sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fraqueza e defensividade


1. Como é que alguém supera ilusões? Com certeza não é atra­vés da força ou da raiva, nem se opondo a elas de alguma forma. São superadas meramente permitindo que a razão te diga que contradizem a realidade. Vão contra o que não pode deixar de ser verdadeiro. A oposição vem delas e não da realidade. A realidade não se opõe a nada. O que simplesmente é não necessita de defesas e não oferece nenhuma. Só as ilusões necessitam de defe­sa devido à fraqueza. E como pode ser difícil andar pelo cami­nho da verdade quando apenas a fraqueza interfere? Tu és o forte nesse conflito aparente. E não necessitas de nenhuma defe­sa. Tudo o que precisa de defesa tu não queres, pois qualquer coisa que necessite de defesa irá enfraquecer-te.

2. Considera para quê o ego quer defesas. Sempre para justificar o que vai contra a verdade, se esfuma quando confrontado com a face da razão e não faz sentido. Isso pode ser justificado? O que pode ser exceto um convite à insanidade para salvar-te da verda­de? E de que serias salvo senão do que temes? A crença no peca­do necessita de grande defesa e a um custo enorme. É necessário sacrificar e se defender contra tudo o que o Espírito Santo oferece. Pois o pecado é esculpido em um bloco arrancado da tua paz e colocado entre tu e o retorno da paz.

3. No entanto, como é possível que a paz seja tão fragmentada? Ela ainda é íntegra e nada lhe foi arrancado. Vê como o meio e o material dos sonhos maus nada são. Na verdade, tu e o teu ir­mão estais juntos e não há nada entre vós. Deus segura as vossas mãos e o que pode separar aqueles a quem Ele uniu como um só em Si Mesmo? Aquele do Qual queres te defender é o teu Pai. E apesar disso, continua sendo impossível manter o amor do lado de fora. Deus descansa contigo em quietude, sem ser defendido e totalmente sem defesas, pois apenas nesse estado de quietude está a força e o poder. Aqui nenhuma fraqueza pode entrar, pois aqui não há nenhum ataque e, portanto, nenhuma ilusão. O amor descansa na certeza. Só a incerteza pode ser defensiva. E toda incerteza é dúvida acerca de si mesmo.

4. Como é fraco o medo, como é pequeno e sem significado. Como é insignificante diante da força quieta daqueles a quem o amor uniu! Esse é o teu ‘inimigo’ um camundongo assustado que quer atacar o universo. Qual é a probabilidade de ter algum sucesso? Pode ser difícil desconsiderar seus gritinhos débeis que falam da sua onipotência e querem afogar o hino de louvor ao seu Criador, que todos os corações através do universo cantam para sempre como um só? Qual deles é o mais forte? Esse ratinho ou tudo aquilo que Deus criou? Tu e teu irmão não estais unidos por esse camundongo, mas pela Vontade de Deus. E é possível que um rato traia a quem Deus uniu?

5. Se apenas reconhecesses como é pouco o que está entre tu e a tua consciência da tua união com o teu irmão! Não te enganes com as ilusões que se apresentam acerca de tamanho e espessura, peso, solidez e firmeza de fundamento. Sim, para os olhos do corpo isso parece ser um enorme corpo sólido, irremovível como uma montanha. Entretanto, dentro de ti está uma Força à qual ilusão nenhuma pode resistir. Esse corpo apenas parece ser irre­movível, essa Força é irresistível na verdade. Assim sendo, o que não pode deixar de acontecer quando eles se encontram? Pode-­se defender por muito tempo a ilusão da imobilidade daquilo que é atravessado e transcendido em quietude?

6. Não te esqueças, quando sentires surgir a necessidade de ser defensivo em relação a qualquer coisa, de que te identificaste com uma ilusão. E, portanto, te sentes fraco porque estás sozi­nho. Esse é o custo de todas as ilusões. Não há nenhuma que não se baseie na crença segundo a qual estás separado. Não há nenhuma que não pareça estar entre tu e o teu irmão, pesada, sólida e irremovível. E não há nenhuma delas que não possa ser ultrapassada pela verdade com tanta leveza e com tanta facilida­de que não podes deixar de convencer-te de que não são coisa alguma apesar do que pensavas que fossem. Se perdoas o teu irmão, isso tem que acontecer. Pois é o fato de não estares dispos­to a não ver o que parece estar entre tu e o teu irmão que faz com que isso aparente ser impenetrável e defende a ilusão da sua imo­bilidade.

Um Curso Em Milagres

2 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom. Graças a Deus.

Anônimo disse...

Ainda escreve?