quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

II - O deslocamento na percepção


1. A cura ocorre necessariamente na exata proporção em que se reconhece que a doença não tem valor. Basta alguém dizer: «Eu não ganho absolutamente nada com isto» e está curado. Mas para dizer isto, primeiro tem de reconhecer certos fatos. Antes do mais, é óbvio que as decisões são da mente, não do corpo. Se a doença não é senão uma perspectiva errada de como solucionar os problemas, a doença, então, é uma decisão. E se é uma decisão, é a mente, e não o corpo, que a toma. A resistência a reconhecer isto é enorme, posto que a existência do mundo tal como tu o percebes depende do corpo como sendo aquele que toma as decisões. Termos como «instintos», «reflexos» e outros semelhantes representam tentativas de dotar o corpo com motivos não-mentais. De fato, tais termos, simplesmente, declaram ou descrevem o problema. Não lhe dão uma resposta.

2. A aceitação da doença como uma decisão da mente que pretende usar o corpo para alcançar o seu propósito, é a base da cura. E isto é assim para todas as formas de cura. Um paciente decide que isto é assim e recupera a saúde. Caso se decida contra a recuperação, não será curado. Quem é o médico? Apenas a mente do doente. O resultado é o que ele decidir. Aparentemente, agentes especiais* trabalham nele, mas não fazem senão dar forma à sua própria escolha. O paciente escolhe-os por forma a realizar os seus desejos. Isso é o que fazem e nada mais. De fato, não são absolutamente necessários. O paciente, sem o auxílio deles, poderia, simplesmente, levantar-se e dizer: «Não tenho nenhuma utilidade para isto». Não há forma de doença que não seja curada imediatamente.

3. Qual o requisito único para esta mudança de percepção? Simplesmente isto: o reconhecimento de que a doença é da mente e não tem nada a ver com o corpo. Qual o «preço» deste reconhecimento? Custa o mundo que vês, pois nunca mais o mundo vai parecer reinar sobre a mente. Pois, juntamente com tal reconhecimento, a responsabilidade é colocada no seu devido lugar; não no mundo, mas na pessoa que olha para o mundo e o vê como ele não é. Ela olha para o que escolhe ver. Nada mais, nada menos. O mundo não faz nada a essa pessoa. Ela é que imaginava que fazia. Nem ela faz nada ao mundo, pois estava enganada em relação ao que o mundo é. Aí está a libertação de ambas, culpa e doença, posto que são uma só. No entanto, para aceitar esta libertação, é preciso que a idéia da insignificância do corpo seja aceitável.

4. Com esta idéia, a dor desaparece para sempre. Mas, com esta idéia, também desaparece toda a confusão a respeito da criação. Não são decorrências inevitáveis? Coloca causa e efeito na sua verdadeira seqüência em relação a uma única coisa e a aprendizagem irá generalizar-se e transformar o mundo. O valor de transferência de uma única idéia verdadeira não tem fim ou limite. O resultado final desta lição é a lembrança de Deus. O que significam agora culpa e doença, dor, desastre e todo o tipo de sofrimento? Não tendo propósito, tudo isto desaparece. E, com eles vão, também, todos os efeitos que pareciam causar. Causa e efeito são apenas uma réplica da criação. Vistos na sua perspectiva correta, sem distorção e sem medo, elas restabelecem o Céu.



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I - O propósito percebido na doença


1. A cura é realizada no instante em que aquele que sofre já não vê nenhum valor na dor. Quem escolheria sofrer a não ser que pensasse que a dor lhe traz algo, e algo de valor? Ele tem de pensar que é um preço pequeno a ser pago por alguma coisa de maior valor. Pois a doença é uma escolha, uma decisão. É uma escolha da fraqueza, na convicção errada de que a fraqueza é força. Quando isto ocorre, a força real é vista como ameaça e a saúde como um perigo. A doença é um método, concebido na loucura, para colocar o Filho de Deus no trono do Pai. Deus é visto como se estivesse do lado de fora, feroz e poderoso, ansioso por manter a totalidade do poder para Si Mesmo. Só através da Sua morte, é possível que Ele seja conquistado pelo Seu Filho.

2. Dentro dessa convicção doentia, o que representa a cura? Simboliza a derrota do Filho de Deus e o triunfo do seu Pai sobre ele. Representa o derradeiro desafio que, diretamente, o Filho de Deus é obrigado a reconhecer. Simboliza tudo o que quer esconder de si mesmo para proteger a sua «vida». Se for curado, é responsável pelos seus pensamentos. E se é responsável pelos seus pensamentos será morto para provar a si mesmo o quanto é frágil e digno de pena. Mas se ele próprio escolhe a morte, a sua fraqueza é a sua força. Agora, dá a si mesmo o que Deus lhe daria e, assim, usurpa inteiramente o trono do seu Criador.

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5 - Como se realiza a cura?


A cura envolve a compreeenção do propósito da ilusão da doença. Sem isso, ela é impossível.


IX - Fidelidade


A extensão da fidelidade do professor de Deus é a medida do seu progresso no currículo. Ele ainda seleciona certos aspectos da sua vida para trazer ao seu aprendizado, enquanto mantém outros à parte? Se é assim, seu progresso é limitado e sua confiança ainda não está firmemente estabelecida. A fidelidade é a confiança do professor de Deus no Verbo de Deus em dispor todas as coisas de modo certo; não algumas, mas todas. Em geral, sua fidelidade começa focalizando apenas alguns problemas, permanecendo cuidadosamente limitada por algum tempo. Abrir mão de todos os problemas em função de uma Resposta é reverter inteiramente o pensamento do mundo. Só isso é fidelidade. Nada além disso realmente merece esse nome. No entanto, vale a pena alcançar cada degrau por menor que seja. Estar pronto, como diz o texto, não significa maestria.A fidelidade verdadeira, porém, não se desvia. Sendo consistente, é totalmente honesta. Sendo constante, é plena de confiança. Sendo baseada na ausência do medo, é gentil. Tendo certeza, é alegre. E sendo confiante, é tolerante. A fidelidade, então, combina em si mesma os outros atributos dos professores de Deus. Implica aceitação do Verbo de Deus e a Sua definição a respeito do Seu Filho. É para Eles que a fidelidade no sentido verdadeiro é sempre dirigida. É na direção Deles que ela olha, buscando até achar. A ausência de defesas a acompanha naturalmente e a alegria é a condição para achá-la. E tendo achado, descansa na certeza quieta Daquilo a Que toda fidelidade é devida.
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VIII - Paciência


Aqueles que estão certos do resultado podem se dar ao luxo de esperar e esperar sem ansiedade. A paciência é natural para o professor de Deus. Tudo o que ele vê é o resultado certo, por algum tempo talvez ainda desconhecido por ele, mas não posto em dúvida. O tempo será tão certo quanto a resposta. E isso é verdadeiro para tudo o que acontece agora ou no futuro. O passado, do mesmo modo, não conteve nenhum equívoco; nada que não tenha servido para beneficiar o mundo, assim como a ele a quem as coisas pareciam acontecer. Talvez isso não tenha sido compreendido na época. Mesmo assim, o professor de Deus está disposto a reconsiderar todas as suas decisões passadas, caso estejam causando dor a alguém. A paciência é natural para aqueles que confiam. Certos da interpretação final de todas as coisas no tempo, nenhum resultado já visto ou ainda por vir pode causar-lhes medo.
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VII - Generosidade


O termo generosidade tem um significado especial para o professor de Deus. Não é o significado usual da palavra; de fato, é um significado que tem que ser aprendido e aprendido muito cuidadosamente. Como todos os outros atributos dos professores de Deus, esse se baseia em última instância na confiança, pois sem confiança ninguém pode ser generoso no sentido verdadeiro. Para o mundo, generosidade significa “dar para os outros” no sentido de “abrir mão”. Para os professores de Deus, significa dar para poder ter. Isso tem sido enfatizado em todo o texto e no livro de exercícios, mas talvez seja mais alheio ao pensamento do mundo do que muitas das outras idéias no nosso currículo. Sua maior estranheza está simplesmente na obviedade da reversão que faz no modo de pensar do mundo. No sentido mais claro possível e no mais simples dos níveis, a palavra significa exatamente o oposto para os professores de Deus e para o mundo. O professor de Deus é generoso por interesse para com Ele Mesmo. Isso não se refere, no entanto, ao ser de que fala o mundo. O professor de Deus não quer nada que não possa dar aos outros, porque compreende, por definição, que isso não teria valor algum para ele. Para que iria querer tal coisa? Só teria a perder com isso. Não poderia ganhar. Portanto, ele não busca aquilo que só ele poderia ter, porque essa é a garantia da perda. Ele não quer sofrer. Por que razão infligiria dor a si mesmo? Mas ele quer ter para si todas as coisas que são de Deus e, portanto, são para o Seu Filho. Estas são as coisas que lhe pertencem. Estas, ele pode dar com generosidade verdadeira, protegendo-as sempre para si mesmo.




