sábado, 30 de janeiro de 2010

Mensagem de Mãe Maria-02-2010


Com as bênçãos da Mãe Divina.
Amor e Luz,
Jane Ribeiro

Mensagem de Mãe Maria

Que na força do amor possais reencontrar a vossa paz.

Que possais manter a fé em vossos corações, pois hoje a fé, mais do que nunca, é o instrumento maior para alcançardes a redenção.

Redenção de vossos limites, redenção de vossas energias egoístas, de vossos fantasmas que não vos permitem alcançar a liberdade que vos foi ofertada pelo Pai Altíssimo.

Então, a cada manhã, centrai vosso ser na luz da fé, permiti que essa força penetre vossos corpos, aceitai a chama da fé em vós e dentro de vós e silenciai vossas mentes, para que possais perceber o poder da fé em vós.

A fé no Altíssimo dissipa todos os vossos medos, a fé no Altíssimo remove toda energia de dor, vingança e limite, a fé no Altíssimo dissipa a névoa que vos envolve e que não permite a vossa total comunhão com vossa presença Eu Sou.

Colocai a fé em vós, ancorando a certeza que sois um ser de luz, e que a força da fé vos revelará o caminho, para que possais rapidamente reencontrar a luz do Altíssimo em vós.

Se tiverdes fé, bem amados, nunca sereis envolvidos pelo desânimo ou pela descrença eis que estareis ancorados na força do amor do Pai.

Vossas almas, a cada dia, clamam mais e mais para serem ouvidas, para que possam vos revelar os passos a seguir, na busca do objetivo comum da humanidade que é ser feliz.

A fé é a porta de entrada da casa do Pai que vos é revelada através do amor, que permeia vossas mentes e corações, e é esse mesmo amor que precisa ser reconhecido mais e mais, expandido mais e mais e compartilhado mais e mais, com todas as formas de vida, para que se restabeleça a unidade em vós, a unidade que vos mostrará a totalidade do que sois: Luz.

Sabeis que a luz que o Pai vos ofertou através da centelha divina que sustenta vossas vidas precisa ser rapidamente reconhecida, para que possa ser reincorporada conscientemente em vosso ser, fazendo-vos vibrar em uma nova sintonia, a sintonia do meu amor, o amor sem condições, o amor pleno, o amor que gera luz, que expande luz, que irradia luz e que manifesta luz.

Sois seres iluminados, bem amados.

É hora, pois de dissolver toda a densidade existente em vós, e que não permite o resplandecer total da luz que sois.

Reconhecei, bem amados, reconhecei que a densidade que ainda vos envolve foi criada pela crença de que sois limitados e assim precisais aceitar os limites impostos pela vida.

Lembrai-vos que inexistem limites para o Criador e sois parte dessa força, da força do Altíssimo que tudo compartilha, ilimitadamente, com sua criação.

É hora de perceberdes que limites decorrem de vossos desejos egoístas de tudo terem para si, achando com isso que tudo tendo, tudo sereis.

Não, bem amados, lembrai-vos, tudo compartilhando é que sereis à força da totalidade da Luz, o ser ilimitado que o Pai criou e que hoje já atingiu a maturidade para reconhecer que é hora de assumir a responsabilidade de efetuar as transformações em suas vidas, alterando suas mentes, eliminando delas preconceitos, eliminando delas limites, eliminando delas a força do ego que as envolvem, para que livres possam ser a coluna que sustenta todas as alterações em vossas vidas, e que vos levará a recuperação do poder ilimitado doado a vós pelo Pai.

Bem amados, que a fé sustente vossas intenções de recuperar a divindade que sois, que a determinação não permita a manifestação de incertezas em vossas vidas e que o amor possa resplandecer glorioso, trazendo-vos a leveza da alegria e a certeza da conquista da felicidade, que gera a fraternidade e a paz para todos vós.

Bem amados, que possais sustentar a paz, que possais orar pela paz nestes momentos de incertezas onde a força do ego encontra espaço para fazer proliferar dores e sofrimentos, toldando mentes e corações de irmãos e irmãs que não mais se reconhecem como tal, e que precisam de vossas orações para retornar ao caminho que leva ao Pai.

Que vossas orações possam envolver todo o planeta Terra, especialmente os países que se encontram em conflito e em guerra e aqueles que vêm sendo envolvidos por catástrofes de toda natureza, e que a força da oração possa tocar toda a humanidade na luz da fé revelada pela vontade do Pai, ajudando a restabelecer a sanidade para que, com serenidade e tolerância, todos possam reconhecer a perfeição da criação.

Bem amados, eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.

Mensagem de Mãe Maria-02-2010

Jane M. Ribeiro




quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Aqueles que acusam a si mesmos


1. Só aqueles que se acusam condenam. À medida em que te preparas para fazer uma escolha que terminará em resultados diferentes, há em primeiro lugar uma coisa que tem que ser su­per-aprendida. Ela tem que vir a ser uma resposta habitual tão típica para tudo o que fizeres, que vem a ser a tua primeira res­posta a todas as tentações e a todas as situações que ocorram. Aprende isso e aprende bem, pois é aqui que o atraso da felicidade é diminuído por uma quantidade de tempo que nem sequer podes compreender. Nunca odeias o teu irmão pelos seus peca­dos, mas só pelos teus. Qualquer que seja a força que os seus pecados pareçam tomar, ela só obscurece o fato de que acreditas que são teus e portanto merecem um ataque “justo.”

2. Por que deveriam os seus pecados ser pecados, se não acre­ditasses que não poderiam ser perdoados em ti? Por que seriam reais nele, se tu não acreditasses que eles são a tua realidade? E por que os atacas em toda a parte a não ser porque odeias a ti mesmo? És tu um pecado? Respondes “sim” toda vez que ata­cas, pois através do ataque afirmas que és culpado e tens que dar assim como mereces. E o que podes merecer senão aquilo que és? Se não acreditasses que mereces o ataque, jamais poderia te ocorrer atacar qualquer outra pessoa. Por que deverias? Qual seria o ganho para ti? Qual poderia ser o resultado para que o quisesses? E como poderia o assassinato te trazer benefício?

3. Os pecados estão nos corpos. Eles não são percebidos nas men­tes. Não são vistos como propósitos, mas como ações. Os corpos agem, as mentes não. E, portanto, é preciso que o corpo seja cul­pado pelo que faz. Ele não é visto como uma coisa passiva que obedece aos teus comandos e nada faz por conta própria. Se tu és pecado, és um corpo, pois a mente não age. E o propósito tem que estar no corpo e não na mente. O corpo tem que agir por conta própria e motivar a si mesmo. Se tu és pecado, trancas a mente dentro do corpo e dás o propósito que lhe é devido à casa que lhe serve de cadeia, a qual atua no lugar dela. Um carcereiro não segue ordens, mas executa ordens em relação ao prisioneiro.

4. No entanto, o corpo é prisioneiro, não a mente. O corpo não tem pensamentos a pensar. Não tem poder de aprender, de per­doar, de escravizar. Ele não dá nenhuma ordem que a mente tenha que cumprir, nem estabelece condições que ela tenha que obedecer. Ele mantém na prisão apenas a mente que voluntaria­mente quer aí habitar. Adoece a pedido da mente que quer vir a ser sua prisioneira. E envelhece e morre porque essa mente está doente dentro dele. Só o aprendizado causa mudança. E assim o corpo, onde não pode ocorrer nenhum aprendizado, jamais po­deria mudar a não ser que a mente preferisse que o corpo mudasse em suas aparências para se adequar ao propósito dado por ela. Pois a mente pode aprender e é lá que todas as mudanças são feitas.

5. A mente que pensa que é um pecado não tem senão um propó­sito: que o corpo seja a origem do pecado para mantê-la na cadeia que escolheu e guarda e que a retém como um prisioneiro ador­mecido diante dos cães ameaçadores do ódio e do mal, da doença e do ataque, da dor e da idade, do pesar e do sofrimento. Aqui são preservados os pensamentos de sacrifício, pois aqui reina a culpa e essa ordena que o mundo seja como ela, um lugar onde nada pode achar misericórdia, nem sobreviver à devastação do medo, exceto no assassinato e na morte. Pois aqui tu és feito pecado e o pecado não pode habitar no que é alegre e livre, pois eles são os inimigos que o pecado tem que matar. Na morte o pecado é preservado e aqueles que pensam que são um pecado têm que morrer pelo que pensam que são.

6. Vamos ficar contentes porque verás aquilo que acreditas e te foi dado mudar o que acreditas. O corpo apenas seguirá. Ele jamais pode conduzir-te aonde não queres estar. Ele não guarda o teu sono, nem interfere com o teu despertar. Liberta o teu cor­po da prisão e não verás ninguém como prisioneiro daquilo que escapaste. Não irás querer manter na culpa os inimigos escolhi­dos por ti, nem guardar aqueles que pensas que são teus amigos acorrentados à ilusão de um amor mutável.

