segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Lição 53 - Livro de Exercícios UCEM

Hoje, revisaremos o seguinte:

1. Os meus pensamentos sem significado estão me mostrando um mundo sem significado.
Já que os pensamentos do quais estou ciente não significam coisa alguma, o mundo que os retrata não pode ter significado. O que está produzindo esse mundo é insano, assim como o que ele produz. A realidade não é insana e eu tenho pensamentos reais bem como pensamentos insanos. Eu posso, portanto, ver o mundo real, se considerar os meus pensamentos reais como meu guia para ver.

2. Eu estou transtornado porque vejo um mundo sem significado.
Pensamentos insanos transtornam. Produzem um mundo em que não há ordem em lugar nenhum. Só o caos governa um mundo que representa uma forma de pensar caótica e o caos não tem leis. Não posso viver em paz em tal mundo. Eu me sinto grato por esse mundo não ser real e por não precisar vê-lo de modo algum, a menos que eu escolha valorizá-lo. E não escolho valorizar algo que é totalmente insano e não tem nenhum significado.

3. Um mundo sem significado gera medo.
Aquilo que é totalmente insano gera medo porque é completamente inconfiável e não oferece nenhuma base para a confiança. Nada na loucura é confiável. Não oferece nenhuma segurança e nenhuma esperança. Mas tal mundo não é real. Eu tenho lhe dado a ilusão de realidade e tenho sofrido em conseqüência da minha crença nele. Agora escolho retirar essa crença e colocar a minha confiança na realidade. Ao escolher isso, estou escapando de todos os efeitos do mundo do medo, porque estou reconhecendo que ele não existe.

4. Deus não criou um mundo sem significado.
Como pode um mundo sem significado existir se Deus não o criou? Ele é a Fonte de todo significado, e tudo o que é real está em Sua Mente. está também em minha mente, porque Ele o criou comigo. Por que deveria eu continuar a sofrer dos efeitos dos meus próprios pensamentos insanos, quando a perfeição da criação é o meu lar? Que eu me lembre do poder da minha decisão e reconheça aonde eu realmente habito.

5. Meus pensamentos são imagens que eu tenho feito.
Tudo o que vejo reflete os meus pensamentos. São os meus pensamentos que me dizem onde estou e o que sou. O fato de eu ver um mundo no qual há sofrimentos e perda e morte, me mostra que estou vendo apenas a representação dos meus pensamentos insanos e não estou permitindo que os meus pensamentos reais lancem a sua luz beneficente sobre o que vejo. No entanto, o caminho de Deu é certo. As imagens que tenho feito não podem prevalecer contra Ele, porque não é minha vontade que o façam. A minha vontade é a Dele, e eu não colocarei outros deuses diante Dele.


domingo, 27 de fevereiro de 2011

Lição 52 - Livro de Exercícios UCEM

A revisão de hoje abrange estas idéias:

1. Eu estou transtornado porque vejo algo que não existe.
A realidade nunca é assustadora. É impossível que ela possa me transtornar. A realidade só traz a perfeita paz. Quando estou transtornado, é sempre porque substitui a realidade por ilusões que invente. As ilusões me transtornam porque eu tenho dado realidade a elas e assim considero a realidade como uma ilusão. Nada na criação de Deus é, de modo algum, afetado por essa minha confusão. Estou sempre transtornado por nada.

2. Eu só vejo o passado.
Ao olhar à minha volta, condeno o mundo para o qual olho. A isso chamo de ver. Eu retenho o passado contra todos e contra tudo, fazendo com que sejam meus inimigos. Quando tiver perdoado a mim mesmo e lembrando Quem eu sou, abençoarei a todos e a tudo o que vejo. Não haverá nenhum passado, portanto, nenhum inimigo. E olharei com amor para tudo o que falhei em ver antes.

3. A minha mente está preocupada com pensamentos passados.
Vejo só os meus próprios pensamentos e a minha mente está preocupada com o passado. Assim, o que posso ver tal como é? Que eu me lembre que só olho para o passado a fim de impedir que o presente desponte na minha mente. Que eu compreenda que estou tentando usar o tempo contra Deus. Que eu aprenda a descartar o passado, reconhecendo que, ao fazê-lo, não estou desistindo de nada.

4. Eu não vejo nada tal como é agora.
Se nada vejo tal como é agora, pode-se verdadeiramente dizer que não vejo nada. Eu só posso ver o que é agora. A escolha não esta entre ver o passado ou o presente, a escolha está meramente entre ver ou não ver. O que eu tenho escolhido ver me custou a visão. Agora quero escolher outra vez para que eu possa ver.

5. Meus pensamentos não significam coisa alguma.
Eu não tenho pensamentos privados. No entanto, só estou ciente de pensamentos privados. O que podem esses pensamentos significar? Eles não existem, portanto, não significam nada. Contudo, a minha mente é parte da criação e parte do seu Criador. Será que eu não preferiria me unir ao pensamento do universo a obscurecer tudo o que é realmente meu com os meus lamentáveis pensamentos “privados” sem significado?


sábado, 26 de fevereiro de 2011

O "herói" do sonho


1. O corpo é a figura central no sonhar do mundo. Não há sonho sem ele e nem ele existe sem o sonho no qual age como se fosse uma pessoa que se vê e na qual se acredita. Ele ocupa o lugar central em todos os sonhos, que contam a história de como ele foi feito por outros corpos, nasceu para o mundo do lado de fora, vive um pouco e depois morre para ser unido, no pó, a outros corpos que morrem como ele. No pequeno espaço de tempo que lhe é dado viver, ele busca outros corpos para serem seus amigos e seus inimigos. A sua segurança é a sua preocupação principal. Seu conforto é a regra que o guia. Ele procura buscar prazer e voltar as coisas que poderiam feri-lo. Acima de tudo, procura ensinar a si mesmo que as suas dores e alegrias são diferentes e que pode distinguir umas das outras.

2. O sonhar do mundo toma muitas formas porque o corpo busca de muitos modos provar que é autônomo e real. Ele coloca sobre si mesmo coisas que comprou com pequenos discos de metal e tiras de papel que o mundo proclama como valiosas e reais. Trabalha para consegui-las, fazendo coisas sem sentido, e as joga fora em troca de coisas sem sentido das quais ele não precisa e nem mesmo quer. Ele emprega outros corpos de modo que eles o protejam e coleciona ainda mais coisas sem sentido que possa chamar de suas. Ele olha em volta procurando corpos especiais que possam compartilhar seu sonho. Às vezes, sonha que é um conquistador de corpos mais fracos do que ele. Mas em algumas fases do sonho, ele é o escravo de outros corpos que querem feri-lo e torturá-lo.

3. A série de aventuras do corpo, da hora do nascimento até à morte, é o tema de todos os sonhos que o mundo jamais teve. O “herói” desse sonho nunca vai mudar e nem o seu propósito. Embora o sonho propriamente dito tome muitas formas e pareça mostrar uma grande variedade de locais e de eventos em que seu “herói” se encontra, o sonho tem apenas um propósito, ensinado de muitas formas. Essa única lição é o que ele tenta ensinar uma e outra vez e ainda mais uma vez: que ele é causa e não efeito. E tu és o seu efeito e não podes ser a sua causa.

4. Assim tu não és o sonhador, mas o sonho. E assim vagas em vão, entras e sais de lugares e acontecimentos que ele inventa. Que isso é tudo o que ó corpo faz é verdade, pois ele não é senão uma figura em um sonho. Mas quem reage às figuras em um sonho a não ser que as veja como reais? No instante em que ele as vê como são, elas não mais têm efeito sobre ele, porque compreende que foi ele que lhes deu os seus efeitos pelo fato de as causar e fazer com que parecessem reais.

