?

9. O que pode o Amor pedir a ti, que pensas que tudo isso é verdadeiro? Poderia Ele, na justiça e no amor, acreditar que na tua confusão tens muito para dar? Não te é pedido que confies muito Nele. Não mais do que aquilo que vês que Ele te oferece e reconheces que não poderias dar a ti mesmo. Na justiça própria de Deus, Ele de fato reconhece tudo o que mereces, mas da mesma forma compreende que não és capaz de aceitá-lo para ti mesmo. É a Sua função especial te oferecer as dádivas que os inocentes merecem. E cada uma que aceitas traz alegria a Ele assim como a ti. Ele sabe que o Céu fica mais rico com cada uma que aceitas. E Deus se regozija à medida que o Seu Filho recebe aquilo que a justiça amorosa sabe que é devido a ele. Pois o amor e a justiça não são diferentes. Como eles são o mesmo, a misericórdia está à Mão direita de Deus e dá ao Filho de Deus o poder de perdoar a si próprio por todo pecado.

10. Dele, que merece todas as coisas, como pode ser possível que algo seja omitido? Pois isso, de fato, seria injustiça, falta de eqüidade para com toda a santidade que existe nele, por mais que ele não a reconheça. Deus não conhece nenhuma injustiça. Ele não iria permitir que Seu Filho fosse julgado por aqueles que buscam a sua morte e que não podem ver o seu valor de jeito nenhum. Que testemunhas honestas poderiam eles chamar para falar em seu favor? E quem viria para apelar a favor dele, ao invés de contra a sua vida? Nenhuma justiça seria dada a ele por ti. Entretanto, Deus garantiu que a justiça fosse feita ao Filho que Ele ama e quer protegê-lo de toda iniqüidade que possas buscar para oferecer-lhe, acreditando que é a vingança que lhe é propriamente devida.

11. Como o especialismo não se importa com quem paga o custo do pecado, desde que ele seja pago, assim também o Espírito Santo não se preocupa com quem olha para a inocência por último, desde que ela seja vista e reconhecida. Pois apenas uma testemunha é suficiente, se ela vir verdadeiramente. A simples justiça não pede mais do que isso. A cada um o Espírito Santo pergunta se ele quer ser essa testemunha de modo que a justiça possa retornar ao amor e lá ser satisfeita. Cada função especial que Ele atribui não tem senão essa finalidade: que cada um aprenda que amor e justiça não são separados. E ambos são fortalecidos por sua união um com o outro. Sem amor, a justiça fica preconceituosa e fraca. E amor sem justiça é impossível. Pois o amor é justo e não pode punir sem causa. Que causa pode dar legalidade a um ataque sobre os inocentes? Na justiça, então, o amor corrige equívocos, mas não na vingança. Pois isso seria injusto para com a inocência.

12. Tu podes ser uma testemunha perfeita do poder do amor e da justiça, se compreenderes que é impossível que o Filho de Deus possa merecer vingança. Não é necessário que percebas, em cada circunstância, que isso é verdadeiro. Nem é preciso que olhes para a tua experiência no mundo, que não passa de uma sombra de tudo o que realmente está acontecendo dentro de ti mesmo. A compreensão que necessitas não vem de ti, mas de um Ser maior, tão grande e tão santo que Ele não poderia duvidar da Sua inocência. A tua função especial é um chamado a Ele, para que Ele possa sorrir para ti, cuja impecabilidade Ele compartilha. A Sua compreensão será tua. E assim a função especial do Espírito Santo foi cumprida. O Filho de Deus achou uma testemunha para a sua impecabilidade e não para os seus pecados. Como é pouco o que precisas dar ao Espírito Santo para que a simples justiça possa ser feita para contigo.

13. Sem imparcialidade não existe justiça. Como pode o especialismo ser justo? Não julgues porque não podes fazê-lo e não porque também és um miserável pecador. Como é possível que aquele que é especial realmente compreenda que a justiça é a mesma para todos? Tirar de um para dar a outro tem que ser uma injustiça para os dois, já que são iguais do ponto de vista do Espírito Santo. O Seu Pai deu a mesma herança para ambos. Quem quer ter mais ou menos não tem consciência de que tem tudo. Não serve de juiz do que tem que ser devido ao outro, porque pensa que ele próprio é destituído. E assim, necessariamente, ele é invejoso e tenta tirar daquele a quem julga. Ele não é imparcial e não pode ver com eqüidade os direitos do outro, porque os seus próprios foram obscurecidos para ele.

