terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Arautos da eternidade


1. Nesse mundo, o Filho de Deus se aproxima o máximo possível de si mesmo em um relacionamento santo. Lá começa a achar a certeza que o seu Pai tem em relação a ele. E lá acha a sua função de restaurar as leis de seu Pai naquilo que era mantido fora delas e de achar o que estava perdido. Só no tempo é possível que alguma coisa seja perdida e nunca perdida para sempre. Assim as partes do Filho de Deus gradualmente se unem no tempo e, com cada união, o fim do tempo chega mais perto. Cada milagre de união é um poderoso arauto da eternidade. Ninguém que tenha um propósito único, unificado e seguro pode ter medo. Ninguém que compartilhe o seu propósito com ele, pode deixar de ser um com ele.

2. Cada arauto da eternidade canta o fim do pecado e do medo. Cada um fala no tempo do que está muito além do tempo. Duas vozes que se erguem juntas tocam os corações de todos para que possam bater como um só. E nesta batida única do coração está proclamada a unidade do amor e ela é recebida com boas-vindas. Paz ao teu relacionamento santo, que tem o poder de manter a unidade do Filho de Deus. Tu dás ao teu irmão por todos e na tua dádiva todos passam a ser contentes. Não esqueças Quem te deu as dádivas que dás e não te esquecendo disso, vais lembrar Quem deu as dádivas a Ele para que Ele as desse a ti.

3. É impossível superestimar o valor do teu irmão. Só o ego faz isso, mas tudo o que ele quer dizer é que quer o outro para si mesmo e, portanto, o valoriza muito pouco. O que é inestimável com toda a clareza não pode ser avaliado. Reconheces o medo que surge da tentativa sem significado de julgar o que está tão além do teu julgamento que nem sequer és capaz de vê-lo? Não julgues o que é invisível para ti ou nunca o verás, mas espera com paciência pela sua vinda. Será dado a ti ver o valor do teu irmão quando tudo o que quiseres para ele for a paz. E o que queres para ele, tu receberás.


4. Como podes estimar o valor daquele que te oferece a paz? Que irias querer exceto o seu oferecimento? O seu valor foi estabelecido pelo seu Pai e tu o reconhecerás à medida que receberes a dádiva do seu Pai através dele. O que está nele resplandecerá com tanto brilho na tua visão agradecida que simplesmente o amarás e ficarás contente. Não pensarás em julgá-lo, pois quem veria a face de Cristo e ainda assim insistiria que o julgamento tem significado? Pois essa insistência pertence àqueles que não vêem. A tua escolha é a visão ou o julgamento, mas nunca ambos.

5. O corpo do teu irmão tem tão pouca utilidade para ti como para ele. Quando só é usado de acordo com o que o Espírito Santo ensina, ele não tem função. Pois as mentes não necessitam do corpo para se comunicarem. A vista que vê o corpo não tem utilidade nenhuma que sirva ao propósito de um relacionamento santo. E enquanto olhares para o teu irmão assim, os meios e o fim não terão sido alinhados. Por que são necessários tantos instantes santos para permitir que isso seja realizado quando um bastaria? Só um. O pequeno sopro de eternidade que corre através do tempo como luz dourada é sempre o mesmo; não há nada antes dele, não há nada depois.

6. Tu olhas para cada instante santo como um ponto diferente no tempo. Ele nunca muda. Tudo o que ele jamais conteve e jamais irá conter está aqui exatamente agora. O passado nada toma do instante santo e o futuro nada adicionará. Aqui, então, está tudo. Aqui está a beleza do teu relacionamento, com o meio e fim já em perfeita harmonia. Aqui está a fé perfeita que um dia oferecerás ao teu irmão já oferecida a ti; aqui já foi dado o perdão sem limites que tu darás a ele e a face de Cristo, que ainda contemplarás, também já foi vista.

7. Podes avaliar o doador de uma dádiva como essa? Trocarias essa dádiva por qualquer outra? Essa dádiva faz retornarem as leis de Deus à tua lembrança. E simplesmente lembrando-as, as leis que te mantinham como prisioneiro da dor e da morte têm que ser esquecidas. Essa não é uma dádiva que te é oferecida pelo corpo do teu irmão. O véu que esconde a dádiva também o es­conde. Ele é a dádiva e, no entanto, ele não tem conhecimento disso. Tu também não tens. Contudo, tem fé que Aquele Que vê a dádiva em ti e no teu irmão vai oferecê-la e recebê-la por ambos. E através da Sua visão tu a verás, e através da Sua compreensão tu a reconhecerás e a amarás como algo que é propriamente teu.

8. Sê consolado e sente o Espírito Santo velando por ti com amor e perfeita confiança no que Ele vê. Ele conhece o Filho de Deus e compartilha a certeza do seu Pai de que o universo descansa em suas mãos gentis em segurança e em paz. Vamos levar agora em consideração o que ele precisa aprender para compartilhar a confiança de seu Pai nele. O que é ele, para que o Criador do universo o ofereça a ele e tenha o conhecimento de que tudo descansa em segurança? Ele não olha para si mesmo assim como seu Pai o conhece. E, no entanto, é impossível que a confiança de Deus tenha sido depositada equivocadamente.

Um Curso Em Milagres


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