5. Quanto estás disposto a escapar dos efeitos de todos os sonhos que o mundo jamais teve? É teu desejo que nenhum sonho apareça como a causa daquilo que fazes? Então, vamos simplesmente olhar para o início do sonho, pois a parte que tu vês não é senão a segunda parte, cuja causa está na primeira. Ninguém que esteja dormindo e sonhando no mundo se lembra de seu ataque a si mesmo. Ninguém acredita que houve, de fato, um tempo em que ele nada conhecia de um corpo e nunca poderia ter concebido esse mundo como algo real. Ele imediatamente teria visto que essas idéias são uma única ilusão, ridículas demais para qualquer coisa exceto o riso que as despede. Como elas parecem sérias agora! E ninguém é capaz de se lembrar do tempo em que teriam sido recebidas com riso e descrença. Podemos nos lembrar disso, se apenas olharmos diretamente para o que a causou. Então veremos justificativas para o riso, e não uma causa para o medo.

6. Vamos devolver ao sonhador o sonho que ele deu aos outros, percebendo-o como algo separado de si mesmo e feito para ele. Na eternidade, onde tudo é um, introduziu-se uma idéia diminuta e louca, da qual o Filho de Deus não se lembrou de rir. Em seu esquecimento, esse pensamento passou a ser uma idéia séria, capaz de ser realizada e de ter efeitos reais. Juntos, nós podemos rir dessas duas coisas, fazendo-as desaparecer e podemos compreender que o tempo não pode invadir a eternidade. É uma piada pensar que o tempo pode vir a lograr a eternidade, que significa que o tempo não existe.

7. Uma intemporalidade na qual o tempo toma-se real, uma parte de Deus que pode atacar a si mesma, um irmão separado como inimigo, uma mente dentro de um corpo, são todas formas circulares cujo fim tem início no seu começo, terminando na sua causa. O mundo que vês retrata exatamente o que pensaste que fizeste. Exceto que agora pensas que o que fizeste, está sendo feito a ti. A culpa pelo que pensaste está sendo colocada fora de ti e sobre um mundo culpado que sonha os teus sonhos e pensa os teus pensamentos em teu lugar. Ele traz a sua vingança, não a tua. Ele te mantém estreitamente confinado dentro de um corpo, que ele pune devido a todas as coisas pecaminosas que o corpo faz dentro do sonho do mundo. Tu não tens poder para fazer com que o corpo pare com seus feitos maus, porque não o fizeste e não és capaz de controlar as suas ações, nem o seu propósito, nem o seu destino.

8. O mundo nada faz senão demonstrar uma antiga verdade: acreditarás que os outros fazem a ti exatamente o que pensas que fizeste a eles. Mas, uma vez que tiveres embarcado na delusão de os culpar, não verás a causa do que fazem, porque queres que a culpa caia sobre eles. Como é infantil o petulante mecanismo de manter a tua inocência empurrando a culpa para fora de ti, sem jamais deixar que ela se vá! Não é fácil perceber a brincadeira quando, em tudo a tua volta, os teus olhos contemplam as pesadas conseqüências da culpa, mas sem as suas causas insignificantes. Sem a causa, os efeitos parecem sérios e tristes, de fato. Mas são apenas decorrências. E é a sua causa que não decorre de nada, e não passa de uma brincadeira.

9. O Espírito Santo percebe a causa rindo gentilmente e não olha os efeitos. De que outra maneira poderia ele corrigir o teu erro, já que absolutamente não olhaste para a causa? Ele pede que tu lhe tragas cada efeito terrível para que possam olhar juntos para a sua causa tola e possas rir um pouco com Ele. Tu julgas os efeitos, mas Ele julgou a causa. E através do julgamento do Espírito Santo os efeitos são removidos. Talvez venhas em lágrimas. Mas ouve-O dizer: “Meu irmão, Filho santo de Deus, contempla o teu sonho vão, no qual isso poderia ocorrer.” E deixarás o instante santo com o teu riso e o do teu irmão unidos ao Seu.

10. O segredo da salvação é apenas esse: tu estás fazendo isso a ti mesmo. Seja qual for a forma do ataque, isso ainda é verdadeiro. Seja quem for que se coloque no papel do inimigo e do agressor, isso ainda é a verdade. Seja o que for que pareça ser a causa de qualquer dor ou sofrimento que sintas, isso ainda é verdadeiro. Pois não reagirias de forma alguma a figuras de um sonho que soubesses que estavas sonhando. Que elas sejam tão odientas e más quanto puderem, não poderiam ter nenhum efeito sobre ti, a não ser que tenhas fracassado em reconhecer que esse é o teu sonho.

11. Essa única lição aprendida te libertará do sofrimento, qualquer que seja a forma que ele tome. O Espírito Santo repetirá essa única lição abrangente de libertação até que ela tenha sido aprendida, independentemente da forma do sofrimento que te traz dor. Seja qual for o ferimento que tragas a Ele, Ele fará uma resposta com essa verdade muito simples. Pois essa única resposta elimina a causa de qualquer forma de pesar e dor. A forma não afeta em nada a Sua resposta, pois Ele quer te ensinar apenas a causa única de todas as formas, não importa quais sejam. E compreenderás que os milagres refletem a simples declaração: “Eu mesmo fiz isso e é isso que quero desfazer.”

12. Traze, então, todas as formas de sofrimento a Ele Que sabe que cada uma é como todo o resto. Ele não vê diferenças onde não existe nenhuma e te ensinará como cada uma é causada. Nenhuma tem uma causa diferente de todo o resto e todas são facilmente desfeitas por apenas uma lição verdadeiramente aprendida. A salvação é um segredo que só escondeste de ti mesmo. O universo proclama que é assim. No entanto, não prestas a menor atenção às testemunhas do universo. Pois dão testemunho de algo que não queres saber. Elas parecem manter isso em segredo, escondido de ti. Entretanto, só precisas aprender que apenas escolheste não escutar, não ver.

13. Como perceberás o mundo de forma diferente quando isso for reconhecido! Quando perdoares o mundo pela tua culpa, estarás livre dela. A inocência do mundo não requer a tua culpa e nem a tua inculpabilidade se baseia nos seus pecados. Isso é o óbvio: um segredo que não está oculto para ninguém, só para ti mesmo. E é isso que tem te mantido separado do mundo e mantido o teu irmão separado de ti. Agora, precisas apenas aprender que ambos são inocentes ou culpados. A única coisa impossível é que um não seja como o outro, que as duas afirmações sejam verdadeiras. Esse é o único segredo ainda a ser aprendido. E o fato de estares curado não será nenhum segredo.

Um Curso Em Milagres




Lição 51 - Livro de Exercícios UCEM

A revisão para o dia de hoje abrange as seguintes idéias:

1. Nada do que eu vejo significa coisa alguma.
A razão disso ser assim é que eu vejo o nada e o nada não tem significado. É necessário que eu reconheça isso, para que possa aprender a ver. O que penso que vejo agora está tomando o lugar da visão. Tenho que abandonar isso compreendendo que não tem significado, para que a visão possa tomar o seu lugar.

2. Eu tenho dado ao que vejo todo o significado que tem para mim.
Eu tenho julgado tudo o que contemplo e é isso, e apenas isso, que eu vejo. Isso não é visão. É meramente uma ilusão de realidade porque os meus julgamentos têm sido feitos bem à parte da realidade. Estou disposto a reconhecer a falta de validade dos meus julgamentos porque quero ver. Os meus julgamentos têm me ferido e não quero mais ver de acordo com eles.

3. Eu não compreendo coisa alguma do que vejo.
Como poderia compreender o que vejo se o tenho julgado de forma equivocada? O que eu vejo é a projeção dos meus próprios erros de pensamento. Não compreendo o que vejo porque é incompreensível. Não há sentido em tentar compreendê-lo. Mas tenho todos os motivos para abandonar isso e dar espaço ao que pode ser visto e compreendido e amado. Eu posso trocar o que vejo agora por isso, apenas estando disposto a fazê-lo. Não é essa uma escolha melhor do que a que eu fiz anteriormente?