14. Tu tens direito a todo o universo: à paz perfeita, à libertação completa de todos os efeitos do pecado e à vida eterna, alegre e completa em todos os aspectos conforme Deus designou para o Seu Filho santo. Essa é a única justiça que o Céu conhece e tudo o que o Espírito Santo traz à terra. A tua função especial nada te mostra além de que a perfeita justiça pode prevalecer para ti. E estás a salvo da vingança em todas as formas. O mundo engana, mas não é capaz de substituir a justiça de Deus por uma versão própria. Pois só o amor é justo e pode perceber o que a justiça tem que dar ao Filho de Deus. Deixa que o amor decida e nunca temas que tu, na tua falta de eqüidade, vá privar a ti mesmo do que a justiça de Deus reservou para ti.

Um Curso Em Milagres


Lição 254


Que se aquietem todas as vozes em mim, exceto A de Deus.

Pai, hoje só quero ouvir a Tua Voz. No mais profundo silencio, quero vir a Ti para ouvir a Tua Voz e receber o Teu Verbo. Não tenho outra prece, senão essa: venho a Ti para pedir-Te a verdade. E a verdade é a Tua Vontade, que hoje quero compartilhar Contigo.

Hoje, não deixamos nenhum pensamento do ego dirigir as nossas palavras ou ações. Quando tais pensamentos ocorrem, nós recuamos em quietude, olhamos para eles e, em seguida, os deixamos ir. Não queremos o que trariam consigo. E por isso não escolhemos guardá-los. Estão em silêncio agora. E, na quietude abençoada pelo Seu Amor, Deus Se dirige a nós e nos fala da nossa vontade, pois escolhemos nos lembrar Dele.

Um Curso Em Milagres

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lição 253


Quem rege o universo é o meu Ser.

É impossível que algo venha a mim sem que eu próprio o tenha chamado. Mesmo nesse mundo, sou eu que governo o meu destino. O que acontece é o que eu desejo. O que não ocorre é o que eu não quero que aconteça. Isso eu tenho que aceitar. Pois assim sou conduzido para além desse mundo, para as minhas criações, filhas da minha vontade, no Céu onde o meu Ser santo habita com elas e com Aquele Que me criou.

Tu és o Ser Que criaste Filho, o qual cria à Tua semelhança e é um Contigo. O meu Ser, que rege o universo, é apenas a Tua Vontade em perfeita união com a minha, que só pode concordar alegremente com a Tua, para que possa estender-Se a Si Mesma.

Livro de Exercícios UCEM

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O reconhecimento do espírito


1. Vês a carne ou reconheces o espírito. Não é possível nenhuma transigência entre os dois. Se um é real, o outro tem que ser falso, porque o que é real nega o seu oposto. Não existe nenhuma esco­lha na visão, exceto essa. O que decides em relação a isso define tudo o que vês e pensas que é real e manténs como verdadeiro. Dessa única escolha depende todo o teu mundo, pois aqui esta­beleceste o que tu és, carne ou espírito na tua própria crença. Se escolhes a carne, jamais escaparás ao corpo como tua própria rea­lidade, pois escolheste que queres assim. Mas escolhe o espírito e todo o Céu se inclina para tocar os teus olhos e abençoar a tua vista santa, para que não mais possas ver o mundo da carne exce­to para confortar e curar e abençoar.

2. A salvação é desfazer. Se escolhes ver o corpo, contemplas um mundo de separação, de coisas que não são relacionadas entre si e acontecimentos que não fazem absolutamente nenhum sentido. Esse aparece e desaparece na morte; aquele está condenado ao sofrimento e à perda. E ninguém é exatamente como era um ins­tante antes e nem será como é agora daqui a um instante. Quem poderia ter confiança quando tanta mudança é vista, pois quem poderia ser digno se não passa de pó? A salvação é o desfazer de tudo isso. A constância surge na vista daqueles cujos olhos a sal­vação liberou da contemplação do custo da manutenção da culpa porque escolheram soltá-la em vez de mantê-la.

