quinta-feira, 29 de abril de 2010

O estado de impecabilidade


1. O estado de impecabilidade é meramente isso: todo o desejo de atacar se foi e assim não há razão para perceber o Filho de Deus diferente do que ele é. A necessidade da culpa se foi por­que ela não tem propósito e não tem significado sem o objetivo do pecado. O ataque e o pecado estão ligados como uma única ilusão, cada um sendo a causa, o objetivo e a justificativa do outro. Cada um deles é sem significado por si só, mas parece tirar um significado do outro. Cada um depende do outro para qual­quer significado que pareça ter. E ninguém poderia acreditar em um a não ser que o outro fosse a verdade, pois cada um atesta que o outro não pode deixar de ser verdadeiro.

2. O ataque faz com que Cristo seja teu inimigo e Deus junto com Ele. Como podes deixar de ter medo com “inimigos” tais como estes? E como podes deixar de ter medo de ti mesmo? Pois feris­te a ti mesmo e fizeste do teu Ser teu “inimigo”. E agora tens que acreditar que tu não és tu, mas algo alheio a ti mesmo, “alguma outra coisa”, “alguma coisa” a ser temida em vez de amada. Quem iria atacar qualquer coisa que percebesse como totalmente inocente? E quem, porque deseja atacar, pode deixar de pensar que tem que ser culpado para manter o desejo, enquanto quer a inocência? Pois quem poderia ver o Filho de Deus como um ser inocente e desejar a sua morte? Cristo está diante de ti a cada vez que olhas para o teu irmão. Ele não foi embora porque os teus olhos estão fechados. Mas o que há para ver quando buscas o teu Salvador vendo-O através de olhos que não vêem?

3. Não é Cristo que vês olhando assim. E o “inimigo”, confundido com Cristo, que contemplas. E odeias, porque não existe nenhum pecado nele para que vejas. Nem ouves o seu chamado lamentoso, imutável em conteúdo, qualquer que seja a forma na qual esse chamado é feito, para que te reúnas com ele e te unas a ele em inocência e paz. E no entanto, por trás dos gritos sem sentido do ego, tal é o chamado que Deus deu a ele para que pudesses ouvir nele o Chamado de Deus a ti e responder devolvendo a Deus o que é de Deus.

4. O Filho de Deus te pede apenas isso: que tu lhe devolvas o que é devido a ele, para que possas compartilhá-lo com ele. Sozinho, nenhum dos dois o tem. Assim não pode deixar de permanecer sendo inútil para ambos. Juntos, isso dará igualmente a cada um força para salvar o outro e salvar a si mesmo junto com o outro. Perdoado por ti, o teu salvador te oferece a salvação. Condenado por ti, ele te oferece à morte. Em cada um apenas vês o reflexo do que escolhes que ele seja para ti. Se te decides contra a função que lhe é própria, a única que ele tem na verdade, estás privando-o de toda a alegria que ele teria achado se cumprisse o papel que Deus lhe deu. Mas não penses que o Céu fica perdido apenas para ele. Nem é possível recuperares o Céu a não ser que o caminho seja mostrado a ele através de ti, para que possas achá-lo caminhando ao seu lado.

5. Não é um sacrifício que ele seja salvo, pois através da sua liberdade ganhas a tua própria. Permitir que a sua função seja cumprida não é senão o meio de permitir que a tua também o seja. E assim caminhas rumo ao inferno ou rumo ao Céu, mas não sozinho. Como será bela a sua impecabilidade quando a perceberes! E como será grande a tua alegria, quando ele estiver livre para te oferecer a dádiva da visão que Deus lhe deu para ti! Ele não tem necessidade alguma senão essa: que permitas que ele tenha liberdade para completar a tarefa que Deus lhe deu. Lembrando-te apenas disso: que o que ele faz, tu fazes junto com ele. E do modo como o vês, assim defines a função que ele terá para ti até que o vejas de maneira diferente e deixes que ele seja o que Deus designou que fosse para ti.

6. Contra o ódio que o Filho de Deus pode acalentar contra si mesmo, acredita-se que Deus é impotente para salvar o que Ele criou da dor do inferno. Mas no amor que ele demonstra por si mesmo, Deus é libertado para deixar que a Sua Vontade seja feita. No teu irmão, tu vês a imagem do que acreditas que tem que ser a Vontade de Deus para ti. No teu perdão, compreenderás o Seu Amor por ti; através do teu ataque, acreditarás que Ele te odeia, pensando que o Céu tem que ser o inferno. Olha mais uma vez para o teu irmão, não sem a compreensão de que ele é o caminho para o Céu ou para o inferno, conforme tu o percebes. Mas não te esqueças disso: o papel que dás a ele é dado a ti e caminharás pelo caminho que apontaste a ele, porque esse é o teu julgamento a respeito de ti mesmo.

Um Curso Em Milagres

O especialismo como um substituto para o amor


1. Amor é extensão. Deixar de dar a menor das dádivas é não conhecer o propósito do amor. O amor oferece tudo para sem­pre. Retém apenas uma crença, um oferecimento e o amor se vai, porque pediste a um substituto que tomasse o seu lugar. E agora a guerra, o substituto para a paz, não pode deixar de vir com a única alternativa que podes escolher para o amor. A tua escolha dá a essa alternativa toda a realidade que ela parece ter.

2. As crenças jamais atacarão umas às outras abertamente porque resultados conflitantes são impossíveis. Mas uma crença não re­conhecida é uma decisão de guerrear em segredo, onde os resultados do conflito permanecem desconhecidos e nunca são trazidos à razão para serem avaliados quanto ao sentido que fazem ou não. E muitos resultados sem sentido têm sido alcançados e decisões sem significado tomadas e mantidas ocultas, para virem a ser crenças às quais agora se dá o poder de dirigir todas as decisões subseqüentes. Não te enganes quanto ao poder desses guerreiros ocultos para perturbar a tua paz. Pois ela fica à sua mercê enquanto decides deixá-la lá. Os inimigos secretos da paz, a tua menor decisão de escolher o ataque em vez do amor, irreconheci­dos e ágeis para te desafiar ao combate e a uma violência muito mais inclusiva do que tu imaginas, lá estão por escolha tua. Não negues a sua presença nem os seus terríveis resultados. Tudo o que pode ser negado é a sua realidade, mas não o seu resultado.

3. Em todos os momentos, a única crença que é mantida zelosa­mente oculta e que é defendida embora não seja reconhecida, é fé no especialismo. Isso toma muitas formas, mas sempre se choca com a realidade da criação de Deus e com a grandeza que Ele deu a Seu Filho. Que outra coisa poderia justificar o ataque? Pois quem poderia odiar alguém cujo Ser é o seu próprio e a Quem conhece? Só os especiais poderiam ter inimigos, pois eles são diferentes e não o mesmo. E qualquer tipo de diferença impõe ordens de realidade e uma necessidade de julgar à qual não se pode escapar.

4. O que Deus criou não pode ser atacado, pois nada há no uni­verso que não seja como ele próprio. Mas o que é diferente exige julgamentos, que têm que vir de alguém ‘melhor’, de alguém incapaz de ser como aquilo que condena, alguém que esteja ‘aci­ma’ disso, impecável em comparação a isso. E assim o especia­lismo vem a ser um meio e um fim simultaneamente. Pois o especialismo não apenas aparta como serve de justificativa a par­tir da qual o ataque àqueles que parecem situar-se ‘abaixo’ da pessoa especial é ‘natural’ e ‘justo’. Os especiais sentem-se fra­cos e frágeis devido a diferenças, pois aquilo que quer fazer com que sejam especiais é inimigo para com eles. No entanto, eles protegem sua inimizade e o chamam de ‘amigo’. Em função dele, lutam contra o universo, pois não há nada no mundo que valorizem mais. .

5. O especialismo é o grande ditador de decisões erradas. Aqui está a grande ilusão a respeito do que tu és e do que é o teu irmão. E aqui está o que não pode deixar de fazer com que o corpo seja querido e digno de ser preservado. O especialismo tem que ser defendido. As ilusões podem atacá-lo e, de fato, o fazem. Pois o que o teu irmão não pode deixar de ser para man­ter o teu especialismo é uma ilusão. Ele, que é ‘pior’ do que tu, tem que ser atacado de maneira que o teu especialismo possa viver às custas da sua derrota. Pois o especialismo é triunfo e a tua vitória é a derrota e a vergonha do teu irmão. Como pode ele viver com todos os teus pecados sobre ele? E quem, senão tu, não pode deixar de conquistá-lo?

