terça-feira, 29 de setembro de 2009

A mudança interior


1. São os pensamentos, então, perigosos? Para os corpos, sim! Os pensamentos que parecem matar são aqueles que ensinam ao pensador que ele pode ser morto. E assim ele ‘morre’ devido ao que aprendeu. Ele vai da vida para a morte, a prova final de que deu mais valor ao inconstante do que à constância. Com certeza, ele pensou que queria a felicidade. Contudo, não a desejava por­que a felicidade era a verdade e, portanto, tem que ser constante.

2. A constância da alegria é uma condição bastante alheia à tua compreensão. Entretanto, se apenas pudesses imaginar o que ela não pode deixar de ser, tu a desejarias mesmo sem compreendê-la. A constância da felicidade não tem exceções, não muda de forma alguma. É inabalável como o Amor de Deus pela Sua cria­ção. Segura em sua visão assim como o seu Criador no que Ela conhece, a felicidade olha para todas as coisas e vê que são a mesma. Ela não vê o efêmero, pois deseja que todas as coisas sejam como ela própria e as vê assim. Nada tem o poder do confundir sua constância, porque o seu próprio desejo não pode ser abalado. Ela vem com toda certeza àqueles que vêem que a questão final é necessária para o resto, assim como a paz não pode deixar de vir àqueles que escolhem curar e não julgar.

3. A razão te dirá que não podes pedir felicidade de maneira in­constante. Pois se recebes o que desejas e se a felicidade é cons­tante, então só precisas pedir felicidade uma única vez para tê-la sempre. E se não a tens sempre, sendo ela o que é, não a pediste. Pois ninguém falha em pedir o que deseja a qualquer coisa que ele acredite que possa oferecer alguma promessa de poder dar-lhe o que quer. Ele pode estar errado quanto ao que pede, aonde e a quê. Entretanto, ele pedirá porque o desejo é uma solicitação, um pedido feito por alguém a quem o próprio Deus jamais falhará em responder. Deus já deu tudo o que ele realmente quer. Contudo, aquilo do qual ele está incerto, Deus não pode dar. Pois ele não o deseja enquanto permanece incerto e a dádiva de Deus não pode deixar de ser incompleta a menos que seja recebida.

4. Tu, que completas a Vontade de Deus e és a Sua felicidade, cuja vontade é tão poderosa quanto a Sua, com um poder que não se perde nas tuas ilusões, pensa com cuidado na razão pela qual ainda não decidiste como responderás à última questão. A tua resposta às outras te possibilitou uma ajuda para que já sejas par­cialmente são. E, no entanto, é a questão final que, na realidade, pergunta se estás disposto a ser totalmente são.

5. O que é o instante santo senão o apelo de Deus para que reco­nheças o que Ele te deu? Aqui está o grande apelo à razão, a consciência do que está sempre presente para ser visto, a felicida­de que poderia ser sempre tua. Aqui está a paz constante que poderias experimentar para sempre. Aqui o que a negação ne­gou te é revelado. Pois aqui, a questão final já está respondida e o que pedes já foi dado. Aqui está o futuro agora, pois o tempo é impotente devido ao teu desejo por algo que nunca vai mudar. Isso é assim pois pediste que nada se interponha entre a santida­de do teu relacionamento e a tua consciência dessa santidade.

Um Curso em Milagres

A última questão sem resposta


1. Não vês que toda a tua miséria vem da estranha crença em que não tens poder? Ser impotente é o custo do pecado. A impotência é a condição do pecado, o único requisito que ele exige para que se acredite nele. Só os impotentes poderiam acreditar nele. A enormidade não tem apelo nenhum a não ser para o pequeno. E só aqueles que, em primeiro lugar, acreditam que são peque­nos, poderiam ver atrativos nela. Traição ao Filho de Deus é a defesa daqueles que não se identificam com ele. E tu és por ele ou contra ele, ou o amas ou o atacas, proteges a sua unidade ou o vês despedaçado e abatido pelo teu ataque.

2. Ninguém acredita que o Filho de Deus não tenha poder. E aqueles que se vêem impotentes necessariamente acreditam que não são o Filho de Deus. O que podem ser exceto seu inimigo? E o que podem fazer exceto invejar o seu poder e pela sua inveja fazerem-se temerosos em relação a esse poder? Esses são os es­curos, silenciosos e temerosos, solitários e incomunicáveis, com medo de que o poder do Filho de Deus venha a trespassá-los e matá-los e assim erguem contra ele a sua impotência. Eles se unem ao exército dos impotentes para batalhar na sua guerra de vingança, amargura e despeito contra ele, para torná-lo uno com eles. Porque não têm o conhecimento de que são unos com ele, não sabem a quem odeiam. Eles são, de fato, um exército pesaro­so, cada um com tanta possibilidade de atacar o seu irmão ou voltar-se contra si mesmo quanto de lembrar que pensavam que tinham uma causa em comum.

3. Frenéticos, vociferantes e fortes os escuros parecem ser. No en­tanto, não conhecem o próprio “inimigo”, sabem apenas que o odeiam. No ódio, eles vieram a se juntar, mas não se uniram uns aos outros. Pois caso o tivessem feito, o ódio seria impossível. O exército dos impotentes tem que ser dispersado na presença da força. Aqueles que são fortes nunca são traidores porque não têm necessidade de sonhar com o poder e de encenar o seu sonho. Como poderia um exército atuar em sonhos? Atuaria de qual­quer maneira. Poderia ser visto atacando qualquer pessoa com qualquer coisa. Sonhos não têm razão em si mesmos. Uma flor torna-se uma lança envenenada, uma criança torna-se um gigante e um camundongo ruge como um leão. E o amor torna-se ódio com a mesma facilidade. Isso não é um exército, mas uma casa de loucos. O que parece ser um ataque planejado é um hospício.

4. O exército dos impotentes é, de fato, fraco. Ele não tem armas não tem inimigo. Sim, ele pode assolar o mundo e buscar um inimigo. Mas jamais pode achar o que não existe. Sim, ele pode sonhar que achou um inimigo, mas esse se deslocará até mesmo no momento em que for atacado de forma que o exército corre imediatamente para achar outro e nunca vem a descansar na vitória. E, à medida em que corre, volta-se contra si mesmo, pensando que capturou um vislumbre do grande inimigo, que sem­pre esquiva-se do seu ataque assassino tornando-se alguma outra coisa. Como parece traiçoeiro esse inimigo que muda tanto a ponto de ser impossível reconhecê-lo.

5. No entanto, o ódio tem que ter um alvo. Não pode haver fé no pecado sem um inimigo. Quem, entre aqueles que acreditam no pecado, ousaria acreditar que não tem um inimigo? Poderia ele admitir que ninguém o tornou impotente? A razão com certeza lhe proporia não mais buscar o que não existe para ser achado. Entretanto, é preciso que, em primeiro lugar, ele esteja disposto a perceber um mundo onde isso não exista. Não é necessário que compreenda como poderá vê-lo. Nem deveria tentar. Pois se foca­liza em algo que não pode compreender, apenas ressaltará a sua própria impotência e permitirá que o pecado lhe diga que o seu inimigo tem que ser ele próprio. Ao invés disso, que pergunte a si mesmo apenas essas questões a respeito das quais ele não pode deixar de tomar uma decisão para que isso seja feito para ele:

Desejo um mundo que eu governe ao invés de um mundo que me governe?

Desejo um mundo no qual eu tenha poder ao invés de ser impotente?

Desejo um mundo no qual não tenho inimigos e não posso pecar?

E quero eu ver aquilo que neguei porque é a verdade?

6. Podes já ter respondido às primeiras três questões, mas ainda não à última. Pois essa ainda parece amedrontadora e distinta das outras. No entanto, a razão te asseguraria que todas elas são a mesma. Nós dissemos que esse ano enfatizaria a igualdade das coisas que são a mesma. Essa questão final, que é de fato a últi­ma pela qual tens que te decidir, ainda parece conter uma ameaça que as outras já não te trazem. E essa diferença imaginada teste­munha o fato de que tu acreditas que a verdade pode ser o inimi­go que ainda podes achar. Aqui, então, aparentemente estaria a última esperança remanescente de achar o pecado e de não acei­tar o poder.

7. Não te esqueças de que a escolha entre o pecado ou a verdade, impotência ou poder, é a escolha entre atacar ou curar. Pois a cura vem do poder e o ataque da impotência. Aquele que atacas, não podes querer curar. E aquele que queres ver curado, tem que ser aquele que escolheste para ser protegido do ataque. E o que é essa decisão senão a escolha entre vê-lo através dos olhos do cor­po ou permitir que ele seja revelado a ti através da visão? Como essa decisão conduz a seus efeitos, não é problema teu. Mas o que queres ver não pode deixar de ser escolha tua. Esse é um curso sobre a causa, não sobre o efeito.

8. Considera cuidadosamente a tua resposta à última questão que deixaste ainda sem resposta. E deixa que a tua razão te diga que ela tem que ser respondida e é respondida nas outras três. E en­tão ficará claro para ti, à medida em que observas os efeitos do pecado sob qualquer forma, que tudo o que precisas fazer é simplesmente perguntar a ti mesmo:

É isso o que eu quero ver? É isso o que eu quero?

9. Essa é a tua única decisão; essa é a condição para o que ocorre. Como acontece é irrelevante, mas não o por quê. Tens controle sobre isso. E se escolhes ver um mundo sem um inimigo no qual não és impotente, os meios para vê-lo te serão dados.

10. Por que a questão final é tão importante? A razão te dirá por­que. Ela é a mesma que as outras três, exceto no que diz respeito ao tempo. As outras são decisões que podem ser tomadas e en­tão desfeitas e refeitas outra vez. Mas a verdade é constante e implica um estado no qual as vacilações são impossíveis. Podes desejar um mundo que governes e que não te governe e depois mudar a tua mente. Podes desejar trocar a tua impotência por poder e perder esse desejo, assim que um pequeno lampejo de pecado te atrair. E podes querer ver um mundo sem pecado e permitir que um ‘inimigo’ te tente a usar os olhos do corpo e mudar o que desejas.

11. Em conteúdo, todas as questões são a mesma. Pois cada uma pergunta se estás disposto a trocar o mundo do pecado pelo que o Espírito Santo vê, já que é isso o que o mundo do pecado nega. E, portanto, aqueles que olham para o pecado estão vendo a negação do mundo real. Apesar disso, a última questão acrescenta o desejo por constância ao teu desejo de ver o mundo real, de tal modo que esse desejo vem a ser o único que tens. Respondendo ‘sim’ à questão final, acrescentas sinceridade às decisões que já tomaste em relação a todo o resto. Pois somente então terás renunciado à opção de mais uma vez mudares de idéia. Quando isso for o que não queres, o resto terá sido totalmente respondido.

12. Por que pensas que não tens certeza se as outras questões fo­ram respondidas? Seria necessário que fossem perguntadas com tanta freqüência, caso tivessem sido? Enquanto a última decisão não é tomada, a resposta é ao mesmo tempo ‘sim’ e ‘não’. Pois respondeste ‘sim’ sem perceber que esse ‘sim’ necessariamente significa ‘que não disseste não’. Ninguém se decide contra a sua própria felicidade, mas pode fazê-lo quando não vê que é isso o que está fazendo. E se vê a sua felicidade como alguma coisa em mudança constante, agora isso, agora aquilo, e agora uma sombra fugidia que não está ligada a coisa alguma, ele de fato se decide contra a felicidade.