VI - Ausência de defesas


Os professores de Deus aprenderam como ser simples. Eles não têm sonhos que necessitem de defesa contra a verdade. Eles não tentam fazer a si mesmos. Sua alegria vem da sua compreensão de Quem os criou. E o que Deus criou necessita de defesa? Ninguém pode vir a ser um professor de Deus avançado enquanto não compreender inteiramente que defesas não passam de tolos guardiões de ilusões loucas. Quanto mais grotesco o sonho, mais firmes e poderosas aparentam ser as suas defesas. No entanto, quando o professor de Deus finalmente concorda em olhar para o que vem depois delas, descobre que ali não havia nada. Lentamente, no início, ele se deixa ser desenganado. Porém aprende mais rápido à medida em que aumenta a sua confiança. Não é o perigo que vem quando se abre mão das defesas. É a segurança. É a paz. É a alegria. E é Deus.

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V - Alegria


A alegria é o resultado inevitável da gentileza. Gentileza significa que o medo agora é impossível e o que poderia vir para interferir com a alegria? As mãos abertas da gentileza estão sempre cheias. Os que são gentis não têm dor. Não podem sofrer. Por que não seriam alegres? Eles estão certos de que são amados e de que estão a salvo. A alegria vai com a gentileza assim como o sofrimento acompanha o ataque. Os professores de Deus confiam Nele. E estão certos de que o Professor de Deus vai à sua frente, assegurando que nenhum dano lhes venha a suceder. Eles mantém as Suas dádivas e seguem no Seu caminho porque a Voz de Deus os dirige em todas as coisas. A alegria é a sua canção de agradecimento. E Cristo também inclinam-se olhando para eles com gratidão. A Sua necessidade deles é tão grande quanto a que eles tem Dele. Que alegria é compartilhar o propósito da salvação!

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IV - Gentileza


O dano é impossível para os professores de Deus. Eles não podem infligi-lo nem sofrê-lo. O dano é o resultado do julgamento. É o ato desonesto que segue um pensamento desonesto. É um veredicto de culpa para um irmão e, portanto, para a própria pessoa. É o fim da paz e a negação do aprendizado. Demonstra a ausência do currículo de Deus e a sua substituição pela insanidade. Nenhum professor de Deus pode deixar de aprender - e bem cedo no seu treinamento que causar dano oblitera completamente a sua função na sua consciência. Fará com que ele fique confuso, amedrontado, raivoso e desconfiado. Fará com que seja impossível aprender as lições do Espírito Santo. E o Professor de Deus também não pode sequer ser ouvido a não ser por aqueles que compreendem que o dano, de fato, nada pode conseguir. Nenhum ganho pode dele advir.

Portanto, os professores de Deus são totalmente gentis. Necessitam da força da gentileza, pois é nisso que a função da salvação vem a ser fácil. Para aqueles que querem causar dano, ela é impossível. Para aqueles que não vêem significado no dano, ela é meramente natural. Que outra escolha além dessa pode ter significado para quem é São? Quem escolhe o inferno quando percebe um caminho para o Céu? E quem escolheria a fraqueza que não pode deixar de vir do dano, em lugar da força infalível, totalmente abrangente e sem limites da gentileza? O poder dos professores de Deus está em sua gentileza, pois compreenderam que seus pensamentos maus não vieram nem do Filho de Deus nem do seu Criador. Assim, uniram os seus pensamentos Àquele Que é a sua Fonte. E assim a vontade deles, que sempre foi a Dele próprio, é livre para ser ela mesma.

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III - Tolerância


Os professores de Deus não julgam. Julgar é ser desonesto, pois julgar é assumir uma posição que não tens. É impossível haver julgamento sem auto-engano. O julgamento implica que tens te enganado nos teus irmãos. Como, então, poderias não ter te enganado contigo mesmo? O julgamento implica falta de confiança e a confiança continua sendo a estrutura sobre a qual se baseia todo o sistema de pensamento do professor de Deus. Deixa que isso se perca e todo o teu aprendizado se vai. Sem julgamento todas as coisas são igualmente aceitáveis, pois quem poderia julgar de outra maneira? Sem julgamento, todos os homens são irmãos, pois quem haveria de estar separado? O julgamento destrói a honestidade e despedaça a confiança. “Nenhum professor de Deus pode julgar e esperar aprender.


II - Honestidade


Todos os outros traços dos professores de Deus baseiam-se na confiança. Uma vez que ela tenha sido alcançada, os outros não podem deixar de seguir. Só aqueles que confiam podem se permitir a honestidade, pois só eles podem ver seu valor. A honestidade não se aplica apenas ao que dizes. De fato, o termo significa consistência. Nada do que dizes contradiz o que pensas ou fazes, nenhum pensamento se opõe a outro pensamento, nenhum ato trai tua palavra e nenhuma palavra discorda de outra. Tais são os verdadeiramente honestos. Não há nenhum nível em que estejam em conflito consigo mesmos. Portanto, é impossível para eles estar em conflito com qualquer pessoa ou qualquer coisa.

A paz da mente que experimentam os professores de Deus avançados se deve em grande parte à sua perfeita honestidade. Só o desejo de enganar é que faz a guerra. Ninguém em unidade consigo mesmo é capaz de sequer conceber o conflito. O conflito é o resultado inevitável do auto-engano e o auto-engano é desonestidade. Não há nenhum desafio para um professor de Deus. Desafio implica dúvida e a confiança na qual os professores de Deus descansam em segurança faz com que a dúvida seja impossível. Por conseguinte, só podem ter sucesso. Nisso, como em todas as coisas, são honestos. Só podem ter sucesso porque nunca fazem a própria vontade sozinhos. Escolhem por toda a humanidade, por todo o mundo e por todas as coisas dentro dele, pelo que não muda e permanece imutável além das aparências, pelo Filho de Deus e pelo seu Criador. Como poderiam não ter sucesso? Escolhem em perfeita honestidade, seguros da sua escolha tanto quanto de si mesmos.

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I - Confiança


Esse é o fundamento no qual repousa a capacidade dos Professores de Deus de cumprir a função que lhes cabe. A percepção é o resultado do aprendizado. De fato, percepção é aprendizado, posto que causa e efeito nunca estão separados. Os professores de Deus têm confiança no mundo, porque aprenderam que ele não é governado pelas leis que o mundo inventou. Ele é governado por um Poder Que está neles mas não vem deles. É esse Poder Que mantém todas as coisas a salvo. É através deste Poder que os professores de Deus olham para um mundo perdoado.Uma vez que esse Poder tenha sido experimentado, é impossível confiar na insignificante força de cada um outra vez. Quem tentaria voar com as asas diminutas de um pardal quando lhe foi dado o grande poder da águia? E quem colocaria sua fé nas pobres oferendas do ego quando as dádivas de Deus foram depositadas diante de si ? O que é que os induz à fazer a transição?


O desenvolvimento da confiança

Em primeiro lugar, eles têm que passar pelo que poderia ser chamado de um “período de desfazer”. Isso não precisa ser doloroso, mas usualmente é experimentado assim. Parece que as coisas estão sendo tiradas de nós e inicialmente é raro que se compreenda que o fato de que elas não têm valor está apenas sendo reconhecido. Como é possível que a ausência de valor seja percebida, a não ser que a pessoa esteja em uma posição na qual não possa deixar de ver as coisas sob uma luz diferente? Ela não está ainda num ponto em que possa fazer a mudança toda internamente. E assim, o plano algumas vezes pede mudanças no que parecem ser circunstâncias externas. Estas mudanças são sempre úteis. Quando o professor de Deus tiver aprendido isso, ele passa para o segundo estádio.