7. Os inocentes liberam em gratidão pela própria liberação. E o que vêem mantém a sua liberdade fora do aprisionamento e da morte. Abre a tua mente para a mudança e não existirá nenhuma penalidade antiga que possa ser cobrada do teu irmão ou de ti. Pois Deus disse que não há nenhum sacrifício que possa ser pedi­do e não há nenhum sacrifício que possa ser feito.

Um Curso Em Milagres


sábado, 23 de janeiro de 2010

O teste da verdade


1. Por ora, a coisa essencial é aprender que tu não tens o conhecimento. O conhecimento é poder e todo poder é de Deus. Tu, que tentaste reter o poder para ti mesmo, "perdeste-o". Ainda tens o poder, mas interpuseste tanta coisa entre ele e a tua consciência que não podes usá-lo. Tudo o que ensinaste a ti mesmo fez com que o teu poder fosse cada vez mais obscuro para ti. Não sabes o que ele é, nem onde está. Fizeste uma aparência de poder e uma exibição de força tão lamentáveis que elas não podem deixar de falhar. Pois o poder não é uma força aparente e a verdade está além de qualquer espécie de aparência. Entretanto, tudo o que se interpõe entre tu e o poder de Deus em ti não é senão o teu aprendizado do falso e as tuas tentativas de desfazer o que é verdadeiro.


2. Que estejas disposta, então, a deixar que tudo isso seja desfeito e fica contente com o fato de que não estás presa a isso para sempre. Pois ensinaste a ti mesma como aprisionar o Filho de Deus, uma lição tão impensável que só os insanos, no mais profundo dos sonos, poderiam sequer sonhá-la. É possível Deus aprender como não ser Deus? E é possível que Seu Filho, a quem Ele deu todo o poder, aprenda a ser impotente? O que é que ensinaste a ti mesmo que possas realmente preferir manter no lugar do que tens e do que és?


3. A Expiação te ensina como escapar para sempre daquilo que ensinaste a ti mesmo no passado, mostrando-te só o que és agora. O aprendizado foi realizado antes mesmo de seus efeitos se manifestarem. O aprendizado está, portanto, no passado, mas a sua influência determina o presente, dando a ele qualquer que seja o significado que tem para ti. O teu aprendizado não dá ao presente qualquer significado. Nada do que jamais aprendeste pode te ajudar a compreender o presente ou te ensinar como desfazer o passado. O teu passado é o que ensinaste a ti mesmo. Deixa que tudo isso se vá. Não tentes compreender qualquer evento, qualquer coisa ou qualquer pessoa sob essa "luz", pois a escuridão dentro da qual tu procuras ver só pode obscurecer. Não deposites qualquer confiança na escuridão no sentido de iluminar a tua compreensão, pois se o fizeres, estarás contradizendo a luz e assim pensarás que vês a escuridão. Entretanto, a escuridão não pode ser vista, pois não é nada além de uma condição na qual ver torna-se impossível.


4. Tu, que ainda não trouxeste toda a escuridão que ensinaste a ti mesmo à luz que está em ti, dificilmente podes julgar a verdade e o valor deste curso. No entanto, Deus não te abandonou. E assim tens mais uma lição enviada por Ele, já aprendida para toda criança da luz por Aquele a Quem Deus a deu. Essa lição brilha com a glória de Deus, pois nela está o Seu poder, que Ele com tanto contentamento compartilha com Seu Filho. Aprende a respeito da Sua felicidade, que é a tua. Mas para realizar isso, todas as tuas lições escuras têm que ser voluntariamente trazidas à verdade e alegremente entregues por mãos abertas para receber, não fechadas para tomar. Cada lição escura que trazes Aquele Que ensina a luz, Ele aceitará de ti porque tu não a queres. E contente Ele trocará cada uma pela lição brilhante que Ele aprendeu para ti. Nunca acredites que qualquer lição que tenhas aprendido à parte Dele signifique qualquer coisa.


5. Tens um teste, tão certo quanto Deus, para reconheceres se o que aprendeste é verdadeiro. Se estás totalmente livre de qualquer tipo de medo e se todos aqueles que se encontram contigo ou até mesmo pensam em ti compartilham a tua paz perfeita, então podes estar seguro de que aprendeste a lição de Deus e não a tua própria. A não ser que tudo isso seja verdadeiro, existem na tua mente lições escuras que te ferem e retardam e fazem o mesmo a todos em torno de ti. A ausência da paz perfeita significa apenas uma coisa: pensas que a tua vontade para com o Filho de Deus não é a mesma que a Vontade do seu Pai para ele. Toda lição escura ensina isso, de uma forma ou de outra. E cada lição brilhante com a qual o Espírito Santo substituirá as escuras que tu não aceitas te ensina que a tua vontade é a do Pai e a de Seu Filho.


6. Não te preocupes acerca de como poderás aprender uma lição tão completamente diferente de tudo o que ensinaste a ti mesmo. Como poderias saber? A tua parte é muito simples. Só precisas reconhecer que tudo o que aprendeste, tu não queres. Pede para ser ensinado e não uses as tuas experiências para confirmar o que aprendeste. Quando a tua paz é ameaçada ou perturbada, de qualquer forma, dize a ti mesmo:


Eu não conheço o significado de coisa alguma, inclusive disso. E, portanto, eu não sei como responder a isso. E não vou usar o meu próprio aprendizado passado como a luz que há de me guiar agora.


Com essa recusa de tentares ensinar a ti mesmo o que não conheces, o Guia que Deus te deu vai falar contigo. Ele tomará o Seu lugar de direito na tua consciência no instante em que tu o abandonares e o ofereceres a Ele.


7. Não podes ser o teu próprio guia para milagres, pois foste tu que fizeste com que fossem necessários. E porque fizeste isso, os meios dos quais dependes para os milagres te foram providos. O Filho de Deus não pode fabricar necessidades que o seu Pai não satisfaça, se ele apenas voltar-se um pouco para Ele. No entanto, Ele não pode obrigar Seu Filho a voltar-se para Ele e permanecer sendo Ele próprio. É impossível que Deus perca a Sua Identidade, pois se Ele o fizesse, perderias a tua. E sendo a tua, Ele não pode mudar a Si Mesmo, pois a tua Identidade é imutável. O milagre reconhece a Sua imutabilidade vendo o Seu Filho como ele sempre foi e não como ele quer se fazer. O milagre traz os efeitos que só a inculpabilidade pode trazer e assim estabelece o fato de que a inculpabilidade não pode deixar de ser.


8. Como é possível que tu, tão firmemente ligado à culpa e comprometido a assim permaneceres, estabeleças para ti mesmo a tua inculpabilidade? Isso é impossível. Mas estejas certo de que estás disposto a reconhecer que isso é impossível. A orientação do Espírito Santo é limitada apenas porque pensas que podes conduzir alguma pequena parte ou lidar com certos aspectos da tua vida sozinha. Assim queres fazer com que Ele seja inconfiável e usar essa falta de confiabilidade fictícia como uma desculpa para esconder Dele certas lições escuras. E limitando assim a orientação que queres aceitar, és incapaz de depender dos milagres para responder a todos os teus problemas por ti.


9. Pensas que aquilo que o Espírito Santo quer que dês, Ele deixaria de te dar? Não tens nenhum problema que Ele não possa solucionar oferecendo-te um milagre. Milagres são para ti. E todo medo ou toda dor ou toda provação que tenhas já foi desfeito. Ele trouxe todos eles à luz, tendo-os aceito em teu lugar e reconhecido que nunca existiram. Não existem lições escuras que Ele já não tenha iluminado por ti. As lições que irias ensinar a ti mesma, Ele já corrigiu. Elas não existem na Sua Mente em absoluto. Pois o passado não prende a Ele e, portanto, não prende a ti. Ele não vê o tempo como tu o vês. E cada milagre que Ele te oferece, corrige o uso que fazes do tempo, fazendo com que seja o Seu.


10. Aquele Que te libertou do passado, quer ensinar-te que estás livre do passado. Ele só quer que aceites as Suas realizações como tuas, porque Ele as realizou por ti. E porque Ele as realizou, elas são tuas. Ele fez com que sejas livre daquilo que fizeste. Podes negá-Lo, mas não podes chamá-Lo em vão. Ele sempre dá as Suas dádivas em lugar das tuas. Ele quer estabelecer Seu brilhante ensinamento de forma tão firme em tua mente, que nenhuma lição escura de culpa possa habitar no que Ele estabeleceu como santo através da Sua Presença. Agradece a Deus porque Ele está aí e trabalha através de ti. E todas as Suas obras são tuas. Ele te oferece um milagre com cada um que permites que Ele faça através de ti.