13. A felicidade fugidia ou a felicidade em forma mutante, que se desloca com o tempo e o lugar, é uma ilusão que não tem signifi­cado. A felicidade tem que ser constante, porque ela é alcançada pela renúncia ao desejo do inconstante. A alegria não pode ser percebida, exceto através da visão constante. E a visão constante só pode ser dada àqueles que desejam a constância. O poder do desejo do Filho de Deus permanece sendo a prova de que ele está errado quando se vê como impotente. Deseja o que queres e o contemplarás e pensarás que é real. Todo pensamento tem ape­nas o poder de liberar ou matar. E nenhum pensamento pode deixar a mente do pensador ou deixar de afetá-lo.

Um Curso Em Milagres


sábado, 26 de setembro de 2009

Mensagem em Medjugorje 25/9

Queridos filhos,

Com alegria, trabalhem persistentemente em sua conversão. Ofereçam todas as suas alegrias e sofrimentos ao Meu Coração Imaculado para que eu possa levar vocês todos ao meu Filho bem amado, para que vocês possam encontrar alegria em Seu Coração. Eu estou com vocês para instruí-los e levá-los para a Eternidade.


Obrigada por terdes respondido ao meu chamado.

Mensagem de Nossa Senhora à Marija Pavlovic-Lunetti

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O instante santo e as leis de Deus


1. É impossível usar um relacionamento às custas de outro e não sofrer culpa. E é igualmente impossível condenar parte de um relacionamento e achar paz dentro dele. Sob o ensinamento do Espírito Santo, todos os relacionamentos são vistos como compromissos totais e, apesar disso, não entram em conflito um com o outro de forma alguma. A fé perfeita em cada um deles, pela capacidade de cada um de satisfazer-te completamente, surge apenas da fé perfeita em ti mesmo. E isso não podes ter enquanto a culpa permanecer. E haverá culpa enquanto aceitares e valorizares a possibilidade de fazer de um irmão o que ele não é, porque queres que ele assim seja.

2. Tens tão pouca fé em ti mesmo porque não estás disposto a aceitar o fato de que o amor perfeito está em ti. E assim buscas do lado de fora o que não podes achar do lado de fora. Eu te ofereço a minha fé perfeita em ti no lugar de todas as tuas dúvidas. Mas não te esqueças de que a minha fé tem que ser tão perfeita em todos os teus irmãos como é em ti, ou seria uma dádiva limitada para ti. No instante santo nós compartilhamos nossa fé no Filho de Deus porque reconhecemos, juntos, que ele é totalmente digno dela e em nossa apreciação do seu valor não podemos duvidar da sua santidade. E assim nós o amamos.

3. Toda separação desaparece à medida que a santidade é compartilhada. Pois a santidade é poder e ao compartilhá-la ela ganha em força. Se buscas satisfação gratificando as tuas necessidades conforme as percebes, tens que acreditar que a força vem de outro e que o que tu ganhas, ele perde. Alguém tem sempre que perder se tu te percebes fraco. No entanto, há uma outra interpretação dos relacionamentos que transcende o conceito de perda de poder completamente.

4. Não achas difícil acreditar que quando uma outra pessoa invoca Deus em busca de amor, o teu próprio chamado permanece igualmente forte. E nem pensas que quando Deus responde a ela, diminui a tua esperança de ser respondido. Ao contrário, estás mais inclinado a considerar o seu sucesso como uma testemunha da possibilidade do teu. Isso acontece porque reconheces, por mais vagamente que seja, que Deus é uma idéia e assim a tua fé Nele é reforçada pelo compartilhar. O que achas difícil aceitar é o fato de que, como teu Pai, tu és uma idéia. E como Ele, podes dar de ti mesmo de forma completa sem perder coisa alguma, apenas ganhando. Aqui está a paz, pois aqui não conflito.

5. No mundo da escassez, o amor não tem significado e a paz é impossível. Pois o ganho e a perda são ambos aceitos e assim ninguém tem consciência de que o amor perfeito está dentro de si. No instante santo, reconheces a idéia do amor em ti mesmo e unes essa idéia com a Mente que a pensou e não poderia abandoná-la. Mantendo-a dentro de si mesma, não perda. Assim o instante santo vem a ser uma lição que ensina como manter todos os teus irmãos na tua mente, experimentando não a perda, mas a completeza. Daí se segue que só podes dar. E isso é amor, pois só isso é natural sob as leis de Deus. No instante santo, as leis de Deus prevalecem e só elas têm significado. As leis desse mundo deixam de ter qualquer significado. Quando o Filho de Deus aceita as leis de Deus como o que Ele quer com contentamento, é impossível que fique preso ou limitado de qualquer maneira.Nesse instante, ele é tão livre quanto Deus quer que ele seja. Pois no instante em que se recusa a ser limitado, não é mais limitado.

6. No instante santo não acontece nada que não tenha sido sempre. Somente o véu que havia sido colocado sobre a realidade é erguido. Nada mudou. No entanto, a consciência da imutabilidade vem rapidamente à medida em que o véu do tempo é posto de lado. Ninguém que não tenha ainda vivenciado o levantar do véu e se sentido irresistivelmente atraído para a luz que está por trás, pode ter fé no amor sem medo. No entanto, o Espírito Santo te dá essa fé, porque Ele a ofereceu a mim e eu a aceitei. Não tenhas medo de que o instante santo te seja negado, pois eu não o neguei. E através de mim, o Espírito Santo o dá a ti como tu o darás. Não permitas que nenhuma necessidade que percebas obscureça a tua necessidade disso. Pois no instante santo, irás reconhecer a única necessidade que os Filhos de Deus compartilham igualmente e através deste reconhecimento te unirás a mim no oferecimento do que é necessário.

7. É através de nós que a paz virá. Une-te a mim na idéia da paz, pois em idéias as mentes podem se comunicar. Se queres dar de ti mesmo como o teu Pai dá o Seu próprio Ser aprenderás a compreender a natureza do Ser. E aí o significado do amor é compreendido. Mas lembra-te de que a compreensão é da mente e só da mente. O conhecimento é, portanto, da mente e as suas condições estão na mente com ele. Se não fosses uma idéia e nada além de uma idéia, não poderias estar em total comunicação com tudo o que sempre existiu. No entanto, enquanto preferires ser alguma outra coisa ou tentares não ser nenhuma outra coisa e alguma outra coisa ao mesmo tempo, não irás lembrar-te da linguagem da comunicação que conheces perfeitamente.

8. No instante santo Deus é lembrado e a linguagem da comunicação com todos os teus irmãos é lembrada com Ele. Pois a comunicação é lembrada em conjunto, como a verdade. Não existe exclusão no instante santo porque o passado se foi e com ele se vai tudo o que constituía a base da exclusão. Sem a sua fonte, a exclusão desaparece. E isso permite à tua Fonte e A de todos os teus irmãos, substituí-la na tua consciência. Deus e o poder de Deus tomarão o Seu lugar de direito em ti e vivenciarás a plena comunicação de idéias com idéias. Através da tua capacidade de fazer isso, aprenderás o que não podes deixar de ser, pois começarás a compreender o que é o teu Criador e o que é a criação junto com Ele.

Um Curso Em Milagres

A prática do instante santo

1. Esse curso não está além do aprendizado imediato, a não ser que acredites que a Vontade de Deus leva tempo. E isso apenas significa que preferirias protelar o reconhecimento de que tal é a Vontade de Deus. O instante santo é esse instante e todos os instantes. É aquele que queres que seja. Aquele que não quiseres que seja está perdido para ti. Cabe a ti decidires quando ele será. Não o atrases. Pois além do passado e do futuro, onde não irás achá-lo, ele está reluzente e pronto para a tua aceitação. No entanto, não podes trazê-lo à tua alegre consciência enquanto não o quiseres, pois ele contém toda a liberação da pequenez.

2. A tua prática, portanto, tem que basear-se na tua disponibilidade para permitir que toda a pequenez se vá. O instante em que a magnitude irá despontar sobre ti está tão distante quanto o teu desejo por ela. Na medida em que tu não a desejas, e em vez dela aprecias a pequenez, nessa medida ela está distante de ti. Na medida em que a quiseres, tu a trarás para mais perto. Não penses que és capaz de achar a salvação a teu próprio modo e tê-la. Entrega qualquer plano que tenhas feito para a tua salvação no lugar do plano de Deus. O plano de Deus irá contentar-te e nenhuma outra coisa pode te trazer a paz. Pois a paz é de Deus e de mais ninguém além Dele.

3. Sê humilde diante Dele e ainda assim grande Nele. E não dês valor a nenhum plano do ego mais do que ao plano de Deus. Pois deixas vazio o teu lugar no Seu plano, que precisas preencher se queres unir-te a mim, pela tua decisão de unir-te a qualquer outro plano senão o Dele. Eu te chamo para preencher a tua parte santa no plano que Ele deu ao mundo para liberar o mundo da pequenez. Deus quer que o Seu anfitrião habite em liberdade perfeita. Qualquer aliança a um plano de salvação, que não seja o de Deus, diminui o valor da Sua Vontade para ti em tua própria mente. E no entanto, é a tua mente que é anfitriã para com Ele.

4. Queres aprender o quanto é perfeito e imaculado o altar santo no qual o teu Pai te colocou? Isso irás reconhecer no instante santo, no qual entregas de boa vontade e com alegria todos os outros planos exceto o de Deus. Pois lá está a paz, perfeitamente clara, porque tens estado disposto a satisfazer as condições que ela requer. Podes reivindicar o instante santo a qualquer momento e em qualquer lugar em que o queiras. Na tua prática, tenta entregar qualquer outro plano que tenhas aceito para achar magnitude na pequenez. Ela não está lá. Usa o instante santo só para reconhecer que sozinho não podes saber onde ela está e só podes enganar a ti mesmo.

5. Eu estou no instante santo com tanta clareza quanto queres que eu esteja. E, a extensão na qual aprendes a aceitar-me, é a medida do tempo em que o instante santo será teu. Eu apelo a ti para que faças com que o instante santo seja teu imediatamente, pois a liberação da pequenez na mente do anfitrião de Deus depende da disposição da sua vontade e não do tempo.

6. A razão pela qual esse curso é simples é que a verdade é simples. A complexidade é do ego e não é mais do que a tentativa do ego de obscurecer o óbvio. Poderias viver para sempre no instante santo, começando agora e chegando à eternidade, se não fosse por uma razão muito simples. Não obscureças a simplicidade dessa razão, pois se o fizeres, será apenas porque preferes não reconhecê-la e não permitir que ela se vá. A razão simples, colocada simplesmente, é a seguinte: o instante santo é um tempo no qual recebes e dás comunicação perfeita. Isso significa, entretanto, que esse é um tempo em que a tua mente está aberta, tanto para receber como para dar. É o reconhecimento de que todas as mentes estão em comunicação. Ele não busca, portanto, mudar nada mas apenas aceitar tudo.

7. Como podes fazer isso, quando preferes ter pensamentos privados e mantê-los? A única forma na qual poderias fazê-lo seria negar a comunicação perfeita que faz do instante santo o que ele é. Tu acreditas que podes abrigar pensamentos que não queres compartilhar e que a salvação está em guardar os teus pensamentos apenas para ti mesmo. Pois em pensamentos privados, conhecidos apenas por ti, pensas que achaste uma maneira de manter o que tens só para ti e compartilhar o que tu queres compartilhar. E, então, te perguntas por que será que não estás em comunicação total com aqueles que estão em torno de ti e com Deus, Que envolve a todos juntos.

