segunda-feira, 31 de maio de 2010

As testemunhas do pecado


1. A dor demonstra que o corpo tem que ser real. É uma voz alta, que obscurece as coisas, cujos gritos silenciam o que o Espírito Santo diz e mantém as Suas palavras fora da tua consciência. A dor exige atenção, afastando-a Dele e focalizando-a em si própria. O seu propósito é o mesmo que o do prazer, pois ambos são meios de fazer com que o corpo seja real. O que compartilha um propósito comum é o mesmo. Essa é a lei do propósito que une todos aqueles que a compartilham em si mesma. O prazer e a dor são igualmente irreais porque o seu propósito não pode ser conseguido. Assim são meios para o nada, pois têm uma meta sem um significado. E compartilham a falta de significado do propósito que têm.

2. O pecado se desloca da dor para o prazer e de novo para a dor. Pois cada um testemunha a mesma coisa e carrega sempre uma única mensagem: “Tu estás aqui dentro desse corpo e podes ser ferido. Podes ter prazer também, mas somente ao custo da dor.” A essas testemunhas se juntam muitas outras. Cada uma parece ser diferente porque tem um nome diferente e assim parece responder a um som diferente. Exceto nisso, as testemunhas do pecado são todas iguais. Chama o prazer de dor e ele doerá. Chama a dor de prazer e a dor por trás do prazer já não será mais sentida. As testemunhas do pecado simplesmente mudam de nome para nome, à medida em que uma dá um passo à frente e a outra um passo atrás. Entretanto, não faz nenhuma diferença qual delas está na frente. As testemunhas do pecado ouvem apenas o chamado da morte.

3. Esse corpo, sem propósito em si mesmo, guarda todas as tuas memórias e, todas as tuas esperanças. Usas os “seus olhos para ver, os seus ouvidos para ouvir e deixas que ele te diga o que é que ele sente. Ele não sabe. Ele apenas te diz os nomes que tu lhe deste para usar, quando invocas as testemunhas da sua realidade. Não podes escolher quais são reais entre elas, pois qualquer uma que escolhas é como as outras. Escolhes esse ou aquele nome, mas nada mais. Não fazes com que uma testemunha seja verdadeira pelo fato de chamá-la pelo nome da verdade. A verdade é achada nessa testemunha se ela der testemunho da verdade. E de outro modo ela mente, mesmo que tu a chames pelo Santo Nome do próprio Deus.

4. A Testemunha de Deus não vê testemunhos contra o corpo. Ela também não dá ouvidos às testemunhas com outros nomes, que falam da realidade do corpo de maneiras diferentes. Ela sabe que ele não é real. Pois nada poderia conter aquilo que acreditas que está guardado dentro dele. Nem poderia ele dizer a uma parte do próprio Deus o que deveria sentir e qual é a sua função. No entanto, Ela tem que amar qualquer coisa que tu valorizes. E para cada testemunha da morte do corpo, Ela envia uma testemunha da tua vida Nela, Que não conhece a morte. Cada milagre que Ela traz é um testemunho de que o corpo não é real. Suas dores e seus prazeres Ela cura da mesma forma, pois as Suas testemunhas substituem todas as testemunhas do pecado.

5. O milagre não faz distinções entre os nomes pelos quais são chamadas as testemunhas do pecado. Ele apenas prova que aquilo que elas representam não tem efeitos. E isso ele prova porque seus próprios efeitos vieram tomar o lugar daqueles. Não importa o nome pelo qual chamas o teu sofrimento. Ele já não está mais presente. Aquele Que traz o milagre percebe-os todos como um só e chama-os pelo nome do medo. Como o medo dá testemunho da morte, assim o milagre dá testemunho da vida. É um testemunho que ninguém pode negar, pois consiste dos efeitos de vida que traz. Os moribundos vivem, os mortos ressuscitam e a dor sumiu. Entretanto, um milagre não fala só por si, mas pelo que representa.

6. O amor também tem símbolos em um mundo feito de pecado. O milagre perdoa porque representa o que está depois do perdão e é verdadeiro. Como é tolo e insano pensar que um milagre está preso a leis que ele veio só para desfazer! As leis do pecado têm diferentes testemunhas com forças diferentes. E elas atestam sofrimentos diferentes. Entretanto, para Aquele Que envia os milagres para abençoar o mundo, uma diminuta punhalada de dor, um pequeno prazer mundano ou as angústias da própria morte têm um único som: um chamado para a cura e um grito de lamento pedindo ajuda dentro de um mundo de miséria. O milagre atesta a natureza dessas coisas que é a mesma. É a sua mesmice que ele prova. As leis que as chamam de diferentes são dissolvidas e reveladas como impotentes. O propósito de um milagre é realizar isso. E o próprio Deus garantiu a força dos milagres em favor daquilo que testemunham.

7. Que tu sejas então uma testemunha do milagre e não das leis do pecado. Não há necessidade de sofreres mais. Mas há necessidade de que sejas curado, porque o sofrimento e a tristeza do mundo fizeram com que o mundo fosse surdo à salvação e à libertação.

8. A ressurreição do mundo aguarda a tua cura e a tua felicidade, para que possas demonstrar a cura do mundo. O instante santo substituirá todo o pecado, se tu apenas carregares contigo os seus efeitos. E ninguém escolherá sofrer mais. A que função melhor do que essa poderias servir? Sê curado para que possas curar, e não sofras permitindo que as leis do pecado sejam aplicadas a ti. E a verdade será revelada a ti que escolheste deixar que os símbolos do amor tomem o lugar do pecado.

Um Curso Em Milagres



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