11. O Filho de Deus será sempre indivisível. Como somos mantidos como um em Deus, aprendemos como um Nele. O Professor de Deus é como Seu Criador assim como Seu Filho e, através do Seu Professor, Deus proclama a Sua Unicidade e a do Seu Filho. Escuta em silêncio e não levantes a tua voz contra Ele. Pois Ele ensina o milagre da unicidade e diante da Sua lição a divisão desaparece. Ensina como Ele aqui e irás lembrar-te que sempre criaste como teu Pai. O milagre da criação nunca cessou, tendo sobre si o selo santo da imortalidade. Essa é a Vontade de Deus para toda a criação e toda a criação se une nesta vontade.


12. Aqueles que lembram-se sempre que nada conhecem e que vieram a estar dispostos a aprender todas as coisas, irão aprendê-las. Mas sempre que confiarem em si mesmos, nada aprenderão. Destruíram sua motivação para aprender por pensarem que já sabem. Não penses que compreendes coisa alguma enquanto não passares pelo teste da paz perfeita, pois a paz e a compreensão vão juntas e nunca podem ser achadas sozinhas. Cada uma traz a outra consigo, pois é a lei de Deus que não sejam separadas. Elas são causa e efeito uma da outra e, assim, quando uma está ausente, a outra não pode estar.


13. Só aqueles que reconhecem que não podem ter o conhecimento a não ser que os efeitos da compreensão estejam com eles, podem realmente aprender alguma coisa. Para isso, é preciso que eles queiram a paz e nada mais. Sempre que pensas que sabes, a paz sairá de ti, porque terás abandonado o Professor da paz. Sempre que compreendes inteiramente que não sabes a paz retornará, pois terás convidado a Ele para fazer isso, abandonando o ego a Seu favor. Não invoques o ego para nada; é só isso que precisas fazer. O Espírito Santo irá, por Si mesmo, preencher todas as mentes que assim abrem espaço para Ele.


14. Se queres paz, tens que abandonar o professor do ataque. O Professor da paz jamais te abandonará. Tu podes desertá-Lo, mas Ele jamais retribuirá, pois a Sua fé em ti é a Sua compreensão. Ela é tão firme quanto é a Sua fé no Seu Criador e Ele tem o conhecimento de que fé no Seu Criador não pode deixar de abranger fé na Sua criação. Nesta consistência está a Sua santidade, que Ele não pode abandonar, pois não é Sua vontade fazê-lo. Tendo a tua perfeição sempre diante da Sua vista, Ele dá a dádiva da paz a todas as pessoas que percebem a necessidade da paz e querem tê-la. Abre caminho para a paz e ela virá. Pois a compreensão está em ti e dela necessariamente vem a paz.


15. O poder de Deus, do qual ambas surgem, é teu com tanta certeza quanto é Dele. Tu pensas que não O conheces só porque, sozinha, é impossível conhecê-Lo. No entanto, vê as obras poderosas que Ele fará através de ti e terás que te convencer de que as fizeste através Dele. É impossível negar a Fonte de efeitos que têm tanto poder que não poderiam vir de ti. Abre espaço para Ele e achar-te-ás tão plena de poder que nada prevalecerá contra a tua paz. E esse será o teste pelo qual reconhecerás que compreendeste.


Um Curso Em Milagres



quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mensagem de Mãe Maria 01-2010


Queridos irmãos e irmãs,
É com muita alegria que retomamos o envio das Mensagens de Mãe Maria a todos vocês que acreditam no poder da Luz e na força infinita do Amor.
Que as palavras da Mãe Divina calem fundo em cada um de nós, e que juntos possamos continuar buscando reencontrar o nosso caminho, o caminho que nos permite revelar a nossa divindade.
Com as bênçãos da Mãe Divina.
Amor e Luz,
Jane Ribeiro

Mensagem de Mãe Maria

Amados Filhos,

Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.

Mais um ano se inicia em vosso tempo terrestre, e com ele novos desafios para os Filhos da Terra.

O tempo urge, e é premente que possais efetuar as transformações de tudo que ainda existe em vós, e que não condiz com a nova era prestes a se implantar em vossa Mãe Terra.

A nova era traz liberdade e plenitude para aqueles que se despojaram dos limites, dos preconceitos, das ilusões alimentadas ao longo de vossas trajetórias na Mãe Terra.

Urge, pois concluir vosso processo de transformação.

Transformar é a palavra chave para que a verdade do que sois resplandeça plena em vossas vidas e em vosso planeta.

É preciso que possais compreender que em vossa dimensão a verdade maior do Criador encontra-se encoberta por múltiplas camadas de pensamentos, sentimentos e ações geradas pelo ser humano e cuja fonte teve origem em vossos egos; todas essas crenças, advindas da força de vossos egos, se infiltrou no DNA da humanidade distorcendo a verdade do Pai de que sois divinos co-criadores, fazendo-vos acreditar no limite e na imperfeição, sedimentando a crença de que, imperfeitos e limitados viestes ao mundo para sofrer.

E essa crença se perpetrou por um longo tempo, tempo que hoje finalmente chega ao fim para permitir o resgate de vossas verdadeiras identidades, e com ela o início de um novo tempo, em uma nova dimensão de realidade, a dimensão em que somente o amor tem espaço e impera soberano sobre os Filhos da Terra.

Hoje a humanidade está pronta para transpor a barreira do limite, o fosso da separação que manteve os Filhos da Terra escravizados em uma falsa realidade onde a disputa era uma constante e a única forma de sobreviver.

É tempo de recordar que não viestes a esse mundo para sobreviver, mas sim para VIVER.

Viver vossa perfeição, viver vossa divindade, viver a plenitude que se revela para todos. A unidade finalmente principia a se sobrepor a separação.

Essa é a vossa conquista, a conquista que torna possível nesse tempo ser feliz.

Permiti, pois a liberação da compreensão de que sois seres poderosos e divinos.

Lembrai-vos, contudo, que a conquista do verdadeiro poder exige que possais concluir vossos processos de transformação.

Sem esse árduo trabalho não há como reconhecerdes a verdade maior do Pai, condição fundamental para que possais exercer o verdadeiro poder, o poder que sempre está a serviço da Luz.

Deixai, pois as ilusões para traz e olhai para o íntimo do vosso ser, para que possais reconhecer a negatividade que ainda permeia vossos corpos e mentes e com coragem, fé e determinação limpardes de vez vosso passado, compreendendo a lei maior da “causa e efeito” que rege vosso universo, e na compreensão dessa verdade eterna assumirdes vossa responsabilidade sobre a totalidade, reconhecendo que sois responsáveis por tudo que ocorre em vossas vidas e na vida de vosso planeta, eis que, como co-criadores, tendes permitido que vossos pensamentos alterem a realidade que todos querem usufruir, a realidade de um mundo feliz.

É tempo, pois de retomardes as rédeas de vossas vidas, é tempo de compreenderdes a força que tem vossos pensamentos, é tempo de retomar vossa verdadeira trajetória, aquela que exige de vós a correção de vossas rotas, buscando resgatar o caminho do coração para que vossa verdade possa ser a verdade do Criador.

Coragem, fé, determinação, compreensão e muito amor, esses são os ingredientes para que possais concluir as transformações que se fazem necessárias em vossas vidas, deixando emergir a verdade que revela a rota final rumo à ascensão.

Perseverai em vossas orações, essa arma poderosa que vos ajuda a manter a conexão com a luz; orai, orai, orai por vós, por vosso planeta e por todos os vossos irmãos.

Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.

Mensagem de Mãe Maria-01-2010 canalizada por Jane M. Ribeiro aos 19 de janeiro de 2010.





domingo, 17 de janeiro de 2010

Epílogo


Não te esqueças de que uma vez iniciada essa jornada, o fim é certo. A dúvida ao longo do caminho vai e vem, e vai para vir de novo. No entanto, o fim é certo. Ninguém pode deixar de fazer o que Deus lhe indicou que fizesse. Quando esqueceres, lembra-te de que caminhas com Ele e com o Seu Verbo no teu coração. Quem poderia se desesperar quando tem uma Esperança como essa? Ilusões de desespero podem parecer vir, mas aprende como não te deixares enganar por elas. Atrás de cada uma delas está a realidade e está Deus. Por que esperarias por isso e o trocarias por ilusões, quando o Seu Amor está há apenas um instante a mais na estrada onde todas as ilusões chegam ao fim? O fim é certo e garantido por Deus. Quem fica diante de uma imagem sem vida quando a um passo de distância o Santo dos Santos abre uma porta antiga que conduz para além do mundo?

