quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A bifurcação da estrada


1. Quando chegas ao local onde a bifurcação na estrada é bem evidente, não podes ir adiante. Tens que ir por um caminho ou por outro. Pois agora se fores em frente pelo caminho que seguias antes de chegar à bifurcação, não irás à parte alguma. Todo o propósito de vires até aqui era decidir qual o rumo que tomará. agora. O caminho por onde vieste já não importa mais. Não pode mais servir. Ninguém que tenha chegado até esse ponto pode tomar a decisão errada, embora ele possa adiar. E não há trecho da jornada que pareça mais sem esperança e fútil do que estar onde a estrada se bifurca sem decidir que caminho tomar.

2. São apenas os primeiros poucos passos no caminho certo que parecem difíceis, pois já escolheste, embora ainda possas pensar que podes voltar atrás e fazer a outra escolha. Isso não é assim. Uma escolha feita com o poder do Céu para apoiá-la não pode ser desfeita. O teu caminho está decidido. Não haverá coisa alguma que não te seja dita, se tomares conhecimento disso.

3. E assim, tu e o teu irmão estais aqui nesse lugar santo, diante do véu do pecado que pende entre vós e a face de Cristo. Permi­te que ele seja erguido! Levanta-o junto com o teu irmão, pois é apenas um véu que está entre vós. Tu ou teu irmão, qualquer um dos dois sozinho o verá como um bloco sólido, sem reconhecer o quanto é fina a tapeçaria que vos separa agora. No entanto, isso está quase no fim em tua consciência e a paz te alcançou mesmo aqui, diante do véu. Pensa no que acontecerá depois. O amor de Cristo iluminará a tua face e brilhará a partir dela sobre um mun­do escurecido que necessita de luz. E deste lugar santo, Ele retor­nará contigo, sem deixar o mundo e sem deixar-te. Tu virás a ser o Seu mensageiro, devolvendo-O a Si Mesmo.

4. Pensa na beleza que verás, tu que caminhas com Ele! E pensa como tu e teu irmão parecereis belos um para o outro! Como estareis felizes por estardes juntos, após uma jornada tão longa e tão solitária na qual cada um caminhou sozinho. Os portões do Céu agora estão abertos para ti e irás abri-los agora para os pesa­rosos. E ninguém que contemple o Cristo em ti deixará de regozijar-se. Como é belo o que viste além do véu e trarás para iluminar os olhos cansados daqueles que agora estão exaustos como tu já estiveste uma vez. Como ficarão agradecidos ao ver-te chegar entre eles oferecendo-lhes o perdão de Cristo para dissipar a sua fé no pecado.

5. Cada equívoco que tu cometas, o teu irmão terá corrigido gentilmente para ti. Pois à sua vista a tua beleza é a sua salvação, que te quer proteger de qualquer dano. E tu serás o forte protetor do teu irmão contra todas as coisas que pareçam surgir entre vós. Assim caminharás pelo mundo comigo, pois a minha mensagem ainda não foi dada a todas as pessoas. Pois tu estás aqui para permitir que ela seja recebida. A oferta de Deus ainda está aberta, entretanto, aguarda aceitação. A partir de ti que a aceitaste, ela é recebida. À tua mão unida à do teu irmão ela é dada em seguran­ça, pois tu, que a compartilhas, vens a ser o seu guardião e prote­tor voluntário.

6. A graça é dada a todos os que compartilham o Amor de Deus, àqueles que são os doadores daquilo que receberam. E assim aprendem que ela lhes pertence para sempre. Todas as barreiras desaparecem diante da sua vinda, assim como todos os obstácu­los que antes pareciam erguer-se e bloquear o caminho foram finalmente superados. Esse véu que tu e teu irmão ergueis juntos abre o caminho para a verdade para outros além de vós. Aqueles que permitem que as ilusões sejam banidas de suas mentes são os salvadores desse mundo, caminhando pelo mundo com o seu Re­dentor e carregando a Sua mensagem de esperança, liberdade e liberação do sofrimento para cada um que necessita de um mila­gre para salvar-se.

7. Como é fácil oferecer a todos esse milagre! Ninguém que o tenha recebido para si poderia achar isso difícil. Pois ao recebê-lo, aprendeu que o milagre não foi dado apenas a ele. Tal é a função de um relacionamento santo: receber juntos e dar como foi recebi­do. Estando diante do véu, isso ainda parece difícil. Mas estende a tua mão unida à do teu irmão e toca esse bloco aparentemente pesado e aprenderás com que facilidade os teus dedos deslizam pelo nada. Não é uma parede sólida. E apenas uma ilusão se ergue entre tu e o teu irmão e o Ser santo que ambos comparti­lham juntos.

Um Curso Em Milagres


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