4. Esses pensamentos não significam coisa alguma.
Os pensamentos dos quais estou ciente não significam coisa alguma, porque estou tentando pensar sem Deus. O que chamo de “meus” pensamentos não são os meus pensamentos reais. Os meus pensamentos reais são aqueles que penso com Deus. Não estou ciente deles porque tenho feito os meus pensamentos para tomar o seu lugar. Estou disposto a reconhecer que os meus pensamentos não significam coisa alguma e a abandoná-los. Escolho que sejam substituídos por aquilo que tencionavam substituir. Meus pensamentos são sem significado, mas toda a criação está nos pensamentos que eu penso com Deus.

5. Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino.
Eu nunca estou transtornado pela razão que imagino porque estou constantemente tentando justificar os meus pensamentos. Estou constantemente tentando fazer com que sejam verdadeiros. Faço com que todas as coisas sejam minhas inimigas para que a minha raiva seja justificada e os meus ataques autorizados. Ao lhes conferir esse papel, não reconheci o quanto tenho usado equivocadamente todas as coisas que vejo. Tenho feito isso para defender um sistema de pensamento que tem me ferido e que eu já não quero mais. Estou disposto a abandoná-lo.


Livro de Exercícios UCEM - REVISÂO I

Introdução

A partir de hoje, teremos uma série de períodos de revisão. Cada um deles abrangerá cinco das idéias já apresentadas, começando com a primeira e terminando com a qüinquagésima. Haverá alguns comentários curtos depois de cada uma das idéias que deves considerar na tua revisão. Nos períodos de prática, os exercícios devem ser feitos como será indicado a seguir.

Começa o dia lendo as cinco idéias incluindo os comentários. Depois disso, não é necessário seguir nenhuma ordem em particular ao considerá-las, embora cada uma deva ser praticada pelo menos uma vez. Dedica dois minutos ou mais a cada período de prática, pensando sobre idéia e os comentários relacionados depois de lê-los. Faze isso com a maior freqüência possível durante o dia. Se qualquer uma das cinco idéias te atrair mais do que as outras, concentra-te nela. Porém, certifica-te de revisar todas mais uma vez no fim do dia.

Não é necessário incluir literal ou minuciosamente os comentários que se seguem a cada idéia nos períodos de prática. Ao invés disso, tenta enfatizar o tema central e pensa nele como parte da tua revisão da idéia com a qual se relaciona. Depois de ter lido a idéia e cós comentários relacionados, os exercícios devem ser feitos de olhos fechados e quando estiveres sozinho em um lugar quieto, se possível.

Isso é enfatizado para os períodos de prática no teu atual estádio de aprendizado. Contudo, será necessário que aprendas a não precisar de nenhum cenário especial para aplicar o que tens aprendido. Necessitarás mais do teu aprendizado em situações que pareçam transtornar-te do que naquelas que já parecem ser calmas e quietas. O propósito do teu aprendizado é fazer com que sejas capaz de trazer a quietude contigo e de curar a aflição e o tumulto. Isso não é feito evitando-os e buscando um refúgio de isolamento para ti mesmo.

Ainda aprenderás que a paz é parte de ti e só requer que estejas presente para abraçar qualquer situação em que encontres. E finalmente aprenderás que não há limites quanto ao lugar onde estás, portanto, a tua paz está em todos os lugares assim como tu.

Notarás que, para os propósitos da revisão, algumas das idéias não são dadas exatamente na sua forma original. Usa-as tal como são dadas aqui. Não é necessário voltar às declarações originais, nem aplicar as idéias da forma sugerida então. Agora estamos enfatizando as relações entre as cinqüenta primeiras idéias que abordamos e a coesão do sistema de pensamento ao qual elas estão te conduzindo.


sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Lição 50 - Livro de Exercícios UCEM



O Amor de Deus é o meu sustento.

Aqui está a resposta a todos os problemas que te confrontarão hoje, amanhã e através dos tempos. Nesse mundo, acreditas que és sustentado por tudo, menos por Deus. A tua fé é colocada nos símbolos mais insanos e triviais: pílulas, dinheiro, roupa “protetora”, influência, prestígio, que gostem de ti, conhecer as pessoas “certas” e uma lista infindável de formas do nada que dotas com poderes mágicos.

Todas essas coisas são os teus substitutos para o Amor de Deus. Todas essas coisas são apreciadas para assegurar uma identificação com o corpo. São cantos de louvor ao ego. Não ponhas tua fé no que não tem valor. Isso não vai sustentar-te.

Só o Amor de Deus te protegerá em todas as circunstâncias. Ele te elevará fazendo com que saias de todas as provações, e te erguerá para o alto, acima de todos os perigos percebidos nesse mundo a um clima de perfeita paz e segurança. Ele te transportará a um estado mental em que nada pode ameaçar, nada pode perturbar e onde nada pode interferir na calma eterna do Filho de Deus.

Não ponhas tua fé em ilusões. Elas te falharão. Põe toda a tua fé no Amor de Deus dentro de ti, eterno, imutável e para sempre infalível. Essa é a resposta para o que quer que seja que te confronte hoje. Através do Amor de Deus dentro de ti podes resolver todas as aparentes dificuldades sem esforço e com confiança segura. Dize isso a ti mesmo freqüentemente hoje. É uma declaração de liberação da tua crença em ídolos. É o teu reconhecimento da verdade sobre ti mesmo.

Durante dez minutos, duas vezes hoje, pela manhã e à noite, deixa a idéia para o dia de hoje mergulhar profundamente na tua consciência. Repete-a, pensa sobre ela, deixa que pensamentos correlatos venham para ajudar-te a reconhecer a verdade disso e permitir que a paz flua sobre ti como um manto de proteção e segurança. Não deixes pensamentos vãos e tolos entrarem para perturbar a santa mente do Filho de Deus. Tal é o Reino dos Céus. Tal é o lugar de descanso onde o teu Pai te colocou para sempre.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Lição 49 - Livro de Exercícios UCEM



A Voz de Deus fala comigo durante todo o dia.

É bem possível escutar a Voz de Deus durante todo o dia sem interromper as tuas atividades regulares de modo algum. A parte da tua mente em que habita a verdade está em constante comunicação com Deus, quer estejas ou não ciente disso. É a outra parte da tua mente que funciona no mundo e obedece às leis do mundo. Essa é a parte que está constantemente distraída, desorganizada e altamente incerta.

A parte que está escutando a Voz por Deus é calma, está sempre em repouso e é totalmente certa. Na realidade, é a única parte que existe. A outra é uma ilusão louca, frenética e distraída, mas sem qualquer tipo de realidade. Tenta não escutá-la hoje. Tenta identificar-te com a parte da tua mente em que a serenidade e a paz reinam para sempre. Tenta ouvir a Voz de Deus chamar-te com amor, lembrando-te que o teu Criador não esqueceu o Seu Filho.

Hoje, precisamos no mínimo de quatro períodos de prática de cinco minutos cada um e, se possível, mais. Tentaremos de fato ouvir a Voz de Deus fazendo com que tu te lembres Dele e do teu Ser. Vamos nos aproximar do mais feliz e do mais santo dos pensamentos com confiança, sabendo que, ao fazê-lo, estamos unindo a nossa vontade à Vontade de Deus. Ele quer que ouças a Sua voz. Ele A deu a ti para ser ouvida.

Escuta em profundo silêncio. Fica muito sereno e abre a tua mente. Ultrapassa todos os gritos insistentes e as fantasias doentias que encobrem os teus pensamentos reais e obscurecem o teu elo eterno com Deus. Mergulha profundamente na paz que te espera além dos pensamentos frenéticos e tumultuosos e das cenas e sons desse mundo insano. Tu não vives aqui. Estamos tentando alcançar o teu lar real. Estamos tentando alcançar o lugar onde és verdadeiramente bem-vindo. Estamos tentando alcançar a Deus.