Em seguida, o professor de Deus tem que atravessar um “período de seleção”. Isso é sempre um tanto difícil porque, tendo aprendido que as mudanças na sua vida são sempre úteis, ele agora terá que decidir todas as coisas considerando se elas são mais ou menos úteis . Ele vai descobrir que muitas, se não a maior parte das coisas que antes valorizava, apenas dificultarão a sua capacidade de transferir o que aprendeu para novas situações na medida em que surgirem. Tendo valorizado o que realmente não tem valor, ele não vai generalizar a lição por medo de perda e sacrifício. É preciso um grande aprendizado para compreender que todas as coisas, eventos, encontros e circunstâncias são úteis. Só na medida em que são úteis é que qualquer grau de realidade lhes deve ser atribuído nesse mundo de ilusões. A palavra “valor” não se aplica a nada além disso.

O terceiro estádio pelo qual o professor de Deus tem que passar pode ser chamado de “um período de abandono”. Se isso for interpretado como uma desistência do desejável, engendrará enormes conflitos. Poucos professores de Deus escapam inteiramente dessa aflição. Não há, porém, nenhum sentido em separar o que tem valor do que não tem, a não ser que se dê o passo seguinte, que é óbvio. Portanto, o período intermediário pode ser aquele no qual o professor de Deus se sente solicitado a sacrificar seus mais caros interesses em nome da verdade. Ele ainda não se deu conta de quão totalmente impossível seria tal exigência. Ele só pode aprender isso na medida em que, de fato, desiste do que não tem valor. Através disso aprende que aonde antecipou dor, acha, ao contrário, uma feliz leveza de coração; onde pensou que algo lhe estava sendo pedido, acha uma dádiva concedida a ele. Agora vem um “período de assentamento”. Esse é um período de quietude, no qual o professor de Deus descansa um pouco em certa paz. Agora ele consolida seu aprendizado. Agora começa a ver o valor de transferir o que aprendeu. O potencial disso é literalmente assombroso e

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o professor de Deus está agora em um ponto do seu desenvolvimento no qual vê nisso a sua saída. “Desiste do que não queres e guarda o que queres.” Como é simples o óbvio! E como é fácil de se fazer! O professor de Deus necessita desse período de pausa. Contudo, ele ainda não veio tão longe quanto imagina. “No entanto, quando estiver pronto para seguir adiante, vai com companheiros poderosos ao seu lado. Agora ele descansa um pouco e os reúne antes de prosseguir. Daqui para a frente, ele não irá sozinho.

O próximo estádio é, de fato, um “período de des-assentamento”. Agora, o professor de Deus tem que compreender que ele realmente não sabia o que tinha e o que não tinha valor. Tudo o que realmente aprendeu até aqui foi que não queria o que não tinha valor e, de fato, queria o que tinha. Apesar disso, sua própria seleção foi sem significado no sentido de lhe ensinar a diferença. A idéia de sacrifício, tão central no seu próprio sistema de pensamento, fez com que fosse impossível para ele julgar. Ele pensou ter aprendido a disponibilidade, mas vê agora que não sabe para que serve essa disponibilidade. E agora tem que atingir um estado que talvez por muito, muito tempo ainda lhe seja impossível alcançar. Precisa aprender a deixar de lado todo julgamento e pedir apenas o que realmente quer em qualquer circunstância. Se cada passo nesta direção não fosse tão fortemente reforçado, seria de fato muito duro!

Finalmente, há um “período de consecução”. É aqui que o aprendizado é consolidado. Agora, o que antes era visto como meras sombras vem a ser sólidas conquistas, com as quais se pode contar em todas as “emergências” bem como nos momentos tranqüilos. De fato, o seu resultado é a tranqüilidade; o resultado do aprendizado honesto, da consistência do pensamento e da transferência total. Esse é o estádio da paz real, pois aqui reflete-se inteiramente o estado do Céu. Daqui em diante, o caminho para o Céu é fácil e está aberto. De fato, é aqui. Quem poderia querer “ir” a qualquer lugar se a paz já está completa? E quem buscaria trocar a tranqüilidade por algo mais desejável? O que poderia ser mais desejável do que isso?

4 - Quais são as características dos professores de Deus?


Os traços superficiais dos professores de Deus não são de modo algum parecidos. Eles não são parecidos aos olhos do corpo, vêm de origens muito diferentes, suas experiências do mundo variam muito e suas “personalidades” superficiais são bastante distintas. Nos primeiros estágios de seu trabalho como professores de Deus, ainda não adquiriram as características mais profundas que os estabelecerão como o que são. Deus dá dádivas especiais aos Seus professores porque eles têm um papel especial no Seu plano para a Expiação. A sua especialidade é, obviamente, apenas temporária; estabelecida no tempo como um meio de conduzir para fora do tempo. Estas dádivas especiais, nascidas no relacionamento santo para o qual a situação de ensino-aprendizado está dirigida, vêm a ser características de todos os professores de Deus que tenham avançado no seu próprio aprendizado. Nesse aspecto, todos eles se parecem.

Todas as diferenças entre os Filhos de Deus são temporárias. Entretanto, no tempo, pode-se dizer que os professores de Deus avançados têm as seguintes características:

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3 - Quais são os níveis de ensino?


Os professores de Deus não têm nível de ensino determinado. Cada situação de ensino-aprendizado envolve um relacionamento diferente no início, embora o objetivo final seja sempre o mesmo: fazer do relacionamento um relacionaento santo, no qual ambos são capazes de olhar para o Filho de Deus como alguém sem pecado. Não há pessoa alguma de quem o professor de Deus não possa aprender, portanto, não existe ninguém a quem ele não possa ensinar. Entretanto, por uma questão prática, ele não pode encontrar todas as pessoas, nem todos podem achá-lo. Assim, o plano inclui contatos bastante específicos a serem feitos por cada professor de Deus. Não existem acidentes na salvação. Aqueles que têm que encontrar-se, encontrar-se-ão, pois juntos têm o potencial para um relacionamento santo. Estão prontos um para o outro.

O nível de ensino mais simples aparenta ser bem superficial. Consiste do que parecem ser encontros muito casuais, um encontro “por acaso” de duas pessoas aparentemente estranhas em um elevador, uma criança que não olha para onde está indo e “por acaso”, correndo, vai de encontro a um adulto, dois estudantes que “casualmente” caminham para casa juntos. Estes encontros não são casuais. Cada um deles tem potencial para vir a ser uma situação de ensino-aprendizado. Talvez os dois estranhos no elevador sorriam um para o outro, talvez o adulto não brigue com a criança que o atropelou, talvez os estudantes venham a ser amigos. Mesmo ao nível do encontro mais casual, é possível que duas pessoas percam de vista os seus interesses separados, ainda que por apenas um momento. Esse instante será suficiente. A salvação veio.

É difícil compreender que o conceito de níveis para ensinar o curso universal é um conceito tão sem significado na realidade quanto o tempo. A ilusão de um permite a ilusão do outro. No tempo, o professor de Deus parece começar a mudar a sua mente a respeito do mundo com uma única decisão e, a partir daí, aprende cada vez mais acerca da nova direção à medida que a ensina. Já tratamos da ilusão do tempo, mas a ilusão dos níveis de ensino parece ser algo diferente. Talvez a melhor maneira de demonstrar que tais níveis não podem existir seja simplesmente dizer que qualquer nível da situação de ensino-aprendizado é parte do plano de Deus para a Expiação e o Seu plano não pode ter níveis, sendo um reflexo da Sua Vontade. A salvação está sempre pronta e sempre presente. Os professores de Deus trabalham em níveis diferentes, mas o resultado é sempre o mesmo.

Cada situação de ensino-aprendizado é máxima no sentido de que cada uma das pessoas nela envolvidas vai aprender o máximo de que é capaz com a outra naquela ocasião. Nesse sentido, e somente nesse sentido, podemos falar em níveis de ensino. Usando a expressão dessa maneira, diríamos que o segundo nível de ensino é um relacionamento mais prolongado, no qual duas pessoas entram em uma situação razoavelmente intensa de ensino aprendizado por um certo tempo e depois aparentemente separam-se. Como no caso do primeiro nível, estes encontros não são acidentais e nem aquilo que aparenta ser o final do relacionamento é um final real. Mais uma vez, cada um aprendeu o máximo que pôde na ocasião. Entretanto, todos aqueles que se encontram algum dia encontrar-se-ão outra vez, pois é destino de todo relacionamento vir a ser santo. Deus não está equivocado no Seu Filho.