Tu és um estranho aqui. Mas pertences a Ele Que te ama como ama a Si Mesmo. Basta pedir a minha ajuda para rolar a pedra para longe e isso é feito de acordo com a Sua Vontade. Nós já começamos a jornada. Há muito tempo o fim estava escrito nas estrelas e firmado nos Céus com um raio brilhante que o manteve a salvo na eternidade assim como ao longo de todo o tempo. E ainda o mantém; sem que nada tenha sido mudado, sem que nada esteja sendo mudado e para todo o sempre imutável.

Não tenhas medo. Apenas começamos de novo uma antiga jornada há muito iniciada, mas que parece nova. Começamos de novo por uma estrada na qual já viajamos antes e da qual nos perdemos por pouco tempo. E agora tentamos de novo. Nosso novo começo tem a certeza que faltava ao nosso percurso até agora. Olha para cima e vê o Seu Verbo entre as estrelas, onde Ele firmou o teu nome junto com o Seu. Olha para cima e acha o teu destino certo, que o mundo quer esconder, mas Deus quer que vejas.

Vamos esperar aqui em silêncio, e ajoelhar um instante em gratidão a Ele Que nos chamou e nos ajudou a ouvir o Seu Chamado. E então vamos nos erguer e seguir com fé ao longo do caminho até Ele. Agora estamos certos de que não caminhamos sozinhos. Pois Deus está aqui, e com Ele todos os nossos irmãos. Agora nós sabemos que nunca mais vamos perder o caminho outra vez. Começa de novo a canção que havia parado por apenas um instante, embora nos pareça que ela tenha ficado sem ser cantada por uma eternidade. O que aqui se iniciou vai crescer em vida, força e esperança, até que o mundo se aquiete um instante e esqueça tudo o que o sonho do pecado havia feito dele.

Vamos sair e encontrar o mundo recém-nascido, sabendo que Cristo renasceu nele e que a santidade deste renascimento vai durar para sempre. Nós tínhamos perdido nosso caminho, mas Ele o achou para nós. Vamos, vamos dar boas-vindas a Ele Que retorna a nós para celebrar a salvação e o fim de tudo o que pensávamos ter feito. A estrela da manhã deste novo dia olha para um mundo diferente, onde Deus é bem-vindo e Seu Filho com Ele. Nós que o completamos oferecemos a nossa gratidão a Ele assim como Ele nos dá graças. O Filho está quieto e, na quietude que Deus lhe deu, entra em sua casa e está enfim em paz.


Manual dos Professores UCEM

6 - O Espírito Santo


Jesus é a manifestação do Espírito Santo, a Quem ele chamou à terra depois que ascendeu aos Céus, ou veio a ser completamente identificado com o Cristo, o Filho de Deus tal como Ele o Criou. O Espírito Santo, sendo uma criação do Único Criador, criando com Ele e à Sua semelhança ou espírito, é eterno e nunca mudou. Ele foi “chamado a descer à terra” no sentido de que naquele momento veio a ser possível aceitá-Lo e ouvir a Sua Voz. A Sua Voz é a Voz por Deus e, portanto, tomou forma. Essa forma não é a Sua realidade, que somente Deus conhece junto com Cristo, Seu Filho real, Que é parte Dele.

Ao longo do curso, o Espírito Santo é descrito como Aquele que nos dá a resposta para a separação e traz para nós o plano da Expiação, estabelecendo nele o nosso papel em particular e nos mostrando exatamente qual ele é. Ele estabeleceu Jesus como o líder na realização do Seu plano, já que foi o primeiro a cumprir a própria parte com perfeição. Todo o poder no Céu e na terra é, portanto, dado a ele e ele vai compartilhá-lo contigo quando tiveres completado a tua. O princípio da Expiação foi dado ao Espírito Santo muito antes de Jesus colocá-lo em movimento.

O Espírito Santo é descrito como o elo de comunicação que resta entre Deus e Seus Filhos separados. De modo a cumprir essa função especial, o Espírito Santo assumiu uma função dupla. Ele conhece porque é parte de Deus; Ele percebe porque foi enviado para salvar a humanidade. Ele é o grande princípio da correção, o portador da verdadeira percepção, o poder inerente da visão de Cristo. Ele é a luz na qual o mundo perdoado é percebido, na qual apenas a face de Cristo é vista. Ele nunca esquece o Criador nem a Sua Criação. Ele nunca esquece o Filho de Deus. Ele nunca te esquece. E Ele traz o Amor do teu Pai a ti em um brilho eterno que nunca será obliterado porque lá Deus o colocou.

O Espírito Santo habita na parte da tua mente que é parte da Mente de Cristo. Ele representa o teu Ser e o teu Criador, Que são um. Ele fala por Deus e também por ti, estando unido a ambos. E, portanto, é Ele Que prova que ambos são um só. Ele parece ser uma Voz, pois nesta forma Ele te fala do Verbo de Deus. Ele parece ser um Guia que te conduz através de uma terra distante, pois necessitas dessa forma de ajuda. Ele parece ser tudo aquilo que preenche as necessidades que pensas ter. Mas Ele não se engana quando tu percebes o teu ser aprisionado por necessidades que não tens. E delas que Ele quer libertar-te. É delas que Ele quer proteger-te para que estejas a salvo.

Tu és a Sua manifestação nesse mundo. Teu irmão te chama para que sejas a Sua Voz junto com ele. Sozinho, ele não pode ser o Ajudante do Filho de Deus, porque sozinho ele não tem função. Mas junto contigo ele é o brilhante Salvador do mundo, Cujo papel nesta redenção tu completaste. Ele dá graças a ti assim como a ele, pois te ergueste com ele quando ele começou a salvar o mundo. E estarás com ele quando o tempo tiver chegado ao fim e não permanecer nenhum vestígio dos sonhos de rancor nos quais danças ao som da esparsa melodia da morte. Pois no lugar dela o hino a Deus é ouvido por pouco tempo. E então a Voz terá desaparecido, para não mais tomar forma, porém para regressar à eterna Ausência de Forma de Deus.

Manual dos Professores UCEM




5 - Jesus - Cristo


Não há necessidade de ajuda para entrares no Céu, pois nunca o deixaste. Mas há necessidade de ajuda além de ti mesmo, pois estás cercado de falsas crenças sobre a tua Identidade, Que apenas Deus estabeleceu na realidade. Ajudantes te são enviados de várias formas, embora sobre o altar todos sejam um. Além de cada um há um Pensamento de Deus e isso nunca vai mudar. Mas eles têm nomes que diferem temporariamente, pois o tempo necessita de símbolos sendo irreal em si mesmo. Seus nomes são legião, mas nós não iremos além dos nomes que o próprio curso emprega. Deus não ajuda porque Ele não conhece nenhuma necessidade. Mas Ele cria todos os Ajudantes de Seu Filho enquanto esse acredita que suas fantasias são verdadeiras. Agradece a Deus por eles, pois eles te conduzirão ao lar.

O nome de Jesus é o nome de alguém que foi um homem, mas viu a face de Cristo em todos os seus irmãos e se lembrou de Deus. Assim ele veio a se identificar com Cristo, já não mais um homem, mas um com Deus. O homem era uma ilusão, pois parecia um ser separado, caminhando por si mesmo, dentro de um corpo que aparentava manter o seu ser separado do Ser, como fazem todas as ilusões. Entretanto, quem pode salvar a não ser que veja as ilusões e as identifique exatamente como são? Jesus continua sendo um Salvador porque viu o falso, sem aceitá-lo como verdadeiro. E Cristo precisava da sua forma para que pudesse aparecer aos homens e salvá-los de suas próprias ilusões.

Em sua completa identificação com o Cristo - o Filho perfeito de Deus, Sua única criação e Sua felicidade, para sempre como Ele e um com Ele Jesus veio a ser o que todos vós têm que ser. Ele mostrou o caminho para que o sigas. Ele te conduz de volta a Deus porque viu a estrada diante de si e a seguiu. Ele fez uma distinção clara, ainda obscura para ti, entre o falso e o verdadeiro. Ele te ofereceu uma demonstração final de que é impossível matar o Filho de Deus; também a sua vida não pode ser mudada de forma alguma pelo pecado e pelo mal, a malícia, o medo ou a morte.

E por conseguinte todos os teus pecados foram perdoados porque não tinham nenhum efeito. Assim, não passavam de sonhos. Ressuscita com ele que te mostrou isso, porque lhe deves isso, a ele que compartilhou os teus sonhos para que pudessem ser desfeitos. E ainda os compartilha, para estar em unidade contigo.