8. Todo pensamento que mantiveres oculto corta a comunicação porque queres que seja assim. É impossível reconhecer a comunicação perfeita enquanto cortar a comunicação tiver valor para ti. Pergunta a ti mesmo com honestidade: "Eu quero ter comunicação perfeita e estou totalmente disposto a deixar de lado para sempre tudo aquilo que interfere com ela?" Se a resposta é não, então o fato do Espírito Santo estar pronto para dá-la a ti não é suficiente para que seja tua, pois ainda não estás pronto para compartilhá-la com Ele. E ela não pode vir à mente que se decidiu contra ela. Pois o instante santo é dado e recebido quando a disposição da vontade é igual, sendo a aceitação da Vontade única que governa todo pensamento.

9. A condição necessária para o instante santo não requer que não tenhas nenhum pensamento que não seja puro. Mas requer que não tenhas nenhum que queiras guardar. A inocência não é feita por ti. Ela te é dada no instante em que a queiras. A Expiação não teria razão de ser se não houvesse necessidade dela. Não serás capaz de aceitar a comunicação perfeita enquanto a ocultares de ti mesmo. Pois aquilo que queres ocultar está oculto para ti. Na tua prática, então, tenta apenas estar vigilante contra o engano e não busques proteger os pensamentos que queres guardar para ti mesmo. Deixa que a pureza do Espírito Santo os dissipe com seu brilho e traze toda a tua consciência para estares pronto para a pureza que Ele te oferece. Assim Ele fará com que estejas preparado para reconheceres que és o anfitrião de Deus e não o refém de ninguém nem de coisa alguma.

Um Curso Em Milagres

Pequenez versus magnitude


1. Não te contentes com a pequenez. Mas estejas certo de compreender o que ela é e por que nunca poderias te contentar com ela. A pequenez é o oferecimento que fazes a ti mesmo. Tu a ofereces no lugar da magnitude e a aceitas. Tudo nesse mundo é pequeno porque é um mundo feito de pequenez na estranha crença em que ela pode contentar-te. Quando lutas por qualquer coisa nesse mundo acreditando que tal coisa te trará paz, estás te diminuindo e cegando a ti mesmo para a glória. A pequenez e a glória são as escolhas disponíveis para os teus esforços e a tua vigilância. Tu sempre escolherás uma às custas da outra.

2. Entretanto, o que não reconheces a cada vez que escolhes é que a tua escolha representa uma avaliação de ti mesmo. Escolhe a pequenez e não terás paz, pois terás julgado a ti mesmo como indigno dela. E seja o que for que ofereças a ti mesmo para substituí-la, é uma dádiva muito pobre para satisfazer-te. E essencial que aceites o fato, e que o aceites com contentamento, de que não existe forma alguma de pequenez que possa jamais contentar-te. És livre para tentares quantas desejares, mas tudo o que estarás fazendo será adiar a tua volta ao lar. Pois só ficarás contente na magnitude, que é o teu lar.

3. Há uma profunda responsabilidade que deves a ti mesmo e que deves aprender a lembrar todo o tempo. Inicialmente, a lição pode parecer dura, mas aprenderás a amá-la quando reconheceres que é verdadeira e não é senão um tributo ao teu poder. Tu, que buscaste e achaste a pequenez, lembra-te disso: toda decisão que tomas brota só do que pensas que és e representa o valor que dás a ti mesmo. Acredita que o pequeno pode contentar-te e, por estares te limitando, não te satisfarás. Pois a tua função não é pequena e só achando-a e cumprindo-a podes escapar da pequenez.

4. Não há dúvida acerca de qual é a tua função pois o Espírito Santo sabe qual é. Não há dúvida acerca da magnitude da tua função, pois ela te alcança através Dele a partir da Magnitude. Não tens que te esforçar por ela, porque a tens. Todo o teu esforço deve ser dirigido contra a pequenez, pois proteger a tua magnitude nesse mundo, de fato, requer vigilância. Manter a tua magnitude em perfeita consciência nesse mundo feito de pequenez é uma tarefa que os pequenos não podem empreender. No entanto, ela te é pedida em tributo à tua magnitude e não à tua pequenez. Nem é pedida a ti sozinho. O poder de Deus apoiará todo esforço que fizeres a favor do Seu Filho querido. Procura o pequeno e negarás a ti mesmo o poder de Deus. Não é Vontade de Deus que o Seu Filho se contente com menos do que tudo. Pois Ele não se contenta sem o Seu Filho e o Filho não pode se contentar com menos do que o que o Pai lhe deu.

5. Anteriormente eu te perguntei: "Queres ser refém do ego ou anfitrião de Deus?" Permite que essa pergunta te seja feita pelo Espírito Santo todas as vezes que tomas uma decisão. Pois toda decisão que tomas responde a essa pergunta e convida ou a alegria ou a tristeza correspondentemente. Quando Deus Se deu a ti na tua criação, te estabeleceu como Seu anfitrião para sempre. Ele não te deixou e tu não O deixaste. Todas as tuas tentativas de negar a Sua magnitude e fazer do Seu Filho um refém do ego não podem tornar pequeno aquele que Deus uniu a Si Mesmo. Toda decisão que tomas é pelo Céu ou pelo inferno e te traz a consciência daquilo a favor do qual te decidiste.

6. O Espírito Santo pode manter a tua magnitude limpa de toda pequenez de forma clara e em perfeita segurança na tua mente, intocada por qualquer pequena dádiva que o mundo da pequenez queira te oferecer. Mas para tanto, não podes te alinhar contra Ele no que é Sua Vontade para ti. Decide-te por Deus através Dele. Pois a pequenez e a crença em que podes te contentar com ela são decisões que tomas acerca de ti mesmo. O poder e a glória que vêm de Deus e estão em ti são para todos aqueles que, como tu, se percebem pequenos e acreditam que a pequenez possa se inflar e vir a ser um senso de magnitude capaz de contentá-los. Nunca dês a pequenez e nem a aceites. Toda honra é devida ao anfitrião de Deus. A tua pequenez te engana, mas a tua magnitude pertence a Ele, Que habita em ti e em Quem habitas. Então, não toques ninguém com pequenez em Nome de Cristo, eterno Anfitrião para com Seu Pai.

7. Nesta estação (Natal), que celebra o nascimento da santidade nesse mundo, une-te a mim, que me decidi pela santidade por ti. É nossa tarefa conjunta restaurar a consciência da magnitude para o anfitrião que Deus indicou para Si mesmo. Dar a dádiva de Deus está além de toda tua pequenez, mas não além de ti. Pois Deus quer Se dar através de ti. Ele alcança a todos a partir de ti e além de todos às criações do Filho de Deus, mas sem deixá-lo. Muito além do teu pequeno mundo, mas ainda assim em ti, Ele Se estende para sempre. No entanto, traz todas as Suas extensões a ti, como anfitrião para com Ele.

8. É um sacrifício deixar para trás a pequenez e não vagar em Vão? Não é um sacrifício despertar para a glória. Mas é um sacrifício aceitar qualquer coisa menor do que a glória. Aprende que tens que ser digno do Príncipe da Paz, nascido em ti em honra Daquele Cujo anfitrião tu és. Não conheces o que o amor significa porque buscaste adquiri-lo com pequenas dádivas, assim valorizando-o muito pouco para compreenderes a sua magnitude. O amor não é pequeno e o amor habita em ti, pois és o Seu anfitrião. Diante da grandeza que vive em ti, a tua pobre apreciação de ti mesmo e todos os pequenos oferecimentos que fazes deslizam para o nada.

9. Santa criança de Deus, quando aprenderás que só a santidade pode contentar-te e dar-te a paz? Lembra-te de que não aprendes só para ti mesmo, assim como eu também não o fiz. Porque eu aprendi por ti, podes aprender de mim. Eu quero apenas te ensinar o que é teu, de modo que juntos nós possamos substituir a pobre pequenez que prende o anfitrião de Deus à culpa e à fraqueza pela alegre consciência da glória que está nele. Meu nascimento em ti é o teu despertar para a grandeza. Dá boas-vindas a mim, não em uma manjedoura, mas no altar à santidade, onde a santidade habita em perfeita paz. O meu Reino não é desse mundo porque é em ti. E tu és do teu Pai. Vamos nos unir em tua honra, pois tens que permanecer para sempre além da pequenez.

10. Decide comigo, que me decidi por habitar contigo. A minha vontade é a Vontade de meu Pai, tendo o conhecimento de que a Sua Vontade é constante e está para sempre em paz com ela mesma. Nada te contentará a não ser a Sua Vontade. Não aceites menos, lembrando-te de que tudo o que eu aprendi é teu. O que o meu Pai ama, eu amo como Ele e eu não posso aceitar-te como não és, assim como Ele também não pode. E assim como tu também não podes. Quando tiveres aprendido a aceitar o que és, não mais farás dádivas para oferecer a ti mesmo pois terás o conhecimento de que és completo, sem necessidade alguma e incapaz de aceitar qualquer coisa para ti mesmo. Mas darás alegremente, tendo recebido. O anfitrião de Deus não precisa buscar para achar coisa alguma.

11. Se estás totalmente disposto a deixar a salvação ao plano de Deus e não é tua vontade tentar alcançar a paz por ti mesmo, a salvação te será dada. Entretanto, não penses que és capaz de substituir o Seu plano pelo teu. Ao contrário, une-te a mim no plano de Deus para que possamos liberar todos aqueles que querem ser limitados, proclamando juntos que o Filho de Deus é Seu anfitrião. Assim, nós não deixaremos ninguém esquecer o que queres lembrar. E assim tu te lembrarás.

12. Em todas as pessoas invoques somente a lembrança de Deus e do Céu, que está nelas. Pois onde gostarias que o teu irmão estivesse, lá pensarás que estás. Não ouças o seu apelo ao inferno e à pequenez mas só o seu chamado ao Céu e a grandeza. Não te esqueças de que o seu chamado é o teu e responde-lhe comigo. O poder de Deus está para sempre ao lado do Seu anfitrião, pois só protege a paz na qual Ele habita. Não coloques a pequenez diante do altar santo de Deus, que se ergue acima das estrelas e alcança até mesmo o Céu, devido ao que é dado a ele.

Um Curso Em Milagres

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mensagem de Mãe Maria 27-09


Amados Filhos,

Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.

Ao longo dos últimos tempos tenho vos alertado sobe a necessidade premente de purificardes vossos corpos, reconhecendo e implementando todas as mudanças necessárias em vossas vidas com o objetivo de mergulhardes no mundo novo para nele reconquistardes a felicidade.

O tempo no mundo novo finalmente chegou, amados; nada mais poderá ser como antes; apegos não resistirão ao novo tempo, limites não resistirão ao novo tempo, julgamentos não resistirão ao novo tempo, hábitos e costumes que refletem egoísmo não resistirão ao novo tempo.

É por esse motivo que a vida vos coloca neste momento perante tudo que deixastes para traz, e que não condiz com o novo tempo: vossas pendências se fazem presentes mais uma vez, todos os laços que não são laços do coração - e que ainda persistem fortes e vos mantém atados a pessoas ou situações - se mostram mais uma vez, desafiando-vos a olhar para a vida através de uma nova perspectiva.

Olhai com coragem para este momento, e ousai reconhecer vosso poder e vosso compromisso com a verdade, para que possais transformar, transformar, transformar vossas últimas dores em alegria e júbilo, aceitando com naturalidade a liberdade que chega como um merecido prêmio para os Filhos da Luz que reconheceram e implementaram as mudanças em suas vidas.