6. Seria possível odiar o teu irmão se tu fosses como ele? Pode­rias atacá-lo se reconhecesses que a tua jornada é com ele e rumo a uma meta que é a mesma? Tu não o ajudarias a alcançá-la de todas as formas que pudesses, se a sua realização fosse percebida como a tua? És seu inimigo no especialismo; amigo, em um pro­pósito compartilhado. O especialismo nunca pode compartilhar, pois depende de metas que só podes alcançar sozinho. E é neces­sário que ele jamais as alcance ou a tua própria meta é posta em risco. É possível que o amor tenha significado onde a meta é o triunfo? E que decisão pode ser tomada em favor disso que não vá ferir-te?

7. O teu irmão é teu amigo porque o Pai o criou como tu. Não há diferença. Tu foste dado ao teu irmão de maneira que o amor pudesse ser estendido, e não tirado do teu irmão. O que deixas de dar está perdido para ti. Deus Se deu a ti e ao teu irmão e lembrar disso é agora o único propósito que compartilhais. E assim é o único que tendes. Poderias atacar o teu irmão se tives­ses escolhido não ver especialismo algum entre tu e ele? Olha com equanimidade o que quer que seja que faz com que dês ape­nas boas-vindas parciais ao teu irmão, ou quer fazer com que penses que estás em melhor situação estando separado. Não é sempre a tua crença segundo a qual o teu especialismo fica limi­tado pelo teu relacionamento? E não é esse o ‘inimigo’ que faz de ti e do teu irmão ilusões um para o outro?

8. O medo de Deus e do teu irmão vem de cada crença não reco­nhecida no especialismo. Pois tu exiges que o teu irmão se curve a ele contra a sua vontade. E o próprio Deus tem que honrar o especialismo ou sofrer a tua vingança. Cada pontada de malícia, cada punhalada de ódio ou desejo de separar surge aqui. Pois aqui, o propósito que tu e teu irmão compartilhais vem a ser obscuro para ambos. Queres te opor a esse curso porque ele te ensina que tu e teu irmão sois iguais. Vós não tendes nenhum propósito que não seja o mesmo e nenhum que o vosso Pai não compartilhe convosco. Pois o vosso relacionamento foi limpo de metas especiais. E queres agora derrotar a meta da santidade que o Céu deu a ele? Que perspectiva pode ter o que é especial que não mude com cada golpe aparente, cada julgamento leve ou imaginário que se faz sobre ele?

9. Aqueles que são especiais têm que defender ilusões contra a verdade. Pois o que é o especialismo senão um ataque à Vontade de Deus? Tu não amas o teu irmão enquanto for isso o que queres defender contra ele. Isso é o que ele ataca e tu proteges. Aqui está a razão da batalha que promoves contra ele. Aqui, ele tem que ser teu inimigo e não teu amigo. Nunca pode haver paz entre o que é diferente. Ele é teu amigo porque vós sois o mesmo.

Um Curso Em Milagres

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O tempo do renascimento


1. Está em teu poder, no tempo, atrasar a união perfeita do Pai e do Filho. Pois nesse mundo a atração da culpa, de fato, se interpõe entre eles. Nem o tempo nem a estação do ano significam coisa alguma na eternidade. Mas aqui é função do Espírito Santo usar ambos, embora não da maneira como o ego os usa. Essa é a estação em que celebrarias o meu nascimento no mundo. No entanto, não sabes como fazê-lo. Deixa que o Espírito Santo te ensine e permite que eu celebre o teu nascimento através Dele. A única dádiva que eu posso aceitar de ti é a dádiva que eu te dei. Libera-me como eu escolho a tua própria liberação. O tempo de Cristo nós celebramos juntos, pois ele não tem significado se estivermos separados.

2. O instante santo é verdadeiramente o tempo de Cristo. Nesse instante de liberação, nenhuma culpa é colocada sobre o Filho de Deus e seu poder ilimitado lhe é assim restaurado. Que outra dádiva podes me oferecer, quando eu escolho apenas isso para te oferecer? E ver a mim é ver-me em todas as pessoas e oferecer a todos a dádiva que ofereceste a mim. Sou tão incapaz de receber qualquer sacrifício quanto Deus e todo sacrifício que pedes a ti mesmo, pedes a mim. Aprende agora que qualquer espécie de sacrifício não é senão uma limitação imposta ao dar. E através dessa limitação, limitaste a aceitação da dádiva que eu te ofereço.

3. Nós, que somos um, não podemos dar separadamente. Quando estiveres disposto a aceitar o nosso relacionamento como real, a culpa não exercerá nenhuma atração sobre ti. Pois em nossa união, aceitarás todos os nossos irmãos. A dádiva da união é a única dádiva que eu nasci para dar. Dá a mim essa dádiva de forma que tu a possas ter. O tempo de Cristo é o tempo indicado para a dádiva da liberdade, oferecida a todas as pessoas. E através da tua aceitação, tu a estás oferecendo a todos.

4. Está em teu poder tornar santa essa estação, pois está em teu poder fazer com que o tempo de Cristo seja agora. É possível fazer isso tudo imediatamente, pois não existe senão um deslocamento de percepção que é necessário, já que cometeste apenas um equívoco. Parecem muitos, mas todos são o mesmo. Pois embora o ego tome muitas formas, é sempre a mesma idéia. O que não é amor, é sempre medo e nada mais.

5. Não é necessário seguir o medo por todas as rotas tortuosas pelas quais ele se enterra sob o solo e se esconde na escuridão, para emergir em formas bastante diferentes do que é. No entanto, é necessário examinar cada uma delas enquanto queres reter o princípio que governa a todas. Quando estás disposto a considerá-las não separadamente, mas como manifestações diferentes da mesma idéia, idéia essa que não queres, elas desaparecem juntas. A idéia é simplesmente essa: acreditas que é possível ser anfitrião do ego ou refém de Deus. Essa é a escolha que pensas ter e a decisão que acreditas ter que tomar. Não vês outras alternativas, pois não podes aceitar o fato de que o sacrifício não compra nada. O sacrifício é tão essencial ao teu sistema de pensamento, que a salvação à parte do sacrifício não significa nada para ti. A tua confusão entre sacrifício e amor é tão profunda que não consegues conceber amor sem sacrifício. E é para isso que tens que olhar: o sacrifício é ataque e não amor. Se aceitasses apenas essa única idéia, o teu medo do amor desapareceria. A culpa não pode durar quando a idéia do sacrifício tiver sido removida. Pois se existe sacrifício, alguém tem que pagar e alguém tem que ganhar. E a única questão que permanece é a de saber qual é o preço e para ganhar o quê.

6. Como anfitrião do ego, acreditas que podes descartar a tua culpa sempre que o quiseres e dessa forma adquirir a paz. E o pagamento não parece ser feito por ti. Embora seja óbvio que o ego exige um pagamento, nunca parece exigi-lo de ti. Não estás disposto a reconhecer que o ego, que convidaste, só é traiçoeiro para com aqueles que pensam ser seus anfitriões. O ego jamais permitirá que percebas isso, já que esse reconhecimento o deixaria sem lar. Pois quando o reconhecimento despontar com clareza, não serás iludido por nenhuma forma que o ego tome para se proteger da tua vista. Cada forma será reconhecida como apenas uma capa para a idéia única que está escondida atrás de todas elas: que o amor exige sacrifício e é, portanto, inseparável do ataque e do medo. E que a culpa é o preço do amor, que tem que ser pago pelo medo.

7. Como Deus veio a ser amedrontador para ti assim e que imenso sacrifício acreditas que o Amor de Deus exige! Pois o amor total exigiria sacrifício total. E assim o ego parece exigir menos de ti do que Deus e dos dois, o ego é julgado como o menor de dois males, um a ser um pouco temido, talvez, mas o outro a ser destruído. Pois vês o amor como destrutivo e a tua única questão é: quem deve ser destruído, tu ou um outro? Buscas responder essa questão nos teus relacionamentos especiais, nos quais pareces ser ambos, destruidor e em parte destruído, mas nunca os dois completamente. E pensas que isso te salva de Deus, Cujo Amor total te destruiria completamente.

8. Pensas que todas as pessoas fora de ti exigem o teu sacrifício, mas não vês que só tu exiges sacrifício e só de ti mesmo. No entanto, a exigência de sacrifício é tão selvagem e tão amedrontadora que não podes aceitá-la onde ela está. O preço real da não aceitação disso tem sido tão grande que preferiste desistir de Deus ao invés de olhar para isso. Pois, se Deus exigiria de ti o sacrifício total, parece mais seguro projetá-Lo para fora e para longe de ti e não ser anfitrião para com Ele. Atribuíste a Ele a traição do ego, convidando o ego para tomar o Seu lugar para proteger-te Dele. E não reconheces que é aquilo que convidaste a entrar que quer destruir-te e que, de fato, exige de ti o sacrifício total. Nenhum sacrifício parcial aplacará esse hóspede selvagem, pois ele é um invasor que apenas aparenta oferecer benignidade, mas sempre para fazer com que o sacrifício seja completo.