Ele é o Cristo? Oh, sim, junto contigo. Sua breve vida na terra não bastou para ensinar a poderosa lição que aprendeu por todos vós. Ele permanecerá contigo para conduzir-te do inferno que fizeste a Deus. E quando unires a tua vontade à sua, o teu modo de ver será a sua visão, pois os olhos de Cristo são compartilhados. Caminhar com ele é tão natural quanto caminhar ao lado de um irmão que conheces desde que nasceste, pois é isso, de fato, o que ele é. Alguns ídolos amargos foram feitos dele que apenas queria ser um irmão para o mundo. Perdoe-o pelas tuas ilusões e veja que irmão querido ele pode ser para ti. Pois ele dará descanso à tua mente, afinal, e a carregará contigo até o teu Deus.

Ele é o único Ajudante de Deus? De fato, não. Pois Cristo toma muitas formas com nomes diferentes até que a sua unicidade possa ser reconhecida. Mas Jesus é para ti o portador da única mensagem de Cristo sobre o Amor de Deus. Não precisas de outra. É possível ler as suas palavras e beneficiar-se com elas sem aceitá-lo em tua vida. Mas ele te ajudaria ainda um pouco mais se compartilhasses as tuas dores e as tuas alegrias com ele, e deixasses ambas para achar a paz de Deus. Porém, ainda é a sua lição o que ele gostaria que aprendesses acima de tudo, e é a seguinte:

Não há morte porque o Filho de Deus é como o Pai.
Nada que possas fazer pode mudar o Amor Eterno.
Esquece os teus sonhos de pecado e culpa e vem comigo,
para compartilhar a ressurreição do Filho de Deus.
E traze contigo todos aqueles que Ele te enviou para
que cuides deles assim como eu cuido de ti.

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sábado, 16 de janeiro de 2010

4 - Percepção Verdadeira - Conhecimento


O mundo que vês é uma ilusão de um mundo. Deus não o criou, pois o que Ele cria tem que ser eterno como Ele próprio. No entanto, não há nada no mundo que vês que vá durar para sempre. Algumas coisas durarão no tempo um pouco mais do que outras. Mas virá o tempo no qual todas as coisas visíveis terão um fim.

Os olhos do corpo, portanto, não são o meio através do qual o mundo real pode ser visto, pois as ilusões que eles contemplam não podem deixar de levar a mais ilusões da realidade. E é o que fazem. Pois tudo o que vêem não só não vai durar, como se presta a pensamentos de pecado e culpa. Enquanto isso, todas as coisas que Deus criou são para sempre sem pecado e, portanto, para sempre sem culpa.

O conhecimento não é o remédio para a falsa percepção já que, estando em outro nível, eles nunca podem se encontrar. A única correção possível para a falsa percepção tem que ser a verdadeira percepção. Ela não vai durar. Mas enquanto durar, vem para curar. Pois a percepção verdadeira é um remédio que tem muitos nomes. Perdão, salvação, Expiação, percepção verdadeira; todos são um. Todos eles são o único começo com o fim de levar à Unicidade, muito além deles próprios. A percepção verdadeira é o meio pelo qual o mundo é salvo do pecado, pois o pecado não existe. E é isso o que a percepção verdadeira vê.

O mundo se ergue como um bloco diante da face de Cristo. Mas a percepção verdadeira olha para o mundo como nada mais do que um frágil véu, tão facilmente desfeito que não pode durar mais do que um instante. Afinal ele é visto simplesmente como é. E agora não pode deixar de desaparecer, pois agora há um espaço vazio, que foi limpo e está pronto. Onde a destruição era percebida aparece a face de Cristo e nesse instante o mundo é esquecido e o tempo acaba para sempre, enquanto o mundo vai girando para o nada de onde veio.

Um mundo perdoado não pode durar. Era o lar de corpos. Mas o perdão olha para o que vem depois dos corpos. Essa é a sua santidade, é assim que ele cura. O mundo dos corpos é o mundo do pecado, pois o pecado só seria possível se houvesse um corpo. Do pecado vem a culpa, tão certamente quanto o perdão afasta toda culpa para longe. E uma vez que toda a culpa se foi, o que mais sobra para manter um mundo separado em seu lugar? Pois os lugares se foram também, junto com o tempo. Só o corpo faz o mundo parecer real, pois sendo separado, ele não poderia permanecer onde a separação é impossível. O perdão prova que ela é impossível porque não o vê. E aquilo que, então, deixarás de ver não será compreensível para ti, do mesmo modo como a presença daquilo foi uma vez a tua certeza.

Esse é o deslocamento que a percepção verdadeira traz: o que foi projetado para fora é visto no interior, e aí o perdão permite que desapareça. Pois lá está erguido o altar ao Filho e lá o Pai é lembrado. Aqui, todas as ilusões são trazidas à verdade e colocadas sobre o altar. O que é visto do lado de fora tem que estar além do perdão, pois parece ser para sempre pecaminoso. Onde está a esperança se o pecado é visto do lado de fora? Que remédio pode esperar a culpa? Mas vistos dentro da tua mente, culpa e perdão por um instante estão juntos, lado a lado, sobre um único altar. Lá finalmente a doença e seu único remédio estão unidos em uma luz que cura. Deus veio para reivindicar o que é Dele. O perdão está completo.

E agora o conhecimento de Deus, imutável, certo, puro e totalmente compreensível, entra no seu reino. A percepção se foi, tanto a falsa como a verdadeira. O perdão se foi, pois sua tarefa está cumprida. E se foram os corpos na luz resplandecente sobre o altar ao Filho de Deus. Deus sabe que o altar é Seu assim como é dele. E aqui se unem, pois aqui a face de Cristo resplandeceu fazendo desaparecer o instante final do tempo e agora a última percepção do mundo não tem propósito nem causa. Pois aonde a memória de Deus veio afinal, não há mais viagem, não há crença no pecado, não há paredes, não há corpos e o apelo sombrio da culpa e da morte é abafado para sempre.

Oh, meus irmãos, se apenas conhecessem a paz que os envolverá e os manterá seguros e puros e belos na Mente de Deus, não fariam outra coisa senão correr para encontrá-Lo, lá onde está o Seu altar. Santificado seja o teu nome e o Seu, pois estão unidos aqui nesse lugar santo. Aqui, Ele Se inclina para erguer-te até Ele, para fora das ilusões rumo à santidade, para fora do mundo e para dentro da eternidade, para fora de todo o medo e de volta ao amor.

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3 - Perdão - A Face de Cristo



O perdão é para Deus e vai em direção a Deus, mas não é Dele. É impossível pensar em qualquer coisa que Ele tenha criado que pudesse precisar de perdão. O perdão é então uma ilusão, mas devido ao seu propósito, que é o do Espírito Santo, há uma diferença. Ao contrário de todas as outras ilusões, conduz para longe do erro e não em direção a ele.


O perdão poderia ser chamado de uma espécie de ficção feliz, um caminho no qual aqueles que não conhecem podem fazer uma ponte sobre a brecha entre sua percepção e a verdade. Eles não podem ir diretamente da percepção ao conhecimento porque não pensam que é sua vontade fazer isso. Isso faz com que Deus pareça ser um inimigo em vez do que Ele realmente é. E é justamente essa percepção insana que faz com que eles não estejam dispostos a simplesmente erguerem-se e voltarem para Ele em paz.


E assim necessitam de uma ilusão de ajuda porque estão impotentes, um Pensamento de paz porque estão em conflito. Deus sabe do que o Seu Filho tem necessidade antes dele pedir. Ele não está em nada preocupado com a forma, mas tendo dado o conteúdo, é Sua Vontade que esse seja compreendido. E isso basta. A forma se adapta à necessidade e o conteúdo é imutável, tão eterno quanto o seu Criador.


A face de Cristo tem que ser vista antes que a memória de Deus possa voltar. A razão é óbvia. Ver a face de Cristo envolve percepção. Ninguém pode olhar para o conhecimento. Mas a face de Cristo é o grande símbolo do perdão. É a salvação. É o símbolo do mundo real. Quem olha para isso nunca mais vê o mundo. Ele está tão perto do Céu quanto é possível chegar estando ainda do lado de fora, antes da porta. Entretanto, dessa porta para dentro, não falta nada além de um passo. É o passo final. E isso nós deixamos para Deus.


O perdão é um símbolo também, mas como símbolo da Sua Vontade apenas, não pode estar dividido. E assim a Unidade que ele reflete vem a ser a Sua Vontade. É a única coisa que ainda está em parte no mundo e mesmo assim é a ponte para o Céu.


A Vontade de Deus é tudo o que existe. Nós só podemos ir do nada ao tudo, do inferno para o Céu. Isso é uma viagem? Não, não verdadeiramente, pois a verdade não vai a lugar nenhum. Apenas as ilusões se deslocam de um lugar para outro, de um momento para o outro. O passo final também não é senão um deslocamento. Como uma percepção, em parte é irreal. Mas essa parte sumirá. O que permanece é a paz eterna e a Vontade de Deus.