3. A salvação não pede que vejas o espírito e não percebas o cor­po. Ela meramente pede que essa seja a tua escolha. Pois podes ver o corpo sem ajuda, mas não compreendes como contemplar um mundo à parte dele. É o teu mundo que a salvação vai desfa­zer e te deixará ver um outro mundo, que os teus olhos jamais poderiam achar. Não te preocupes com a forma como isso pode acontecer. Não compreendes como o que vês surgiu à tua vista. Pois se compreendesses, já teria desaparecido. O véu da igno­rância cobre o mal e o bem e tem que ser ultrapassado para que ambos possam desaparecer, de tal modo que a percepção não ache nenhum lugar para se esconder. Como se faz isso? Não se faz absolutamente nada. O que poderia haver dentro do univer­so que Deus criou que ainda tivesse que ser feito?

4. Só na arrogância poderias conceber que tens que aplainar o caminho para o Céu. A ti é dado o meio através do qual podes ver o mundo que irá substituir aquele que fizeste. Seja feita a tua vontade! No Céu assim como na terra, isso é para sempre verda­deiro. Não importa onde acreditas que estejas, nem o que pensas que tem que ser realmente a verdade a respeito de ti mesmo. O que olhas não faz diferença, nem o que escolhes pensar, sentir ou desejar. Pois o Próprio Deus disse: “Seja feita a tua vontade.” E conseqüentemente ela é feita para ti.

5. Tu, que acreditas que podes escolher ver o Filho de Deus como queres que ele seja, não te esqueças que nenhum conceito de ti mesmo poderá opor-se à verdade do que tu és. Desfazer a verda­de seria impossível. Mas conceitos não são difíceis de mudar. Uma única visão, claramente vista, que não se adequa ao retrato tal como era percebido antes, mudará o mundo para olhos que aprendem a ver porque o auto conceito terá sido mudado.

6. És invulnerável? Então o mundo, no teu modo de ver, não pode causar dano. Perdoas? Então, o mundo perdoa, pois tu perdoaste as ofensas do mundo e assim ele olha para ti com olhos que vêem como os teus. És um corpo? Nesse caso, o mundo todo é percebido como traidor e disposto a matar. És um espíri­to, sem a morte e sem a promessa da corrupção e a mancha do pecado sobre ti mesmo? Nesse caso, o mundo é visto como está­vel, inteiramente digno da tua confiança; um lugar feliz no qual se descansa por algum tempo, onde nada precisa ser temido, mas apenas amado. Quem não é bem-vindo para aquele que é benig­no de coração? E o que poderia ferir o que é verdadeiramente inocente?

7. Seja feita a tua vontade, tu, santa criança de Deus. Não impor­ta se pensas que estás na terra ou no Céu. O que em Sua Vontade o teu Pai quer de ti não pode mudar nunca. A verdade em ti permanece tão radiante quanto uma estrela, tão pura quanto a luz, tão inocente quanto o próprio amor. E tu. és digno de que seja feita a tua vontade!

Um Curso Em Milagres

Lição 252



O Filho de Deus é a minha identidade.


O meu Ser é mais santo do que todos os pensamentos de santidade que eu agora concebo. O seu cintilar e a sua perfeita pureza são muito mais brilhantes do que qualquer luz que eu jamais contemplei. O seu amor é sem limites, com uma intensidade que contém em si mesma todas as coisas na calma da certeza que habita em quietude. A sua força não vem dos impulsos ardentes que movem o mundo, mas do infinito Amor do próprio Deus. Quão além desse mundo meu Ser tem que estar e, no entanto, quão próximo de mim e quão perto de Deus!


Pai, Tu conheces a minha verdadeira Identidade. Revela-A agora a mim que sou Teu Filho, para que eu possa despertar para a verdade em Ti e saber que o Céu me é restituído.

Livro de Exercícios UCEM

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Salvação e o Relacionamento Santo


1.         Tem piedade de ti mesmo por tanto tempo escravizado. Regozija-te, pois aqueles a quem Deus se uniu vieram a estar juntos e não têm mais necessidade de olhar para o pecado separados. Não há duas pessoas que possam olhar para o pecado juntas, pois elas jamais poderiam vê-lo no mesmo lugar e ao mesmo tempo. O pecado é uma percepção estritamente individual, visto no outro, porém cada um acredita que ele está dentro de si mesmo. E cada um parece fazer um erro diferente, erro esse que o outro não pode compreender. Irmão, é o mesmo erro, feito pelo mesmo ser e é perdoado em nome daquele que o cometeu da mesma maneira. A Identidade do teu relacionamento perdoa a ti e ao teu irmão, desfa­zendo os efeitos do que ambos acreditaram e viram. E como eles se vão, a necessidade do pecado se vai com eles.