Lembrai-vos, amados, que os únicos laços que persistirão em vosso mundo a partir de setembro são os laços do amor.

Urge, pois que possais reconhecer todos os vossos laços - não apenas com pessoas, mas com todos os seres dos reinos que habitam convosco esse vosso planeta - que não se baseiam na força infinita do amor.

Urge transformá-los!

É tempo ainda de fazerdes o vosso inventário, perguntando-vos o que podeis fazer para ser feliz, o que precisais mudar para ser feliz, quais os apegos que precisais transformar para ser feliz.

Não há mais como manter o velho, amados; a vida vos oferece a oportunidade de reconhecerdes o mundo na unidade que ele verdadeiramente é, e não mais na separação ilusória que vos foi sempre mostrada e que ensejou tanto egoísmo, tanta dor, tanta injustiça e tanta discriminação.

Deixai, pois de atender ao comando de vossas mentes ilusórias, para vos entregar ao comando de vossas almas, fazendo prevalecer sempre vossas mentes cristicas que não mais aceitam qualquer imposição de vossos egos e só respondem a linguagem do coração.

É tempo de ousar, amados! Ousar reencontrar o verdadeiro sentido de vossas vidas, ousar transferir o poder que destes aos vossos egos para deixar falar vossos corações; é tempo de acreditar que aí estais para reaprender a ser feliz, e que a felicidade bate as portas de todos vós neste tempo, mas cabe a cada um retirar os entulhos que impedem o acesso ao outro lado do véu para deixar o mundo da ilusão definitivamente para traz, mergulhando no mundo da liberdade, da paz, do amor e da perfeição.

Bem amados, é hora, pois de reforçar vossa fé determinação no vosso poder de transformar todos os limites, resgatando o merecimento de ser feliz.

Bem amados, que vossas orações continuem a ser a ponte que vos leva a comunicação com a mente de Deus, e que elas alimentem as mentes e corações de todos os Filhos Terra, para que o mundo novo encontre espaço e se implante rapidamente na vida de todos vós.


Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.


Mensagem de Mãe Maria-27-2009 recebida por Jane M. Ribeiro aos15/09/09.


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O círculo da Expiação


1. A única parte da tua mente que tem realidade é a parte que ainda te liga a Deus. Não gostarias de ter toda a tua mente transformada em uma mensagem radiante do Amor de Deus para compartilhar com todos os solitários que O têm negado? Deus faz com que isso seja possível. Negarias o Seu anseio de ser conhecido? Tu anseias por Ele, como Ele por ti. Isso é imutável para sempre. Aceita, então, o imutável. Deixa o mundo da morte para trás e retorna serenamente para o Céu. Não existe nada de valor aqui e tudo que tem valor está lá. Escuta o Espírito Santo e a Deus, através Dele.Ele fala de ti para ti. Não há culpa em ti, pois Deus é abençoado em Seu Filho assim como o Filho é abençoado Nele.

2. Todos têm um papel especial a desempenhar na Expiação, mas a mensagem dada a cada um é sempre a mesma: o Filho de Deus não tem culpa. Cada um ensina a mensagem de forma diferente e a aprende de forma diferente. No entanto, até que a ensine e a aprenda, sofrerá a dor de uma consciência meio vaga de que a sua verdadeira função permanece nele sem ser cumprida. A carga da culpa é pesada, mas Deus não te quer preso a ela. O Seu plano para o teu despertar é tão perfeito quanto o teu é falho. Tu não sabes o que fazes, mas Aquele Que sabe está contigo. A Sua gentileza é tua e todo amor que compartilhas com Deus Ele guarda em confiança para ti. Ele não quer te ensinar nada a não ser como ser feliz.

3. Filho abençoado de um Pai pleno de bênçãos, a alegria foi criada para ti. Quem pode condenar aquele a quem Deus abençoou? Não existe nada na Mente de Deus que não compartilhe a Sua brilhante inocência. A criação é a extensão natural da pureza perfeita. Tu aqui só és chamado para te dedicares, com ativa disponibilidade, à negação da culpa em todas as suas formas. Acusar é não compreender. Os aprendizes felizes da Expiação vêm a ser os professores da inocência que é o direito de tudo o que Deus criou. Não negues a eles o que lhes é devido, pois não vais recusar apenas a eles.

4. A herança do Reino é o direito do Filho de Deus, dado a ele em sua criação. Não tentes roubá-la ou estarás pedindo a culpa e irás experimentá-la. Protege a sua pureza de todo pensamento que queira roubá-la e mantê-la longe da sua vista. Traze a inocência à luz, em resposta ao chamado da Expiação. Que nunca deixes a pureza ficar escondida, mas deixa a tua luz brilhar afastando os véus pesados da culpa dentro dos quais o Filho de Deus se escondeu da sua própria vista.

5. Estamos todos unidos na Expiação aqui e nenhuma outra coisa pode nos unir nesse mundo. Assim o mundo da separação desaparecerá e a comunicação plena será restaurada entre o Pai e o Filho. O milagre reconhece a inculpabilidade que tem que ter sido negada para produzir a necessidade da cura. Não recuses esse feliz reconhecimento, pois a esperança da felicidade e a liberação de todo tipo de sofrimento estão nele. Quem não quer senão ficar livre da dor? Ele pode não ter ainda aprendido como trocar a culpa pela inocência, nem ter reconhecido que só nesta troca a libertação da dor pode vir a ser sua. Entretanto, aqueles que falharam em aprender necessitam de ensino, não de ataque. Atacar aqueles que têm necessidade de ensinamento é falhar em aprender com eles.

6. Professores da inocência, cada um a seu modo, uniram-se assumindo a sua parte no currículo unificado da Expiação. Não há nenhuma unidade de metas no aprendizado à parte disso. Não há conflito nesse currículo, que tem apenas um objetivo, seja qual for a forma como é ensinado. Cada esforço feito a seu favor é oferecido com o propósito único de liberar da culpa para a glória eterna de Deus e de Sua criação. E cada ensinamento que aponta para isso aponta diretamente para o Céu e para a paz de Deus. Não há nenhuma dor, nenhum julgamento, nenhum medo que esse ensinamento possa falhar em superar. O poder do próprio Deus apóia esse ensinamento e garante os seus resultados sem limites.

7. Une os teus próprios esforços ao poder que não pode falhar e tem que resultar na paz. Ninguém deixa de ser tocado por um ensinamento como esse. Tu não verás a ti mesmo além do poder de Deus se ensinares apenas isso. Não estarás isento dos efeitos dessa lição santíssima, que só busca restaurar o que é o direito da criação de Deus. Tu inevitavelmente aprenderás a tua inocência de cada um a quem concederes a liberação da culpa. O círculo da Expiação não tem fim. E acharás uma confiança cada vez mais abrangente na tua segura inclusão no círculo com cada um que trouxeres para dentro da sua segurança e da sua paz perfeita.

8. Que a paz, então, esteja com todos os que vêm a ser professores da paz. Pois a paz é o reconhecimento da pureza perfeita, da qual ninguém está excluído. Dentro do seu círculo santo estão todos aqueles que Deus criou como Seu Filho. A alegria é o seu atributo unificador e ninguém é deixado de lado para sofrer pela culpa sozinho. O poder de Deus atrai todas as pessoas ao seu abraço seguro de amor e união. Que estejas em quietude dentro deste círculo e atraias todas as mentes torturadas para que se unam a ti na segurança da sua paz e da sua santidade. Fica comigo dentro dele, como um professor da Expiação, não da culpa.

9. Bem-aventurados sejais, vós que ensinais comigo. Nosso poder não vem de nós, mas de nosso Pai. Na inculpabilidade nós O conhecemos, como Ele nos conhece sem culpa. Eu estou dentro do círculo, chamando-te para a paz. Ensina a paz comigo e pisa, como eu, em terra santa. Lembra-te por todas as pessoas do poder do teu Pai, que Ele lhes deu. Não acredites que não podes ensinar a Sua paz perfeita. Não fiques fora, mas une-te a mim do lado de dentro. Não falhes no único propósito para o qual o meu ensinamento te chama. Devolve a Deus o Seu Filho assim como Ele o criou ensinando-lhe a sua inocência.

10. A crucificação não tomou parte na Expiação. Só a ressurreição veio a ser a minha parte nele. Esse é o símbolo da liberação da culpa pela inculpabilidade. Aquele que percebes como culpado, queres crucificar. No entanto, restauras a inculpabilidade a todo aquele a quem vês sem culpa. A crucificação é sempre o objetivo do ego. Ele vê a todos como culpados e através da sua condenação quer matar. O Espírito Santo só vê a inculpabilidade e em Sua gentileza, Ele quer liberar do medo e restabelecer o reinado do amor. O poder do amor está em Sua gentileza que é de Deus e, portanto, não pode crucificar nem sofrer crucificação. O templo que tu restauras vem a ser o teu altar, pois foi reconstruído através de ti. E tudo o que dás a Deus é teu. Assim Ele cria e assim tu tens que restaurar.

11. Cada um que vês, colocas dentro do círculo santo da Expiação ou deixas de fora, julgando-o merecedor da crucificação ou da redenção. Se o trouxeres para dentro do círculo da pureza, lá descansarás com ele. Se o deixares de fora, é lá que te unirás a ele. Não julgues a não ser na quietude que não vem de ti. Recusa-te a aceitar qualquer um como se ele não tivesse a bênção da Expiação e trate-o a ela abençoando-o. A santidade tem que ser compartilhada, pois dentro dela está tudo o que a faz santa. Vem com contentamento para o círculo santo e olha para fora em paz, para todos aqueles que pensam que estão de fora. Não elimines ninguém, pois aqui está o que cada um busca junto contigo. Vem, vamos nos unir a ele no lugar santo da paz que é onde todos nós devemos estar, unidos como um só na Causa da paz.

Um Curso Em Milagres

domingo, 13 de setembro de 2009

O medo da redenção


1. Podes perguntar a ti mesmo porque é tão crucial que olhes para o teu ódio e reconheças toda a sua extensão. Podes também pensar que seria bastante fácil para o Espírito Santo mostrá-lo a ti e dissipá-lo sem a necessidade de que o erguesses à tua consciência por ti mesmo. No entanto, há mais um obstáculo que interpuseste entre tu e a Expiação. Nós temos dito que ninguém sancionará o medo se o reconhecer. No entanto, em teu estado mental desordenado, não tens medo do medo. Não gostas dele mas não é o teu desejo de atacar que realmente te amedronta. Não estás seriamente perturbado com a tua própria hostilidade. Tu a manténs escondida porque tens mais medo do que ela encobre. Poderias até mesmo olhar para a pedra angular mais escura do ego sem medo, se não acreditasses que, sem o ego, acharias dentro de ti algo que te amedrontaria ainda mais. Tu não estás realmente com medo da crucificação. O teu terror real é a redenção.

2. Sob o escuro fundamento do ego está a memória de Deus e é disso que realmente tens medo. Pois essa memória te restituiria instantaneamente ao lugar que te é próprio e é esse o lugar que buscaste deixar. O teu medo do ataque não é nada comparado ao teu medo do amor. Estarias disposto a olhar até mesmo para o teu selvagem desejo de matar o Filho de Deus, se não acreditasses que ele te salva do amor. Pois esse desejo causou a separação e tu o protegeste porque não queres que a separação seja curada. Reconheces que, removendo a nuvem escura que o obscurece, o teu amor pelo teu Pai iria impelir-te a responder ao Seu chamado e dar um salto para o Céu. Acreditas que o ataque é salvação porque te impede isso. Pois muito mais profundo do que o fundamento do ego e muito mais forte do que ele jamais será, é o teu intenso e ardente amor por Deus e o Dele por ti. Isso é o que realmente queres esconder.