Não há desejos agora, pois os desejos mudam. Mas mesmo o que é desejado pode vir a ser indesejado. Tem que ser assim porque o ego não é capaz de estar em paz. Mas a Vontade é constante, como dádiva de Deus. E o que Ele dá é sempre como Ele Mesmo. Esse é o propósito da face de Cristo. É a dádiva de Deus para salvar Seu Filho. Apenas olha para isso e terás sido perdoado.


Como vem a ser amável o mundo naquele único instante em que vês a verdade acerca de ti mesmo refletida nele. Agora és sem pecado e contemplas a tua impecabilidade. Agora és santo e te percebes assim. E agora a mente retorna ao seu Criador, a união do Pai e do Filho, a Unidade das unidades que está por trás de toda união, mas além de todas elas. Deus não é visto, apenas compreendido. Seu Filho não é atacado, apenas reconhecido.



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2 - O Ego - O Milagre



As ilusões não durarão. A sua morte é certa e apenas isso é certo no mundo em que elas existem. É o mundo do ego por isso. O que é o ego? Apenas um sonho acerca do que realmente és. Um pensamento segundo o qual estás à parte do teu Criador e um desejo de seres o que Ele não criou. É uma loucura, sem nenhuma realidade. Um nome para o que não tem nome, é tudo o que ele é. Um símbolo da impossibilidade, uma escolha por opções que não existem. Nós o nomeamos só para nos ajudar a compreender que ele não é nada senão um antigo pensamento que professa que o que foi feito tem imortalidade. Mas o que poderia advir disso senão um sonho que, como todos os sonhos, só pode terminar na morte?


O que é o ego? O nada, mas em uma forma que aparenta ser algo. Em um mundo de formas, o ego não pode ser negado, pois só ele parece real. No entanto, seria possível o Filho de Deus, tal como Ele o criou, habitar na forma ou em um mundo de formas? Quem te pede para definir o ego e explicar como ele surgiu só pode ser alguém que pense que ele é real e busque, através da definição, assegurar-se de que a natureza ilusória do ego esteja oculta por trás das palavras que parecem fazer com que seja assim.


Não há definição para uma mentira que sirva para torná-la verdadeira. Nem pode haver uma verdade que as mentiras efetivamente ocultem. A irrealidade do ego não é negada por palavras, nem o seu significado se esclarece porque a sua natureza parece ter uma forma. Quem pode definir o indefinível? E apesar disso, mesmo aqui há uma resposta.


Não podemos realmente construir uma definição do que é o ego, mas podemos dizer o que ele não é. E isso nos é mostrado com perfeita clareza. É a partir daí que deduzimos tudo o que ele é. Olha para o seu oposto e podes ver a única resposta que é significativa.


O oposto do ego em todas as formas em origem, efeito e conseqüência—nós chamamos de milagre. E aqui achamos tudo o que não é o ego nesse mundo. Aqui está o oposto do ego e só aqui olhamos para o que era o ego, pois aqui vemos tudo o que ele parecia fazer e a causa ainda tem que ser una com os seus efeitos.


Onde havia escuridão, agora vemos a luz. o que é o ego? O que era a escuridão. Onde está o ego? Onde estava a escuridão. Só que é ele agora e onde pode ser achado? Nada e em lugar nenhum. Agora, a luz veio, seu oposto se foi sem deixar vestígios. Onde o mal estava, está agora a santidade. O que é o ego? O que era o mal. Onde está o ego? Em um sonho mau que apenas parecia real enquanto tu o estavas sonhando. Onde estava a crucificação está o Filho de Deus. O que é o ego? Quem tem necessidade de perguntar? Onde está o ego? Quem tem necessidade de buscar uma ilusão agora que os sonhos se foram?

O que é o milagre? É um sonho também. Mas olha para todos os aspectos deste sonho e nunca mais questionarás. Olha para o mundo benigno que vês estendendo-se diante de ti enquanto caminhas com gentileza. Olha para todos os ajudantes, ao longo do caminho no qual viajas, alegres na certeza do Céu e na segurança da paz. E olha por um instante, também, para o que deixaste para trás e finalmente superaste.


Isso era o ego - todo o ódio cruel, a necessidade de vingança e os gritos de dor, o medo de morrer e a urgência em matar, a ilusão sem fraternidade e o ser que parecia sozinho em todo o universo. Esse terrível equívoco acerca de ti mesmo, o milagre corrige com tanta gentileza quanto uma mãe amorosa nina sua criança. Não é uma canção como essa que gostarias de ouvir? 'Não responderia ela a tudo o que pensaste em perguntar, tornando até mesmo a pergunta sem significado?


As tuas perguntas não têm nenhuma resposta, sendo feitas para aquietar a Voz de Deus, Que só pergunta uma única questão a cada um: “Já estás pronto para Me ajudar a salvar o mundo?” 'Faze essa pergunta ao invés de perguntar o que é o ego e verás um brilho súbito cobrir o mundo feito pelo ego. Agora nenhum milagre é recusado a ninguém. O mundo está salvo do que pensaste que ele era. E o que ele é, é totalmente isento de condenação totalmente puro.


O milagre perdoa, o ego condena. Nenhum dos dois precisa ser definido exceto por isso. No entanto, poderia uma definição ser mais certa, ou mais de acordo com o que é a salvação? O problema e a resposta estão juntos aqui e, tendo-se afinal encontrado, a escolha está clara. Quem escolhe o inferno quando ele é reconhecido? E quem não iria um pouco mais adiante quando lhe foi dado compreender que o caminho é curto e sua meta é o Céu?


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1 - Mente - Espírito


O termo mente é usado para representar o agente ativador do espírito, suprindo a sua energia criativa. Quando o termo aparece em maiúsculas, refere-se a Deus ou a Cristo (isso é, a Mente de Deus ou a Mente de Cristo). Espírito é o Pensamento de Deus que Ele criou como Ele mesmo. O espírito unificado é o Filho único de Deus, ou Cristo.

Nesse mundo, porque a mente é dividida, os Filhos de Deus parecem estar separados. Nem as suas mentes parecem estar unidas. Nesse estado ilusório, o conceito de “mente individual” parece ser significativo. Ele é, portanto, descrito no curso como se tivesse duas partes: espírito e ego.


O espírito é a parte que ainda está em contato com Deus através do Espírito Santo, Que habita nesta parte, mas vê também a outra. O termo “alma” não é usado a não ser em citações bíblicas diretas devido à sua natureza altamente controversa. Seria, no entanto, equivalente a “espírito”, compreendendo que, sendo de Deus, ela é eterna e nunca nasceu.

A outra parte da mente é inteiramente ilusória e só produz ilusões. O Espírito retém o potencial para criar, mas a sua Vontade, que é de Deus, parece estar prisioneira enquanto a mente não é unificada. A criação continua sem nenhum decréscimo porque essa é a Vontade de Deus. Essa Vontade é sempre unificada e, portanto, não tem significado nesse mundo. Não tem opostos nem graus.

A mente pode estar certa ou errada, dependendo da voz que escuta. A mente certa ouve o Espírito Santo, perdoa o mundo e através da visão de Cristo vê o mundo real em seu lugar. Essa é a visão final, a última percepção, a condição na qual o próprio Deus dá o passo final. Aqui o tempo e as ilusões terminam juntos.

A mente errada escuta o ego e dá origem a ilusões: percebendo pecado e justificando a raiva, vendo a culpa, a doença e a morte como reais. Tanto esse mundo quanto o mundo real são ilusões, porque a mente certa meramente não vê, ou perdoa, o que nunca aconteceu. Ela não é, portanto, a mente Una que está na Mente de Cristo, Cuja Vontade é una com a de Deus.

Nesse mundo, a única liberdade restante é a liberdade de escolha, sempre entre duas opções ou duas vozes. A Vontade não está envolvida na percepção em nível algum e não tem nada a ver com a escolha. A consciência é o mecanismo receptivo, que recebe mensagens de cima ou de baixo, do Espírito Santo ou do ego. A consciência tem níveis e a conscientização pode se deslocar drasticamente, mas não pode transcender o domínio da percepção. Na melhor das hipóteses, ela vem a estar consciente do mundo real e pode ser treinada para fazê-lo cada vez mais. Entretanto, o próprio fato de ter níveis e poder ser treinada demonstra que não é capaz de atingir o conhecimento.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Esclarecimentos de termos


INTRODUÇÃO

Esse não é um curso de especulação filosófica, nem se preocupa com uma terminologia precisa. Ele se ocupa somente da Expiação ou da correção da percepção. O meio para a Expiação é o perdão. A estrutura da “consciência individual” é essencialmente irrelevante porque é um conceito que representa o “erro original” ou o “pecado original”. Estudar o erro em si não leva à correção, se queres realmente ter sucesso em não ver o erro. E é apenas esse processo de deixar de vê-lo que constitui o objetivo do curso.