Não esqueças de repetir a idéia de hoje com muita freqüência. Faze-o com os olhos abertos quando necessário, mas fechados quando possível. E certifica-te de sentar-te em quietude e repetir a idéia para o dia de hoje sempre que puderes, fechando os olhos ao mundo e reconhecendo que estás convidando a Voz de Deus para falar contigo.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lição 48 - Livro de Exercícios UCEM


Não há o que temer.

A idéia para o dia de hoje simplesmente declara um fato. Não é um fato para aqueles que acreditam em ilusões, mas ilusões não são fatos. Em verdade, não há nada a temer. É muito fácil reconhecer isso. Mas é muito difícil para aqueles que querem que ilusões sejam verdadeiras.

Os períodos de prática de hoje serão muito curtos, muito simples e muito freqüentes. Apenas repete a idéia com a maior freqüência possível. Podes usá-la com os olhos abertos a qualquer hora e em qualquer situação. Todavia, é fortemente recomendado que sempre que for possível, feches os olhos e passes mais ou menos um minuto repetindo a idéia para ti mesmo, lentamente, várias vezes. É particularmente importante que uses a idéia de imediato se algo vier perturbar a paz da tua mente.

A presença do medo é um sinal seguro de que estás confiando na tua própria força. A consciencia segundo a qual não há nada a temer mostra que, em algum lugar na tua mente, embora não necessariamente em um lugar que reconheças por enquanto, tu te lembraste de Deus e deixaste a Sua força tomar o lugar da tua fraqueza. No instante em que estás disposto a fazer isso, de fato, não há nada a temer.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

A traição do especialismo


1. A comparação tem que ser um mecanismo do ego, pois o amor não faz nenhuma. O especialismo sempre faz comparações. É estabelecido por uma falta que é vista no outro e é mantido pela busca de faltas e por deixar a vista todas as faltas que for capaz de perceber. Isso é o que ele busca e é para isso que olha. E aquele que ele assim diminui viria sempre a ser o teu salvador se não tivesses escolhido, ao contrário, fazer dele uma medida dimi­nuta do teu especialismo. Frente à pequenez que vês nele, ficas alto e nobre, limpo e honesto, puro e sem mancha em compara­ção com o que vês. E nem sequer compreendes que assim é a ti mesmo que diminuis.

2. Perseguir o especialismo sempre se dá à custa da paz. Quem pode atacar seu salvador e abatê-lo e ainda reconhecer o seu forte apoio? Quem pode detrair a sua onipotência e ainda comparti­lhar o seu poder? E quem pode usá-lo como a medida da peque­nez e liberar-se de limites? Tens uma função na salvação. Perse­guir a salvação te trará alegria. Mas perseguir o especialismo necessariamente te trará dor. Aqui está uma meta que quer der­rotar a salvação e assim ir contra a Vontade de Deus. Valorizar o especialismo é estimar uma vontade alheia, para a qual as ilusões de ti mesmo são mais caras do que a verdade.

3. O especialismo é a idéia do pecado que se fez real. É impossí­vel até mesmo imaginar o pecado sem essa base. Pois o pecado surgiu dela, surgiu do nada; uma flor maléfica totalmente sem raízes. Aqui está aquele que fez a si mesmo “salvador”, o “cria­dor” que não cria como o Pai, e que fez o Seu Filho como a si mesmo e não como Ele. Seus filhos “especiais” são muitos, nunca um só, cada um exilado de si mesmo e Daquele de Quem é parte. E também não amam a Unicidade Que os criou unos com Ela. Escolheram o seu especialismo em vez do Céu e da paz e envolvem-no cuidadosamente no pecado para mantê-lo “a salvo” da verdade.

4. Tu não és especial. Se pensas que és e queres defender o teu especialismo contra a verdade do que realmente és, como podes conhecer a verdade? Que resposta que o Espírito Santo te dê pode “alcançar-te, quando é ao teu especialismo que escutas e é ele que pergunta e responde? Tudo o que tu escutas é a sua res­posta diminuta, que não tem nenhum som na melodia que trans­borda de Deus para ti eternamente louvando com amor o que tu és. E essa imensa canção de honra e amor pelo que tu és parece silenciosa e inaudível diante da sua “magnificência”. Tu te esfor­ças para que teus ouvidos ouçam a sua voz sem som e, no entan­to, o Chamado do próprio Deus é insonoro para ti.

5. Podes defender o teu especialismo, mas nunca ouvirás a Voz que fala por Deus ao seu lado. Elas falam línguas diferentes e caem em ouvidos diferentes. Para cada pessoa especial a verda­de é uma mensagem diferente, com significado diferente. No en­tanto, como é possível que a verdade seja diferente para cada um? As mensagens especiais que os especiais ouvem os conven­cem de que eles são diferentes e à parte, cada um em seus peca­dos especiais e “a salvo” do amor, que absolutamente não vê o seu especialismo. A visão de Cristo é “inimiga” para com eles, pois não vê o objeto de seus olhares e quer mostrar-lhes que o especialismo que pensam que vêem é uma ilusão.

6. O que poderiam ver em seu lugar? A brilhante radiância do Filho de Deus, tão semelhante a seu Pai que a memória do Pai salta à mente no mesmo instante. E com essa memória, o Filho se lembra das suas próprias criações tão semelhantes a ele quanto ele em relação a seu Pai. E todo o mundo que ele fez e todo o seu especialismo e todos os pecados que manteve em defesa disso e contra si mesmo se desvanecerão, à medida que a sua mente aceita a verdade sobre ele mesmo, à medida que ela retorna para ocupar o lugar de tudo isso. Esse é o único “custo” da ver­dade: não mais verás o que nunca existiu, nem ouvirás o que não tem som. É um sacrifício não desistir de nada e receber o Amor de Deus para sempre?

7. Tu, que acorrentaste o teu salvador ao teu especialismo e deste a ele o seu lugar, lembra-te disso: ele não perdeu o poder de te perdoar todos os pecados que pensas que colocaste entre ele e a função da salvação que lhe foi dada para ti. E tu também não mudarás a sua função, assim como não és capaz de mudar a ver­dade nele ou em ti mesmo. Mas estejas certo de que a verdade é exatamente a mesma em ambos. Ela não dá mensagens diferen­tes e tem um único significado. E é um significado que tu e teu irmão podeis compreender, um significado que traz a liberação para ambos. Aqui está o teu irmão com a chave do Céu em sua mão estendida para ti. Não permitas que o sonho do especialis­mo permaneça entre vós. O que é um está unido em verdade.

8. Pensa na beleza que verás dentro de ti mesmo, quando tiveres olhado para ele como para um amigo. Ele é o inimigo do especia­lismo e amigo só daquilo que é real em ti. Nenhum dos ataques que pensaste ter lançado contra ele, arrebatou-lhe a dádiva que Deus quer que ele te dê. A sua necessidade de te dar essa dádiva é tão grande quanto a tua necessidade de possuí-la. Permite que ele te perdoe todo o teu especialismo e faze com que tu sejas íntegro na tua mente e um com ele. Ele espera pelo teu perdão somente para que possa devolvê-lo a ti. Não foi Deus Quem condenou Seu Filho, mas tu, para salvar o seu especialismo e matar o seu Ser.

9. Vieste até muito longe no caminho para a verdade, longe de­mais para hesitares agora. Mais um passo apenas e todo vestígio do medo de Deus se fundirá em amor. O especialismo do teu irmão e o teu são inimigos e estão ligados no ódio para matar um ao outro e negar que vós sois o mesmo. Entretanto, não são as ilusões que alcançaram esse obstáculo final que parece fazer com que Deus e o Céu sejam tão remotos que não se pode alcançá-Los. Aqui, nesse lugar santo, a verdade está esperando para receber a ti e ao teu irmão em bênção silenciosa e em uma paz tão real e abrangedora que nada fica de fora. Deixa todas as ilusões acerca de ti mesmo fora deste lugar ao qual vieste em esperança e ho­nestidade.