2.               Quem tem necessidade de pecado? Somente os sozinhos e os solitários, que vêem os seus irmãos diferentes de si mesmos. É essa diferença, vista porém não-real, que faz a necessidade do pecado, não-real porém vista, parecer justificada. E tudo isso se­ria real se o pecado o fosse. Pois um relacionamento não-santo baseia-se em diferenças, onde cada um pensa que o outro tem o que ele não tem. Eles vêm a estar juntos, cada um para comple­tar a si mesmo e roubar o outro. Ficam até pensarem que nada mais há a ser roubado e então vão adiante. E assim vagam atra­vés de um mundo de estranhos, que não são como eles, vivendo com os seus corpos talvez sob um teto comum que não abriga a nenhum dos dois; no mesmo quarto e, apesar disso, há um mun­do entre eles.

3.         Um relacionamento santo parte de uma premissa diferente. Cada um olhou para dentro de si e não viu nenhuma falta. Cada um aceitou sua completeza e quer estendê-la, unindo-se a um outro que é íntegro como ele próprio. Ele não vê diferenças entre o seu ser e o ser do outro, pois as diferenças estão apenas nos corpos. Portanto, ao olhar não acha nada que queira tomar do outro. Ele não nega a sua própria realidade porque é a verda­de. Ele está só um pouco abaixo do Céu, mas suficientemente próximo para não retornar à terra. Pois esse relacionamento tem a santidade do Céu. A que distância de casa pode estar um rela­cionamento tão semelhante ao Céu?

4.         Pensa no que um relacionamento santo pode ensinar! Aqui se desfaz a crença nas diferenças. Aqui a fé depositada nas diferen­ças passa a ser depositada no que é o mesmo. E aqui a perspecti­va das diferenças é transformada em visão. A razão pode agora conduzir a ti e ao teu irmão à conclusão lógica da vossa união. Ela não pode deixar de estender-se, assim como vós vos estendeste quanto tu e ele vos unistes. Ela não pode deixar de alcançar o que está fora e além de si mesma, assim como vós alcançastes o que estava fora e além do corpo para permitir que tu e teu irmão fôs­seis unidos. E agora essa qualidade comum ao que é o mesmo, que vós vistes, estende-se e finalmente remove todo o senso de diferenças de tal modo que o que é o mesmo por trás de todas as diferenças vem a ser aparente. Aqui está o círculo dourado onde reconheces o Filho de Deus. Pois o que nasceu em um relaciona­mento santo nunca pode ter fim.

Um Curso Em Milagres


Lição 251



Não preciso de nada além da verdade.


Busquei muitas coisas e achei o desespero. Agora busco apenas uma, pois nela está tudo o que eu preciso e só o que preciso. Tudo o que busquei antes, eu não precisava e nem sequer queria. Não reconheci a minha única necessidade. Mas agora vejo que só preciso da verdade. Nela todas as necessidades são satisfeitas, todos os anseios têm fim, todas as esperanças são finalmente realizadas e os sonhos se vão. Agora, tenho tudo que poderia precisar. Agora, tenho tudo que poderia querer. E agora, enfim, me acho em paz.

E por essa paz, Pai nosso, nós damos graças. Tu nos restituíste o que havíamos negado a nós mesmos e apenas isso é o que realmente queremos.

Livro de Exercícios UCEM

terça-feira, 13 de setembro de 2011

4. O que é o pecado?


Pecado é insanidade. É o meio pelo qual a mente é levada à loucura e busca deixar que as ilusões tomem o lugar da verdade. E, estando louca, vê ilusões onde a verdade deveria estar e onde realmente está. O pecado deu olhos ao corpo, pois para aqueles que não têm pecado, o que há para contemplar? Que necessidade têm eles da visão, da audição ou do tato? O que ouviriam ou tentariam agarrar? O que perceberiam com os sentidos? Ter sensações não é conhecer. E a verdade só pode ser preenchida com o conhecimento e com nada mais.