Todos os termos são potencialmente controversos e aqueles que buscam a controvérsia vão achá-la. Porém aqueles que buscam o esclarecimento também vão encontrá-lo. Entretanto, têm que estar dispostos a deixar de ver a controvérsia, reconhecendo que ela é uma defesa contra a verdade na forma de uma manobra de adiamento. Considerações teológicas enquanto tais são necessariamente controversas, já que dependem de crença e podem, portanto, ser aceitas ou rejeitadas. Uma teologia universal é impossível, mas uma experiência universal não só é possível como necessária. É para essa experiência que o curso está dirigido. Só aqui é possível haver coerência porque só aqui termina a incerteza.

Esse curso permanece dentro da estrutura do ego, onde ele é necessário. Não se ocupa do que está além de todo erro, porque está planejado somente para estabelecer a direção nesse sentido. Por conseguinte, usa palavras que são simbólicas e não podem expressar o que está além dos símbolos. É só o ego que questiona porque é só o ego que duvida. O curso apenas dá outra resposta, uma vez que tenha sido levantada uma questão. No entanto, essa resposta não tenta apelar para a inventividade ou para a engenhosidade. Esses são atributos do ego. O curso é simples. Tem uma função e uma meta. Só nisso ele é completamente consistente, porque só isso pode ser consistente.

O ego vai pedir muitas respostas que esse curso não dá. Ele não reconhece como perguntas a mera forma de uma pergunta à qual é impossível dar uma resposta. O ego pode perguntar: “Como ocorreu o impossível?”, “Para que aconteceu o impossível?” e pode perguntar isso de muitas formas. Entretanto, não há nenhuma resposta, apenas uma experiência. Busca somente isso, e não deixes que a teologia te atrase.

Vais notar que a ênfase em temas estruturais no curso é breve e inicial. Depois, ele rapidamente os abandona e parte para o ensino central. Mas já que pediste esclarecimentos, estes são alguns dos termos que são utilizados.

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29 - Quanto ao resto...


1. Este manual não tem a intenção de responder a todas as perguntas que o professor ou o aluno podem fazer. De fato, cobre apenas algumas das mais óbvias, nos termos de um breve sumário de alguns dos principais conceitos do texto e do livro de exercícios. Não é um substituto para nenhum dos dois, mas apenas um suplemento. Embora seja chamado manual de professores, é preciso lembrar que só o tempo separa professor e aluno de modo que a diferença é temporária por definição. Em alguns casos pode ser útil para o aluno ler o manual em primeiro lugar. Outros podem achar melhor começar pelo livro de exercícios. Outros ainda podem precisar começar no nível mais abstrato do livro texto.

2. Qual serve a quem? Quem ganharia mais somente com orações? Quem precisa apenas de um sorriso, não estando ainda pronto para mais? Ninguém deveria tentar responder a estas perguntas sozinho. Com certeza, nenhum professor de Deus chegou até aqui sem ter reconhecido isto. O currículo é altamente individualizado e todos os aspectos estão sob a orientação e o cuidado particular do Espírito Santo. Pergunta e Ele responderá. A responsabilidade é Dele e só Ele é capaz de assumi-la. Fazer isso é a Sua função. Passar a Ele estas questões é a tua. Querias ser responsável por decisões a respeito das quais entendes tão pouco? Fica contente por teres um Professor incapaz de cometer equívocos. Suas respostas são sempre certas. Dirias isso das tuas?

3. Há uma outra vantagem - e muito importante - ao se passar as decisões ao Espírito Santo com cada vez mais freqüência. Talvez não tenhas pensado nesse aspecto, mas a sua importância central é óbvia. Seguir a orientação do Espírito Santo é se deixar absolver da culpa. É a essência da Expiação. É o núcleo do currículo. A usurpação imaginária de funções que não são tuas é a base do medo. O mundo inteiro que vês reflete a ilusão de que fizeste isso, fazendo com que o medo seja inevitável. Assim sendo, devolver a função Àquele a Quem ela pertence é escapar do medo. E é isso o que permite que a memória do amor volte a ti. Assim sendo, não penses que é necessário seguir a orientação do Espírito Santo meramente devido às tuas próprias inadequações. Para ti, é o caminho para saíres do inferno.

4. Aqui, mais uma vez está o paradoxo ao qual o curso se refere freqüentemente: Dizer: "Por mim mesmo nada posso fazer" é ganhar todo o poder. No entanto, o paradoxo é apenas aparente. Tal como Deus te criou tens todo o poder. A imagem que fizeste de ti mesmo é que não tem nenhum. O Espírito Santo conhece a verdade a teu respeito. A imagem que fizeste não conhece. Entretanto, apesar da sua óbvia e completa ignorância, essa imagem presume que sabe todas as coisas porque tu lhe deste essa crença. Tal é o teu ensinamento e o ensinamento do mundo que foi feito para apoiá-lo. Mas o Professor Que conhece a verdade não a esqueceu. Suas decisões trazem benefício a todos, sendo totalmente isentas de ataque. E, portanto, são incapazes de fazer surgir a culpa.

5. Quem assume um poder que não tem está se enganando. Porém, aceitar o poder que lhe é dado por Deus não é senão reconhecer o seu Criador e aceitar as Suas dádivas. E as Suas dádivas não têm limites. Pedir ao Espírito Santo que decida por ti é simplesmente aceitar a tua verdadeira herança. Isso significa que não podes dizer coisa alguma sem consultá-Lo? É claro que não! Isso não seria nada prático, e é com o prático que este curso mais se preocupa. Se tiveres o hábito de pedir ajuda quando e onde puderes, podes estar confiante de que a sabedoria te será dada quando precisares dela. Prepara-te para isso a cada manhã, lembra-te de Deus quando puderes durante o dia, pede ajuda ao Espírito Santo quando for viável fazê-lo e agradece a Ele pela orientação à noite. E a tua confiança estará, de fato, bem fundada.

6. Nunca esqueças de que o Espírito Santo não depende das tuas palavras. Ele compreende os pedidos do teu coração e os responde. Isso significa que, enquanto o ataque permanecer atraente para ti, Ele responderá com o mal? Nunca! Pois Deus Lhe deu o poder de traduzir as orações do teu coração na Sua linguagem. Ele compreende que um ataque é um pedido de ajuda. E, conseqüentemente, Ele responde com ajuda. Deus seria cruel se deixasse que as tuas palavras substituíssem as Suas Próprias. Um pai amoroso não deixa que sua criança se machuque, nem que escolha a sua própria destruição. Ela pode pedir para ser ferida, mas ainda assim seu pai a protegerá. E quanto mais do que isso o teu Pai ama o Seu Filho?

7. Lembra-te de que tu és a Sua Completeza e o Seu Amor. Lembra-te de que a tua fraqueza é a Sua força. Mas não leias isso apressada ou erroneamente. Se a Sua força está em ti, o que percebes como tua fraqueza não passa de ilusão. E Ele te deu o meio para provar que isso é assim. Pede todas as coisas ao Seu Professor e todas as coisas te serão dadas. Não no futuro, mas imediatamente; agora. Deus não espera, pois a espera implica tempo e Ele é intemporal. Esquece as tuas imagens tolas, o teu senso de fragilidade e o teu medo do dano, os teus sonhos de perigo e os "erros" escolhidos. Deus só conhece o Seu Filho e tal como foi criado, assim ele é. Em confiança, eu te coloco nas Suas Mãos e agradeço por ti que seja assim.


E agora, em tudo o que faças sê tu abençoada.
Deus volta-Se para ti pedindo ajuda para salvar o mundo.
Professor de Deus, Ele oferece-te a Sua gratidão,
e o mundo todo fica em silêncio na graça que trazes do Pai.
Tu és a Filha que Ele ama, e te é dado ser o meio
através do qual a Sua Voz é ouvida em todo o mundo
para acabar com todas as coisas nascidas no tempo,
para trazer o fim de todas as coisas visíveis e

para desfazer todas as coisas que mudam.
Através de ti, se anuncia um mundo que não é visto
nem ouvido, embora esteja verdadeiramente presente.
Santa és tu, e na tua luz o mundo reflete a tua santidade,
pois não estás só nem sem amigos. Eu agradeço por ti,

e me uno aos teus esforços a favor de Deus
sabendo que são também a meu favor,
e a favor de todos aqueles que caminham para Deus comigo.

AMÉM
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28 - O que é a ressurreição?