3. Honestamente, não é mais difícil para ti dizer "eu amo" do que "eu odeio"? Associas amor com fraqueza e ódio com força e o teu próprio poder real te parece ser a tua real fraqueza. Pois não poderias controlar a tua alegre resposta ao chamado do amor se o ouvisses e todo o mundo que pensaste ter feito desapareceria. O Espírito Santo, então, parece estar atacando a tua fortaleza, pois queres deixar Deus de fora e não é Vontade de Deus ser excluído.

4. Construíste todo o teu insano sistema de crenças porque pensas que ficarias indefeso na Presença de Deus e queres salvar a ti mesmo do Seu Amor porque pensas que ele te esmagaria no nada. Tens medo de que ele te varra para longe de ti mesmo e te faça pequeno, porque acreditas que a magnitude está no desafio e que o ataque é grandioso. Pensas que fizeste um mundo que Deus quer destruir e amando-O como tu O amas, jogarias fora esse mundo, o que, de fato, farias. Portanto, usaste o mundo para encobrir o teu amor e quanto mais te aprofundas no negror do fundamento do ego, mais perto chegas do Amor que lá está escondido. E é isso que te assusta.

5. Podes aceitar a insanidade porque a fizeste, mas não podes aceitar o amor porque não o fizeste. Preferes ser um escravo da crucificação do que um Filho de Deus na redenção. A tua morte individual te parece mais valiosa do que a tua unicidade viva, pois o que te é dado não é tão valorizado quanto o que fizeste. Tens mais medo de Deus do que do ego e o amor não pode entrar onde não é bem-vindo. Mas o ódio pode, pois entra por vontade própria e não se importa com a tua.

6. Tens que olhar para as tuas ilusões e não mantê-las escondidas, porque elas não se baseiam em um fundamento próprio. Estando ocultas parecem fazê-lo e assim aparentam manter-se por si mesmas. Essa é a ilusão fundamental sobre a qual repousam as outras. Pois, abaixo delas e permanecendo oculta enquanto elas estão escondidas, está a mente amorosa que pensou tê-las feito na raiva. E a dor nesta mente é tão evidente quando é descoberta, que a sua necessidade de cura não pode ser negada. Nenhum, entre todos os truques e jogos que tu lhe ofereces, é capaz de curá-la, pois lá está a real crucificação do Filho de Deus.

7. E, no entanto, ele não é crucificado. Aqui está tanto a sua dor quanto a sua cura, pois a visão do Espírito Santo é misericordiosa e o Seu Remédio é rápido. Não escondas o sofrimento da Sua vista mas, com contentamento, traze-o a Ele. Dispõe diante da Sua eterna sanidade tudo o que está ferido em ti e permite que Ele te Cure. Não deixes nenhum ponto de dor escondido da Sua Luz e procura com cuidado em tua própria mente quaisquer pensamentos que possas ter medo de descobrir. Pois Ele curará todos os pensamentos, por pequenos que sejam, que tenhas guardado para ferir-te e os limpará de sua pequenez restaurando-os à magnitude de Deus.

8. Por baixo de toda a grandiosidade à qual dás tanto valor, está o teu pedido real de ajuda. Pois chamas o teu Pai pedindo amor, assim como o teu Pai te chama para Ele Mesmo. Naquele lugar que escondeste, a tua vontade é apenas unir-te ao Pai em Sua memória com amor. Acharás esse lugar da verdade na medida em que o vires nos teus irmãos, pois embora eles possam enganar a si mesmos, como tu anseiam pela grandeza que está neles. E percebendo-a, darás boas-vindas a ela e ela será tua. Pois a grandeza é o direito do Filho de Deus e nenhuma ilusão pode satisfazê-lo ou salvá-lo do que ele é. Só o seu amor é real e ele só ficará contente com a sua realidade.

9. Salva-o de suas ilusões para que possas aceitar a magnitude do teu Pai em paz e alegria. Mas não excluas ninguém do teu amor ou estarás escondendo um lugar escuro na tua mente onde o Espírito Santo não é bem-vindo. E assim estarás te excluindo do Seu poder de cura, pois não oferecendo amor total, não serás completamente curado. A cura tem que ser tão completa quanto o medo, pois o amor não pode entrar onde existe uma mancha de medo para turvar as boas-vindas a ele.

10. Tu, que preferes a separação à sanidade, não podes obtê-la em tua mente certa. Estavas em paz até que pediste um favor especial. E Deus não o concedeu, pois o pedido era algo alheio a Ele e tu não poderias pedir isso a um Pai Que verdadeiramente amasse Seu Filho. Por conseguinte fizeste Dele um Pai sem amor, exigindo algo que somente um pai assim seria capaz de dar. E a paz do Filho de Deus foi despedaçada, pois ele não mais compreendeu seu Pai. Ele tinha medo do que tinha feito, mas temia ainda mais o seu Pai real, tendo atacado a sua própria igualdade gloriosa em relação a Ele.

11. Em paz, ele não precisava de nada e não pedia nada. Em guerra, ele exigia tudo e nada achava. Pois como poderia a gentileza do amor responder às suas exigências, exceto partindo em paz e retomando ao Pai? Se o Filho não desejava permanecer em paz, ele não podia permanecer de modo algum. Pois uma mente escura não pode viver na luz e tem que buscar um lugar de trevas onde possa acreditar que está onde não está. Deus não permitiu que isso acontecesse. Entretanto, tu exigiste que acontecesse e, por conseguinte, acreditaste que era assim.

12. "Escolher um" é "tornar sozinho" e, portanto, solitário. Deus não fez isso contigo. Seria Ele capaz de te colocar à parte conhecendo que a tua paz está na Sua Unicidade? Ele só te negou o teu pedido de dor, pois o sofrimento não faz parte da Sua criação. Tendo dado a ti a criação, Ele não poderia tirá-la de ti. Ele só poderia responder ao teu pedido insano com uma resposta sã que viesse a habitar contigo na tua insanidade. E isso Ele fez. Ninguém que ouça a Sua resposta deixará de desistir da insanidade. Pois a Sua resposta é o ponto de referência além das ilusões, do qual podes olhar para trás e vê-Ias como insanas. Apenas busca esse lugar e o acharás, pois o Amor está em ti e te conduzirá até lá.

Um Curso Em Milagres

sábado, 12 de setembro de 2009

A atração do amor pelo amor

1. Tu realmente acreditas que podes matar o Filho de Deus? O Pai escondeu o Seu Filho com segurança dentro de Si Mesmo e o manteve muito distante dos teus pensamentos destrutivos, mas tu não conheces nem o Pai nem o Filho por causa deles. Atacas o mundo real todo dia, a toda hora e a todo minuto e apesar disso estás surpreso por não poderes vê-lo. Se buscas o amor com o fim de atacá-lo, jamais o acharás. Pois se o amor é compartilhar, como podes achá-lo a não ser através dele mesmo? Oferece-o e ele virá a ti, porque ele é atraído para si mesmo. Mas se ofereces o ataque o amor permanecerá escondido, pois ele só pode viver em paz.

2. O Filho de Deus está tão seguro quanto seu Pai, pois o Filho conhece a proteção de seu Pai e não pode ter medo. O Amor do Seu Pai o mantém em perfeita paz e não necessitando de nada, ele não pede nada. Entretanto, Ele, que é o teu Ser, está longe de ti, pois escolheste atacá-lo e ele desapareceu da tua vista em seu Pai. Ele não mudou, mas tu sim. Pois uma mente dividida e todas as suas obras não foram criadas pelo Pai e não poderiam viver no Seu conhecimento.

3. Quando fizeste com que fosse visível o que não é verdadeiro, o que é verdadeiro veio a ser invisível para ti. No entanto, não pode ser invisível em si mesmo, pois o Espírito Santo o vê com perfeita clareza. É invisível para ti porque estás olhando para uma outra coisa. No entanto, não cabe a ti decidir o que é visível e o que é invisível, como não cabe a ti decidir o que é a realidade. O que pode ser visto é o que o Espírito Santo vê. A definição da realidade é de Deus e não tua. Ele a criou e Ele conhece o que ela é. Tu, que conhecias, esqueceste e se Ele não tivesse te dado um caminho para lembrares, terias te condenado ao esquecimento.

4. Devido ao Amor do teu Pai, nunca poderás esquecê-Lo, pois ninguém é capaz de esquecer o que o próprio Deus colocou em sua memória. Podes negá-lo, mas não podes perdê-lo. Uma Voz responderá a cada questão que perguntares e uma visão corrigirá a percepção de tudo o que vês. Pois o que fizeste com que fosse invisível é a única verdade e o que não ouviste é a única Resposta. Deus quer que tu voltes a unir-te contigo mesmo e não te abandonou em tua aflição. Estás esperando apenas por Ele e não tens conhecimento disso. No entanto, a Sua memória brilha na tua mente e não pode ser obliterada. Não é mais passada do que futura, sendo eterna para sempre.

5. Tu só tens que pedir essa memória e vais te lembrar. Todavia, a memória de Deus não pode brilhar na mente que a obliterou e quer mantê-la assim. Pois a memória de Deus só pode nascer na mente que escolhe lembrar e que abandonou o desejo insano de controlar a realidade. Tu, que nem sequer podes controlar a ti mesmo, dificilmente deverias aspirar controlar o universo. Mas olha para o que fizeste do universo e regozija-te por não ser assim.

6. Filho de Deus, não te contentes com o nada! O que não é real não pode ser visto e não tem valor. Deus não poderia oferecer ao Seu Filho o que não tem valor e nem Seu Filho poderia recebê-lo. Foste redimido no instante em que pensaste que O tinhas desertado. Tudo o que fizeste nunca existiu e é invisível porque o Espírito Santo não o vê. Entretanto, o que Ele vê é teu para que tu contemples e, através da Sua visão, a tua percepção é curada. Fizeste com que fosse invisível a única verdade que esse mundo contém. Valorizando o nada, buscaste o nada. Fazendo com que o nada fosse real para ti, viste o nada. Mas isso não existe. E Cristo é invisível para ti devido ao que fizeste com que fosse visível para ti.

7. No entanto, não importa quanta distância tentaste interpor entre a tua consciência e a verdade. O Filho de Deus pode ser visto porque a sua visão é compartilhada. O Espírito Santo olha para ele e não vê nenhuma outra coisa em ti. O que é invisível para ti é perfeito em Sua vista e abrange tudo. Ele lembrou-Se de ti porque não esqueceu o Pai. Tu olhaste para o irreal e achaste o desespero. Todavia, buscando o irreal, que outra coisa poderias achar? O mundo irreal é algo desesperador, pois nunca poderá ser. E tu, que compartilhas o Ser de Deus com Ele, nunca poderias te contentar sem a realidade. O que Deus não te deu não tem poder sobre ti e a atração do amor pelo amor permanece irresistível. Pois é a função do amor unir todas as coisas em si mesmo e manter todas as coisas juntas por estender a sua integridade.