O corpo é o instrumento de todas as ilusões que só representam coisas imaginarias, geradas por pensamentos que não são verdadeiros. São a “prova” de que o que não tem realidade é real. O pecado “prova” que o Filho de Deus é mau, que a intemporalidade tem que ter um fim, que a vida eterna tem que morrer. E o próprio Deus perdeu o Filho que Ele ama, ficando apenas com a corrupção para completar a Si Mesmo; a Vontade de Deus foi para sempre superada pela morte, o amor decapitado pelo ódio e nunca mais haverá paz.

Os sonhos de um louco são assustadores e o pecado, de fato, parece aterrorizar. E, no entanto, o que o pecado percebe não passa de um jogo infantil. O Filho de Deus pode brincar de tornar-se um corpo, uma presa para o mal e para a culpa, tendo apenas uma pequena vida que terminará na morte. Porém, enquanto isso, o seu Pai o ilumina e o ama com um Amor eterno, que as suas pretensões não podem mudar de forma alguma.

Por quanto tempo, ó Filho de Deus, ainda manterás o jogo do pecado? Não é melhor deixarmos de lado esses brinquedos de criança cheios de pontas afiadas? Em quanto tempo estarás pronto para voltar para casa? Hoje, talvez? Não existe pecado. A criação não pode ser mudada. Ainda queres protelar a volta ao Céu? Até quando, ó Filho santo de Deus, até quando?

Um Curso Em Milagres

Lição 250


Que eu não me veja como um ser limitado.

Que hoje eu contemple o Filho de Deus e seja um testemunho da sua glória. Que eu não tente obscurecer nele a luz santa e não veja a sua força diminuída e reduzida à fragilidade, nem perceba o que falta nele, pois com isso quero atacar a sua soberania.

Ele é o Teu Filho, meu Pai. E hoje quero contemplar a sua gentileza ao invés das minhas ilusões. Ele é o que eu sou e o vejo assim como vejo a mim mesmo. Hoje quero ver verdadeiramente, para que nesse dia eu possa enfim me identificar com ele.

Livro de Exercícios UCEM

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Lição 249


O perdão põe fim a todo sofrimento e a toda perda.

O perdão retrata um mundo em que não há mais sofrimento, em que a perda vem a ser impossível e a raiva não faz nenhum sentido. O ataque se foi e a loucura chegou ao fim. Que sofrimento pode ser concebível agora? Que perda pode ser mantida? O mundo vem a ser um lugar de alegria, abundância, caridade e de doação sem fim. É agora tão semelhante ao Céu que se transforma rapidamente na luz que ele reflete. E assim a jornada que o Filho de Deus começou, terminou na luz da qual ele veio.

Pai, queremos devolver as nossas mentes a Ti. Nós as traímos, as mantivemos presas na amargura e as amedrontamos com pensamentos de violência e morte. Agora queremos descansar em Ti, tal como nos criaste.

Livro de Exercícios UCEM

domingo, 11 de setembro de 2011

Lição 248


Tudo o que sofre não faz parte de mim.

Eu repudiei a verdade. Que agora eu seja igualmente fiel ao repudiar a falsidade. Tudo o que sofre não faz parte de mim. O que chora não sou eu. O que sente dor não passa de uma ilusão na minha mente. O que morre, na realidade, nunca viveu e apenas escarneceu da verdade sobre mim. Agora repudio os autoconceitos e enganos e as mentiras sobre o Filho santo de Deus. Agora estou pronto a recebê-lo de volta tal como Deus o criou e tal como ele é.

Pai, o meu antigo amor por Ti está de volta e que eu ame também o teu Filho novamente. Pai, sou como me criaste. Agora o Teu Amor é lembrado, assim como o meu. Agora compreendo que são um só.

Livro de Exercícios UCEM

sábado, 10 de setembro de 2011

Lição 247


Sem perdão, ainda serei cego.

O pecado é o símbolo do ataque. Contempla-o em qualquer lugar e eu sofrerei. Pois o perdão é o único meio pelo qual a visão de Cristo vem a mim. Que eu aceite o que a Sua visão me mostra como a simples verdade e estarei completamente curado. Irmão, vem e deixa-me olhar para ti. A tua beleza reflete a minha. A tua impecabilidade é a minha. Tu estás perdoado e eu também junto contigo.