10. Aqui está aquele que pode te salvar do teu especialismo. Ele tem necessidade da tua aceitação dele próprio como parte de ti, assim como tu tens da dele. Vós sois iguais para Deus, assim como Deus é para Si Mesmo. Ele não é especial, pois não quer guardar parte do que Ele é só para Si Mesmo, negando-a a Seu Filho e reservando-a só para Si. E é disso que tens medo, pois se Ele não é especial, então é Sua Vontade que Seu Filho seja como Ele e o teu irmão é como tu. Não especial, mas possuidor de todas as coisas, incluindo a ti. Dá-lhe apenas o que ele já tem, lembran­do que Deus Se deu a ti e ao teu irmão em amor igual para que ambos possais compartilhar o universo com Aquele Que escolheu que o amor nunca poderia ser dividido nem mantido separado do que ele é e não pode deixar de ser para sempre.

11. Tu és do teu irmão, uma parte do amor não foi negada a ele. Mas é possível que tenhas perdido porque ele é completo? O que foi dado a ele faz com que tu sejas completo, assim como ele. O Amor de Deus te deu a ele e ele a ti porque Ele deu a Si Mesmo. O que é o mesmo, sendo o que Deus é, é um com Ele. E só o especialismo poderia fazer com que a verdade segundo a qual Deus e tu são um só parecesse ser qualquer outra coisa que não o Céu com a esperança da paz por fim à vista.

12. O especialismo é o selo da traição sobre a dádiva do amor. Qualquer coisa que sirva ao seu propósito tem que ser dada para matar. Nenhuma dádiva que ostente o seu selo oferece senão traição a quem a dá e a quem a recebe. Nenhum olhar que venha de olhos velados pelo especialismo pode olhar para outra coisa que não seja a vista da morte. Ninguém que acredite em sua potência busca outra coisa senão barganhas e transigências que querem estabelecer o pecado como substituto do amor e servi-lo fielmente. E nenhum relacionamento que valorize esse propósito faz outra coisa senão agarrar-se ao assassinato como a arma de segurança e o defensor supremo de todas as ilusões contra a “ameaça” do amor.

13. A esperança do especialismo faz com que pareça possível que Deus tenha feito o corpo como a prisão que mantém Seu Filho afastado Dele próprio. Pois o especialismo exige um lugar espe­cial, onde Deus não possa entrar e um esconderijo onde ninguém é bem-vindo, exceto o teu ser diminuto. Nada aqui é sagrado a não ser para ti e só para ti, à parte e separado de todos os teus irmãos; a salvo de todas as intrusões da sanidade sobre as ilu­sões; a salvo de Deus e salvo para o conflito que dura para sem­pre. Aqui está a porta do inferno que fechaste sobre ti mesmo para governar na loucura e na solidão o teu reino especial, à parte de Deus, longe da verdade e da salvação.

14. A chave que jogaste fora, Deus a deu ao teu irmão, cujas mãos santas querem oferecê-la a ti quando estiveres pronto para aceitar o Seu plano para a tua salvação em lugar do teu. Como poderia essa prontidão ser atingida a não ser que vejas toda a tua miséria e tenhas a consciência de que o teu plano falhou e para sempre falhará em trazer-te qualquer tipo de paz e alegria? Através desse desespero viajas agora, no entanto, é apenas uma ilusão de deses­pero. A morte do especialismo não é a tua morte, mas o teu des­pertar para a vida eterna. Tu simplesmente emerges de uma ilusão do que és para a aceitação de ti mesmo como Deus te criou.

Um Curso Em Milagres




Lição 47 - Livro de Exercícios UCEM



Deus é a força na qual eu confio.

Se tu confias na tua própria força, tens toda razão para estar apreensivo, ansioso e amedrontado. O que podes predizer ou controlar? O que há em ti com que se possa contar? O que te daria capacidade de estar ciente de todas as facetas de qualquer problema e de resolvê-los de tal modo que só o bem possa advir? O que há em ti que te dê o reconhecimento da solução certa e a garantia de que será realizada?

Por ti mesmo não podes fazer nenhuma destas coisas. Acreditar que podes é depositar a tua confiança onde a confiança não foi autorizada, e justificar o medo, a ansiedade, a depressão, a raiva e o pesar. Quem pode depositar sua fé na fraqueza e sentir-se seguro? E, no entanto, quem pode depositar sua fé na força e sentir-se fraco?

Deus é a tua segurança em qualquer circunstância. A Sua Voz fala por Ele em todas as situações e em cada aspecto de todas as situações, dizendo-te exatamente o que fazer para invocar a Sua força e a Sua proteção. Não há nenhuma exceção, porque em Deus não há exceções. E a Voz Que fala por Ele pensa como Ele.

Hoje, tentaremos alcançar o que está além da tua própria fraqueza e chegar à Fonte da força real. Quatro períodos de cinco minutos são necessários hoje e recomenda-se insistentemente períodos mais longos e freqüentes. Fecha os olhos e começa como de costume, repetindo a idéia para o dia. Em seguida, passa um ou dois minutos em busca de situações na tua vida nas quais investiste o medo, descartando cada uma delas dizendo a ti mesmo:

Deus é a força na qual eu confio.

Agora tenta passar com leveza por todas as preocupações relacionadas com o teu próprio senso de inadequação. É obvio que qualquer situação que te cause preocupação está associada com sentimentos de inadequação, pois, de outro modo, acreditarias que podes lidar com a situação com sucesso. Não é acreditando em ti mesmo que ganharás confiança. Mas a força de Deus em ti tem sucesso em todas as coisas.

O reconhecimento da tua própria fragilidade é um passo necessário na correção dos teus erros, mas dificilmente seria suficiente para te dar a confiança que necessitas e à qual tens direito. Também tens que ganhar a consciencia de que a confiança na tua força real é inteiramente justificada sob todos os aspectos e em todas as circunstâncias.

Na fase final do período de prática, tenta alcançar o que está embaixo na tua mente, em um lugar onde há real segurança. Reconhecerás que o alcançaste se sentires uma sensação de profunda paz, por mais breve que seja. Desliga-te de todas as coisas triviais que se agitam e borbulham na superfície da tua mente e alcança o que está por baixo até chegares ao Reino dos Céus. Há um lugar em ti onde há paz perfeita. Há um lugar em ti onde nada é impossível. Há um lugar em ti onde habita a força de Deus.

Durante o dia, repete a idéia com freqüência. Usa-a como a tua resposta a qualquer perturbação. Lembra-te de que a paz é um direito teu, porque estás depositando atua confiança na força de Deus.


segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O local do encontro


1. Como todas as pessoas ligadas a esse mundo defendem amar­gamente o especialismo que querem que seja a verdade! Seu de­sejo é lei para elas e o obedecem. Nada que o seu especialismo exija deixa de ser dado. Nada do que ele precise, elas negam ao que amam. E enquanto ele as chama, não ouvem nenhuma outra Voz. Nenhum esforço é grande demais, nenhum custo muito alto, nenhum preço muito caro para salvar o seu especialismo do me­nor arranhão, do mais leve ataque, da dúvida sussurrada, da suspeita de ameaça, de qualquer coisa que não seja a mais profunda reverência. Esse é o teu filho, amado por ti como és amado por teu Pai. No entanto, ele está no lugar das tuas criações que, de fato, são um filho para ti de modo que possas compartilhar a Pa­ternidade, de Deus, não arrancá-la Dele. O que é esse filho que fizeste para ser a tua força? O que é essa criança feita de terra sobre a qual tanto amor é dissipado? O que é essa paródia da criação de Deus que toma o lugar das tuas? E onde estão elas, agora que o anfitrião de Deus encontrou outro filho, o qual ele prefere?

