sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O perdão e o fim do tempo


1. Em que medida estás disposto a perdoar o teu irmão? Em que medida desejas a paz, ao invés da batalha, da miséria e da dor sem fim? Essas questões são a mesma, em formas diferentes. O perdão é a tua paz, pois dentro dele está o fim da separação e do sonho de perigo e destruição, pecado e morte, de loucura e de assassinato, pesar e perda. Esse é o “sacrifício” que a salvação pede e alegremente oferece a paz em lugar disso.

2. Não jures morrer, tu, o Filho santo de Deus! Tu fizeste uma barganha que não podes manter. O Filho da Vida não pode ser morto. Ele é imortal como o seu Pai. O que ele é não pode ser mudado. Ele é a única coisa em todo o universo que tem que ser una. O que parece ser eterno, tudo isso terá um fim. As estrelas desaparecerão e a noite, e o dia não mais existirão. Todas as coisas que vêm e vão, as marés, as estações e as vidas dos homens; todas as coisas que mudam com o tempo; que florescem e murcham, não retornarão. Onde o tempo estabeleceu um fim, não é onde o eterno pode ser encontrado. O Filho de Deus nunca pode mudar em função daquilo que os homens fizeram dele. Ele será o mesmo, ontem e hoje, pois o tempo não designou o seu destino, nem estabeleceu a hora do seu nascimento e da sua morte. O perdão não o mudará. Entretanto, o tempo aguarda o perdão para que as coisas do tempo possam desaparecer porque não têm nenhuma utilidade.

3. Nada sobrevive a seu propósito. Se algo é concebido para morrer, então, necessariamente morrerá, a não ser que não tome esse propósito como seu. A mudança é a única coisa que pode vir a ser uma bênção aqui, onde o propósito não é fixo, por mais imutável que pareça ser. Não penses que podes estabelecer uma meta que não é como o propósito de Deus para ti, e estabelecê-la como imutável e eterna. Tu podes dar a ti mesmo um propósito que não tens. Mas não podes remover o poder de mudar a tua mente e ver nela outro propósito.

4. A mudança é a maior das dádivas que Deus deu a tudo o que tu queres fazer com que seja eterno, para assegurar que só o Céu não passará. Tu não nasceste para morrer. Não podes mudar porque a tua função foi fixada por Deus. Todos as outras metas são estabelecidas no tempo e mudam de forma que o tempo possa ser preservado, com exceção de uma. O perdão não tem por objetivo preservar o tempo, mas fazer com que ele termine quando não tiver mais utilidade. Findo o seu propósito, ele desaparecerá. E onde ele antes tinha aparente trânsito, restaurou-se agora a função que Deus estabeleceu para o Seu Filho em plena consciência. O tempo não pode estabelecer um fim para a sua realização nem para a sua imutabilidade. A morte não mais existirá porque os vivos compartilham a função que o seu Criador lhes deu. A função da Vida não pode ser morrer. Tem que ser a extensão da vida, para que ela seja uma só para todo o sempre, sem fim.

5. Esse mundo atará os teus pés e as tuas mãos e matará o teu corpo só se pensares que ele foi feito para crucificar o Filho de Deus. Pois embora ele tenha sido um sonho de morte, não precisas deixar que represente isso para ti. Permite que isso seja mudado e nada no mundo deixará de ser mudado também. Pois tudo aqui é definido apenas pelo propósito que tu vês nas coisas.

6. Como é belo o mundo cujo propósito é o perdão do Filho de Deus! Como é livre do medo, como é cheio de bênçãos e felicidade! E que coisa alegre é habitar por um breve momento em um lugar tão feliz! Nem se deve esquecer, em tal mundo, que o momento é breve até que a intemporalidade venha em quietude tomar o lugar do tempo.

Um Curso Em Milagres

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