9. Não terás sucesso sendo hóspede parcial do ego, pois ele não faz barganhas e nada te deixará. E também não podes ser seu anfitrião apenas em parte. Tens que escolher entre a liberdade total e o cativeiro total, pois não existem alternativas além dessas. Tentaste fazer muitas transigências na tentativa de evitar reconhecer a única decisão que tens que tomar. E no entanto, é o reconhecimento da decisão, exatamente como ela é, que faz com que a decisão seja tão fácil. A salvação é simples sendo de Deus e, portanto, muito fácil de compreender. Não tentes projetá-la a partir de ti mesmo e vê-la fora de ti. Em ti estão ambas, a pergunta e a resposta, a exigência do sacrifício e a paz de Deus.

Um Curso Em Milagres

terça-feira, 27 de abril de 2010

Mensagem de Mãe Maria 10-2010


Queridos irmãos e irmãs,
Com as bênçãos da Mãe Divina.
Amor e Luz,
Jane Ribeiro

Mensagem de Mãe Maria

Amados Filhos,

Que as bênçãos do amor tragam paz aos vossos corpos, mentes e corações.

Tolerância, bem amados, a vida exige de vós o exercício da tolerância.

É tempo de não mais reagirdes aos estímulos que despertam em vós sentimentos discordantes, palavras contundentes, pensamentos que dão margem a manifestação da intolerância.

Reagir não é o comportamento esperado daqueles que ascenderam a um nível de consciência onde a compreensão da lei da causa efeito é cristalina.

Lições são aprendidas e limites são transmutados quando a reação intolerante é substituída pela compreensão amorosa de que o outro ali está para ajudar-vos a crescer.

Em vosso mundo tudo tem um preço e exige trabalho, empenho, dedicação, lembrai-vos.

Vossas conquistas são o resultado do vosso trabalho só dele; sem trabalho não há crescimento e sem crescimento a vida não tem significado.

É no ato de crescer, em verdade e em espírito, que vossos horizontes se alargam dando lugar ao entendimento de quem verdadeiramente sois.

Sim, amados, sois Filhos de Deus, já sabeis, porém ainda não compreendeis o profundo significado dessa assertiva.

Há um longo caminho a ser percorrido entre o ato de saber e o de compreender.

O saber vem do mundo da ilusão, dos conceitos que nele foram desenvolvidos, nas verdades nele criadas.

A compreensão vem da fonte Infinita e Suprema da Luz e nunca dá margem a falsas interpretações.

A compreensão emerge em vossos corações não em vosso intelecto.

A compreensão permite a vós transpor aparentes obstáculos, que só são perceptíveis pela estreiteza de vossos egos.

Não existem obstáculos para os Filhos da Luz; a Luz somente doa amor a seus filhos sem nunca condicionar esse amor a qualquer ação ou omissão.

É tempo de perceberdes essa verdade:- Não existem obstáculos para os Filhos da Luz.

Dificuldades e incertezas só existem no mundo da ilusão, onde cada um procura se resguardar da ação do outro, eis que sempre olha para o outro como seu inimigo.

Como podem ser inimigos seres oriundos de uma mesma Fonte e com um mesmo objetivo?

Acordai, amados! Sois todos iguais em essência, sois todos merecedores da plenitude, sois seres divinos e o divino não comporta qualquer limitação.

Deixai, pois de alimentar a falsa crença de que sois uns diferentes dos outros.

Sois iguais e essa igualdade precisa emergir rapidamente, para que mais uma etapa de vosso aprendizado seja concluída nesse tempo de transformação.

Essa conquista se torna cada vez mais urgente, como urgente é substituir a intolerância que reina entre todos vós pela tolerância que busca compreender para mudar.

É na mudança de vossos conceitos que se encontra o traçado do reto caminho que precisais percorrer para ser feliz.

Cada conceito errôneo, cada preconceito que alimenta o limite e a separação, que cedem lugar para a compreensão permitem mais e mais clareza sobre o que está por vir para vós, e para toda a humanidade.

Esse é um tempo de colheita, tempo mágico que dissolve as névoas que envolveram vossas jornadas, tornando todas as vossas vivências transparentes, cristalinas, prontas para devolverem a cada um de vós a compreensão do que ainda precisa ser aprendido e transformado, para que a dualidade seja apenas a lembrança de um passado que não precisa mais retornar.

Sim, vosso passado retorna em novos cenários, e através de novos personagens, sempre que a lição necessária para vossa evolução não foi aprendida e transformada.

É tempo de sairdes em busca de novas conquistas; elas vos esperam ao longo do caminho; conquistá-las exige, contudo, a clareza e a certeza de que as lições do passado foram finalmente concluídas abrindo espaço para o novo, em um novo patamar de compreensão.

Bem amados, a vida aí está para ser vivida a cada instante sagrado; não desperdiceis, pois o precioso tempo da misericórdia que vos foi ofertado pelo Criador para que pudesses compreender que só o amor vos leva a plenitude do Pai.

Bem amados, que vossas orações possam ser direcionadas para todos os povos e nações, para que cada um se reconheça como um aspecto do mesmo Pai, faces que se completam para gerar a Unidade que consolida a Paz.

Que a paz permeie vossos corações e vossas vidas, hoje e por toda a eternidade.

Bem amados, Eu vos deixo agora derramando sobre todos vós as minhas bênçãos e envolvendo a todos no meu manto de proteção, porque Eu Sou Maria, Vossa Mãe.

SP-Mensagem de Mãe Maria-10-2010 recebida por Jane M. Ribeiro

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A decisão a favor da inculpabilidade


1. O aprendiz feliz não pode sentir-se culpado em relação ao aprendizado. Isso é tão essencial ao aprendizado que não deveria ser esquecido nunca. O aprendiz sem culpa aprende com facilidade porque seus pensamentos são livres. No entanto, isso implica o reconhecimento de que a culpa é interferência, não salvação e não serve a absolutamente ne-nhuma função útil.

2. Talvez estejas acostumado a usar a inculpabilidade apenas como paliativo para a dor da culpa e não a consideras como algo de valor em si mesmo. Acreditas que tanto a culpa quanto a inculpabilidade têm valor, cada uma delas representando uma fuga daquilo que a outra não te oferece. Não queres nenhuma das duas sozinha, pois sem ambas não vês a ti mesmo como alguém íntegro e, portanto, feliz. Entretanto, tu só és íntegro na tua inculpabilidade e só na tua inculpabilidade podes ser feliz. Não há conflito aqui. Desejar a culpa em qualquer forma, de qualquer modo, fará com que a apreciação do valor da tua inculpabilidade seja perdida e a afastará da tua vista.

3. Não há nenhuma transigência que possas fazer com a culpa e ainda assim escapar da dor que só a inculpabilidade alivia. Aprender é viver aqui, assim como criar é estar no Céu. Sempre que a dor da culpa parecer atrair-te, lembra-te que se cederes a ela, estás te decidindo contra a tua felicidade e não aprenderás como ser feliz. Dize, portanto, a ti mesmo, gentilmente, mas com a convição que nasce do Amor de Deus e de Seu Filho:

O que eu experimento eu manifestarei.
Se não tenho culpa, nada tenho a temer.
Escolho testemunhar minha aceitação da Expiação, não sua rejeição.
Aceitarei minha inculpabilidade tornando-a manifesta e compartilhando-a.
Que eu traga ao Filho de Deus a paz de seu Pai.

4. A cada dia, a cada hora, a cada minuto, e até mesmo a cada segundo estás te decidindo entre a crucificação e a ressurreição, entre o ego e o Espírito Santo. O ego é a escolha a favor da culpa, o Espírito Santo, a escolha pela inculpabilidade. Tudo o que é teu é o poder de decisão. Aquilo entre o que decides é fixo, porque não existem alternativas exceto verdade e ilusão. E não há nada que coincida entre elas, pois são opostos que não podem ser conciliados e não podem ser ambos verdadeiros. Tu és culpado ou sem culpa, preso ou livre, feliz ou infeliz.

