sábado, 8 de maio de 2010

A Cura - A separação em oposição a união


1. A cura falsa cura o corpo parcialmente, nunca na sua totalidade. Os seus objetivos podem ser vistos claramente, uma vez que não elimina a maldição resultante do pecado que nele radica. Portanto, é um engano. Não pratica a falsa cura aquele que entende o outro exatamente como a si mesmo, dado que é isto que proporciona a verdadeira cura. Quando é falsa, um dos dois goza de um certo poder que não foi dado igualmente a ambos. Nisto se pode ver claramente a separação. Com isto se perde o significado da verdadeira cura, e os ídolos levantam-se para enevoar a unidade que é o Filho de Deus.

2. Curar-para-separar talvez pareça uma ideia estranha. E, no entanto, assim é qualquer forma de cura que se baseie em qualquer tipo de desigualdade. Pode acontecer que estas formas de cura curem o corpo e, geralmente, a tal se limitam. Neste caso, o "curador" é alguém que sabe mais, alguém que recebeu melhor educação, talvez seja mais inteligente ou tenha mais talento. Pode curar, portanto, quem se encontra abaixo dele, ao seu cuidado. A cura do corpo pode ser efetuada deste modo porque, nos sonhos, a igualdade não pode ser permanente. Mudanças e alterações é o que compõe os sonhos. Curar parece consistir em encontrar alguém que, através das suas habilidades e experiência, seja capaz de curar.

3. Alguém sabe mais: esta é a frase mágica mediante a qual o corpo parece ser o objeto da cura, tal como o mundo a concebe. E é a esse, que sabe mais, que outra pessoa recorre para beneficiar dos seus conhecimentos e habilidades: para encontrar o remédio para as suas dores. Como é que isto pode ser possível? A verdadeira cura não pode proceder da desigualdade, a qual primeiro se assume e logo depois se aceita como verdade, a qual é usada para recuperar o doente e acalmar a mente que sofre a agonia das dúvidas.

4. Há alguma função que se possa desempenhar no ato da cura e que se utilize para ajudar a outro? Se respondemos com arrogância, a resposta tem de ser "não". Mas, com humildade, decerto há um lugar para quem quer ajudar. É como a função que se desempenha para ajudar o outro a rezar, a qual permite que o perdão seja aquilo para que foi concebido. Neste caso, não te consideras o portador da dádiva especial que proporciona a cura - limitas-te a reconhecer a tua unicidade com a pessoa que te pede ajuda, pois, nesta unicidade, se elimina a sensação de separação que era o que a punha doente. Não faz sentido administrar qualquer remédio a não ser onde a fonte da doença se encontra, pois, de outra forma, esta não pode ser curada realmente.

5. Há curadores, pois que há Filhos de Deus que reconhecem a sua Fonte e entendem que tudo o que Ela cria está em unidade com eles. Este é o remédio que cria um alívio infalível, um alívio que continuará a abençoar por toda a eternidade. Não cura em parte, mas totalmente e para sempre. Assim, a causa de todo o mal-estar foi mostrada exatamente como é. E, aí, está escrita, agora, a santa Palavra de Deus. A doença e a separação têm de ser curadas através do amor e da união. Nada mais pode curar tal como Deus estabeleceu a cura. Sem Ele não pode haver cura, dado que sem Ele não há amor.

6. Somente a Voz de Deus pode ensinar-te a curar. Ouve-a e nunca deixarás de brindar o Seu gentil remédio àqueles que Ele te envia para que permitas que Ele os cure e para abençoar todos quantos servem com Ele, em nome da cura. A cura ocorrerá porque a sua causa desapareceu. E, agora, ao não ter causa, não poderá voltar a apresentar-se sob outra forma. A morte deixará, assim, de causar medo, pois ter-se-á entendido o que ela é. Quem foi verdadeiramente curado não tem medo, porque o amor entrou onde, antes, reinavam ídolos, e porque o medo, finalmente, cedeu perante Deus.



O Canto da Oração
A Oração. O Perdão. A Cura.
Um Ampliação de Um Curso Em Milagres

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