8. O mundo real te foi dado por Deus em uma troca amorosa pelo mundo que fizeste e pelo mundo que vês. Apenas toma-o das mãos de Cristo e olha para ele. A sua realidade fará com que todas as outras coisas sejam invisíveis, pois contemplá-lo é percepção total. E à medida em que olhas para ele, vais lembrar-te que sempre foi assim. O nada virá a ser invisível, pois afinal terás visto verdadeiramente. A percepção redimida é facilmente traduzida em conhecimento, pois só a percepção é capaz de erro e a percepção nunca existiu. Sendo corrigida, ela dá lugar ao conhecimento, que é para sempre a única realidade. A Expiação nada mais é do que o caminho de volta àquilo que nunca foi perdido. Teu Pai não poderia ter deixado de amar o Seu Filho.

Um Curso Em Milagres

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Olhar para dentro

1. Os milagres demonstram que o aprendizado ocorreu sob a orientação certa, pois o aprendizado é invisível e o que foi aprendido só pode ser reconhecido pelos seus resultados. Sua generalização é demonstrada à medida em que o usas em um número cada vez maior de situações. Reconhecerás que aprendeste que não existe ordem de dificuldades em milagres quando os aplicares a todas as situações. Não existe nenhuma situação à qual os milagres não se apliquem e aplicando-os a todas as situações ganharás o mundo real. Pois nesta percepção santa a integridade ser-te-á restaurada e da tua aceitação da Expiação para ti mesmo ela se irradiará a todos aqueles que o Espírito Santo te enviar para a tua benção. Em toda criança de Deus está a Sua bênção e na tua bênção às crianças de Deus está a Sua bênção a ti.

2. Todos no mundo têm que desempenhar seu próprio papel na sua redenção de forma a reconhecerem que o mundo foi redimido. Não podes ver o invisível. Entretanto, se vires os seus efeitos, terás o conhecimento de que ele não pode deixar de estar presente. Por perceberes o que ele faz, reconheces o que ele é. E pelo que ele faz, aprendes o que ele é. Não podes ver as tuas forças, mas adquires confiança no fato de que elas existem à medida em que te capacitam a agir. E os resultados das tuas ações tu podes ver.

3. O Espírito Santo é invisível, mas podes ver os resultados da Sua Presença e através deles aprenderás que Ele está presente. O que Ele te capacita a fazer, com toda a clareza não é desse mundo, pois milagres violam todas as leis da realidade conforme esse mundo a julga. Todas as leis de tempo e espaço, de magnitude e massa são transcendidas, pois o que o Espírito Santo te capacita a fazer está claramente além de todas elas. Percebendo os Seus resultados, compreenderás aonde Ele tem que estar e finalmente conhecerás o que Ele é.

4. Não podes ver o Espírito Santo, mas podes ver as Suas manifestações. E a não ser que as vejas, não reconhecerás que Ele está presente. Milagres são as Suas testemunhas e falam pela Sua Presença. O que não podes ver só vem a ser real para ti através das testemunhas que falam a favor Disso. Pois podes estar ciente do que não podes ver e Isso pode vir a ser indiscutivelmente real para ti à medida em que a Presença Disso vem a se manifestar através de ti. Faze o trabalho do Espírito Santo, pois tu compartilhas a Sua função. Como a tua função no Céu é a criação, assim a tua função na terra é a cura. Deus compartilha a Sua função contigo no Céu e o Espírito Santo compartilha a Dele contigo na terra. Enquanto acreditares que tens outras funções, nessa medida necessitarás de correção. Pois essa crença é a destruição da paz, uma meta que está em oposição direta ao propósito do Espírito Santo.

5. Tu vês o que esperas e esperas o que convidas. A tua percepção é o resultado do teu convite, vindo a ti em função do que pediste. De quem são as manifestações que queres ver? De que presença queres ser convencido? Pois acreditarás naquilo que manifestas e do mesmo modo como olhas para o que está fora de ti, verás o que está dentro. Dois modos de olhar para o mundo estão na tua mente e a tua percepção vai refletir a orientação que escolheste.

6. Eu sou a manifestação do Espírito Santo e, quando me vires, será porque O terás convidado. Pois Ele te enviará as Suas testemunhas se apenas olhares para elas. Lembra-te sempre que vês aquilo que buscas, pois o que buscas, tu acharás. O ego acha o que busca e só isso. Ele não acha o amor, pois não é isso o que está buscando. No entanto, buscar e achar são a mesma coisa e se buscas duas metas, tu as acharás mas não reconhecerás nenhuma das duas. Pensarás que elas são a mesma porque queres ambas. A mente sempre luta pela integração e se ela está dividida e quer manter a divisão, ainda acreditará que tem uma única meta, fazendo com que pareça ser uma só.

7. Eu disse anteriormente que o que projetas ou estendes depende de ti, mas tens que fazer uma coisa ou outra, pois essa é uma lei da mente e tens que olhar para dentro antes de olhar para fora. Conforme olhas para dentro, escolhes o guia para o teu modo de ver. E então olhas para fora e contemplas as suas testemunhas. É por isso que achas o que buscas. O que queres em ti mesmo tu farás com que seja manifestado e o aceitarás do mundo, porque o puseste lá por querer que fosse assim. Quando pensas que estás projetando o que não queres, ainda assim é porque, de fato, o queres. Isso conduz diretamente à dissociação, pois representa a aceitação de duas metas, cada uma percebida em um local diferente; uma separada da outra, porque tu as fizeste diferentes. A mente, então, vê um mundo dividido fora de si mesma, mas não dentro. Isso dá a ela uma ilusão de integridade e a capacita a acreditar que está perseguindo uma única meta. No entanto, enquanto perceberes o mundo dividido, não estás curado. Pois estar curado é perseguir uma única meta, porque só aceitaste uma e queres apenas uma.

8. Quando quiseres só o amor, não verás nenhuma outra coisa. A natureza contraditória das testemunhas que percebes é meramente um reflexo dos teus convites conflitantes. Olhaste para a tua mente e aceitaste lá a oposição, tendo-a buscado lá. Mas não acredites, então, que as testemunhas pela oposição são verdadeiras, pois elas somente atestam a tua decisão a respeito da realidade, devolvendo a ti as mensagens que tu lhes deste. Também o amor é reconhecido pelos seus mensageiros. Se fazes com que o amor se manifeste, seus mensageiros virão a ti porque os convidaste.

9. O poder de decisão é a única liberdade que te restou como prisioneiro desse mundo. Podes decidir vê-lo de modo certo. O que fizeste dele não é a sua realidade, pois a sua realidade é só o que tu lhe dás. Não podes realmente dar nada que não seja amor a ninguém ou a coisa alguma, nem podes realmente receber deles nada que não seja amor. Se pensas que recebeste qualquer outra coisa, isso se deve ao fato de teres olhado para dentro e pensado ter visto o poder de dar alguma outra coisa dentro de ti. Foi apenas essa decisão que determinou o que achaste, pois foi a decisão pelo que buscavas.

10. Tu tens medo de mim porque olhaste para dentro e tens medo do que viste. No entanto, não poderias ter visto a realidade, pois a realidade da tua mente é a mais bela das criações de Deus. Vinda apenas de Deus, seu poder e sua grandeza só poderiam te trazer paz se realmente tivesses olhado para ela. Se estás com medo, é porque viste alguma coisa que não está lá. Entretanto, naquele mesmo lugar, poderias ter olhado para mim e para todos os teus irmãos na segurança perfeita da Mente que nos criou. Pois nós estamos lá, na paz do Pai, Cuja Vontade é estender a Sua paz através de ti.

11. Quando tiveres aceito a tua missão de estender a paz, acharás a paz, pois fazendo com que ela se manifeste, tu a verás. Suas testemunhas santas irão cercar-te porque as terás chamado e elas virão a ti. Eu ouvi o teu chamado e te respondi, mas não é tua vontade olhar para mim nem ouvir a resposta que buscavas. Isso acontece porque ainda não queres apenas isso. Entretanto, à medida que venho a ser mais real para ti, aprenderás que queres apenas isso. E verás a mim quando olhares para dentro e nós olharemos para o mundo real juntos. Através dos olhos de Cristo, só o mundo real existe e só o mundo real pode ser visto. Assim como decides, tu verás. E tudo o que vês só testemunha a tua decisão.

12. Quando olhares para dentro e vires a mim, será porque terás decidido manifestar a verdade. E à medida em que a manifestas, tu a verás tanto fora quanto dentro. Tu a verás fora porque a viste em primeiro lugar dentro. Tudo o que contemplas fora é um julgamento do que contemplaste dentro. Se for o teu julgamento, ele estará errado, pois o julgamento não é a tua função. Se for o julgamento do Espírito Santo, estará certo, pois o julgamento é a Sua função. Compartilhas a Sua função somente julgando como Ele julga, sem reservar absolutamente nenhum julgamento para ti mesmo. Tu julgarás contra ti, mas Ele julgará a favor de ti.

13. Lembra-te, então, que sempre que olhas para fora e reages desfavoravelmente ao que vês, tu te julgaste indigno e te condenaste à morte. A pena de morte é a meta última do ego, pois ele acredita inteiramente que és um criminoso, tão merecedor da morte quanto Deus tem o conhecimento de que és merecedor da vida. A pena de morte nunca deixa a mente do ego, porque é isso o que ele sempre te reserva no final. Querendo matar-te, como expressão final do seu sentimento por ti, ele permite que vivas apenas para esperar a morte. Ele te atormentará enquanto viveres, mas o seu ódio não será satisfeito até que morras. Pois a tua destruição é o único fim em cuja direção ele trabalha e o único fim com o qual ele ficará satisfeito.

14. O ego não é um traidor para com Deus, para Quem a traição é impossível. Mas é um traidor para ti, que acreditas ter sido traiçoeiro para com teu Pai. E por isso que desfazer a culpa é uma parte essencial do ensinamento do Espírito Santo. Pois enquanto te sentires culpado estás ouvindo a voz do ego, que te diz que tens sido traiçoeiro para com Deus e mereces, portanto, a morte. Tu pensarás que a morte vem de Deus e não do ego, porque ao confundir-te com o ego, acreditas que queres a morte. E daquilo que queres, Deus não te salva.

15. Quando fores tentado a sucumbir diante do desejo da morte, lembra-te que eu não morri. Tu reconhecerás que isso é verdadeiro quando olhares para dentro e vires a mim. Teria eu superado a morte só para mim? E a vida eterna me teria sido dada pelo Pai a menos que tivesse sido dada também a ti? Quando aprenderes a fazer com que eu seja manifestado, nunca verás a morte. Pois terás olhado para o que não morre em ti mesmo e verás apenas o eterno ao olhares para um mundo lá fora que não pode morrer.

Um Curso Em Milagres

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

A negação de Deus

1. Os rituais do deus da doença são estranhos e muito exigentes. A alegria não é permitida nunca, pois a depressão é o sinal da aliança com ele. Depressão significa que renegaste a Deus. Muitos têm medo de blasfêmia, mas não compreendem o que significa. Não reconhecem que negar a Deus é negar a sua própria Identidade e nesse sentido, o salário do pecado é a morte. O sentido é muito literal: a negação da vida percebe o seu oposto, assim como todas as formas de negação substituem o que é pelo que não é. Ninguém pode fazer isso realmente, mas é indubitável que podes pensar que podes e acreditas que o fizeste.