5. O milagre te ensina que escolheste a inculpabilidade, a liberdade e a alegria. Não é uma causa, mas um efeito. É o resultado natural da escolha certa, atestando a tua felicidade que vem da escolha de estar livre da culpa. Todos aqueles a quem ofereces a cura a devolvem. Todos aqueles a quem atacas, guardam e valorizam esse ataque mantendo-o contra ti. Se fazem isso ou não, não fará nenhuma diferença, tu vais pensar que fazem. É impossível oferecer o que não queres sem essa penalidade. O custo de dar é receber. Ou uma penalidade que te fará sofrer, ou a aquisição feliz de um tesouro a ser valorizado.

6. Nenhuma penalidade é jamais imposta ao Filho de Deus, exceto por ele mesmo e a partir dele mesmo. Toda chance de curar que lhe é dada é uma nova oportunidade de substituir as trevas pela luz e o medo pelo amor. Se ele recusa isso, se prende às trevas, porque não escolheu libertar o seu irmão e com ele entrar na luz. Ao dar poder ao nada, joga fora a feliz oportunidade de aprender que o nada não tem poder. E por não ter dissipado as trevas, passou a ter medo das trevas e da luz. A alegria de aprender que as trevas não têm poder sobre o Filho de Deus é a lição feliz que o Espírito Santo ensina e quer que ensines com Ele. Ensinar isso é a Sua alegria assim como será a tua.

7. A forma de ensinar essa simples lição é simplesmente a seguinte: inculpabilidade é invulnerabilidade. Portanto, faze com que a tua invulnerabilidade se manifeste para todas as pessoas. Ensina ao outro que não importa o que ele tente te fazer, o fato de estares perfeitamente livre da crença na qual é possível seres prejudicado, mostra-lhe que ele é sem culpa. Ele nada pode fazer que possa ferir-te, e por recusar-te a permitir que ele pense que pode, tu lhe ensinas que a Expiação que aceitaste para ti mesmo também é sua. Nada há a perdoar. Ninguém pode ferir o Filho de Deus. A sua culpa é totalmente sem causa e, não tendo causa, não pode existir.

8. Deus é a única Causa e a culpa não é de Deus. Não ensines a ninguém que ele te feriu, pois se o fizeres, estás ensinando a ti mesmo que o que não vem de Deus tem poder sobre ti. O que não tem causa não pode ser. Não o testemunhes e não fomentes a crença nisso em mente alguma. Lembra-te sempre que a mente é uma só e a causa é uma só. Só aprenderás a comunicação com essa unicidade quando tiveres aprendido a negar o que não tem causa e aceitar a Causa de Deus como tua. O poder que Deus deu ao Filho é dele, e nenhuma outra coisa pode o Filho de Deus ver ou escolher contemplar sem impor a si mesmo a penalidade da culpa no lugar de todos os ensinamentos felizes que o Espírito Santo quer lhe oferecer com contentamento.

9. Sempre que escolhes tomar decisões por conta própria estás pensando de maneira destrutiva e a decisão estará errada. Ela irá ferir-te devido ao conceito de decisão que levou a ela. Não é verdade que tu possas tomar decisões por ti mesmo ou para ti mesmo sozinho. Nenhum pensamento do Filho de Deus pode ser separado ou isolado em seus efeitos. Toda decisão é tomada por toda a Filiação, dirigida para dentro e para fora e influencia uma constelação mais ampla do que qualquer coisa que jamais possas ter sonhado.

10. Aqueles que aceitam a Expiação são invulneráveis. Mas aqueles que acreditam que são culpados vão responder à culpa, por que pensam que ela é a salvação e não se recusarão a vê-la e alinhar-se ao lado dela. Eles acreditam que, aumentando a culpa, estão se auto-protegendo. E falharão em compreender o simples fato de que aquilo que não querem não pode deixar de feri-los. Tudo isso surge porque não acreditam que o que querem é bom. No entanto, a vontade lhes foi dada porque é santa e trará a eles tudo aquilo de que necessitam, vindo tão naturalmente quanto a paz que não conhece limites. Não há nada que a sua vontade falhe em prover, que lhes ofereça qualquer coisa de valor. Apesar disso, porque não compreendem a própria vontade, o Espírito Santo em quietude a compreende por eles e lhes dá o que querem sem esforço, tensão ou a carga impossível de decidir sozinhos o que querem e precisam.

11. Nunca acontecerá que tenhas que tomar decisões sozinho. Não estás desprovido de ajuda, tens a Ajuda que conhece a resposta. Irias te contentar com pouco, que é tudo que sozinho podes oferecer a ti mesmo, quando Ele, Que te dá tudo, simplesmente te oferece tudo? Ele nunca perguntará o que é que fizeste para seres digno da dádiva de Deus. Portanto, não perguntes isso a ti mesmo. Ao contrário, aceita a resposta do Espírito Santo, porque Ele tem o conhecimento de que és digno de todas as coisas que são a Vontade de Deus para ti. Não tentes escapar da dádiva de Deus, a qual Ele tão livre e alegremente te oferece. Ele não te oferece senão o que Deus deu a Ele para ti. Não tens necessidade de decidir se és digno ou não dessa dádiva. Deus sabe que és.

12. Irias tu negar a verdade da decisão de Deus e colocar a tua apreciação lamentável de ti mesmo no lugar da Sua avaliação calma e inabalável em relação ao Seu Filho? Nada pode abalar a perfeita convição de Deus da pureza de tudo o que Ele criou, pois é totalmente puro. Não te decidas contra ela, pois sendo Dele, não pode deixar de ser verdadeira. A paz habita em toda a mente que aceita em quietude o plano que Deus traçou para a sua Expiação e abandona o seu próprio. Não conheces a salvação, pois não a compreendes. Não tomes decisões a respeito do que ela é ou de onde está, mas pergunta tudo ao Espírito Santo e deixa todas as decisões ao Seu gentil conselho.

13. Aquele Que conhece o plano de Deus, o plano que Deus quer que sigas, pode te ensinar qual é. Só a Sua sabedoria é capaz de guiar-te para que o sigas. Toda decisão que tomas sozinho só vai significar que queres definir o que é a salvação e do que queres ser salvo. O Espírito Santo sabe que toda salvação é escapar da culpa. Tu não tens nenhum outro "inimigo" e contra essa estranha distorção da pureza do Filho de Deus, o Espírito Santo é o teu único Amigo. Ele é o forte protetor da inocência que te liberta. E é Sua decisão desfazer todas as coisas que iriam obscurecer a tua inocência na tua mente desanuviada.

14. Permite que Ele seja, portanto, o único Guia que queres seguir para a salvação. Ele conhece o caminho e te conduz com contentamento por ele. Com o Espírito Santo não falharás em aprender que o que Deus quer para ti é a tua vontade. Sem a Sua orientação, acharás que sabes sozinho e decidirás contra a tua paz tão certamente quanto decidiste que a salvação está apenas em ti. A salvação é Dele, a Quem Deus a deu para ti. Ele não a esqueceu. Não O esqueças e Ele tomará todas as decisões por ti, pela tua salvação e pela paz de Deus em ti.

15. Não busques avaliar o valor do Filho de Deus, a quem Ele criou santo, pois fazê-lo é avaliar o teu Pai e julgar contra Ele. E te sentirás culpado por esse crime imaginário, que ninguém nesse mundo ou no Céu poderia cometer. O Espírito Santo ensina apenas que o "pecado" da auto-substituição no trono de Deus não é uma fonte de culpa. O que não pode acontecer não pode ter efeitos a serem temidos. Fica quieto na tua fé Naquele Que te ama e quer te conduzir para fora da insanidade. A loucura pode ser a tua escolha, mas não a tua realidade. Nunca esqueças do Amor de Deus, Que Se lembrou de ti. Pois é, de fato, impossível que Ele pudesse jamais permitir que Seu Filho caísse da Mente amorosa dentro da qual foi criado e onde sua morada foi fixada em perfeita paz para sempre.

16. Apenas dize ao Espírito Santo: "Decide por mim" e assim será feito. Pois as Suas decisões são reflexos do que Deus conhece sobre ti e nesta luz qualquer tipo de erro vem a ser impossível. Por que irias esforçar-te tão freneticamente para antecipar tudo o que não podes conhecer, quando todo o conhecimento está por trás de cada decisão que o Espírito Santo toma por ti? Aprende sobre a Sua sabedoria e o Seu Amor e ensina a Sua resposta a todos aqueles que se debatem no escuro. Pois decides por eles e por ti mesmo.