O terceiro nível de ensino ocorre em relacionamentos que, uma vez formados, duram a vida inteira. Essas são situações de ensino-aprendizado nas quais a cada pessoa é dado um parceiro que é escolhido para o aprendizado por lhe oferecer oportunidades ilimitadas de aprender. Em geral, esses relacionamentos são poucos, porque a sua existência implica que os envolvidos tenham simultaneamente alcançado um estádio em que o equilíbrio de ensino-aprendizado seja, de fato, perfeito. Isso não significa que eles necessariamente reconheçam isso; de fato, em geral, não reconhecem. Eles podem até mesmo ser bastante hostis, um em relação ao outro por algum tempo e talvez pela vida afora. No entanto, caso decidam aprendê-la, a lição perfeita está diante deles e pode ser aprendida. E se decidem aprendê-la vêm a ser os salvadores dos professores que vacilam e podem até mesmo parecer falhar. Nenhum professor de Deus pode deixar de encontrar a Ajuda de que necessita.

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2 - Quem são os seus alunos?


A cada um dos professores de Deus estão destinados determinados alunos e eles começarão a procurá-lo assim que ele tiver respondido ao Chamado. Foram escolhidos para ele porque a forma do currículo universal que ele vai ensinar é a melhor para eles em função do seu nível de compreensão. Os seus alunos têm estado esperando por ele, pois a sua vinda é certa. Mais uma vez, é apenas uma questão de tempo. Assim que ele tiver escolhido cumprir o seu papel, eles estão prontos para cumprir os seus. O tempo espera pela sua escolha, mas não por aqueles a quem ele vai servir. Quando ele estiver pronto para aprender, as oportunidades de ensinar lhe serão providas.

Para compreender o plano de ensino-aprendizado da salvação, é necessário apreender o conceito de tempo que o curso estabelece. A Expiação corrige ilusões, não a verdade. Portanto, corrige o que nunca foi. Além disso, o plano para essa correção foi estabelecido e completado simultaneamente, pois a Vontade de Deus está inteiramente à parte do tempo. Assim é toda a realidade, posto que é Sua. No instante em que a idéia de separação entrou na mente do Filho de Deus, naquele mesmo instante foi dada a Resposta de Deus. No tempo, isso aconteceu em uma época muito distante. Na realidade, nunca aconteceu absolutamente.

O mundo do tempo é o mundo da ilusão. O que aconteceu há muito tempo parece estar acontecendo agora. Escolhas feitas desde há muito parecem estar em aberto, ainda por serem feitas. O que foi aprendido e compreendido e há muito superado é considerado como um novo pensamento, uma idéia original, um enfoque diferente. Porque a tua vontade é livre, podes aceitar o que já aconteceu a qualquer momento que escolheres e somente então vais reconhecer que sempre esteve presente. Como o curso enfatiza, não és livre para escolher o currículo, nem mesmo a forma em que vais aprendê-lo. Mas estás livre, porém, para decidir quando queres aprendê-lo. E à medida em que o aceitas, já o aprendeste.

Então, o tempo realmente volta a um instante tão remoto que está além de toda a memória, mesmo depois da possibilidade da lembrança. Apesar disso, por que é um instante revivido muitas e muitas vezes, parece ser agora. Assim é que professor e aluno parecem reunir-se no presente, achando um ao outro como se não tivessem se encontrado antes. O aluno vem ao lugar certo na hora certa. Isso é inevitável, porque ele fez a escolha certa naquele instante antigo que agora revive. O mesmo se dá com o professor, que fez também uma escolha inevitável num passado remoto. A Vontade de Deus em tudo apenas parece levar tempo na realização do processo. O que poderia atrasar o poder da eternidade?

Quando aluno e professor se reúnem inicia-se uma situação de ensino-aprendizado. Pois o professor não é realmente aquele que realiza o ensino. O Professor de Deus fala onde estiverem dois reunidos com o propósito de aprender. O relacionamento é santo devido àquele propósito e Deus prometeu enviar Seu Espírito a qualquer relacionamento santo. Na situação de ensino-aprendizado, cada um aprende que dar e receber é a mesma coisa. As demarcações que haviam traçado entre seus papéis, suas mentes, seus corpos, suas necessidades, seus interesses e todas as diferenças que pensavam separá-los um do outro, desvanecem-se, tornam-se indistintas e desaparecem. Aqueles que querem fazer o mesmo curso compartilham um único interesse e uma única meta. E assim, aquele que era aprendiz vem a ser ele mesmo um professor de Deus, pois tomou a única decisão que lhe deu seu professor. Viu em outra pessoa os mesmos interesses que os seus.

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1 - Quem são os Professores de Deus?


Professor de Deus é qualquer um que escolha sê-lo. Suas qualificações consistem somente nisso: de algum modo, em algum lugar, ele fez uma opção deliberada na qual não viu seus interesses como se estivessem à parte dos de outra pessoa. Uma vez que tenha feito isso, a sua estrada está estabelecida e a sua direção assegurada. Uma luz penetrou nas trevas. Pode ser uma única luz, mas é suficiente. Ele entrou em um acordo com Deus, mesmo se ainda não acredita Nele. Veio a ser um portador da salvação. Veio a ser um professor de Deus.

Eles vêm de todas as partes do mundo. Vêm de todas as religiões e de nenhuma. Eles são aqueles que responderam. O Chamado é universal. Ele acontece durante todo o tempo em toda parte. Chama professores que falem por Ele e redimam o mundo. Muitos o ouvem, mas poucos responderão. Todavia, tudo é uma questão de tempo. Todos responderão no final, contudo o final pode estar ainda distante, muito distante. É por isso que o plano dos professores foi estabelecido. A sua função é ganhar tempo. Cada um começa como uma única luz, mas, com o Chamado no seu centro, é uma luz que não pode ser limitada. E cada uma economiza mil anos segundo o que o mundo julga acerca do tempo. Para o Chamado em Si mesmo, o tempo não tem nenhum significado.

Há um curso para cada professor de Deus. A forma do curso varia muito. Assim como os recursos específicos envolvidos no ensino. Mas o conteúdo do curso nunca muda. Seu tema central sempre é: “o Filho de Deus não tem culpa e na sua inocência está a sua salvação”.Ele pode ser ensinado por ações ou pensamentos, em palavras ou sem som algum, em qualquer língua ou em língua nenhuma, em qualquer lugar, tempo ou modo. Não importa quem era o professor antes de ter ouvido o Chamado. Ele veio a ser um salvador pela sua resposta. Viu alguma outra pessoa como ele mesmo. Achou, portanto, a própria salvação e a salvação do mundo. Em seu renascimento, o mundo renasceu.

Esse é um manual para um currículo especial, voltado para os professores de uma forma especial do curso universal. Existem milhares de outras formas, todas com o mesmo resultado. Elas meramente ganham tempo. Entretanto, é só o tempo que se desenrola exaustivamente e o mundo está muito cansado agora. Está velho e gasto e sem esperança. O resultado nunca esteve em questão, pois o que pode mudar a Vontade de Deus? Mas o tempo, com suas ilusões de mudança e morte, exaure o mundo e todas as coisas dentro dele. O tempo, porém, tem um fim e é isso que os professores de Deus são designados para trazer. Pois o tempo está em suas mãos. Tal foi a escolha que fizeram e ela lhes foi dada.

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INTRODUÇÃO


O sentido do ensino e do aprendizado está, de fato, revertido no pensamento do mundo. A reversão é típica. Parece que o professor e o aluno estão separados, o professor dando algo ao aluno ao invés de a si mesmo. Além disso, o ato de ensinar é considerado uma atividade especial na qual a pessoa investe apenas uma proporção relativamente pequena do seu tempo. O curso, ao contrário, enfatiza que ensinar é aprender, de tal modo que professor e aluno são a mesma coisa. Enfatiza também que ensinar é um processo constante; a-contece a cada momento do dia e continua também nos pensamentos durante o sono.