2. A memória de Deus não brilha sozinha. O que está dentro do teu irmão contém ainda toda a criação, tudo o que foi criado e que está ainda criando, o que já nasceu e ainda por nascer, tudo o que ainda está no futuro ou aparentemente no passado. O que está nele é imutável e a tua imutabilidade é reconhecida no reconhecimento disso. A santidade em ti pertence a ele. E se a vês nele, ela retoma a ti. Todo o tributo que deste ao especialismo pertence a ele e assim retorma a ti. Todo o amor e todo o cuidado, a forte proteção, o pensamento dia e noite, a profunda preocupação, a poderosa convição de que aquilo é o que tu és, tudo isso pertence a ele. Tudo o que deste ao especialismo pertence a ele. E nada do que é devido a ele deixa de ser devido a ti.

3. Como podes conhecer o teu valor se o especialismo te reivindica em seu lugar? Como podes deixar de conhecê-lo na santidade do teu irmão? Não busques tornar verdadeiro o teu especialis­mo, pois se fosse assim, estarias realmente perdido. Ao contrá­rio, que sejas grato porque te é dado ver a sua santidade, porque é verdade. E o que é verdadeiro nele tem que ser igualmente verdadeiro em ti.

4. Pergunta a ti mesmo o seguinte: tu és capaz de proteger a men­te? O corpo, sim, um pouco; não do tempo, mas temporariamen­te. E muito do que pensas que estás protegendo estás ferindo. Para quê irias protegê-lo? Pois nessa escolha se encontram tanto a sua saúde quanto o seu dano. Protege-o para mostrá-lo como isca para pegar outro peixe, para abrigar o teu especialismo em melhor estilo ou para tecer uma moldura de beleza em torno do teu ódio e o condenas à decadência e à morte. E se vês esse propósito no corpo do teu irmão, tal é a tua condenação do teu próprio. Ao contrário, tece uma moldura de santidade em torno do teu irmão para que a verdade possa brilhar sobre ele e salvar a ti da deterioração.

5. O Pai mantém o que Ele criou a salvo. Não podes tocar o que Ele criou com as falsas idéias que fizeste, porque não foste criado por ti. Não permitas que as tuas tolas fantasias te assustem. O que é imortal não pode ser atacado; o que é apenas temporal não tem efeito. Só o propósito que vês em cada coisa tem significado e se esse significado for verdadeiro, a sua segurança descansa na certeza. Se não for, não tem propósito e não é um meio para coisa alguma. Qualquer coisa que seja percebida como um meio para a verdade compartilha da santidade dela e descansa na luz, com tanta segurança quanto a própria verdade. Essa luz também não se apagará quando ela se for. O seu propósito santo lhe deu imor­talidade, colocando uma outra luz no Céu, onde as tuas criações reconhecem uma dádiva vinda de ti, um sinal de que não as es­queceste.

6. O teste para todas as coisas na terra é simplesmente esse: “Para quê serve isso?” A resposta faz com que sejam o que são para ti. Elas não têm significado em si mesmas, entretanto, tu podes lhes dar realidade de acordo com o propósito ao qual serves. Aqui és apenas um meio, junto com elas. Deus é um Meio assim como Fim. No Céu, meios e fim são um só e um com Ele. Esse é o estado da verdadeira criação, que não é encontrado no tempo, mas na eternidade. Não se pode descrever isso a ninguém aqui. Também não existe nenhuma maneira de se aprender o que significa essa condição. Não enquanto tu não ultrapassares o aprendizado e chegares ao que te é Dado, não enquanto não fizeres de novo um lar santo para as tuas criações; só depois disso, ela será compreendida.

7. Um co-criador com o Pai tem que ter um Filho. Entretanto, um Filho tem que ter sido criado como Ele próprio. Um ser perfeito, que tudo abrange e por tudo é abrangido, no qual não há nada a acrescentar e nada que possa ser retirado; um ser que não nasceu do que tem tamanho, nem em lugar algum, nem em tempo algum, nem preso a limites, nem a nenhuma espécie de incertezas. Aqui os meios e o fim se unem em um só e esse não tem fim. Tudo isso é verdadeiro, no entanto, não tem significado para qualquer pes­soa que ainda retenha em sua memória uma lição não aprendida, um pensamento de propósito ainda incerto ou um desejo com o objetivo dividido.

8. Esse curso não faz qualquer tentativa de ensinar o que não pode ser facilmente aprendido. O seu alcance não excede o teu próprio, a não ser para dizer que o que é teu virá a ti quando estiveres pronto. Aqui os meios e o propósito estão separados porque foram feitos assim e assim percebidos. E, portanto, nós lidamos com eles como se fossem. É essencial que se mantenha em mente que toda percepção ainda está de cabeça para baixo até que seu propósito seja compreendido. A percepção não parece ser um meio. E é isso que torna difícil apreender a quanto ela depende do propósito que tu vês nela. A percepção parece te ensinar o que vês. No entanto, não faz senão testemunhar o que ensinaste. É a figura exterior de um desejo, uma imagem que tu querias que fosse verdadeira.

9. Olha para ti mesmo e verás um corpo. Olha para esse corpo sob uma luz diferente e ele te parecerá diferente. E sem uma luz ele parecerá ter sumido. Entretanto, és reassegurado de que ele está presente porque ainda és capaz de senti-lo com as tuas mãos e ouvi-lo movimentar-se. Aqui está uma imagem que tu queres que seja o teu próprio ser. É o meio para fazer com que o teu desejo se realize. Ele dá os olhos com os quais olhá-lo, as mãos que o sentem e os ouvidos com os quais escutas os sons que ele faz. Ele mesmo prova a sua própria realidade a ti.

10. Assim, o corpo se torna uma teoria de ti mesmo, sem que te seja provida nenhuma evidência além dele e nenhuma escapató­ria dentro do seu modo de ver. O curso do corpo é certo quando visto através dos teus próprios olhos. Ele cresce e murcha, flores­ce e morre. E não podes conceber-te à parte dele. Tu o rotulas como pecador e odeias os seus atos, julgando-o mau. Entretanto, o teu especialismo sussurra: “Esse é o meu filho amado, no qual pus as minhas complacências.” Assim o “filho” vem a ser o meio para servir ao propósito de seu “pai”. Não é idêntico, nem mesmo parecido, mas ainda assim um meio de oferecer ao “pai” o que ele quer. Tal é o travesti da criação de Deus. Pois assim como a criação de Seu Filho deu alegria a Deus e testemunhou o Seu Amor e compartilhou o Seu propósito, do mesmo modo o corpo testemunha a idéia que o fez e fala pela sua realidade e pela sua verdade.

11. E assim são feitos dois filhos e ambos parecem caminhar sobre a terra sem um local de encontro, sem encontrar-se jamais. Um deles percebes fora de ti mesmo, o teu próprio filho amado. O outro descansa lá dentro, o Filho do Seu Pai, dentro do teu Irmão assim coma ele está em ti. A diferença entre eles não está na aparência que têm, nem no rumo que tomam e nem mesmo nas coisas que fazem. Eles têm propósitos diferentes. É isso o que faz com que se unam aos que são como eles e o que separa cada um de todos os aspectos com um propósito diferente. O Filho de Deus retém a Vontade de seu Pai. O filho do homem percebe uma vontade alheia e deseja que assim seja. E assim a sua percepção serve ao seu desejo, dando a esse desejo a aparên­cia da verdade. No entanto, a percepção pode servir a outra meta. Ela não está ligada ao especialismo senão pela tua esco­lha. E te é dado fazer uma outra escolha e usar a percepção para um propósito diferente. E o que vês servirá bem a esse propósi­to e te provará a sua realidade.

Um Curso Em Milagres




Lição 46 - Livro de Exercícios UCEM



Deus é o Amor no qual eu perdôo.

Deus não perdoa porque Ele nunca condenou. E tem que haver condenação antes que o perdão seja necessário. O perdão é a grande necessidade desse mundo, mas isso é assim porque esse é um mundo de ilusões. Aqueles que perdoam estão portanto liberando a si mesmos das ilusões, enquanto aqueles que negam o perdão estão se ligando a elas. Assim como só condenas a ti mesmo, também só perdoas a ti mesmo.