17. Como é amável decidir todas as coisas através Daquele Cujo amor igual é dado a todos igualmente! Ele não deixa ninguém fora de ti. E assim Ele te dá o que é teu, porque o teu Pai quer que tu o compartilhes com Ele. Em todas as coisas, sê conduzido por Ele e não reconsideres. Confia em que Ele responderá rapidamente, seguramente e com Amor por todos aqueles que forem de qualquer forma tocados pela decisão. E todos o serão. 'Tomarias para ti a responsabilidade total de decidir o que pode trazer só o bem a todas as pessoas? Terias conhecimento disso?

18. Tu ensinaste a ti mesmo o hábito mais desnaturado de não te comunicares com o teu Criador. No entanto, permaneces em estreita comunicação com Ele e com tudo o que está dentro Dele, assim como está dentro de ti. Desaprende o isolamento através da Sua orientação amorosa e aprende sobre toda a comunicação feliz que puseste fora, mas não poderias perder.

19. Sempre que estiveres em dúvida quanto ao que deverias fazer, pensa na Sua Presença em ti e dize a ti mesmo isso e apenas isso:

Ele me guia e conhece o caminho, que eu não conheço.
Entretanto, Ele nunca afastará de mim aquilo que quer que eu aprenda.
E por isso eu confio Nele para comunicar-me tudo o que Ele conhece por mim.

Então, deixa que Ele te ensine em quietude como perceber a tua inculpabilidade que já está presente.

Um Curso Em Milagres

domingo, 25 de abril de 2010

O sonho feliz


1. Prepara-te agora para o desfazer do que nunca existiu. Se já compreendesses a diferença entre verdade e ilusão, a Expiação não teria nenhum significado. O instante santo, o relacionamento santo, o ensinamento do Espírito Santo e todos os meios pelos quais se realiza a salvação não teriam nenhum propósito. Pois todos não são senão aspectos do plano de mudar os teus sonhos de medo para sonhos felizes, dos quais facilmente despertas para o conhecimento. Não te encarregues disso, pois não podes distinguir entre progresso e retrocesso. Alguns dos teus maiores progressos julgaste como fracassos e alguns dos piores retrocessos avaliaste como sucesso.

2. Nunca te aproximes do instante santo depois que tiveres tentado remover todo o medo e todo o ódio da tua mente. Essa é a sua função. Nunca tentes não ver a tua culpa antes de pedir ajuda ao Espírito Santo. Essa é a função Dele. A tua parte consiste apenas em oferecer a Ele um pouco de boa vontade para deixar que Ele remova todo medo e todo ódio, e para seres perdoado. Com a tua pequena fé, unida à Sua compreensão, Ele construirá a tua parte na Expiação e garantirá que tu a cumpriras facilmente. E com Ele construirás uma escada, plantada na sólida rocha da fé que se ergue ate o Céu. E tampouco a usarás para ascender ao Céu sozinho.

3. Através do teu relacionamento santo, renascido e abençoado a cada instante santo que não programaste, milhares subirão ao Céu contigo. Tu és capaz de planejar isso? Ou poderias te preparar para tal função? No entanto, isso é possível porque é Vontade de Deus. E nem irá Ele mudar a própria Mente a respeito disso. O meio e o propósito, ambos pertencem a Ele. Um tu aceitaste, o outro te será provido. Um propósito tal como esse, sem um meio, é inconcebível. Ele proverá o meio a qualquer um que compartilhe o Seu propósito.

4. Os sonhos felizes vêm a ser verdadeiros, não porque sejam sonhos, mas porque são felizes. E assim têm que ser amorosos. A sua mensagem é: “Faça-se a Tua Vontade”, e não: “Eu quero de outra forma.” O alinhamento do meio e do propósito é um empreendimento impossível na tua compreensão. Nem sequer te dás conta de que aceitaste o propósito do Espírito Santo como teu e só poderias trazer meios não-santos para a sua realização. A pequena fé que foi necessária para mudar o propósito é tudo o que te é pedido para que possas receber o meio e usa-lo.

5. Não é um sonho amar o teu irmão como a ti mesmo. E nem é um sonho o teu relacionamento santo. Tudo o que permanece de sonhos dentro dele é que ainda é um relacionamento especial. No entanto, é muito útil para o Espírito Santo, Que tem uma função especial aqui. Ele se tomará o sonho feliz através do qual o Espírito Santo poderá espalhar a alegria a milhares e milhares de pessoas que acreditam que o amor é medo e não felicidade. Permite que Ele cumpra a função que deu ao teu relacionamento aceitando-a para ti e nada ficará faltando para fazer dele o que Ele quer que seja.

6. Quando sentes a santidade do teu relacionamento ameaçada por qualquer coisa, pára imediatamente e oferece ao Espírito Santo a tua disponibilidade, apesar do medo, para permitir que Ele troque esse instante pelo instante santo que preferes ter. Ele jamais falhará nisso. Mas não te esqueças de que o teu relacionamento é uno e, portanto, necessariamente aquilo que ameaça a paz de um, seja lá o que for, ameaça a paz do outro igualmente. O poder de unir-te à benção do teu relacionamento está no fato de que agora é impossível para ti ou para o teu irmão sentir medo sozinho ou tentar lidar com o medo sozinho. Nunca acredites que isso é necessário ou mesmo possível. Entretanto, assim como isso é impossível, também é igualmente impossível que o instante santo venha a qualquer um de vós sem vir ao outro. E ele virá a ambos, a pedido de qualquer um dos dois.

7. Aquele que for o mais são no momento em que a ameaça é percebida, deve lembrar-se de quanto é profundo o seu débito para com o outro e de quanta gratidão lhe é devida e deve alegrar-se por poder pagar a sua dívida trazendo felicidade a ambos. Que ele se lembre disso e diga:

Eu desejo esse instante santo para mim, para que eu possa com partilhá-lo com o meu irmão, a quem eu amo.
Não me é possível tê-lo sem ele e nem ele sem mim.
No entanto, é totalmente possível para nós compartilhá-lo agora.
E assim eu escolho esse instante como aquele que ofereço ao Espírito Santo, para que a Sua benção possa descer sobre nós e manter-nos em paz.

Um Curso Em Milagres

sábado, 24 de abril de 2010

Trazendo as fantasias à verdade


1. A traição do Filho de Deus se passa apenas em ilusões e todos os seus “pecados” não são senão a sua própria imaginação. A sua realidade é para sempre sem pecado. Ele não precisa ser perdoado, mas desperto. Nos seus sonhos, ele traiu a si mesmo, a seus irmãos e a seu Deus. No entanto, o que é feito em sonhos não é realmente feito. É impossível convencer o sonhador de que isso é assim, pois sonhos são o que são devido à ilusão de realidade que lhes é própria. Só no despertar está a liberação total em relação a eles, pois só então vem a ser perfeitamente evidente que não tiveram em absoluto qualquer efeito sobre a realidade e não a mudaram. Fantasias mudam a realidade. Esse é o seu propósito. Elas não podem fazer isso na realidade, mas podem fazê-lo na mente que quer que a realidade seja diferente.

2. Assim sendo, só o teu desejo de mudar a realidade é amedrontador, pois através do teu desejo pensas que realizaste o que desejas. Essa estranha posição, em certo sentido, reconhece o teu poder. Entretanto, por distorcê-lo e por dedicá-lo ao “mal”, também faz com que seja irreal. Não podes servir a dois senhores que te pedem coisas conflitantes. O que usas na fantasia, negas à verdade. Por outro lado, o que dás à verdade para que ela o use para ti, está a salvo da fantasia.

3. Quando afirmas que tem que haver uma ordem de dificuldades em milagres, tudo o que queres dizer é que há certas coisas que queres manter longe da verdade. Acreditas que a verdade não pode lidar com elas apenas porque queres mantê-las à parte da verdade. Muito simplesmente, a tua falta de fé no poder que cura toda a dor surge do teu desejo de reter alguns aspectos da realidade para as fantasias. Se apenas reconhecesses o que isso faz com a tua apreciação do todo! O que reservas para ti mesmo, tiras Daquele Que quer liberar-te. A não ser que o devolvas, é inevitável que a tua perspectiva da realidade seja deformada e incorreta.

4. Enquanto quiseres que isso seja assim, a ilusão de uma ordem de dificuldades em milagres permanecerá contigo. Pois estabeleceste essa ordem na realidade, dando um pouco dessa realidade a um professor e um pouco a outro. E assim aprendes a lidar com uma parte da verdade de uma maneira e com a outra parte de outra. Fragmentar a verdade é destruí-la, tornando-a sem significado. Ordens de realidade constituem uma perspectiva sem compreensão, um quadro de referências para a realidade ao qual ela não pode ser realmente comparada de forma alguma.