Ensinar é demonstrar. Existem somente dois sistemas de pensamento e a todo momento demonstras que acreditas que um ou outro é verdadeiro. A partir da tua demonstração outros aprendem e tu também. A questão não é se vais ou não ensinar, pois nisso não há escolha. O propósito do curso é, digamos, prover para ti um meio de escolheres o que queres ensinar com base naquilo que queres aprender. Não podes dar a outra pessoa, mas só a ti mesmo e isso aprendes através do ensino. Ensinar é apenas um chamado para que testemunhas atestem o que acreditas. É um método de conversão. Isso não se faz apenas com palavras. Para ti qualquer situação tem que ser uma oportunidade de ensinar aos outros o que és e o que eles são para ti. Não mais do que isso, mas também nunca menos.


O currículo que estabeleces é, portanto, exclusivamente determinado pelo que pensas que és e pelo que acreditas que seja para ti o relacionamento com os outros. Na situação formal de ensino, estas questões podem não ter nenhuma relação com o que pensas que estás ensinando. No entanto, é impossível não usar o conteúdo de qualquer situação a favor do que realmente ensinas e, portanto, realmente aprendes. Para isso, o conteúdo verbal do teu ensinamento é bastante irrelevante. Pode coincidir com ele ou não. É o ensinamento subjacente ao que dizes que te ensina. O ensino apenas reforça o que acreditas a teu respeito. O seu propósito fundamental é diminuir a dúvida de ti mesmo. Isso não significa que o ser que estás tentando proteger seja real. Mas significa que o ser que pensas que é real é o que ensinas.


Isso é inevitável. Não é possível escapar disso. Como poderia ser diferente? Todas as pessoas que seguem o currículo do mundo e todos aqui o fazem até que mudem as suas mentes, ensinam apenas para convencerem-se de que são o que não são. Nisso está o propósito do mundo. Nesse caso, o que mais poderia ser o currículo do mundo? À essa situação de aprendizado fechada e sem esperança, que nada ensina além de desespero e morte, Deus envia os Seus professores. E à medida em que ensinam as Suas lições de alegria e esperança, o seu aprendizado finalmente vem a ser completo.


Exceto pelos professores de Deus haveria pouca esperança de salvação, pois o mundo do pecado pareceria para sempre real. Os que se auto-enganam têm que enganar, pois têm que ensinar o engano. O que mais é o inferno, exceto isso? Esse é um manual para os professores de Deus. Eles não são perfeitos, se fossem não estariam aqui. No entanto, a sua missão é virem a ser perfeitos aqui e assim ensinam a perfeição repetidamente, de muitas e muitas maneiras, até que a tenham aprendido. E então não mais são vistos, embora seus pensamentos permaneçam como uma fonte de força e verdade para sempre. Quem são eles? Como são escolhidos? O que fazem? Como podem realizar a própria salvação e a salvação do mundo? Esse manual tenta responder a estas perguntas.





terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Guardar mágoas é um ataque ao plano de Deus para a salvação.

Embora tenhamos reconhecido que o plano do ego para a salvação é o oposto do plano de Deus, ainda não enfatizamos que ele é um ataque ativo ao Seu plano e uma tentativa deliberada para destruí-lo. No ataque, os atributos que são de fato associados ao ego são conferidos a Deus, enquanto o ego parece tomar para si os atributos de Deus.


O desejo fundamental do ego é o de tomar o lugar de Deus. De fato, o ego é a encarnação física desse desejo. Pois é esse desejo que parece cercar a mente com um corpo, mantendo-a separada e sozinha, incapaz de alcançar outras mentes a não ser através do corpo que foi feito para aprisioná-la. Limitar a comunicação não pode ser a melhor maneira de expandi-la. No entanto, é nisso que o ego quer que acredites.


Embora a tentativa de conservar as limitações que um corpo imporia seja óbvia aqui, a razão pela qual guardar mágoas representa um ataque ao plano de Deus para a salvação talvez não seja tão evidente. Mas consideremos os tipos de coisas das quais tendes a guardar mágoas. Não estão sempre associados a algo que um corpo faz? Uma pessoa diz alguma coisa que não gostas. Faz algo que te desagrada. Ela ‘trai’, no seu comportamento, os seus pensamentos hostis.


Aqui não estás lidando com o que a pessoa é. Pelo contrário, estás preocupado exclusivamente com o que ela faz em um corpo. Estás fazendo mais do que deixar de ajudá-la a libertar-se das limitações do corpo; tu estás ativamente tentando prendê-la a ele por confundi-lo (o corpo) com ela (a pessoa) e por julgá-los como um só. Nisso Deus é atacado, pois se o Seu Filho é apenas um corpo, assim Ele também tem que ser. Um criador totalmente diferente da sua criação é inconcebível.


Se Deus é um corpo, o que teria que ser o Seu plano para a salvação? O que poderia ser, senão a morte? Ao tentar apresentar-se como Autor da vida e não da morte, Ele está sendo um mentiroso e um impostor, cheio de falsas promes-sas, oferecendo ilusões em lugar da verdade. A realidade aparente do corpo faz com que essa perspectiva de Deus seja bastante convincente. De fato, se o corpo fosse real, seria realmente difícil escapar dessa conclusão. E toda mágoa que guardas, insiste que o corpo é real. Ignora inteiramente o que é o teu irmão. Reforça a tua crença de que ele é um cor-po e o condena por isso. E afirma que a tua salvação tem que ser a morte, projetando esse ataque contra Deus e tornando-O responsável por isso.

A essa arena cuidadosamente preparada, onde animais raivosos buscam a sua presa e a misericórdia não pode entrar, o ego vem para salvar-te. Deus te fez corpo. Muito bem. Aceitemos isso e fiquemos contentes. Enquanto corpo, não te deixes privar daquilo que o corpo oferece. Pega o pouco que puderes conseguir. Deus não te deu nada. O corpo é o teu único salvador. Ele é a morte de Deus e a tua salvação.


Essa é a crença universal do mundo que vês. Alguns odeiam o corpo e tentam feri-lo e humilhá-lo. Outros amam o corpo e tentam glorificá-lo e exaltá-lo. Mas, enquanto o corpo estiver no centro do teu conceito de ti mesmo, estás atacando o plano de Deus para a salvação e guardando as tuas mágoas contra Ele e Sua criação, para que não possas ouvir a Voz da verdade e dar-Lhe as boas-vindas como Amiga. Ao invés disso, o salvador que escolheste toma o Seu lugar. Ele é o teu amigo, Deus é o teu inimigo.


Hoje tentaremos parar com esses ataques sem sentido contra a salvação. Tentaremos, ao contrário, dar-lhe as boas-vindas. A tua percepção invertida, de cabeça para baixo, tem sido desastrosa para a paz da tua mente. Tens visto a ti mesmo em um corpo e a verdade fora de ti, trancada longe da tua consciência pelas limitações do corpo. Agora tentaremos ver isso de modo diferente.


A luz da verdade está em nós, onde foi colocada por Deus. É o corpo que está fora de nós, e que não é preocupação nossa. Estar sem um corpo é estar no nosso estado natural. Reconhecer a luz da verdade em nós é reconhecer-nos tais como somos. Ver o nosso Ser separado do corpo é dar fim ao ataque ao plano de Deus para a salvação e, ao invés dis-so, aceitá-lo. E, aonde quer que o Seu plano seja aceito, já está realizado.


A nossa meta nos períodos de prática mais prolongados de hoje é o de passarmos a estar cientes de que o plano de Deus para a salvação já foi realizado em nós. Para alcançar essa meta, temos que substituir o ataque pela aceitação. Enquanto o atacarmos, não podemos compreender o que é o plano de Deus para nós. Portanto, estamos atacando o que não reconhecemos. Tentaremos, agora, deixar o julgamento de lado e perguntar qual e o plano de Deus para nós:


Pai, o que é a salvação? Eu não sei.
Dize-me, para que eu possa compreender.

E então esperaremos em quietude pela Sua resposta. Nós temos atacado o plano de Deus para a salvação sem esperarmos para ouvir o que é. Bradamos as nossas mágoas tão alto que não escutamos a Sua Voz. Usamos as nossas mágoas pra fecharmos os olhos e taparmos os nossos ouvidos.


Agora queremos ver, ouvir, e aprender. “Pai, o que é a salvação?”. Pergunta e serás respondido. Busca e acharás. Não estamos mais perguntando ao ego o que é a salvação e onde podemos achá-la. Estamos perguntando isso à verdade. Tem certeza, então, de que a resposta será verdadeira por causa Daquele a Quem perguntaste.


