segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A verdadeira empatia


1. Sentir empatia não significa unir-te em sofrimento, pois é isto o que tens que te recusar a compreender. Essa é a interpretação do ego acerca da empatia e sempre é usada para formar um relacionamento especial, no qual se compartilha o sofrimento. A capacidade de sentir empatia é muito útil para o Espírito Santo, desde que permitas que Ele a use a Seu modo. Seu modo é muito diferente. Ele não compreende o sofrimento e quer que ensines que o sofrimento não é compreensível. Quando Ele se relaciona através de ti, não se relaciona através do teu ego com outro ego. O Espírito Santo não se une à dor, compreendendo que a cura da dor não se dá através de tentativas delusórias de entrar nela e aliviá-la por compartilhar a delusão.

2. A prova mais clara de que a empatia, como o ego a usa, é destrutiva está no fato de que só é aplicada a determinados tipos de problemas e a determinados tipos de pessoas. Ele os seleciona e se une a eles. E nunca se une a não ser com o intuito de fortalecer a si mesmo. Tendo se identificado com aquilo que pensa que compreende, o ego vê a si mesmo e quer aumentar a si mesmo compartilhando o que é como ele. Não cometas nenhum equívoco acerca dessa manobra: sempre que o ego sente empatia o faz para enfraquecer e enfraquecer é sempre atacar. Tu não conheces o significado da empatia. Entretanto, de uma coisa podes estar certo: se apenas te sentares serenamente à parte e deixares que o Espírito Santo se relacione através de ti, terás empatia com força e ganharás em força, não em fraqueza.

3. A tua parte é apenas a de lembrar-te disso: não queres que nada do que valorizas venha a ti através de um relacionamento. Não escolhes feri-lo nem curá-lo ao teu próprio modo. Não sabes o que é a cura. Tudo o que aprendeste acerca da empatia vem do passado. E não há nada do passado que queiras compartilhar, pois não há nada do passado que queiras guardar. Não uses a empatia para fazer com que o passado seja real e assim perpetuá-lo. Deixa-te ficar gentilmente de lado e permite que a cura seja realizada para ti. Mantém em mente apenas um único pensamento e não o percas de vista, por mais que sejas tentado a julgar uma situação qualquer e a determinar a tua reação por julgá-la. Concentra a tua mente apenas nisso:

Eu não estou só e não iria impor o passado a meu Hóspede.
Eu O convidei e Ele está aqui.

Eu não preciso fazer nada, exceto não interferir.

4. A verdadeira empatia é Daquele Que tem o conhecimento do que ela é. Aprenderás a Sua interpretação da empatia se permitires que Ele use a tua capacidade para a força e não para a fraqueza. Ele não irá abandonar-te, mas certifica-te de que tu não o abandonarás. A humildade é força apenas nesse sentido: reconhecer e aceitar o fato de que tu não sabes, é reconhecer e aceitar o fato de que Ele sabe. Não estás certo de que Ele fará a Sua parte, porque nunca fizeste, até agora, a tua completamente. Não podes saber como responder ao que não compreendes. Não sejas tentado nisso e não cedas ao uso triunfal que o ego faz da empatia para a sua própria glória.

5. O triunfo da fraqueza não é o que queres oferecer a um irmão. E, no entanto, não reconheces nenhum triunfo exceto esse. Isso não é conhecimento e a forma de empatia que acarretaria isso é tão deformada que aprisionaria aquilo que quer liberar. Os não redimidos não podem redimir, no entanto, têm um Redentor. Não tentes ensiná-Lo. Tu és o aprendiz, Ele o Professor. Não confundas o teu papel com o Seu, pois isso nunca trará paz a ninguém. Oferece a tua empatia a Ele, pois é a Sua percepção e a Sua força que queres compartilhar. E deixa que Ele te ofereça a Sua força e a Sua percepção para serem compartilhadas através de ti.

6. O significado do amor se perde em qualquer relacionamento que procure a fraqueza e espere lá achar o amor. O poder do amor, que é o significado do relacionamento, está na força de Deus que paira sobre ele e o abençoa silenciosamente, envolvendo-o nas asas da cura. Deixa que assim seja e não tentes substituir isso pelo teu “milagre”. Eu disse que se um irmão te pede para fazeres alguma coisa tola, que a faças. Mas estejas certo de que isso não significa fazer alguma coisa tola que vá ferir a ele ou a ti, pois o que ferisse um, feriria ao outro. Os pedidos tolos são tolos simplesmente porque conflitam, já que sempre contêm algum elemento de especialismo. Só o Espírito Santo reconhece as necessidades tolas assim como as reais. E Ele te ensinará como satisfazer a ambas, sem perder nenhuma delas.

7. Tu tentarás fazer isso só em segredo. E pensarás que, ao satisfazer as necessidades de uma, não comprometerás a outra, porque as manténs separadas e secretas. Esse não é o caminho, pois não leva à vida e à verdade. Nenhuma necessidade ficará por muito tempo sem ser satisfeita se as deixares todas Àquele Cuja função é satisfazê-las. Essa é a Sua função, não a tua. Ele não as satisfará secretamente, pois quer compartilhar tudo o que dás através Dele. É por isso que Ele dá. O que dás através Dele é para toda a Filiação não apenas para uma parte dela. Deixa a Ele a função que Lhe pertence, pois Ele a cumprirá se apenas Lhe pedires que entre em teus relacionamentos e os abençoe para ti.

Um Curso Em Milagres

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