2. Não te esqueças, porém, que negar a Deus inevitavelmente resultará em projeção e acreditarás que outras pessoas e não tu fizeram isso a ti. Tens que receber a mensagem que dás, porque é a mensagem que queres. Podes acreditar que julgas os teus irmãos pelas mensagens que te dão, mas os tens julgado pela mensagem que dás a eles. Não lhes atribuas a tua negação da alegria, ou não poderás ver neles a centelha que traria alegria a ti. É a negação da centelha que traz depressão, porque sempre que vês os teus irmãos sem ela, estás negando a Deus.

3. A aliança à negação de Deus é a religião do ego. O deus da doença obviamente exige a negação da saúde, pois a saúde está em oposição direta à sua própria sobrevivência. Mas considera o que isso significa para ti. A não ser que tu estejas doente, não podes manter os deuses que fizeste, pois só na doença ser-te-ia possível querê-los. A blasfêmia é, então, auto-destrutiva e não destruidora de Deus. Ela significa que tu estás disposto a não conhecer a ti mesmo para estar doente. Esse é o oferecimento que o teu deus exige porque, tendo-o feito a partir da tua própria insanidade, ele é uma idéia insana. Ele tem muitas formas, mas embora possa parecer ser muitas coisas diferentes, não é senão uma idéia: a negação de Deus.

4. A doença e a morte parecem entrar na mente do Filho de Deus contra a Sua Vontade. O "ataque a Deus" fez com que Seu Filho pensasse que era órfão de pai e na sua depressão fez o deus da depressão. Essa foi a sua alternativa para a alegria, pois não queria aceitar o fato de que embora fosse um criador, tinha sido criado. No entanto, o Filho é impotente sem o Pai Que é a sua única Ajuda.

5. Eu disse anteriormente que por ti mesmo nada podes fazer, mas não és de ti mesmo. Se fosses, o que fizeste seria verdadeiro e nunca poderias escapar. Como não fizeste a ti mesmo, não precisas te preocupar com nada. Os teus deuses não são nada, porque o teu Pai não os criou. Tu não podes fazer criadores que não sejam como o teu Criador, assim como Ele também não poderia ter criado um Filho que não fosse como Ele. Se criar é compartilhar, a criação não pode criar o que não é como ela. Ela só pode compartilhar o que é. A depressão é isolamento e, portanto, não poderia ter sido criada.

6. Filho de Deus, tu não pecaste, mas tens estado muito equivocado. No entanto, isso pode ser corrigido e Deus te ajudará, sabendo que não poderias pecar contra Ele. Tu O negaste porque O amaste, sabendo que se reconhecesses o teu amor por Ele, não poderias negá-Lo. A tua negação de Deus, portanto, significa que tu O amas e tens conhecimento de que Ele te ama. Lembra-te que o que negas tens que ter em algum momento conhecido. E se aceitas a negação, podes aceitar o seu desfazer.

7. O teu Pai não te negou. Ele não Se vinga, mas te chama para retornar. Quando pensas que Ele não respondeu ao teu chamado, és tu que não respondeste ao Seu. Ele chama por ti de toda parte da Filiação, devido ao Amor do Pai por Seu Filho. Se ouves a Sua mensagem, Ele te respondeu e tu aprenderás com Ele se escutares corretamente. O Amor de Deus está em tudo o que Ele criou, pois Seu Filho está em toda parte. Olha com paz para os teus irmãos e Deus virá correndo para o teu coração, em gratidão pela tua dádiva a Ele.

8. Não procures a cura no deus da doença, mas só no Deus do amor, pois a cura é reconhecê-Lo. Quando O reconheceres, terás o conhecimento de que Ele nunca deixou de reconhecer-te, e que no Seu reconhecimento de ti, está o teu ser. Não estás doente e não podes morrer. Mas podes te confundir com coisas que podem. Lembra-te, porém, que isso é blasfêmia, pois isso significa que estás olhando sem amor para Deus e Sua criação, da qual Ele não pode ser separado.

9. Só o eterno pode ser amado, pois o amor não morre. O que é de Deus, é Dele para sempre e tu és de Deus. Iria Ele permitir que Ele próprio sofresse? E iria Ele oferecer ao Filho qualquer coisa que não fosse aceitável para Ele? Se aceitares a ti mesmo tal como Deus te criou, serás incapaz de sofrer. Entretanto, para isso tens que reconhecê-Lo como teu Criador. Não porque vais ser castigado de outro modo, mas meramente porque o teu reconhecimento do teu Pai é o reconhecimento de ti mesmo tal como és. Teu Pai te criou totalmente sem pecado, totalmente sem dor, totalmente livre de qualquer tipo de sofrimento. Se O negas, trazes pecado, dor e sofrimento à tua própria mente, devido ao poder que Ele deu a ela. A tua mente é capaz de criar mundos, mas também pode negar o que cria, porque é livre.

1O. Tu não te dás conta do quanto tens negado a ti mesmo e do quanto Deus, em Seu Amor, queria que não fosse assim. No entanto, Ele não quer interferir contigo, pois não conheceria o Seu Filho se esse não fosse livre. Interferir contigo seria o mesmo que atacar a Si Mesmo e Deus não é insano. Quando O negas, tu estás insano. Tu quererias que Ele compartilhasse a tua insanidade? Deus nunca deixará de amar o Seu Filho e o Seu Filho nunca deixará de amá-Lo. Essa foi a condição da criação do Seu Filho, fixada para sempre na Mente de Deus. Conhecer isso é sanidade. Negar isso é insanidade. Deus Se deu a ti na tua criação e as Suas dádivas são eternas. Tu te negarias a Ele?

11. A partir das tuas dádivas a Ele, o Reino será devolvido ao Seu Filho. Seu Filho excluiu-se da Sua dádiva recusando-se a aceitar o que tinha sido criado para ele e o que ele tinha criado em Nome de seu Pai. O Céu espera pelo seu retorno, pois foi criado como a morada do Filho de Deus. Tu não estás em casa em nenhum outro lugar nem em nenhuma outra condição. Não negues a ti mesmo a alegria que foi criada para ti em troca da miséria que fizeste para ti mesmo. Deus te deu os meios para desfazer o que tu fizeste. Escuta e aprenderás como lembrar o que tu és.

12. Se Deus conhece Suas crianças totalmente sem pecado, é blasfêmia percebê-las como culpadas. Se Deus conhece Suas crianças totalmente sem dor, é blasfêmia perceber sofrimento em qualquer lugar. Se Deus conhece Suas crianças totalmente alegres, é blasfêmia sentir depressão. Todas essas ilusões e as muitas outras formas que a blasfêmia pode tomar são recusas de aceitar a criação tal como ela é. Se Deus criou Seu Filho perfeito, é assim que tens que aprender a vê-lo para aprender sobre a sua realidade. E, como parte da Filiação, é assim que tens que ver a ti mesmo para aprender sobre a tua.

13. Não percebas nada do que Deus não criou, ou O estás negando. A Sua é a única Paternidade e ela é tua só porque Ele a deu a ti. As tuas dádivas à ti mesmo são sem significado, mas as tuas dádivas às tuas criações são como as Suas, porque são dadas em Seu Nome. É por isso que as tuas criações são tão reais quanto as Suas. Entretanto, a Paternidade real tem que ser reconhecida se é que se há de conhecer o Filho na realidade. Tu acreditas que as coisas doentes que fizeste são as tuas criações reais, porque acreditas que as imagens doentes que percebes são os filhos de Deus. Só se aceitares a Paternidade de Deus é que terás qualquer coisa, porque a Sua Paternidade te deu tudo. É por isso que negá-Lo é negar a ti mesmo.

14. A arrogância é a negação do amor, porque o amor compartilha e a arrogância recusa. Enquanto ambos te parecerem desejáveis, o conceito de escolha, que não é de Deus, permanecerá contigo. Embora isso não seja verdadeiro na eternidade, é verdadeiro no tempo, de tal modo que enquanto o tempo durar na tua mente haverá escolhas. O próprio tempo é tua escolha. Se queres te lembrar da eternidade, é preciso que olhes só para o eterno. Se te permitires ficar preocupado com o temporal, estás vivendo no tempo. Como sempre, a tua escolha é determinada pelo que tu valorizas. O tempo e a eternidade não podem ser ambos reais, porque contradizem um ao outro. Se aceitares como real só o que é intemporal, começarás a compreender a eternidade e a fazer com que ela seja tua.

Um Curso Em Milagres

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

A resposta à oração

1. Todos que já tentaram usar a oração para pedir alguma coisa vivenciaram o que aparenta ser um fracasso. Isso é verdadeiro não somente em relação a certas coisas específicas que poderiam ser danosas, mas também em relação a pedidos que estão estritamente de acordo com esse curso. O último caso, em particular, pode ser incorretamente interpretado como uma "prova" de que o curso não se atém ao que diz. Deves lembrar-te, porém, que o curso afirma e repetidas vezes, que o seu propósito é o escapar do medo.

2. Vamos supor, então, que o que pedes ao Espírito Santo é o que realmente queres, mas ainda assim, tens medo disso. Se esse fosse o caso, o fato de conseguires isso não seria mais o que queres. É por isso que certas formas específicas de cura não são conseguidas, mesmo quando se atinge o estado da cura. Um indivíduo pode pedir a cura física porque tem medo de um dano corporal. Ao mesmo tempo, se fosse fisicamente curado, a ameaça ao seu sistema de pensamento poderia ser consideravelmente mais amedrontadora para ele do que a sua expressão física. Nesse caso, ele não está realmente pedindo a liberação do medo, mas a remoção de um sintoma que ele próprio escolheu. Esse pedido, portanto, absolutamente não é um pedido de cura.

3. A Bíblia enfatiza que toda oração é respondida e isso é, de fato, verdadeiro. O simples fato de alguma coisa ser pedida ao Espírito Santo assegurará uma resposta. Entretanto, é igualmente certo que nenhuma resposta dada por Ele jamais será uma resposta que aumentaria o medo. É possível que a Sua resposta não seja ouvida. É impossível, porém, que seja perdida. Tu já recebeste muitas respostas que não ouviste ainda. Eu te asseguro que elas estão à tua espera.

4. Se queres saber se as tuas orações são respondidas, nunca duvides de um Filho de Deus. Não o questiones nem o confundas, pois a tua fé nele é a tua fé em ti mesmo. Se queres conhecer a Deus e a Sua Resposta, acredita em mim, cuja fé em ti não pode ser abalada. É possível pedires ao Espírito Santo verdadeiramente e duvidares do teu irmão? Acredita que suas palavras são verdadeiras por causa da verdade que está nele. Tu irás unir-te à verdade nele e as suas palavras serão verdadeiras. E à medida em que o ouves, ouvirás a mim. Escutar a verdade é o único modo de ouvi-Ia agora e finalmente conhecê-la.

5. A mensagem que o teu irmão te dá depende de ti. O que é que ele te diz? O que queres que ele te diga? A tua decisão sobre ele determina a mensagem que recebes. Lembra-te que o Espírito Santo está nele e a Sua Voz te fala através dele. O que pode um irmão tão santo te dizer exceto a verdade? Mas tu a estás escutando? O teu irmão pode não saber quem ele é, mas existe uma luz na sua mente que sabe. Essa luz pode brilhar na tua mente, dando verdade às suas palavras e fazendo com que sejas capaz de ouvi-las. As suas palavras são a resposta do Espírito Santo a ti. Será a tua fé nele suficientemente forte para permitir que ouças?

