quarta-feira, 14 de setembro de 2011

A Salvação e o Relacionamento Santo


1.         Tem piedade de ti mesmo por tanto tempo escravizado. Regozija-te, pois aqueles a quem Deus se uniu vieram a estar juntos e não têm mais necessidade de olhar para o pecado separados. Não há duas pessoas que possam olhar para o pecado juntas, pois elas jamais poderiam vê-lo no mesmo lugar e ao mesmo tempo. O pecado é uma percepção estritamente individual, visto no outro, porém cada um acredita que ele está dentro de si mesmo. E cada um parece fazer um erro diferente, erro esse que o outro não pode compreender. Irmão, é o mesmo erro, feito pelo mesmo ser e é perdoado em nome daquele que o cometeu da mesma maneira. A Identidade do teu relacionamento perdoa a ti e ao teu irmão, desfa­zendo os efeitos do que ambos acreditaram e viram. E como eles se vão, a necessidade do pecado se vai com eles.


2.               Quem tem necessidade de pecado? Somente os sozinhos e os solitários, que vêem os seus irmãos diferentes de si mesmos. É essa diferença, vista porém não-real, que faz a necessidade do pecado, não-real porém vista, parecer justificada. E tudo isso se­ria real se o pecado o fosse. Pois um relacionamento não-santo baseia-se em diferenças, onde cada um pensa que o outro tem o que ele não tem. Eles vêm a estar juntos, cada um para comple­tar a si mesmo e roubar o outro. Ficam até pensarem que nada mais há a ser roubado e então vão adiante. E assim vagam atra­vés de um mundo de estranhos, que não são como eles, vivendo com os seus corpos talvez sob um teto comum que não abriga a nenhum dos dois; no mesmo quarto e, apesar disso, há um mun­do entre eles.

3.         Um relacionamento santo parte de uma premissa diferente. Cada um olhou para dentro de si e não viu nenhuma falta. Cada um aceitou sua completeza e quer estendê-la, unindo-se a um outro que é íntegro como ele próprio. Ele não vê diferenças entre o seu ser e o ser do outro, pois as diferenças estão apenas nos corpos. Portanto, ao olhar não acha nada que queira tomar do outro. Ele não nega a sua própria realidade porque é a verda­de. Ele está só um pouco abaixo do Céu, mas suficientemente próximo para não retornar à terra. Pois esse relacionamento tem a santidade do Céu. A que distância de casa pode estar um rela­cionamento tão semelhante ao Céu?

4.         Pensa no que um relacionamento santo pode ensinar! Aqui se desfaz a crença nas diferenças. Aqui a fé depositada nas diferen­ças passa a ser depositada no que é o mesmo. E aqui a perspecti­va das diferenças é transformada em visão. A razão pode agora conduzir a ti e ao teu irmão à conclusão lógica da vossa união. Ela não pode deixar de estender-se, assim como vós vos estendeste quanto tu e ele vos unistes. Ela não pode deixar de alcançar o que está fora e além de si mesma, assim como vós alcançastes o que estava fora e além do corpo para permitir que tu e teu irmão fôs­seis unidos. E agora essa qualidade comum ao que é o mesmo, que vós vistes, estende-se e finalmente remove todo o senso de diferenças de tal modo que o que é o mesmo por trás de todas as diferenças vem a ser aparente. Aqui está o círculo dourado onde reconheces o Filho de Deus. Pois o que nasceu em um relaciona­mento santo nunca pode ter fim.

Um Curso Em Milagres


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