É assim que quero olhar para todos hoje. Os meus irmãos são Teus Filhos. A Tua Paternidade os criou e os deu a mim como parte de Ti e também do meu próprio Ser. Hoje eu honro a Ti através deles e assim espero nesse dia reconhecer o meu Ser.

Livro de Exercícios UCEM

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lição 246


Amar o meu Pai é amar o Seu Filho.

Que eu não pense que posso achar o caminho para Deus, se tiver ódio no meu coração. Que eu não tente ferir o Filho de Deus e pensar que posso conhecer seu Pai ou o meu Ser. Que eu não falhe em reconhecer a mim mesmo e ainda acredite que a minha consciência pode conter o meu Pai, ou a minha mente conceber todo o amor que o meu Pai tem por mim e todo o amor que eu Lhe retribuo.

Aceitarei o caminho que escolheste para que eu venha a Ti, meu Pai. Pois nisso terei sucesso, porque essa é a Tua Vontade. E quero reconhecer que o que é Tua Vontade é também o que eu quero e só isso. E assim escolho amar o Teu Filho. Amém.

Livro de Exercícios UCEM

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A ilusão das necessidades


1. Tu, que queres paz, só podes achá-la no perdão completo. Ninguém aprende a menos que queira e acredite que precisa do aprendizado de alguma forma. Embora não exista nenhuma falta na criação de Deus, ela é bem evidente no que tu fizeste. De fato, essa é a diferença essencial entre um e outro. Falta implica em que estarias melhor se estivesses em um estado de algum modo diferente daquele em que estás. Até a “separação”, que é o significado da “queda”, nada estava faltando. Não existiam quaisquer necessidades. Necessidades só surgem quando tu te privas. Ages de acordo com a ordem particular de necessidades que estabeleces. Isso, por sua vez, depende da tua percepção do que tu és.

2. O senso de separação de Deus é a única falta que realmente precisas corrigir. Esse senso de separação nunca teria surgido se não tivesses distorcido a tua percepção da verdade e assim percebido a ti mesmo corno se algo estivesse te faltando. A idéia de ordem de necessidades surgiu porque, tendo feito esse erro fundamental, já tinhas te fragmentado em níveis com diferentes necessidades. A medida em que te integras vens a ser uno e as tuas necessidades conseqüentemente vêm a ser um só. Necessidades unificadas conduzem à ação unificada porque isso produz uma ausência de conflitos.

3. A idéia de ordem de necessidades, que decorre do erro original segundo o qual alguém pode ser separado de Deus, requer correção no seu próprio nível, antes que o erro de perceber níveis possa ser de alguma forma corrigido. Tu não podes comportar-te de maneira eficaz enquanto funcionares em níveis diferentes. Todavia, enquanto o fazes, a correção tem que ser introduzida verticalmente, de baixo para cima. Isso é assim porque pensas que vives no espaço, onde conceitos tais como “para cima” e “para baixo” são significativos. Em última instância, o espaço é tão sem significado quanto o tempo. Ambos são meramente crenças.

4. O propósito real desse mundo é ser usado para corrigir a tua descrença. Tu nunca podes controlar os efeitos do medo por ti mesmo, porque fizeste o medo e acreditas no que fizeste. Em atitude, então, embora não no conteúdo, te assemelhas ao teu Criador Que tem fé perfeita em Suas criações porque Ele as criou. A crença produz a aceitação da existência. E por isso que tu podes acreditar em algo que ninguém mais pensa que é verdadeiro. É verdadeiro para ti porque foi feito por ti.


5. Todos os aspectos do medo são inverídicos, porque não existem no nível criativo e, portanto, absolutamente não existem. Qualquer que seja a extensão da tua disponibilidade para submeter as tuas crenças a esse teste, nessa mesma extensão as tuas percepções são corrigidas. Para separar o falso do verdadeiro, o milagre procede nestas linhas:

O amor perfeito exclui o medo.
Se o medo existe, então não há amor perfeito.

Mas:

Só o amor perfeito existe.
Se há medo, ele produz um estado que não existe.

Acredita nisso e tu serás livre. Só Deus pode estabelecer essa solução e essa fé é o Seu dom.

Um Curso Em Milagres

Lição 245


Pai, a Tua paz está comigo. Estou a salvo.