6. Tu não podes orar só para ti mesmo assim como não podes achar alegria somente para ti. A oração é a reafirmação da inclusão, dirigida pelo Espírito Santo, sob as leis de Deus. A salvação é do teu irmão. O Espírito Santo estende-Se da tua mente à sua e responde a ti. Não podes ouvir a Voz de Deus só em ti porque não és só. E a Sua resposta é somente para o que tu és. Não conhecerás a confiança que eu tenho em ti a não ser que a estendas. Não confiarás na orientação do Espírito Santo, nem acreditarás que ela é para ti, a não ser que a ouças em outros. Ela tem que ser para o teu irmão porque é para ti. Teria Deus criado uma Voz só para ti? "Poderias tu ouvir a Sua resposta a não ser como Ele responde a todos os Filhos de Deus? Ouve do teu irmão o que queres que eu ouça de ti, pois não queres que eu seja decepcionado.

7. Eu te amo pela verdade que há em ti, assim como Deus. As tuas decepções podem decepcionar-te, mas não podem decepcionar a mim. Conhecendo o que tu és, eu não posso duvidar de ti. Eu ouço só o Espírito Santo em ti, Que me fala através de ti. Se queres me ouvir, ouve os meus irmãos, em quem fala a Voz de Deus. A resposta a todas as orações está neles. Serás respondido à medida em que ouves a resposta em todas as pessoas. Não escutes nenhuma outra coisa ou não ouvirás verdadeiramente.

8. Acredita em teus irmãos, porque eu acredito em ti e aprenderás que a minha crença em ti é justificada. Acredita em mim por acreditar neles, em nome do que Deus lhes deu. Eles te responderão se aprenderes a pedir a eles somente a verdade. Não peças bênçãos sem abençoá-los, pois só nesse caminho poderás aprender o quanto és abençoado. Seguindo esse caminho, estás buscando a verdade em ti mesmo. Isso não significa ir além de ti mesmo, mas ir na tua própria direção. Ouve só a Resposta de Deus em Seus Filhos e és respondido.

9. Desacreditar é ficar em oposição, ou atacar. Acreditar é aceitar, é estar do mesmo lado. Acreditar não é ser crédulo, mas aceitar e apreciar. Aquilo que não acreditas, não aprecias e não podes ser grato pelo que não valorizas. Há um preço que vais pagar pelo julgamento, porque o julgamento é o estabelecimento de um preço. O conforme o estabeleces, tu o pagarás.

10. Se o pagamento é equiparado ao ganho, estabelecerás um preço baixo, mas pedirás um alto retorno. Terás esquecido, entretanto, que estabelecer um preço é determinar o valor, assim o teu retorno é proporcional ao teu julgamento quanto ao valor. Se pagar é associado a dar, não pode ser percebido como perda e a relação recíproca de dar e receber será reconhecida. Então, o preço estabelecido será alto, devido ao valor do retorno. O preço do que ganhas é perderes de vista o valor, fazendo com que seja inevitável que não valorizes o que recebes. Valorizando pouco o que recebes, não o apreciarás e nem o quererás.

11. Nunca te esqueças, portanto, de que determinas o valor do que recebes e estabeleces o preço disso pelo que dás. Acreditar que é possível ganhar muito em troca de pouco é acreditar que podes barganhar com Deus. As leis de Deus são sempre justas e perfeitamente consistentes. Dando, tu recebes. Mas receber é aceitar, não ganhar. É impossível não ter, mas é possível não saber que tens. O reconhecimento de ter é a disponibilidade para dar e só através dessa disponibilidade é que podes reconhecer o que tens. O que dás é, portanto, o valor que atribuis ao que tens, sendo a exata medida do valor que dás ao que tens. E isso, por sua vez, é a medida do quanto o queres.


12. Assim, só podes pedir ao Espírito Santo dando a Ele e só podes dar a Ele onde tu O reconheces. Se O reconheces em todas as pessoas, considera o quanto estarás pedindo-Lhe e quanto receberás. Ele não te negará nada porque nada negaste a Ele e assim vós podeis tudo compartilhar. Esse é o caminho e o único caminho para ter a Sua resposta, porque a Sua resposta é tudo o que podes pedir e querer. Dize, então, a todos:


Porque quero me conhecer, eu te vejo como Filho de Deus e meu irmão.

Um Curso Em Milagres

domingo, 6 de setembro de 2009

A dádiva da liberdade

1. Se a Vontade de Deus para ti é a paz e a alegria completas, a menos que vivencies só isso, tens que estar te recusando a reconhecer a Sua Vontade. A Sua Vontade não vacila, sendo imutável para sempre. Quando tu não estás em paz só pode ser porque não acreditas que estás Nele. Entretanto, Ele é Tudo em todos. A Sua paz é completa e tens que estar incluído nela. As Suas leis te governam porque governam tudo. Não podes te isentar das Suas leis, embora possas desobedecê-las. Mas se o fizeres e só se o fizeres, sentir-te-ás solitário e impotente, porque estarás negando tudo a ti mesmo.

2. Eu vim como uma luz a um mundo que, de fato, nega tudo a si mesmo. Faz isso simplesmente por dissociar-se de tudo. Ele é, portanto, uma ilusão de isolamento mantida pelo medo da mesma solidão que é a ilusão do mundo. Eu disse que estou contigo sempre, até o fim do mundo. E por isso que eu sou a luz do mundo. Se eu estou contigo na solidão do mundo, a solidão desaparece. Não podes manter a ilusão da solidão se não estás só. Meu propósito, então, ainda é o de vencer o mundo. Eu não o ataco, mas a minha luz necessariamente o dissipa, devido ao que ela é. A luz não ataca a escuridão, mas a ilumina e ela desaparece. Se a minha luz vai contigo a todo lugar, tu a iluminas comigo fazendo com que ela desapareça. A luz vem a ser nossa e não podes habitar na escuridão, assim como a escuridão não pode habitar aonde fores. A memória de mim é a memória de ti mesmo e Daquele Que me enviou a ti.

3. Tu estavas na escuridão até que a Vontade de Deus fosse feita completamente por qualquer parte da Filiação. Quando isso foi feito, foi perfeitamente realizado por todos. De que outra forma poderia ser perfeitamente realizado? Minha missão simplesmente foi a de unir a vontade da Filiação à Vontade do Pai, por estar eu próprio ciente da Vontade do Pai. Essa é a consciência que eu vim te dar e o teu problema de aceitá-la é o problema desse mundo. Dissipá-lo é a salvação e nesse sentido eu sou a salvação do mundo. O mundo, portanto, tem que desprezar-me e rejeitar-me, porque o mundo é a crença em que o amor é impossível. Se aceitares o fato de que eu estou contigo, estás negando o mundo e aceitando a Deus. Minha vontade é a Sua e a tua decisão de me ouvir é a decisão de ouvir a Sua Voz e habitar na Sua Vontade. Assim como Deus me enviou a ti, eu te enviarei a outros. E irei a eles contigo, para que nós possamos ensinar-lhes a paz e a união.

4. Não pensas que o mundo necessita de paz tanto quanto tu? Não queres dar ao mundo essa paz tanto quanto queres recebê-la? Pois a não ser que a dês, não irás recebê-la. Se queres tê-la de mim, tens que dá-la. A cura não vem de nenhuma outra pessoa. Tens que aceitar a orientação que vem de dentro. A orientação tem que ser aquilo que queres, ou será sem significado para ti. É por isso que a cura é um empreendimento de colaboração. Eu posso te dizer o que fazer, mas precisas colaborar acreditando que eu sei o que deves fazer. Só então a tua mente escolherá me seguir. Sem essa escolha não poderias ser curado, porque terias te decidido contra a cura e essa rejeição da minha decisão por ti faz com que a cura seja impossível.

5. A cura reflete a nossa vontade conjunta. Isso é óbvio quando consideras para que serve a cura. A cura é o caminho no qual se vence a separação. A separação é vencida pela união. Não pode ser vencida pelo ato de separar-se. A decisão de unir tem que ser inequívoca ou a própria mente está dividida e não íntegra. A tua mente é o meio através do qual determinas a tua própria condição, porque a mente é o mecanismo de decisão. E o poder através do qual separas ou unes e correspondentemente experimentas dor ou alegria. A minha decisão não pode vencer a tua, porque a tua é tão poderosa quanto a minha. Se não fosse assim, os Filhos de Deus seriam desiguais. Todas as coisas são possíveis através da nossa decisão conjunta, mas só a minha não pode ajudar-te. A tua vontade é tão livre quanto a minha e o próprio Deus não iria contra ela. Eu não posso ter uma vontade que não seja a Vontade de Deus. Eu posso oferecer a minha força para fazer com que a tua seja invencível, mas não posso me opor à tua decisão sem competir com ela e com isso violar a Vontade de Deus para ti.

6. Nada do que Deus criou pode se opor à tua decisão assim como nada do que Deus criou pode se opor à Sua Vontade. Deus deu à tua vontade o poder que ela tem, que eu só posso reconhecer em honra à Sua. Se queres ser como eu, eu te ajudarei, sabendo que somos iguais. Se queres ser diferente, eu esperarei até que mudes a tua mente. Eu posso ensinar-te, mas só tu podes escolher escutar o meu ensinamento. Como pode ser senão assim, se o Reino de Deus é liberdade? A liberdade não pode ser aprendida por qualquer tipo de tirania e a igualdade perfeita de todos os Filhos de Deus não pode ser reconhecida através do domínio de uma mente sobre outra. Os Filhos de Deus são iguais em vontade, sendo todos a Vontade de seu Pai. Essa é a única lição que eu vim ensinar.

7. Se a tua vontade não fosse a minha, não seria a de nosso Pai. Isso significaria que aprisionaste a tua e não a tens deixado ser livre. Por ti mesmo, nada podes fazer, porque por ti mesmo não és nada. Eu não sou nada sem o Pai, e tu não és nada sem mim, pois ao negar o Pai, negas a ti mesmo. Eu sempre me lembrarei de ti e na minha memória de ti está a tua memória de ti mesmo. Em nossa memória um do outro está a nossa memória de Deus. E nesta memória está a tua liberdade, porque a tua liberdade está Nele. Une-te, então, a mim em louvor a Ele e a ti, a Quem Ele criou. Essa é a nossa dádiva de gratidão a Ele, que Ele compartilhará com todas as Suas criações às quais dá igualmente tudo aquilo que é aceitável para Ele. Por ser aceitável para Ele, essa é a dádiva da liberdade, que é a Sua Vontade para todos os Seus Filhos. Oferecendo liberdade, tu serás livre.

8. Liberdade é a única dádiva que podes oferecer aos Filhos de Deus, sendo um reconhecimento do que eles são e do que Ele é. Liberdade é criação, porque é amor. Aquele que buscas aprisionar, tu não amas. Por conseguinte, quando buscas aprisionar alguém, incluindo a ti mesmo, não o amas e não podes identificar-te com ele. Quando tu te aprisionas, estás perdendo de vista a tua verdadeira identificação comigo e com o Pai. A tua identificação é com o Pai e com o Filho. Não pode ser com um e não com o outro. Se és parte de um, tens que ser parte do outro porque eles são um. A Santíssima Trindade é santa porque é Una. Se te excluis dessa união, estás percebendo a Santíssima Trindade como separada. Tens que estar incluído Nela, porque Ela é tudo. A não ser que ocupes o teu lugar Nela e realizes a tua função como parte Dela, a Santíssima Trindade fica tão destituída quanto tu. Nenhuma parte Dela pode estar aprisionada se se quiser conhecer a Sua verdade.

Um Curso Em Milagres