sábado, 8 de maio de 2010

A Cura - A santidade da cura


1. Quão santos são aqueles que se curaram! Pois, aos seus olhos, os seus irmãos partilham a sua cura e o seu amor. Os curadores são os portadores da paz, a Voz do Espírito Santo através da qual Ele fala por Deus, cuja Voz Ele é. Aqueles que se curaram limitam-se a falar por Ele, nunca por si mesmos. Não possuem outros dotes senão os que receberam de Deus. E compartilham-nos porque sabem que assim Ele dispõe. Os que se curaram não são especiais. São santos. Escolheram a santidade e renunciaram a todos os sonhos de possuírem os atributos especiais nascidos da separação, através dos quais poderiam ter oferecido dádivas desiguais a quem é menos afortunado. A sua cura restabeleceu-lhes a sua plenitude para que possam perdoar e unir-se ao canto da oração, no qual quem está curado canta a sua união e o seu agradecimento a Deus.

2. Enquanto testemunho do perdão, enquanto ajuda na oração e efeito da misericórdia verdadeiramente ensinada, a cura é uma bênção. E o mundo responde em coro através da voz da oração. O perdão permite que a luz do seu misericordioso indulto brilhe sobre cada folha de erva e cada asa emplumada, assim como sobre todos os seres vivos da terra. O medo não consegue encontrar refúgio aqui, uma vez que o amor chegou em toda a sua santa unicidade. O tempo só existe para permitir que o último abraço da oração descanse sobre a terra durante um instante, enquanto a luz faz desaparecer o mundo. Este instante é o objetivo de todos os verdadeiros curadores, a quem Cristo ensinou a ver à Sua semelhança e a ensinar como Ele.

3. Pensa no que significa ajudar Cristo a curar! Haverá algo mais santo do que isto? Deus dá graças aos seus curadores, pois sabe que a Causa da cura é Ele Mesmo, o Seu Amor, o Seu Filho restaurado tal como o que O completa, o Seu Filho que regressa para compartilhar com Ele o santo contentamento da criação. Não peças uma cura parcial, nem aceites um ídolo em lugar da recordação Daquele cujo Amor nunca mudou nem mudará jamais. Tu és tão importante para Ele tal como é a totalidade da Sua criação, pois esta radica em ti como a Sua dádiva eterna. Que necessidade tens de sonhos mutáveis num mundo penoso? Não te esqueças de estar agradecido a Deus. Não te esqueças da santa graça da oração. Não te esqueças de perdoar ao Filho de Deus.

4. Primeiro perdoas, logo depois rezas, e, deste modo, curas. A tua oração elevou-se e invocou Deus, Aquele que ouve e responde. Percebeste que perdoas e rezas só para ti mesmo. E, mediante este entendimento, curas. Ao rezar uniste-te à tua Fonte e apercebeste-te de que nunca te afastaste dela. Mas não poderás alcançar este nível enquanto não deixares de albergar ódio no teu coração ou qualquer desejo de atacar o Filho de Deus.

5. Nunca te esqueças disto: o Filho de Deus és tu e, tal como escolhas ser como ele, assim haverá de ser Deus contigo e tu também. Os teus julgamentos chegarão inevitavelmente a Deus, pois atribuir-lhe-ás a função que reconheces que Ele criou. Escolhe bem ou acreditarás que és tu o criador em vez Dele, e Ele deixará de ser a Causa para passar a ser somente um efeito. Se assim for, a criação é impossível, pois dizes que Ele é o culpado da tua perfídia e culpabilidade. Aquele que é Amor converte-se na fonte do medo, pois, agora, o medo está justificado. A partir daqui, Dele é a vingança, e a morte é o Seu grande destruidor. E a doença, o sofrimento e as perdas cruéis passam a ser o destino de todo aquele que caminha sobre a face da terra que Ele abandonou e deixou nas mãos do diabo, jurando que jamais a libertaria.

6. Vinde de novo a Mim, Filhos Meus, sem nenhum desses pensamentos arrevesados nos vossos corações. Continuais a ser santos na Santidade que vos criou perfeitamente impecáveis e que ainda vos envolve com os braços da paz. Sonhai agora com a cura. Levantai-vos e deixai para trás todos os sonhos, para sempre. Tu és aquele que o teu Pai ama, aquele que nunca abandonou o seu lugar, nem vagabundeou pelo mundo selvagem com os pés ensanguentados e com o coração pesaroso, cerrado ao Amor que é a verdade que há em ti. Entrega a Cristo todos os teus sonhos e permite que ele seja o teu Guia para a cura, enquanto te conduz, em oração, para além das ofertas do mundo.

7. Ele vem por Mim e comunica-te a Minha Palavra. Quero resgatar o meu fatigado Filho dos sonhos de maldade para que se una ao doce abraço do Amor eterno e da paz perfeita. Os Meus braços estão abertos para receber o Filho que amo, o qual não entende que está curado e que as suas orações nunca deixaram de entoar, juntamente com toda a criação, o feliz canto de agradecimento na santidade do Amor. Aquieta-te por um instante. Por detrás dos amargos e estridentes sons da luta e da derrota há uma Voz que te fala de Mim. Ouve-a por instante e curar-te-ás. Ouve-a por um momento e terás sido salvo.

8. Ajuda-me a despertar os Meus filhos do sonho de castigo e de uma vida miserável cheia de medo, cuja duração é tão breve que melhor fora que nunca tivesse começado. Permite-me, em vez disso, recordar-te a eternidade, na qual a tua felicidade aumenta conforme o teu amor se estende, juntamente com o Meu, para além do infinito, onde o tempo e a distância carecem de significado. Enquanto esperas pesaroso, a melodia do Céu está incompleta porque o teu canto faz parte da harmonia eterna do amor. Sem ti, a criação não pode realizar o seu objetivo. Volta para Mim, que nunca abandonei o Meu Filho. Escuta, Filho Meu, o Teu Pai chama-te. Não te recuses a ouvir o chamamento do Amor. Não negues a Cristo o que é Dele. O Céu está aqui e o Céu é o teu lugar.

9. A criação ultrapassa as grades do tempo para libertar o mundo da sua pesada carga. Alçai os vossos corações e acolhei a sua chegada. Vede as sombras a desvanecerem-se silenciosamente e os espinhos a desprenderem-se com suavidade da ensanguentada fronte daquele que é o santo Filho de Deus. Criatura da santidade, que belo és! Quão parecido comigo! Quão amorosamente te sustenho no Meu coração e nos Meus braços! Quão apreciada é cada dádiva que Me fizeste, tu que curaste o Meu Filho e desceste-o da cruz! Levanta-te e aceita o Meu agradecimento. E com a minha gratidão, primeiro chegará a dádiva do perdão e, logo de seguida, a paz eterna.

10. Devolve-me agora, pois, a tua santa voz. O canto da oração, sem ti, não tem som. O universo espera a tua libertação porque é a sua própria libertação. Sede doce com ele e contigo mesmo e, portanto, sede doce Comigo. Somente te peço isto: que encontres consolo, que não vivas aterrorizado e com dor. Não abandones o Amor. Lembra-te do seguinte: independentemente do que penses sobre ti mesmo, seja o que for que penses sobre o mundo, o Teu Pai precisa de ti e continuará a chamar-te até que, finalmente, voltes para Ele em paz.

O Canto da Oração
A Oração. O Perdão. A Cura.
Um Ampliação de Um Curso Em Milagres

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