5. Pensas que podes trazer verdade a fantasias e aprender o que a verdade significa a partir da perspectiva das ilusões? A verdade não tem significado na ilusão. O quadro de referência para o seu significado tem que ser ela mesma. Quando tentas trazer a verdade às ilusões, estás tentando fazer com que as ilusões sejam reais e estás tentando mantê-las, justificando a tua crença nelas. Mas dar ilusões à verdade é permitir à verdade ensinar que as ilusões são irreais e assim permitir que escapes delas. Não reserves nenhuma idéia separada da verdade ou estabeleces ordens de realidade que necessariamente te aprisionam. Não há ordem na realidade, porque tudo nela é verdadeiro.

6. Que estejas voluntariamente disposto, então, a dar tudo o que retiveste fora da verdade Àquele Que conhece a verdade e em Quem tudo é trazido à verdade. A salvação da separação tem que ser completa, ou não será de forma alguma. Não te preocupes com nada, exceto com a tua disponibilidade para ter isso realizado. Ele o realizará, não tu. Mas não te esqueças disso: quando te perturbas e perdes a paz da tua mente porque um outro está tentando resolver os seus problemas através da fantasia, estás recusando-te a perdoar a ti mesmo por essa mesma tentativa. E estás mantendo a ambos afastados da verdade e da salvação. À medida em que o perdoas, devolves à verdade o que estava sendo negado por ambos. E verás o perdão onde o tiveres dado.

Um Curso Em Milagres

O poder da santidade


1. Ainda podes pensar que é impossível compreender a santidade, porque não podes ver como ela pode ser estendida para incluir todas as pessoas. E te foi dito que ela tem que incluir todas as pessoas para ser santa. Não te preocupes com a extensão da santidade, pois não compreendes a natureza dos milagres. Nem és tu quem os faz. É a sua extensão, muito além dos limites que percebes, que demonstra que tu não os fazes. Por que deverias te preocupar com a forma pela qual o milagre se estende a toda a Filiação, quando não compreendes o milagre em si mesmo? Um atributo não é mais difícil de compreender do que o todo. Se os milagres existem de qualquer forma, os seus atributos têm que ser milagrosos, sendo parte deles.

 
2. Há uma tendência a fragmentar e depois a se preocupar com a verdade de apenas uma pequena parte do todo. E isso não passa de uma forma de evitares o todo ou de olhares para onde ele não está, para te concentrares naquilo que tu pensas que serias mais capaz de compreender. Pois essa não é senão mais uma forma através da qual ainda queres tentar manter a compreensão como algo que é só teu. Uma forma melhor e muito mais útil para pensar nos milagres é a seguinte: tu não os compreendes, nem em parte, nem no todo. No entanto, eles foram realizados através de ti. Portanto, a tua compreensão não pode ser necessária. Mesmo assim ainda é impossível realizar o que não podes compreender. E, portanto, tem que haver Algo em ti que, de fato, compreende.

 
3. Para ti o milagre não pode parecer natural, porque o que fizeste para ferir a tua mente faz com que ela seja tão anti-natural que não se lembra mais do que é natural para ela. E quando te é dito o que é natural, não és capaz de compreender. O reconhecimento da parte como todo e do todo em cada parte é perfeitamente natural, pois é assim que Deus pensa e o que é natural para Ele é natural para ti. A percepção totalmente natural iria te mostrar instantaneamente que a ordem de dificuldades em milagres é impossível, pois ela envolve uma contradição a respeito do que os milagres significam. E se pudesses compreender o seu significado, dificilmente os seus atributos poderiam causar-te perplexidade.

 
4. Tu fizeste milagres, mas é bastante evidente que não os fizeste sozinho. Tiveste sucesso todas as vezes em que alcançaste outra mente e te uniste a ela. Quando duas mentes se unem em uma só e compartilham igualmente uma idéia, foi estabelecido o primeiro elo na consciência da Filiação como um só. Quando tiveres feito essa união, como o Espírito Santo te pede que faças, e quando a tiveres oferecido a Ele para que Ele a use como achar adequado, a Sua percepção natural da tua dádiva permite que Ele a compreenda e que tu uses a Sua compreensão a teu favor. É impossível convencer-te da realidade do que claramente foi realizado através da tua disponibilidade enquanto acreditares que tens que compreender o que aconteceu ou não terá sido real.

 
5. Como é possível que a fé na realidade seja tua enquanto estás determinado a fazer com que ela seja irreal? E estarás, de fato, mais seguro mantendo a realidade das ilusões do que aceitando alegremente a verdade pelo que ela é e dando graças por ela? Honra a verdade que te foi dada e fica contente porque não a compreendes. Os milagres são naturais para Aquele Que fala por Deus. A Sua tarefa é traduzir o milagre no conhecimento que representa, o qual está escondido para ti. Permite que a Sua compreensão do milagre seja suficiente para ti e não voltes as costas para todas as testemunhas que Ele te deu da Sua realidade.

 
6. Nenhuma evidência vai te convencer da verdade do que não queres. No entanto, o teu relacionamento com Ele é real. Não consideres isso com medo, mas com alegria. Aquele que chamaste está contigo. Dá-Lhe as boas-vindas e honra as testemunhas que te trazem as boas-novas de que Ele veio. É verdade, exatamente como temes, que reconhecê-Lo é negar tudo aquilo que pensas que conheces. Mas o que pensas que conheces nunca foi verdadeiro. Que benefício há para ti em prender-te a isso e negar a evidência da verdade? Pois chegaste por demais perto da verdade para renunciar a ela agora e vais te render à sua atração irresistível. Podes adiar isso agora, mas só por pouco tempo. O Anfitrião de Deus te chamou e tu ouviste. Nunca mais estarás totalmente disposto a não escutar.

 
7. Esse é um ano de alegria no qual a tua capacidade de escutar aumentará e a paz crescerá com isso. O poder da santidade e a fraqueza do ataque estão ambos sendo trazidos à tua consciência. E isso foi realizado em uma mente firmemente convencida de que a santidade é fraqueza e o ataque é poder. Não deveria isso ser um milagre suficiente para te ensinar que o teu Professor não vem de ti? Mas lembra-te também de que sempre que ouviste a Sua interpretação, os resultados te trouxeram alegria. Irias preferir os resultados da tua interpretação, considerando com honestidade o que têm sido? A Vontade de Deus para ti é algo melhor. Não poderias olhar com maior caridade a quem Deus ama com perfeito amor?

 
8. Não interpretes contra o Amor de Deus, pois tens muitas testemunhas que falam dele com tanta clareza que só os cegos e os surdos poderiam deixar de vê-las e ouvi-las. Esse ano determina-te a não negar o que te foi dado por Deus. Desperta e compartilha o que te foi dado, pois essa é a única razão pela qual Ele te chamou. A Sua Voz tem falado claramente e, no entanto, tens tão pouca fé no que ouviste porque preferiste depositar mais fé no desastre que fizeste. Hoje, vamos nos resolver juntos a aceitar as boas-novas de que o desastre não é real e de que a realidade não é desastre. A realidade é certa e segura e totalmente benigna para com todas as pessoas e para com todas as coisas. Não existe amor maior do que aceitar isso e ficar contente. Pois o amor só pede que sejas feliz e te dará tudo o que faz a felicidade.

 
9. Nunca entregaste ao Espírito Santo nenhum problema que Ele não tenha resolvido para ti e nem jamais o farás. Nunca tentaste resolver sozinho coisa alguma que tivesse sucesso. Não é tempo de juntares estes fatos e extraíres deles algum sentido? Esse é o ano para a aplicação das idéias que te foram dadas. Pois as idéias são forças poderosas para serem usadas e não para serem mantidas em vão. Elas já te provaram suficientemente o seu poder para que deposites nelas a tua fé e não em negá-las. Esse ano, investe na verdade e deixa que ela trabalhe em paz. Tem fé Naquele Que tem fé em ti. Pensa no que realmente viste e ouviste e o reconheças. É possível estares sozinho com testemunhas como estas?

Um Curso Em Milagres


quinta-feira, 22 de abril de 2010

A paz do Céu


1. Segundo o conselho do ego, o esquecimento, o sono e até mesmo a morte vêm a ser a melhor forma de se lidar com o que se percebe como a intrusão áspera da culpa na paz. Entretanto, ninguém se vê em conflito, devastado por uma guerra cruel, a não ser que acredite que ambos os oponentes na guerra são reais. Acreditando russo, ele tem que escapar, pois uma tal guerra com toda certeza acabaria com a paz da sua mente e o destruiria. Contudo, se ele pudesse apenas reconhecer que tal guerra se dá entre poderes reais e irreais, poderia olhar para si mesmo e ver a própria liberdade. Ninguém se acha devastado e dilacerado em batalhas sem fim, se ele próprio as percebe como totalmente sem significado.