1. Muito simplesmente, a ressurreição é a superação ou domínio da morte. É um novo despertar ou um renascimento, uma mudança da mente a respeito do significado do mundo. É a aceitação da interpretação do Espírito Santo sobre o propósito do mundo, a aceitação da Expiação para si mesmo. É o fim dos sonhos de miséria e a feliz consciência do sonho final do Espírito Santo. É o reconhecimento das dádivas de Deus. É o sonho no qual o corpo funciona perfeitamente, sem outra função que não seja a comunicação. É a lição na qual termina o aprendizado, pois ele é consumado e ultrapassado com isso. É o convite a Deus para que Ele dê o Seu passo final. É o abandono de todos os outros propósitos, todos os outros interesses, todos os outros desejos e todas as outras preocupações. É o desejo único do Filho pelo Pai.

2. A ressurreição é a negação da morte, sendo a afirmação da vida. Assim, todo o pensamento do mundo é inteiramente revertido. A vida agora é reconhecida como salvação e qualquer tipo de dor e miséria percebidas como inferno. O amor já não é temido, mas alegremente bem recebido. Os ídolos desaparecem e a lembrança de Deus brilha sem impedimento através do mundo. A face de Cristo é vista em cada coisa viva e nada é mantido no escuro, à parte da luz do perdão. Não há mais nenhum pesar sobre a terra. A alegria do Céu veio até ela.

3. Aqui termina o currículo. Daqui em diante não há necessidade de orientações. A visão foi totalmente corrigida e todos os erros foram desfeitos. O ataque não tem significado e veio a paz. A meta do currículo foi conseguida. Os pensamentos voltam-se para o Céu e afastam-se do inferno. Todos os desejos são satisfeitos, pois o que permanece sem resposta ou incompleto? A última ilusão se espalha por todo o mundo, perdoando todas as coisas e substituindo todos os ataques. A reversão total é realizada. Nada resta para contradizer o Verbo de Deus. Não há oposição à verdade. E agora a verdade pode vir afinal. Como virá rapidamente quando lhe for pedido para entrar e envolver tal mundo!

4. Todos os corações vivos estão tranqüilos em um movimento de profunda expectativa, pois o tempo das coisas que duram para sempre agora está próximo. Não há morte. O Filho de Deus é livre. E na sua liberdade está o fim do medo. Não há mais lugares escondidos na terra capazes de esconder ilusões insanas, sonhos de medo e interpretações equivocadas do universo. Todas as coisas são vistas na luz e, na luz, o seu propósito é transformado e compreendido. E nós, crianças de Deus, nos erguemos do pó e contemplamos a nossa perfeita impecabilidade. A canção do Céu soa através do mundo à medida em que ele é elevado e trazido à verdade.

5. Agora não existem distinções. As diferenças desapareceram e o Amor olha para Si Mesmo. O que mais é necessário ver? O que sobra que a visão possa realizar? Nós vimos a face de Cristo, Sua impecabilidade, Seu Amor por trás de todas as formas, além de todos os propósitos. Santos somos nós porque a Sua santidade nos libertou de fato! E aceitamos a Sua santidade como nossa, tal como é. Como Deus nos criou, assim seremos para todo o sempre e não desejamos nada a não ser que a Sua Vontade seja a nossa. As ilusões de outra vontade se perderam, pois a unidade do propósito foi achada.

6. Essas coisas esperam por todos nós, mas ainda não estamos preparados para lhes dar as boas-vindas com alegria. Enquanto qualquer mente permanecer possuída por sonhos maus, o pensamento do inferno é real. Os professores de Deus têm como meta despertar as mentes dos que estão dormindo e de ver aí a visão da face de Cristo, para que ela tome o lugar do que eles sonham. O pensamento que assassina é substituído pela bênção. O julgamento é posto de lado e entregue Àquele Cuja função é julgar. E no Seu julgamento final a verdade sobre o Filho santo de Deus é restaurada. Ele é redimido, pois ouviu o Verbo de Deus e compreendeu o seu significado. Ele é livre, porque permitiu que a Voz de Deus proclamasse a verdade. E todos aqueles que antes buscava crucificar ressurgem com ele, ao seu lado, à medida em que se prepara com eles para encontrar seu Deus.


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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

27 - O que é a morte?


1. A morte é o sonho central do qual brotam todas as ilusões. Não é loucura pensar na vida como nascimento, envelhecimento, perda de vitalidade e morte no final? Colocamos essa questão anteriormente, mas agora temos que considerá-la com mais cuidado. É uma crença fixa e imutável do mundo que todas as coisas dentro dele nascem somente para morrer. Isso é considerado como "a forma da natureza", não para ser questionado, mas para ser aceito como a lei "natural" da vida. O cíclico, o mutável e o incerto; o imprevisível e o instável, o crescente e o minguante de um certo modo, em um caminho dado - tudo isto é tido como a vontade de Deus. E ninguém se pergunta se tal poderia ser a vontade de um Criador benigno.

2. Se o universo que percebemos fosse tal como Deus o criou, seria impossível pensar que Deus é amoroso. Pois quem decretou que todas as coisas morram, terminando em pó, desapontamento e desespero, só pode ser temido. Ele mantém a tua pequena vida nas mãos apenas por um fio, pronto para o rompê-lo sem pena ou cuidado, talvez hoje. Ou, caso espere, ainda assim o fim é certo. Quem ama um deus assim não conhece o amor, porque negou que a vida é real. A morte veio a ser o símbolo da vida. Seu mundo é agora um campo de batalha, onde reina a contradição e opostos guerreiam sem cessar. Onde há morte, a paz é impossível.

3. A morte é o símbolo do medo de Deus. Seu Amor é apagado nessa idéia, que o mantém fora da consciência como um escudo erguido para obscurecer o sol. A qualidade sinistra do símbolo basta para mostrar que ele não pode coexistir com Deus. Ele mostra uma imagem do Filho de Deus onde ele é "posto para descansar" nos braços da devastação, onde os vermes esperam para saudá-lo e para durar um pouco mais através da sua destruição. No entanto, também os vermes são igualmente condenados à destruição. E assim todas as coisas vivem, devido à morte. Devorar é a "lei da vida" dentro da natureza. Deus é insano e só o medo é real.

4. A curiosa crença segundo a qual parte das coisas que morre pode continuar vivendo à parte daquilo que vai morrer, não proclama um Deus amoroso, nem restabelece qualquer terreno para a confiança. Se a morte é real para o que quer que seja, não há vida. A morte nega a vida. Mas se há realidade na vida, a morte é negada. Aqui não é possível nenhuma transigência. Ou existe um deus do medo, ou um Deus do amor. O mundo tenta fazer mil transigências e tentará fazer outras mil. Nenhuma pode ser aceitável para os professores de Deus, pois nenhuma seria aceitável para Deus. Ele não fez a morte, porque ele não fez o medo. Ambos são igualmente sem significado para Ele.

5. A "realidade" da morte está firmemente enraizada na crença segundo a qual o Filho de Deus é um corpo. E se Deus tivesse criado corpos, a morte certamente seria real. Mas Deus não seria amoroso. Não há nenhum ponto no qual o contraste entre a percepção do mundo real e a do mundo das ilusões se torne mais evidente. A morte é, de fato, a morte de Deus, se Ele é Amor. E agora a Sua própria criação tem que temê-Lo. Ele não é Pai, mas destruidor. Não é Criador, mas um vingador. Terríveis são os Seus Pensamentos e assustadora a Sua imagem. Contemplar as suas criações é morrer.

6. "E a última a ser vencida será a morte." É claro! Sem a idéia de morte não há mundo. Todos os sonhos terminarão com esse. Essa é a meta final da salvação, o fim de todas as ilusões. E na morte nascem todas as ilusões. O que pode nascer da morte e ainda ter vida? Mas o que pode nascer de Deus e ainda morrer? As inconsistências, as transigências e os rituais que o mundo fomenta nas suas vãs tentativas de se agarrar à morte e ainda pensar que o amor é real, tudo isso é mágica irracional, ineficaz e sem significado. Deus é, e Nele todas as coisas criadas têm de ser eternas. Não vês que, de outro modo, há um oposto para ele e o medo seria tão real quanto o amor?

7. Professor de Deus, a tua única atribuição poderia ser colocada assim: não aceites nenhuma transigência na qual a morte desempenhe um papel. Não acredites na crueldade, nem permitas que o ataque esconda de ti a verdade. O que parece morrer foi apenas percebido equivocadamente e levado à ilusão. Agora vem a ser tarefa tua fazer com que a ilusão seja levada  à verdade. Sê firme apenas nisto: não te enganes com a "realidade" de nenhuma forma de mutação. A verdade nem se move, nem vacila, nem naufraga na morte e na dissolução. E qual é o fim da morte? Nenhum senão este: o reconhecimento de que o Filho de Deus é sem culpa, agora e para sempre. Nada além disto. Mas não te permitas esquecer que não é menos do que isto.

Manual dos Professores UCEM