Sempre que sentires a tua confiança diminuir e a tua esperança de sucesso oscilar e apagar-se, repete a tua pergunta e o teu pedido, lembrando-te de que estás perguntando ao infinito Criador da infinidade, que te criou como Ele mesmo:


Pai, o que é a salvação? Eu não sei.
Dize-me, para que eu possa compreender.

Ele responderá. Que estejas determinado a ouvir. Um, talvez dois períodos de prática mais curtos por hora serão suficientes para hoje, já que terão uma duração ligeiramente maior do que a de costume. Estes exercícios devem começar com:


Guardar mágoas é um ataque ao plano de Deus para a salvação.
Que eu o aceite ao invés disso. Pai, o que é a salvação?


Em seguida, aguarda mais ou menos um minuto em silêncio, de preferência com os olhos fechados, e escuta a Sua resposta.


Lição 72
Livro de Exercícios UCEM

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Eu sou espírito.


 
A idéia de hoje te identifica com o teu único Ser. Não aceita nenhuma identidade dividida, nem tenta tecer fatores opostos na unidade. Apenas declara a verdade. Pratica essa verdade hoje com a maior freqüência possível, pois ela trará a tua mente do conflito aos quietos campos da paz. Nenhum calafrio de medo pode entrar, pois a tua mente foi absolvida da loucura soltando as ilusões de uma identidade dividida.

Declaramos mais uma vez a verdade sobre o teu Ser, o santo Filho de Deus Que descansa em ti, Cuja mente foi restaurada à sanidade. Tu és o espírito amorosamente dotado de todo o Amor, da paz e da alegria do teu Pai. Tu és o espírito que completa a Ele Mesmo e que compartilha a Sua função como Criador. Ele está contigo sempre, assim como tu estás com Ele.

Hoje, tentamos trazer a realidade para mais perto ainda da tua mente. A cada vez que praticas a consciência é trazida para um pouco mais perto pelo menos; às vezes mil anos ou mais são poupados. Os minutos que dás são multiplicados muitas vezes, pois o milagre faz uso do tempo, mas não é regido por ele. A salvação é um milagre, o primeiro e o último, o primeiro que é o último, pois é um só.

Tu és o espírito em cuja mente habita o milagre no qual todo o tempo pára, o milagre no qual um minuto passando usando essas idéias vem a ser um tempo que não tem limites e não tem fim. Dá, então, estes minutos com boa vontade e conta com Aquele Que prometeu depositar a intemporalidade ao lado deles. Ele oferecerá toda a Sua força para cada pequeno esforço que fizeres. Dá-Lhe os minutos de que Ele precisa hoje para ajudar-te a compreender com Ele que tu és o espírito que habita Nele e, através da Sua Voz, chama todas as coisas viventes, oferece a Sua vista a todos aqueles que pedem e substitui o erro pela simples verdade.

O Espírito Santo ficará contente em tomar cinco minutos de cada hora das tuas mãos e carregá-los através desse mundo sofredor, onde a dor e a miséria parecem dominar. Ele não deixará de ver nem uma mente aberta que queira aceitar as dádivas da cura que estes minutos trazem e Ele as depositará em todos os lugares onde sabe que serão bem-vindas. E elas aumentarão em seu poder de cura a cada vez que alguém as aceita como os seus próprios pensamentos e as usa para curar.

Assim, cada dádiva oferecida a Ele será multiplicada mil vezes e dez mil vezes mais. E quando te for devolvida, ultrapassará em força a pequena dádiva que tu deste tanto quanto a radiância do sol ultrapassa o diminuto lampejo que o vagalume faz por um momento incerto e depois se apaga. O constante brilho dessa luz permanece e te conduz para fora da escuridão e não serás capaz de esquecer o caminho outra vez.

Começa estes alegres exercícios com as palavras que o Espírito Santo te diz e deixa-as ecoar pelo mundo afora através Dele:

Eu sou um espírito, um Filho santo de Deus, livre de todos os limites, seguro, curado e íntegro, livre para perdoar e livre para salvar o mundo.

Expressa através de ti o Espírito Santo aceitará essa dádiva que recebeste Dele, aumentará o seu poder e a devolverá a ti.

Hoje, oferece alegremente cada período de prática a Ele. E Ele falará contigo, lembrando-te de que tu és espírito, um com Ele e com Deus, com teus irmãos e com teu Ser. Escuta a Sua confirmação a cada vez que disseres as palavras que Ele te oferece hoje e deixa-O dizer à tua mente que são verdadeiras. Usa-as contra a tentação e escapa das suas tristes conseqüências se cederes à crença de que és alguma outra coisa. Hoje o Espírito Santo te dá paz. Recebe as Suas palavras e oferece-as a Ele.

Lição 97
Livro de Exercícios UCEM


Mensagem de Mãe Maria 38-2009




Amados Filhos,


Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.


O poder crístico se implanta definitivamente em vosso planeta neste período em que a vida vos oferece mais uma oportunidade de renascer.


Nunca, como hoje, o poder do Pai manifestado no Filho ungido esteve ao alcance de toda a humanidade.


Hoje os filhos da terra já compreendem o verdadeiro significado da palavra ”poder”; hoje eles reconhecem que são ilimitados, hoje eles aceitam a possibilidade de rejuvenescer e ser imortal, hoje eles sabem que a doença e a morte nada mais são do que o reflexo do pensar limitado e da negatividade que deu origem ao imenso fosso que separou os humanos do Pai.


Hoje, amados, com a liberação do poder crístico, a humanidade precisa concluir este estágio de sua evolução dando o passo decisivo que se faz necessário neste momento, a humanidade precisa agir; agir como o Pai agiria, agir para co-criar um mundo novo, agir em benefício do outro com a certeza que o outro é uma parte do seu ser, agir sem preconceitos, sem aceitar limites, sem julgar, agir em nome do Pai que só compartilha amor.


Quanto tempo mais a humanidade precisa para compreender o verdadeiro significado da passagem do Mestre dos Mestres por vosso planeta?


Quanto tempo mais a humanidade precisa para reconhecer, no exemplo de Mestre Jesus, o caminho que cada qual precisa percorrer para merecer ser feliz?


Quanto tempo mais a humanidade levará para perceber, nas iniciações por que Mestre Jesus passou, que elas só aconteceram com o intuito de mostrar o caminho de volta ao Pai para todos vós?


Lembrai-vos das palavras do Mestre: “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida.”


Sem reconhecer o caminho percorrido pelo Mestre a humanidade não será feliz; caminho que revelava nada além de compreensão, generosidade, sua imensa sabedoria, caminho onde tudo era compartilhado com todos, onde não se reconhecia nenhuma distinção entre ricos e pobres e onde as aparentes diferenças eram dissolvidas instantaneamente pelo poder do seu incomensurável amor.


Caminho de luz, caminho onde as trevas eram sempre afastadas pelo poder dos milagres, o mesmo poder que a humanidade recupera neste tempo, poder que necessita ser, mais uma vez, utilizado para que o mundo da ação deixe de ser o mundo do caos e volte a ser o mundo do amor.


O paraíso na Terra se faz possível a todos vós, amados.


Caminhai com passos firmes para implantá-lo em vosso planeta a partir do espaço sagrado que é o vosso lar.


Ancorai em vossos lares a luz do Cristo, reconhecendo na vossa família terrena a Sagrada Família do Mestre que até hoje serve de esteio para toda a humanidade.


Buscai compreender a eficácia da fé alimentada pelo Mestre, compreendendo que a fé do Mestre é a fé no divino que existe em todos vós, é a mola propulsora que vos ajuda a remover todos os obstáculos, transpor todos os limites, vencer todos os desafios.


Lembrai das muitas perolas de sabedoria que Ele transmitiu, com o único objetivo de auxiliar-vos a abrir o caminho e resgatar a luz do Pai em vós.


Trazei de volta a linguagem amorosa que ele compartilhava com todos através do seu poderoso e meigo olhar, olhar que a todos tocava, olhar que detinha o poder de curar qualquer mal, qualquer dor.


Reconhecei a pureza do Mestre, pureza cultivada por pensamentos amorosos, por atitudes que geravam só bem estar, compreensão e alegria.


Abri os olhos para reconhecer vosso poder e, através das lições legadas pelo Mestre, manifestar esse poder na vossa realidade.