2. Deus não quer que o Seu Filho viva em batalhas e assim, o "inimigo" imaginado do Seu Filho é totalmente irreal. Estás apenas tentando escapar de uma guerra amarga, da qual já escapaste. A guerra acabou. Pois ouviste o hino da liberdade erguendo-se ao Céu. O contentamento e a alegria pertencem a Deus pela tua liberação, porque não a fizeste. Entretanto, assim como não fizeste a liberdade, também não fizeste uma guerra que pudesse colocar em perigo a liberdade. Nada destrutivo jamais foi ou será. A guerra, a culpa, o passado, foram-se como um só para a irrealidade de onde vieram.

3. Quando estivermos todos unidos no Céu, não valorizarás nada do que valorizas aqui. Pois nada do que valorizas aqui, valorizas totalmente e assim não o valorizas em absoluto. O valor está onde Deus o colocou e o valor do que Deus aprecia não pode ser julgado, pois foi estabelecido. O seu valor é total. Pode meramente ser apreciado ou não. Valorizá-lo parcialmente é não conhecer o seu valor. No Céu está tudo o que Deus valoriza e nada mais. O Céu é perfeitamente sem ambigüidade. Tudo é claro e brilhante e invoca uma única resposta. Não há nenhuma escuridão e não há nenhum contraste. Não há nenhuma variação. Não há nenhuma interrupção. Há um senso de paz tão profundo que nenhum sonho nesse mundo jamais trouxe nem sequer um leve indício do que seja isso.

4. Nada nesse mundo pode dar essa paz porque nada nesse mundo é totalmente compartilhado. A percepção perfeita simplesmente pode mostrar-te o que pode ser totalmente compartilhado. Pode também mostrar-te os resultados do compartilhar, enquanto ainda te lembras dos resultados de não-compartilhar. O Espírito Santo aponta serenamente o contraste, tendo o conhecimento de que vais afinal permitir que Ele julgue a diferença para ti, deixando que Ele demonstre o que não pode deixar de ser verdadeiro. Ele tem fé perfeita no teu julgamento final, porque Ele tem o conhecimento de que o fará para ti. Duvidar disso seria duvidar de que a Sua missão vai ser cumprida. Como isso é possível, se a Sua missão é de Deus?

5. Tu, cuja mente está escurecida pela dúvida e pela culpa, lembra-te disso: Deus te deu o Espírito Santo e deu a Ele a missão de remover toda dúvida e todo traço de culpa que o Seu Filho querido lançou sobre si mesmo. É impossível que essa missão falhe. Nada pode impedir a realização daquilo que Deus quer realizar. Quaisquer que sejam as tuas reações à Voz do Espírito Santo, a que estranhas vozes escolhes ouvir, que estranhos pensamentos possam te ocorrer, a Vontade de Deus é feita. Tu acharás a paz na qual Ele te estabeleceu porque Ele não muda a Sua Mente. Ele é tão invariável quanto a paz em que tu habitas e da qual o Espírito Santo te lembra.

6. Não vais te lembrar de mudança e deslocamentos no Céu. Só aqui tens necessidade de contrastes. Contrastes e diferenças são recursos de ensino necessários, pois através deles aprendes o que evitar e o que buscar. Quando tiveres aprendido isso, acharás a resposta que faz com que a necessidade de diferenças desapareça. A verdade vem por vontade própria ao que pertence a ela. Quando tiveres aprendido que pertences à verdade, ela fluirá suavemente sobre ti, sem qualquer tipo de diferenças. Pois não necessitarás de nenhum contraste para ajudar-te a reconhecer que isso, e só isso, é o que queres. Não tenhas medo de que o Espírito Santo vá falhar no que o Pai Lhe deu para fazer. A Vontade de Deus não pode falhar em nada.

7. Tem fé apenas nesta única coisa e será o suficiente: a Vontade de Deus é que estejas no Céu e nada pode manter-te longe do Céu ou o Céu longe de ti. As tuas mais estranhas percepções equivocadas, as tuas imaginações esquisitas, os teus mais negros pesadelos, nada significam. Eles não prevalecerão contra a paz que é a Vontade de Deus para ti. O Espírito Santo restaurará a tua sanidade porque a insanidade não é a Vontade de Deus. Se isso é suficiente para Ele, basta para ti. Não vais manter o que Deus quer que seja removido, porque isso quebra a comunicação contigo, com quem Ele quer Se comunicar. A Sua Voz será ouvida.

8. O elo de comunicação que o próprio Deus colocou dentro de ti, unindo a tua mente à Sua, não pode ser quebrado. Tu podes acreditar que queres fazê-lo e essa crença, de fato, interfere com a profunda paz na qual a doce e constante comunicação que Deus quer compartilhar contigo é conhecida. Entretanto, os Seus canais para a extensão não podem estar totalmente fechados e separados Dele. A paz será tua porque a Sua paz ainda flui para ti a partir Dele, Cuja Vontade é paz. Tu a tens agora. O Espírito Santo vai ensinar-te como usá-la e, estendendo-a, aprenderás que ela está em ti. A Vontade de Deus para ti é o Céu e nunca será nenhuma outra coisa. O Espírito Santo conhece apenas a Sua Vontade. Não há chance de que o Céu não venha a ser teu, pois Deus é certo e a Sua Vontade é tão certa quanto Ele.

9. Tu aprenderás a salvação porque aprenderás como salvar. Não será possível eximir-te daquilo que o Espírito Santo quer te ensinar. A salvação é tão certa quanto Deus. A Sua certeza basta. Aprende que mesmo o mais negro pesadelo que perturba a mente do Filho de Deus adormecido não tem qualquer poder sobre ele. Ele aprenderá a lição do despertar. Deus vela por ele e a luz o rodeia.

10. É possível que o Filho de Deus se perca em sonhos quando Deus colocou dentro dele o feliz chamado para despertar e ser feliz? Ele não pode separar a si mesmo do que está nele. O seu sono não resistirá ao chamado para o despertar. A missão da redenção será cumprida com tanta certeza quanto a criação permanecerá intocada através de toda a eternidade. Tu não precisas ter o conhecimento de que o Céu é teu para que ele o seja. É assim. No entanto, para conheceres isso a Vontade de Deus tem que ser aceita como a tua vontade.

11. O Espírito Santo desfará para ti tudo o que tiveres aprendido que ensine que o que não é verdadeiro tem que ser reconciliado com a verdade. Essa é a reconciliação que o ego quer substituir pela tua reconciliação com a sanidade e a paz. O Espírito Santo tem em Sua Mente um tipo muito diferente de reconciliação para ti, que Ele vai realizar com tanta certeza quanto o ego não vai realizar o que tenta. O fracasso é do ego, não de Deus. Tu não podes fugir de Deus e não existe possibilidade de que o plano que o Espírito Santo oferece a todas as pessoas, para a salvação de todos, não seja perfeitamente realizado. Serás liberado e não vais te lembrar de coisa alguma que tenhas feito que não tenha sido criada para ti e por ti em retribuição. Pois como é possível te lembrares do que nunca foi verdadeiro ou não te lembrares do que sempre foi? É nesta reconciliação com a verdade, e só com a verdade, que se encontra a paz do Céu.

Um Curso Em Milagres

terça-feira, 20 de abril de 2010

A ilusão e a realidade do amor


1. Não tenhas medo de olhar para o relacionamento especial de ódio, pois a liberdade está em olhar para ele. Seria impossível não conhecer o significado do amor exceto por isso. Pois o relacionamento especial de amor, no qual está escondido o sentido do amor, é empreendido somente para fazer com que o ódio não seja visto, mas não para deixar que ele se vá. A tua salvação despontará com clareza diante dos teus olhos abertos à medida que olhares para isso. Não podes limitar o ódio. O relacionamento especial de amor não vai fazer com que ele não seja visível, vai apenas empurrá-lo para o subsolo e escondê-lo de vista. É essencial trazê-lo para ser visto e não fazer nenhuma tentativa de escondê-lo. Pois é a tentativa de equilibrar o ódio com o amor que faz com que o amor seja sem significado para ti. Não reconheces a extensão da ruptura que existe nisso. E até que o faças, ela permanecerá sem reconhecimento e, portanto, sem cura.