Pai, a Tua paz me cerca. Aonde quer que eu vá, a Tua paz me acompanha. Ela ilumina todos aqueles que encontro. Trago-a aos desolados, aos solitários e aos que têm medo. Dou a Tua paz àqueles que sentem dor, que choram perdas, ou pensam estar privados de esperança e de felicidade. Manda-os a mim, meu Pai. Deixa-me trazer comigo a Tua paz. Pois quero salvar o Teu Filho, conforme é Tua Vontade, para que eu possa vir a reconhecer o meu Ser.

E assim vamos em paz. Damos ao mundo todo a mensagem que recebemos. Portanto, vimos para ouvir a Voz por Deus Que nos fala ao relatarmos o Seu Verbo; Aquele cujo Amor reconhecemos porque compartilhamos o Verbo que Ele nos deu.

Livro de Exercícios UCEM

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Lição 244



Em nenhum lugar do mundo eu estou em perigo.

O Teu Filho está a salvo onde quer que se encontre, pois estás lá com ele. Ele só precisa invocar o Teu Nome, e lembrar-se-á de sua própria segurança e do Teu Amor, pois são um só. Como pode ele ter medo, duvidar ou deixar de saber que não pode sofrer, ser ameaçado ou experimentar a infelicidade, se ele Te pertence, amado e amoroso, na segurança do Teu abraço Paterno?

E é lá que estamos na verdade. Nenhuma tempestade pode entrar no abrigo bendito da nossa casa. Em Deus estamos seguros. Pois o que pode vir para ameaçar o próprio Deus ou amedrontar aquele que para sempre fará parte Dele?

Livro de Exercícios UCEM

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Lição 243


Hoje, não julgarei nada do que acontecer.

Serei honesto comigo mesmo hoje. Não pensarei que já sei o que tem que permanecer além do meu entendimento atual. Não pensarei que compreendo o todo a partir de fragmentos da minha percepção, que são tudo o que posso ver. Hoje reconheço que isso é assim. E, desse modo, sou libertado de julgamentos que não posso fazer. Assim liberto a mim mesmo e àquilo que eu contemplar para estar em paz, tal como Deus nos criou.

Pai, hoje deixarei a criação livre para ser o que é. Honro todas as suas partes, nas quais estou incluído Somos um porque cada parte contém a Tua memória e a verdade tem que brilhar em todos nós como em um só.

Livro de Exercícios UCEM

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Lição 242


Esse dia é de Deus. É a minha dádiva para Ele.

Hoje não conduzirei a minha vida sozinho. Eu não compreendo o mundo e por isso tentar viver a minha vida sozinho só pode ser tolice. Mas existe Alguém Que sabe tudo o que é melhor para mim. E Ele está contente em não fazer por mim nenhuma escolha que não conduza a Deus. Dou esse dia a Ele, pois não quero protelar a minha volta para casa e é Ele Quem conhece o caminho para Deus.

E, assim, damos a Ti o dia de hoje, viemos com mentes inteiramente abertas. Não pedimos nada do que achamos que merecemos. Dá-nos o que queres que seja recebido por nós. Tu conheces todos os nossos desejos e tudo o que queremos. E nos darás tudo aquilo de que precisamos para nos ajudar a achar o caminho para Ti.

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domingo, 4 de setembro de 2011

Lição 241



A salvação veio nesse instante santo.

Quanta alegria há nesse dia de hoje! É um momento de celebração especial. Pois esse dia oferece ao mundo escuro o instante em que se estabelece a sua liberação. Veio o dia em que os pesares passam e a dor desaparece. Hoje, a glória da salvação desponta sobre um mundo libertado. Esse é o momento da esperança para incontáveis milhões. Eles unir-se-ão agora quando tu os perdoares. Pois hoje eu serei perdoado por ti.

Agora, nós nos perdoamos uns aos outros e assim, enfim, viemos a Ti novamente. Pai, o Teu Filho que nunca partiu retorna ao Céu e à sua casa. Como estamos contentes por ter-nos sido restaurada a nossa sanidade e por nos lembrarmos que somos todos um só.

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3. O que é o mundo?


O mundo é falsa percepção. Nasceu do erro e não deixou a sua fonte. Ele deixará de existir quando o pensamento que lhe deu origem deixar de ser apreciado. Quando o pensamento da separação for mudado para um pensamento de verdadeiro perdão, o mundo será visto sob outra luz; uma luz que conduz à verdade, na qual o mundo todo tem que desaparecer, assim como todos os seus erros têm que sumir. Agora a sua fonte se foi e os seus efeitos também.