Esse é o caminho a percorrer, o caminho que exige fé, que exige ação, que exige disciplina, que exige amor; o caminho que vos leva a maestria divina, o caminho que vos permite a conclusão de mais uma etapa de vossa evolução.


Bem amados, que estes poucos dias que antecedem mais um Natal de Renascimento sejam dias de reflexão, dias de profundo recolhimento, dias que em cada um de vós possa reconhecer definitivamente quem sois para finalmente ser como o Pai, ser luz em corpo físico para devolver ao mundo da ação a freqüência cristalina do amor.


Bem amados, Eu vos deixo agora desejando a todos um Feliz Natal de renascimento e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.


SP-22/12/09-Mensagem de Mãe Maria-38-2009 canalizada por Jane M. Ribeiro.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O Amor me criou como Ele Mesmo


A idéia de hoje é uma declaração precisa e completa do que tu és. É a razão pela qual tu és a luz do mundo. É a razão pela qual Deus te designou como salvador do mundo. É a razão pela qual o Filho de Deus olha para ti em busca da sua própria salvação. Ele é salvo pelo que tu és. Faremos todos os esforços hoje para alcançarmos essa verdade sobre ti e para reconhecermos inteiramente, mesmo que seja apenas por um momento, que essa é a verdade.


No período de prática mais longo, refletiremos sobra a tua realidade e a natureza totalmente inalterada e inalterável que lhe é própria. Começaremos por repetir essa verdade sobre ti e, em seguida passaremos uns poucos minutos acrescentando alguns pensamentos relevantes tais como:


A minha santidade me criou santa.
A benignidade me criou benigna.
A ajuda me criou capaz de ajudar.
A perfeição me criou perfeita.


Todo atributo que estiver de acordo com Deus, tal como Ele define a Si Mesmo, é apropriado. Hoje estamos tentando desfazer a tua definição de Deus e substituí-la pela Sua própria. Nós também estamos tentando enfatizar que tu és parte da Sua definição de Si mesmo.


Depois de ter refletido sobre diversos pensamentos correlatos tais como estes, procura deixar todos os pensamentos de lado por um breve intervalo preparatório e, então tenta alcançar a verdade em ti que está depois de todas as tuas imagens e preconceitos sobre ti mesmo. Se o Amor te criou como Ele Mesmo, esse Ser tem que estar em ti. E Ele tem que estar lá, em algum lugar da tua mente, para que O aches.


É possível que aches necessário repetir a idéia para o dia de hoje de vez em quando para substituir pensamentos que te distraiam. Também é possível que não aches isso suficiente, e que precises continuar acrescentando outros pensamentos relacionados com a verdade sobre ti mesmo. No entanto, talvez tenhas sucesso em ir, além disso, e passar pelo intervalo da ausência de pensamentos até chegares à consciência de uma luz resplandecente na qual te reconheces tal como o Amor te criou. Tem confiança de que farás muito hoje para trazer essa consciência para mais perto de ti, quer sintas, quer não, que tiveste sucesso.


Hoje será particularmente útil praticar a idéia para o dia o mais que puderes. Precisas ouvir a verdade sobre ti mesmo com a maior freqüência possível, porque a tua mente está muito preocupada com auto-imagens falsas. Seria muito benéfico lembrar-te, quatro ou cinco vezes por hora, talvez mais, que o Amor te criou como Ele mesmo. Ouve a verdade sobre ti nisso.


Nos períodos de prática mais curtos, tenta reconhecer que não é a tua voz diminuta e solitária que te diz isso. Essa é a Voz por Deus, lembrando-te do teu Pai e do teu Ser. Essa é a Voz da verdade, substituindo tudo o que o ego te diz a respeito de ti mesmo pela simples verdade sobre o Filho de Deus. Tu foste criado pelo Amor como Ele Mesmo.


Lição 67
Livro de Exercícios UCEM


terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mensagem de Mãe Maria 37-09


Queridos irmãos e irmãs,
Com as bênçãos da Mãe Divina.
Amor e Luz,
Jane Ribeiro

Mensagem de Mãe Maria

Amados Filhos,

Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.

O mundo novo espreita toda a humanidade.

É tempo de vos empenhardes na busca do “novo” em vossas vidas.

O vasto mundo das idéias, que permeiam vossas mentes, precisa vir á tona para manifestar-se na vossa realidade.

Nada há a temer. Trazer o “novo” para vossas vidas faz parte da evolução por que passais neste estágio de vossas jornadas.

É hora de vos perguntardes por que é tão difícil aceitar que a vida pode vos trazer só alegria, prosperidade, saúde, bem estar.

Porque continuais vos agarrando aos velhos moldes, as velhas idéias, as velhas formas de viver; porque é tão difícil mudar?

É preciso reconhecer que os velhos padrões limitadores, que cultivastes ao longo de vossas jornadas, encontram-se enraizados em vossas memórias, como ocultos e vigilantes soldados de um exército cujo comandante só pensa em satisfazer sua vaidade.

É preciso muito empenho, muita fé e determinação, muita persistência para abrir uma brecha nesse denso paredão, compreendendo que a maior arma desse exército contra vós é a energia do medo.

É o medo que vos paralisa, é o medo que não vos permite mudar, é o medo que vos cega e vos mantém no mundo da ilusão.

Contra a ação do medo, amados, tendes a disposição uma poderosa arma, a única arma que pode furar o bloqueio que vos envolve como uma espessa camisa de forças, e essa arma é o amor.

A luz do Criador não consegue penetrar vosso ser quando o medo é a tônica da vossa realidade.

O medo atrai tristezas, amarguras, doenças; o medo vos mantém cercados de seres que vibram também nessa freqüência, e que como vós não encontram uma luz no final do túnel, não encontram esperança, não encontram soluções para seus ditos “problemas”.

Não existem problemas no mundo que o Pai vos legou; vós criastes os problemas, vós transformastes o mundo perfeito que recebestes do Pai no mundo do caos, no mundo sem esperança, no mundo onde o outro é sempre visto como um inimigo e não como um irmão.

É tempo de resgatar a irmandade dos Filhos da Terra, é tempo de ousar transpor o exército do medo - que vos mantém ilhados nos estreitos limites de vossos egos - para dar vazão ao ilimitado poder de vossas almas.

As correntes da prisão a que estais atados pela presença do medo em vossas vidas já não conseguem mais manter-vos no mundo da ilusão.

Quebrai de vez essas amarras, amados, levantai vossos olhos para olhar além do horizonte, iluminai vossa realidade com a alegria necessária para reencontrar o verdadeiro caminho, buscai vossos iguais para, na fraternidade, de mãos dadas, vos nutrindo da força uns dos outros, romper a muralha do medo, aplacando de vez a pressão que ele exercita no vosso dia a dia, deixando que a rotina ceda lugar para a ousadia daqueles que sabem que podem mudar.

O mundo além do véu da ilusão vos espera há eons; é tempo de retornar, é tempo de resgatar esse mundo, é tempo de transpor os portais da esperança, é tempo de caminhar através da imensa espiral da ascensão que atrai todos aqueles que vibram em uma nova freqüência, a freqüência onde o medo é nada mais que uma lembrança do passado, e a alegria é o estado permanente do dia a dia de cada ser.

Aproveitai os ares de renascimento que permeiam vosso planeta com a proximidade de mais um Natal, onde a luz de vosso Mestre e meu filho Jesus envolve toda a humanidade lembrando a todos que a paz e a fraternidade só existem onde existe amor; cultivai esse amor como um lindo jardim onde no dia a dia as ervas daninhas precisam ser erradicadas, para que as flores se revelem na sua exuberância e perfeição.

Retirai, pois as ervas daninhas que permeiam vossa realidade, com paciência, com perseverança, com muita fé, certos que o trabalho é árduo, mas possível para aqueles que verdadeiramente crêem que são Filhos de Deus.

Bem amados, lembrai-vos ainda da oração, esse poderoso instrumento que jaz a vossa disposição para alimentar vossa fé e abrir vossa comunicação com a mente de Deus.

Orai amados!

Orai pelo mundo, orai por todos os povos e nações, orai por vossos dirigentes, orai por vossos amigos e inimigos, orai pela preservação da natureza, pelo final dos conflitos e das guerras, orai pela compreensão entre todos os seres, de todos os reinos e dimensões.