2. Os símbolos do ódio contra os símbolos do amor encenam um conflito que não existe. Pois símbolos representam uma outra coisa e o símbolo do amor não tem significado se o amor é tudo. Passarás por esse último desfazer sem nenhum dano e emergirás daí, finalmente, como tu mesmo. Esse é o último passo para se estar pronto para Deus. Não desistas da tua vontade agora; estás perto demais e vais cruzar a ponte em perfeita segurança, traduzido em quietude da guerra para a paz. Pois a ilusão do amor nunca irá satisfazer-te, mas a sua realidade, que te espera do outro lado, te dará tudo.

3. O relacionamento especial de amor é uma tentativa de limitar os efeitos destrutivos do ódio, achando um abrigo na tempestade da culpa. Não faz nenhuma tentativa de erguer-se acima da tempestade, à luz do sol. Ao contrário, enfatiza a culpa fora do abrigo tentando construir barricadas contra ela e manter-se do lado de dentro. O relacionamento especial de amor não é percebido como um valor em si mesmo, mas como um lugar de segurança, do qual o ódio é cortado e mantido à parte. O parceiro especial no amor é aceitável só enquanto ele serve a esse propósito. O ódio pode entrar e é até mesmo bem-vindo em certos aspectos do relacionamento, mas ele ainda é mantido pela ilusão do amor. Se a ilusão se vai, o relacionamento é rompido ou vem a ser insatisfatório com base na desilusão.

4. O amor não é uma ilusão. É um fato. Onde a desilusão é possível, não houve amor, mas ódio. Pois o ódio é uma ilusão e o que pode mudar nunca foi amor. É certo que aqueles que selecionam determinadas pessoas como parceiros para qualquer aspecto da vida e as usam para qualquer propósito que não compartilhariam com os outros, estão tentando viver com culpa ao invés de morrer de culpa. Essa é a escolha que vêem. E o amor, para eles, é apenas uma maneira de escapar da morte. Eles o buscam desesperadamente, porém não na paz na qual, com contentamento, o amor viria a eles em quietude. E quando descobrem que o medo da morte ainda paira sobre eles, o relacionamento de amor perde a ilusão de que é o que não é. Quando as barricadas contra ele são quebradas, o medo invade e o ódio triunfa.

5. Não existem triunfos de amor. Só o ódio tem qualquer ligação com o “triunfo do amor”. A ilusão do amor pode triunfar sobre a ilusão do ódio, mas sempre ao preço de fazer de ambos ilusões. Enquanto durar a ilusão do ódio, nessa mesma medida o amor será uma ilusão para ti. E então, a única escolha que permanece possível é determinar qual a ilusão que preferes. Não há conflito na escolha entre verdade e ilusão. Vendo isso nesses termos, ninguém hesitaria. O conflito entra no instante em que a escolha parece se fazer entre ilusões, porém essa escolha não tem importância. Onde uma escolha é tão perigosa quanto a outra, a decisão tem que ser uma decisão de desespero.

6. A tua tarefa não é buscar o amor, mas simplesmente buscar e achar todas as barreiras que construíste dentro de ti contra ele. Não é necessário buscar o que é verdadeiro, mas é necessário buscar o que é falso. Toda ilusão é uma ilusão de medo, não importa a forma que tome. E a tentativa de escapar de uma ilusão para outra tem que falhar. Se buscas o amor fora de ti mesmo, podes estar certo de que percebes o ódio dentro de ti e tens medo desse ódio. No entanto, a paz nunca virá da ilusão do amor, mas só da sua realidade.

7. Reconhece isso posto que é verdadeiro, e a verdade tem que ser reconhecida se é que queremos distingui-la da ilusão: o relacionamento especial de amor é uma tentativa de trazer o amor para a separação. E como tal não é nada mais do que uma tentativa de trazer o amor para o medo e fazer com que ele seja real no medo. Violando fundamentalmente a única condição do amor, o relacionamento especial de amor quer realizar o impossível. Como, a não ser em ilusões, isso poderia ser feito? É essencial que olhemos bem de perto exatamente o que é que pensas que podes fazer para resolver esse dilema que te parece muito real, mas que não existe. Vieste até aqui e estás próximo da verdade e só isso se interpõe entre ti e a ponte que te conduz a ela.

8. O Céu espera silenciosamente e as tuas criações estendem as mãos para ajudar-te a atravessar e dar boas-vindas a elas. Pois é a elas que buscas. Não buscas senão a tua própria completeza e são elas que te tornam completo. O relacionamento especial de amor não é senão um pobre substituto para aquilo que te faz íntegro na verdade, não em ilusões. O teu relacionamento com elas é sem culpa e isso te permite olhar todos os teus irmãos com gratidão, porque as tuas criações foram criadas em união com eles. A aceitação das tuas criações é a aceitação da unicidade da criação, sem a qual jamais poderias ser completo. Nenhum especialismo é capaz de te oferecer o que Deus te deu e o que tu és unido a Ele no dar.

9. Do outro lado da ponte está a tua completeza, pois estarás totalmente em Deus, sem vontade de ter nada em especial, mas apenas ser totalmente como Ele, completando-O pela tua completeza. Não tenhas medo de atravessar para a morada da paz e da santidade perfeita. Somente lá está a completeza de Deus e de Seu Filho estabelecida para sempre. Não busques isso no desolado mundo da ilusão, onde nada é certo e onde tudo falha em satisfazer. Em Nome de Deus, estejas totalmente disposto a abandonar todas as ilusões. Em qualquer relacionamento no qual estejas totalmente disposto a aceitar a completeza, e só isso, lá Deus é completado e Seu Filho com Ele.

10. A ponte que conduz à união em ti mesmo tem necessariamente que conduzir ao conhecimento, pois foi construída com Deus ao teu lado e te conduzirá diretamente a Ele, onde está a tua completeza totalmente compatível com a Dele. Toda ilusão que aceitas em tua mente, julgando-a atingível, remove o teu próprio senso de completeza e assim nega a Integridade do teu Pai. Qualquer fantasia, seja ela de amor ou de ódio, priva-te do conhecimento, pois as fantasias são o véu por trás do qual se oculta a verdade. Para levantar o véu, que parece tão escuro e pesado, só é preciso valorizar a verdade além de qualquer fantasia e estar inteiramente disposto a não te satisfazeres com a ilusão no lugar da verdade.

11. Não queres ir através do medo para o amor? Pois tal parece ser a jornada. O amor chama, mas o ódio quer que fiques. Não escutes o chamado do ódio e não vejas fantasias, pois a tua completeza está na verdade e em nenhum outro lugar. Vê no chamado do ódio e em qualquer fantasia que surja para atrasar-te apenas o pedido de ajuda que se eleva sem cessar de ti ao teu Criador. Não iria Ele te responder, já que a tua completeza é a Sua? Ele te ama totalmente sem ilusões, como tu tens que amar. Pois o amor é totalmente sem ilusões e, portanto, totalmente sem medo. Aquele de quem Deus se lembra não pode deixar de ser íntegro. E Deus nunca esqueceu o que O faz íntegro. Na tua completeza está a memória da Sua Integridade e da Sua gratidão para contigo pela Sua completeza. No Seu elo contigo estão ambas, a Sua incapacidade de esquecer e a tua capacidade de lembrar. Nele estão unidos a tua disponibilidade para amar e todo o Amor de Deus, Que não te esqueceu.

12. O teu Pai não é mais capaz de esquecer a verdade em ti do que tu és capaz de falhar em lembrá-la. O Espírito Santo é a ponte até Ele, feita da tua disponibilidade para unir-te a Ele e criada pela Sua alegria em união contigo. A jornada que parecia sem fim está quase completa, pois o que é sem fim está muito próximo. Quase o reconheceste. Afasta-te comigo firmemente de todas as ilusões agora e não deixes que nada obstrua o caminho da verdade. Nós vamos empreender a última jornada inútil longe da verdade juntos e então, juntos, iremos diretamente a Deus em alegre resposta ao Seu chamado para a Sua completeza.

13. Se relacionamentos especiais de qualquer tipo querem impedir a completeza de Deus, podem ter qualquer valor para ti? O que interferiria com Deus, tem que interferir também contigo. Só no tempo parece ser possível a interferência na completeza de Deus. A ponte, através da qual Ele quer carregar-te, te elevaria do tempo para a eternidade. Desperta do tempo e responde sem medo ao chamado Daquele que te deu a eternidade na tua criação. Desse lado da ponte que leva à intemporalidade, tu nada compreendes. Mas conforme fores pisando levemente sobre ela, seguro pela intemporalidade, és dirigido diretamente ao Coração de Deus. No seu centro e somente lá, estás a salvo para sempre porque estás completo para sempre. Não há nenhum véu que o Amor de Deus em nós juntos não possa levantar. O caminho para a verdade está aberto. Segue-o comigo.

Um Curso Em Milagres