O mundo foi feito como um ataque a Deus. Ele simboliza o medo. E o que é o medo senão ausência de amor? Assim, o mundo foi feito para ser um lugar em que Deus não pudesse entrar e no qual o Seu Filho pudesse estar à parte Dele. Aqui nasceu a percepção, pois o conhecimento não poderia causar tais pensamentos insanos. Agora, os erros vêm a ser bastante possíveis, pois a certeza se foi.

Em seu lugar nasceram os mecanismos da ilusão. E, agora, eles partem para achar o que lhes é dado buscar. Seu objetivo é cumprir o propósito que o mundo foi feito para testemunhar e fazer com que seja real. Eles vêem nas suas ilusões apenas uma base sólida onde a verdade existe, mantida à parte das mentiras. No entanto, tudo o que transmitem é apenas ilusão, mantida à parte da verdade.

Assim como a vista foi feita para conduzir para longe da verdade, ela pode ser re-direcionada. Os sons vêm a ser o chamado de Deus e um novo propósito pode ser dado a toda percepção por Aquele Que Deus designou como o Salvador do mundo. Segue a Sua Luz e vê o mundo tal como Ele o contempla. Ouve apenas a Sua Voz em tudo o que fala contigo. E deixa-O dar-te a paz e a certeza que jogaste fora, mas que o Céu preservou Nele para ti.

Que não descansemos em nosso contentamento, enquanto o mundo não tiver se unido à nossa percepção, que já foi mudada. Que não estejamos satisfeitos, enquanto o perdão não tiver se tornado completo. E não tentemos mudar a nossa função. Temos que salvar o mundo. Pois nós, que o fizemos, temos que contemplá-lo através dos olhos de Cristo, para que o que foi feito para morrer possa ser restituído à vida que dura para sempre.

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sábado, 3 de setembro de 2011

Lição 240


O medo não se justifica de forma alguma.

O medo é um engano. Atesta que te viste tal como nunca poderias ser e, portanto, olhas para um mundo que é impossível. Coisa alguma nesse mundo é verdadeira. Não importa a forma sob a qual possa se apresentar. Testemunha apenas as tuas próprias ilusões sobre ti mesmo. Não nos deixemos enganar hoje. Somos os Filhos de Deus. Não há medo em nós, pois cada um de nós é uma parte do próprio Amor.

Como são tolos os nossos medos! Permitirias Tu que o Teu Filho sofresse? Dá-nos fé, nesse dia, para que reconheçamos o Teu Filho e o libertemos. Que nós o perdoemos, em Teu Nome, para que possamos compreender a sua santidade e sentir o amor por ele que é também o Teu Amor.

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sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Lição 239


A glória do meu Pai é minha.

Não deixemos que a verdade sobre nós mesmos seja ocultada, hoje, por uma falsa humildade. Ao invés disso, sejamos gratos pelas dádivas que o nosso Pai nos concedeu. É possível ver algum vestígio de pecado e culpa naqueles com quem Ele compartilha a própria glória? E seria possível que nos estivéssemos entre eles, quando Ele ama o Seu Filho para sempre e com perfeita constância, sabendo que esse é como Ele o criou?

Nós Te agradecemos, Pai, pela luz que brilha em nós para sempre. E nós a honramos, porque Tu a compartilha conosco. Somos um, unidos nesta luz e unos contigo, em paz com toda a criação e conosco.

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quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Lição 238


Toda salvação depende da minha decisão.

Pai, a Tua confiança em mim tem sido tão grande que eu devo merecê-la. Tu me criaste e me conheces tal como sou. E, no entanto, depositaste a salvação do Teu Filho em minhas mãos e deixaste que ela dependesse da minha decisão. Eu devo ser muito amado por Ti realmente. E também devo ser inabalável em minha santidade, para que me tenhas dado o Teu Filho, certo de que está seguro aquele que ainda faz parte de Ti e que, no entanto, é meu, pois Ele é o meu Ser.

E assim, mais uma vez hoje, fazemos uma pausa para pensar no quanto o nosso Pai nos ama. E quão caro o Seu Filho, criado pelo Seu Amor, continua sendo para Aquele Cujo Amor se completa nele.

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