Eu vos convoco a alimentar, neste período de Natal, a “corrente da esperança”, colocando vossa atenção em cada pensamento e ação do vosso dia a dia, estendendo as mãos para os necessitados, abrindo vossos braços para acolher aqueles que precisam de ajuda, utilizando a poderosa arma que é o sorriso espontâneo para contagiar aqueles que permanecem tristes e infelizes, alimentando os que tem fome e dando de beber aos que tem sede, norteando este momento de vossa realidade pelo exemplo do Mestre dos Mestres, vosso amado irmão e mestre Jesus.

Colocai em prática o dom maior que Deus vos deu, o poder infinito de AMAR, AMAR sem limites, AMAR sem fronteiras, rompendo através do amor todos os obstáculos, na certeza que esse é o grande milagre por que esperais por tanto tempo, o milagre de resgatar o poder do AMOR.

Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.

Mensagem de Mãe Maria-37-2009 canalizada por Jane M. Ribeiro aos 15/12/09.





domingo, 13 de dezembro de 2009

O Natal como o fim do sacrifício


1. Não tenhas medo de reconhecer que toda a idéia de sacrifício foi feita só por ti. E não busques segurança tentando proteger-te do lugar onde essa idéia não está. Os teus irmãos e o teu Pai tornaram-se muito amedrontadores para ti. E queres barganhar com eles por uns poucos relacionamentos especiais, nos quais pensas ver alguns restos de segurança. Não tentes mais manter à parte os teus pensamentos e o Pensamento que te foi dado. Quando são reunidos e percebidos onde estão, a escolha entre eles não é nada além de um gentil despertar e é tão simples como abrir os olhos à luz do dia, quando não tens mais necessidade de sono.

2. O sinal do Natal é uma estrela, uma luz na escuridão. Não a vejas fora de ti, mas brilhando no Céu interior e aceita-a como o sinal de que o tempo de Cristo veio. Ele vem sem nada exigir. Ele não pede nenhum sacrifício de ninguém. Na Presença de Cristo, toda a idéia de sacrifício perde qualquer significado. Pois Ele é o Anfitrião de Deus. E tu só precisas convidá-Lo em Quem já está presente, reconhecendo que o Seu Anfitrião é Um só e nenhum pensamento alheio à Sua Unicidade pode habitar com Ele. O amor tem que ser total para dar boas-vindas a Ele, pois a Presença da santidade cria a santidade que a cerca. Nenhum medo e capaz de afetar o Anfitrião Que embala Deus no tempo de Cristo, pois o Anfitrião é tão santo quanto a Perfeita Inocência que Ele protege e Cujo poder O protege.

3. Nesse Natal, dá ao Espírito Santo tudo o que iria ferir-te. Deixa que sejas completamente curado, de modo que possas unir-te a Ele na cura e festejemos nossa liberação juntos, liberando todas as pessoas conosco. Não deixes nada para trás, pois a liberação é total e quando a tiveres aceito comigo, tu a darás comigo. Toda dor, todo sacrifício e toda pequenez desaparecerão em nosso relacionamento, que é tão inocente e tão poderoso quanto o nosso relacionamento com o nosso Pai. A dor nos será trazida e desaparecerá na nossa presença e sem dor não pode haver sacrifício. E sem sacrifício, tem que haver amor.

4. Tu, que acreditas que o sacrifício e amor, precisas aprender que o sacrifício é a separação do amor. Pois o sacrifício traz culpa com tanta certeza quanto o amor traz paz. A culpa é a condição do sacrifício, assim como a paz é a condição para a conscientização do teu relacionamento com Deus. Através da culpa, excluis o teu Pai e os teus irmãos de ti mesmo. Através da paz, os chamas de volta, reconhecendo que eles estão onde o teu convite lhes pede para estar. Aquilo que excluis de ti mesmo parece amedrontador, porque o medo é o dote que tu lhe dás e tentas marginalizá-lo, embora seja parte de ti. Quem é capaz de perceber uma parte sua como indigna e ainda assim viver em paz consigo mesmo? E quem é capaz de tentar resolver o "conflito" do Céu e do inferno dentro de si, rejeitando o Céu e atribuindo a Ele as qualidades do inferno, sem vivenciar a si mesmo como incompleto e solitário?

5. Enquanto perceberes o corpo como a tua realidade, vais perceber a ti mesmo como solitário e destituído. E, enquanto isso durar, também vais perceber a ti mesmo como vítima de sacrifício, justificado em sacrificar a outros. Pois quem poderia deixar de lado o Céu e o seu próprio Criador sem um sentido de sacrifício e de perda? E quem poderia sofrer sacrifício e perda sem tentar restaurar-se? No entanto, como poderia realizar isso por si mesmo, quando a base das suas tentativas é a crença na realidade da privação? A privação gera o ataque, sendo a crença em que o ataque é justificado. E enquanto queres reter a privação, o ataque vem a ser salvação e o sacrifício vem a ser amor.

6. É assim que, em toda a tua busca de amor, na verdade buscas o sacrifício e o achas. E, no entanto, não achas o amor. É impossível negar o que é o amor e ainda reconhecê-lo. O significado do amor está no que colocaste fora de ti e ele não tem nenhum significado à parte de ti. É o que preferes guardar que não tem significado, enquanto tudo que queres manter longe de ti retém todo o significado do universo e mantém o universo unido em seu significado. A menos que o universo esteja unido em ti, ele estará separado de Deus e ser sem Ele é ser sem significado.

7. No instante santo, a condição do amor é satisfeita pois as mentes estão unidas sem a interferência dos corpos e onde há comunicação, há paz. O Príncipe da Paz nasceu para restabelecer a condição do amor, ensinando que a comunicação permanece ininterrupta mesmo se o corpo é destruído, desde que não vejas o corpo como o meio necessário para a comunicação. E se compreendes essa lição, vais reconhecer que sacrificar o corpo é não sacrificar nada e a comunicação, que tem que ser da mente, não pode ser sacrificada. Onde está, então, o sacrifício? A lição que eu nasci para ensinar e ainda quero ensinar a todos os meus irmãos é que o sacrifício não está em parte alguma e o amor está em toda parte. Pois a comunicação tudo abrange e na paz que ela restabelece, o amor vem por si mesmo.

8. Não deixes nenhum desespero escurecer a alegria do Natal, pois o tempo de Cristo não tem significado à margem da alegria. Vamos nos unir na celebração da paz, sem pedir sacrifício algum de pessoa alguma, pois assim me ofereces o amor que eu te ofereço. O que pode trazer mais alegria do que perceber que não estamos privados de nada? Tal é a mensagem do tempo de Cristo, que eu te dou, de forma que possas dá-la e devolvê-la ao Pai, Que a deu a mim. Pois no tempo de Cristo a comunicação é restaurada e Ele une-Se a nós na celebração da criação de Seu Filho.

9. Deus oferece gratidão ao anfitrião santo que quer recebê-Lo e que O deixa entrar e habitar onde Ele quer estar. E pelas tuas boas-vindas Ele também te dá boas-vindas em Si Mesmo, pois o que está contido em ti, que Lhe dás boas-vindas, é devolvido a Ele. E nós apenas celebramos a Sua Integridade quando damos boas-vindas a Ele em nós mesmos. Aqueles que recebem o Pai são um com Ele, sendo anfitriões para com Aquele Que os criou. E por permitir que Ele entre, a lembrança do Pai entra com Ele e com Ele aqueles que O recebem se lembram do único relacionamento que jamais tiveram e jamais querem ter.

10. Esse é o tempo em que logo um novo ano nascerá do tempo de Cristo. Eu tenho fé perfeita em ti, no sentido de que farás tudo o que queres realizar. Nada estará faltando e tu farás com que seja completo e não destruirás. Dize, então, ao teu irmão:



Eu te dou ao Espírito Santo como parte de mim mesmo.
Eu sei que serás liberado, a não ser que eu queira usar-te para me aprisionar.
Em nome da minha liberdade eu escolho a tua liberação, porque reconheço que nós seremos liberados juntos.



Assim começará o ano em alegria e liberdade. Há muito a fazer e nós temos estado muito atrasados. Aceita o instante santo enquanto esse ano nasce e toma o teu lugar, por tanto tempo vago, no Grande Despertar. Faze com que esse ano seja diferente fazendo com que tudo seja o mesmo. E permite que todos os teus relacionamentos sejam santificados para ti. Essa é a nossa vontade. Amém.


Um Curso Em Milagres