Contudo, embora Deus não perdoe, o Seu Amor é, não obstante, a base do perdão. O medo condena e o amor perdoa. Assim, o perdão desfaz o que o medo tem produzido, retornando a mente à consciência de Deus. Por essa razão, o perdão pode verdadeiramente ser chamado de salvação. É o meio pelo qual as ilusões desaparecem.

Os exercícios de hoje requerem, pelo menos, três períodos de prática de cinco minutos completos, e o maior numero possível de períodos mais curtos. Começa os períodos mais longos repetindo a idéia de hoje para ti mesmo como de costume. Fecha os olhos ao fazê-lo e passa um ou dois minutos examinando a tua mente à procura daqueles que não perdoaste. Não importa o “quanto” não os tenhas perdoado. Ou os perdoaste inteiramente ou não os perdoaste em absoluto.

Se estás fazendo bem os exercícios, não deves ter nenhuma dificuldade em achar um numero de pessoas que não tenhas perdoado. Uma regra segura é que qualquer pessoa de quem não gostes é um sujeito adequado. Menciona cada um pelo nome e dize:

Deus é o Amor no qual eu te perdôo, [nome].

O propósito da primeira fase dos períodos de prática de hoje é o de colocar-te em posição de perdoar a ti mesmo. Depois de teres aplicado a idéia a todos aqueles que tenham vindo à tua mente, dize a ti mesmo:

Deus é o Amor no qual eu perdôo a mim mesmo.

Em seguida, dedica o resto do período de prática acrescentando idéias correlatas tais como:

Deus é o Amor com o qual eu amo a mim mesmo.
Deus é o Amor no qual sou abençoado.

A forma de aplicação pode variar consideravelmente, mas a idéia central não deve ser perdida de vista. Poderias dizer, por exemplo:

Eu não posso ser culpado, pois sou um Filho de Deus.
Eu já fui perdoado.
Nenhum medo é possível em uma mente amada por Deus.
Não há necessidade de atacar porque o amor me perdoou.

Porém, o período de prática deve terminar com a repetição da idéia de hoje em sua forma original.

Os períodos de prática mais curtos podem consistir seja na repetição da idéia para o dia de hoje em sua forma original ou em forma correlata, como preferires. Certifica-te, porém, de fazer mais aplicações específicas se forem necessárias. Elas serão necessárias a qualquer momento durante o dia, quando vieres a estar ciente de qualquer tipo de reação negativa a qualquer um, esteja ele presente ou não. Nesse evento, dize-lhe silenciosamente:

Deus é o Amor no qual eu te perdôo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Lição 45 - Livro de Exercícios UCEM


Deus é a Mente com a qual eu penso.

A idéia de hoje contém a chave do que são os teus pensamentos reais. Eles não são nada do que pensas que pensas, do mesmo modo que nada do que pensas que vês está relacionado com a visão de forma alguma. Não há nenhuma relação entre o que é real e o que pensas ser real. Nada do que pensas ser os teus pensamentos reais em nenhum aspecto se assemelha aos teus pensamentos reais. Nada do que pensas que vês tem qualquer semelhança com o que a visão te mostrará.

Tu pensas com a Mente de Deus. Portanto, compartilhas os teus pensamentos com Ele, assim como Ele compartilha os Seus contigo. São os mesmos pensamentos, pois são pensados pela mesma Mente. compartilhar é fazer com que seja igual, ou fazer com que seja um. E os pensamentos que pensas com a Mente de Deus não deixam a tua mente, porque pensamentos não deixam a sua fonte. Portanto, os teus pensamentos estão na Mente de Deus, assim como tu estás. Eles também estão na tua mente, onde Ele está. Como és parte da Sua Mente, assim também os teus pensamentos são parte da Sua Mente.

Então, onde estão os teus pensamentos reais? Hoje, tentaremos alcançá-los. Teremos que olhar para a tua mente procurando-os, porque é lá que eles estão. Ainda têm que estar lá, porque não podem ter deixado a sua fonte. O que é pensado pela Mente de Deus é eterno, sendo parte da criação.

Hoje, os nossos três períodos de prática de cinco minutos terão a mesma forma geral que usamos na aplicação da idéia de ontem. Vamos tentar deixar o irreal e buscar o real. Vamos negar o mundo em favor da verdade. Não deixaremos que os pensamentos do mundo nos detenham. Não deixaremos que as crenças do mundo nos digam que aquilo que Deus quer que façamos é impossível. Ao invés disso, tentaremos reconhecer que só aquilo que Deus quer que façamos é possível.

Também tentaremos compreender que só aquilo que Deus quer que façamos é o que queremos fazer. E também tentaremos lembrar-nos de que não podemos falhar em fazer aquilo que Ele quer que façamos. Há todas as razoes para que nos sintamos confiantes de que hoje teremos sucesso. É a Vontade de Deus.

Começa os exercícios de hoje repetindo a idéia para ti mesmo, fechando os olhos ao faze-lo. Em seguida, passa um período de tempo relativamente curto pensando em alguns poucos pensamentos relevantes que te são próprios, mantendo a idéia em mente. Depois de ter acrescentado uns quatro ou cinco pensamentos que te são próprios à idéia, repete-a outra vez e dize gentilmente a ti mesmo:

Meus pensamentos reais estão na minha mente.
Eu gostaria de achá-los.

Em seguida, tenta ir além de todos os pensamentos irreais que encobrem a verdade na tua mente e alcançar o eterno.

Sob todos os pensamentos sem sentido e as idéias loucas com as quais entulhaste a tua mente, estão os pensamentos que no princípio pensaste com Deus. Eles estão lá na tua mente agora, completamente imutáveis. Eles sempre estarão na tua mente, exatamente como sempre estiveram. Tudo o que pensaste desde então mudará, mas o fundamento sobre o qual isso se baseia permanecerá totalmente imutável.

E a esse fundamento que os exercícios para o dia de hoje são dirigidos. Aqui, a tua mente está unida à Mente de Deus. Aqui, os teus pensamentos e os Seus são um só. Para esse tipo de prática apenas uma coisa é necessária: aproxima-te dele como te aproximarias de um altar dedicado a Deus Pai e a Deus Filho no Céu. Pois tal é o lugar que estás tentando alcançar. Tu provavelmente ainda não és capaz de reconhecer quão alto estás tentando ir. No entanto, mesmo com a pouca compreensão que já ganhaste, deverias ser capaz de lembrar a ti mesmo que isso não é nenhum jogo vão, mas um exercício em santidade e uma tentativa de alcançar o Reino dos Céus.

Nos períodos de prática mais curtos para o dia de hoje, tenta lembrar-te do quanto é importante para ti compreender a santidade da mente que pensa com Deus. Dedica um ou dois minutos, enquanto repetes a idéia ao longo do dia, para apreciares a santidade da tua mente. afasta-te, por menos tempo que seja, se todos os pensamentos que são indignos Daquele de Quem tu és o anfitrião. E agradece-Lhe pelos pensamentos que Ele está pensando contigo.


sábado, 19 de fevereiro de 2011

Lição 44 - Livro de Exercícios UCEM


Deus é a luz na qual eu vejo.

Hoje, continuamos a idéia para o dia de ontem, acrescentando a ela uma outra dimensão. Não podes ver na escuridão e não podes fazer a luz. Podes fazer a escuridão e então pensar que vês na escuridão, mas luz reflete vida e é, portanto, um aspecto da criação.

Para ver, tens que reconhecer que a luz está dentro de ti e não do lado de fora. Tu não vês fora de ti mesmo e o equipamento para ver não está fora de ti. Luz que faz com que o ver seja possível é uma parte essencial deste equipamento. Ela está sempre contigo. Fazendo com que a visão seja possível em todas as circunstâncias.

Hoje, vamos tentar alcançar essa luz. Com esse propósito, usaremos uma forma de exercício já sugerida anteriormente, que utilizaremos cada vez mais. É uma forma particularmente difícil para a mente indisciplinada, e representa uma das metas principais do treinamento mental. Ela requer precisamente aquilo que falta a uma mente sem treino. Mas, se tu hás de ver, esse treinamento tem que ser realizado.

Faze pelo menos três períodos de prática hoje, com três a cinco minutos de duração em cada um. Mais tempo é altamente recomendável, mas só se achares que o tempo está passando com pouco ou nenhuma sensação de tensão. A forma de prática que usaremos hoje é a mais natural e a mais fácil no mundo para a mente treinada, do mesmo modo como parece ser a mais antinatural e a mais difícil para a mente sem treino.

A tua mente não é mais totalmente sem treino. Estás pronto para aprender a forma de exercício que usaremos hoje, mas podes achar que vais encontrar forte resistencia. A razão é muito simples. Enquanto praticas deste modo, deixas para trás tudo aquilo em que acreditas agora, e todos os pensamentos que tens inventado, propriamente falando, essa é a liberação do inferno. No entanto, percebida através dos olhos do ego, é perda de identidade e uma descida ao inferno.

Se puderes deixar o teu ego de lado por pouco que seja, não terás nenhuma dificuldade em reconhecer que a sua oposição e os seus medos são sem significado. Podes achar útil lembrar a ti mesmo, de vez em quando, que alcançar a luz é escapar da escuridão, seja o que for que possas acreditar ao contrario. Deus é a luz na qual vês. Estás tentando alcançá-Lo.

Começa o período de prática repetindo a idéia de hoje com os olhos abertos, e fecha-os lentamente, repetindo a idéia várias vezes mais. Em seguida, tenta ir fundo na tua mente, soltando todos os tipos de interferência e intrusão, te aprofundando em quietude e passando por eles. A tua mente não pode ser detida nisso, a menos que escolhas detê-la. Ela está apenas seguindo o seu curso natural. Tenta observar os pensamentos que passam pela tua mente sem envolvimento e desliza por eles em quietude.

Embora não se recomende nenhuma abordagem em particular para essa forma de exercício, o que é necessário é um senso da importância do que estás fazendo, do seu valor inestimável para ti e uma consciencia de que estás tentando algo muito santo. A salvação é a tua realização mais feliz. É também a única que tem qualquer significado, porque é a única que tem absolutamente qualquer utilidade real para ti.

Se surgir resistencia, sob qualquer forma, faze uma pausa longa o suficiente para repetir a idéia de hoje, mantendo os olhos fechados, a menos que estejas ciente de medo. Nesse caso, é provável que aches mais tranqüilizador abrir brevemente os olhos. Contudo, tenta voltar aos exercícios com os olhos fechados assim que possível.

Se estás fazendo os exercícios corretamente, deves experimentar uma sensação de relaxamento e até mesmo um sentimento de estar te aproximando, senão, de fato, entrando na luz. Tenta pensar em luz, sem forma e sem limites, ao passares pelos pensamentos desse mundo. E não te esqueças que eles não podem prender-te ao mundo, a menos que lhes dês o poder de fazer isso.

Repete a idéia freqüentemente ao longo do dia com os olhos abertos ou fechados, como te parecer melhor no momento. Mas não esqueças. Acima de tudo, estejas determinado a não esquecer hoje.


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Lição 43 - Livro de Exercícios UCEM


Deus é a minha Fonte. Eu não posso ver à parte Dele.

A percepção não é um atributo de Deus. Seu é o reino do conhecimento. Mas Ele criou o Espírito Santo como Mediador entre a percepção e o conhecimento. Sem esse elo com Deus, a percepção teria substituído o conhecimento para sempre na tua mente. Com esse elo com Deus, a percepção virá a ser tão mudada e purificada que conduzirá ao conhecimento. Essa é a sua função na verdade.

Tu não podes ver em Deus. A percepção não tem nenhuma função em Deus e não existe. Mas na salvação, que é o desfazer daquilo que nunca foi, a percepção tem um propósito poderoso. Feita pelo Filho de Deus com um propósito não-santo, tem que vir a ser o meio para a restauração da sua santidade à sua consciencia. A percepção não tem significado. No entanto, o Espírito Santo lhe dá um significado muito próximo ao de Deus. A percepção curada vem a ser o meio pelo qual o Filho de Deus perdoa a seu irmão e assim perdoa a si mesmo.

Tu não podes ver à parte de Deus porque não podes ser à parte de Deus. O que quer que faças, estás fazendo Nele, porque o que quer que penses, pensas com a Sua Mente. se a visão é real, e ela é real na medida em que compartilha do propósito do Espírito Santo, então não podes ver à parte de Deus.

Três períodos de prática de cinco minutos são requeridos hoje, um o mais cedo possível, e o outro o mais tarde possível no teu dia. O terceiro pode ser empreendido no momento mais conveniente e oportuno que as circunstancias e o teu estado de prontidão permitirem. No inicio destes períodos de prática, repete a idéia para o dia de hoje para ti mesmo de olhos abertos. Em seguida, olha à tua volta, por um breve período de tempo, aplicando a idéia especificamente ao que vês. Quatro ou cinco sujeitos para essa fase do período de prática são suficientes. Poderias dizer, por exemplo:

Deus é a minha Fonte. Eu não posso ver essa escrivaninha à parte d’Ele.

Deus é a minha Fonte. Eu não posso ver aquele retrato à parte d’Ele.

Embora essa parte do período de exercícios deva ser relativamente curta, certifica-te de que estás selecionando indiscriminadamente os sujeitos para essa fase da prática, sem inclusões ou exclusões auto-dirigidas. Para a segunda fase, que é mais longa, fecha os olhos, repete a idéia de hoje mais uma vez, e então deixa que quaisquer pensamentos relevantes que te ocorrerem adicionem algo à idéia, à tua maneira pessoal. Pensamentos tais como:

Eu vejo através dos olhos do perdão.
Eu vejo o mundo abençoado.
O mundo pode me mostrar a mim mesmo.
Eu vejo os meus próprios pensamentos, que são como os de Deus.

Qualquer pensamento mais ou menos relacionado de forma direta com a idéia de hoje é adequado. Não é necessário que tenham uma relação óbvia com a idéia, ma não devem estar em oposição a ela.

Se achares que a tua mente está divagando, se começares a estar ciente de pensamentos que estão claramente em desacordo com a idéia de hoje, ou se pareceres incapaz de pensar em qualquer coisa, abre os olhos, repete a primeira fase do período de exercícios e, então, tenta a segunda fase novamente. Não deixes que nenhum período prolongado ocorra, no qual venhas a estar preocupado com pensamentos irrelevantes. Volta à primeira fase do exercício tantas vezes quantas forem necessárias para prevenir isso.

Ao aplicar a idéia de hoje nos períodos mais curtos de prática, a forma pode variar de acordo com as circunstancias e situações em que te aches durante o dia. Quando estiveres com outra pessoa, por exemplo, tenta lembrar-te de dizer-lhe silenciosamente:

Deus é a minha Fonte. Eu não posso ver à parte d’Ele.

Essa forma é aplicável tanto a estranhos quanto àqueles que pensas serem mais próximos de ti. De fato, tenta não fazer absolutamente nenhuma distinção desse tipo.

A idéia de hoje também deve ser aplicada, ao longo do dia, a várias situações e eventos que possam ocorrer, particularmente àqueles que pareçam afligir-te de algum modo. Para esse propósito, aplica a idéia nesta forma:

Deus é a minha Fonte. Eu não posso ver isso à parte d’Ele.

Se nenhum sujeito em particular se apresentar à tua consciencia no momento, meramente repete a idéia na sua forma original. Hoje, tenta não deixar passar nenhum período de tempo longo sem lembrar-te da idéia do dia, lembrando assim da tua função.