quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lição 139 - Livro de Exercícios UCEM


Aceitarei a Expiação para mim mesmo.

Eis o fim da escolha. Pois aqui vimos à decisão de nos aceitarmos tal como Deus nos criou. E o que é a escolha senão a incerteza do que somos? Não há nenhuma dúvida que não esteja enraizada aqui. Não há nenhuma questão que não reflita essa única. Não há nenhum conflito que não acarrete essa única pergunta simples: “O que sou eu?”

Mas quem poderia colocar essa questão a não ser aquele que se recusou a reconhecer a si mesmo? Só a recusa de aceitar a si mesmo poderia fazer a pergunta parecer sincera. A única coisa que qualquer coisa viva pode saber com toda a certeza é o que ela é. A partir deste único ponto de certeza, ela olha para as outras coisas com tanta certeza quanto tem de si mesma.

A incerteza a respeito do que não podes deixar de ser é um auto-engano numa escala tão vasta, que a sua magnitude dificilmente pode ser concebida. Estar vivo e não conhecer a si mesmo é acreditar que tu estás realmente morto. Pois, o que é a vida, senão ser o que és e que outra coisa além de ti pode estar viva em teu lugar? Quem é aquele que duvida? De que ele duvida? A quem estará questionando? Quem pode lhe responder?

Ele está apenas declarando que não é ele mesmo e, assim, sendo outra coisa, torna-se um questionador do que vem a ser essa outra coisa. No entanto, jamais poderia estar vivo se não soubesse a resposta. Se pergunta, como se não soubesse, isso apenas mostra que ele não quer ser essa coisa que é. Ele aceitou porque está vivo, fez um julgamento contra ela, negou o seu valor e decidiu que não conhece a única certeza pela qual vive.

Assim, ele passa a estar incerto quanto à sua vida, pois o que ela é foi negado por ele. É por causa dessa negação que precisas da Expiação. A tua negação não fez nenhuma mudança no que és. Mas dividiste a tua mente entre o que conhece e o que não conhece a verdade. Tu és tu mesmo. Não há dúvidas quanto a isso. E, no entanto, duvidas. Mas não perguntas que parte de ti realmente pode estar duvidando de ti mesmo. Na realidade, não pode ser uma parte de ti que coloca essa questão. Pois pergunta àquele que sabe a resposta. Se fosse parte de ti, a certeza seria impossível.

A Expiação remedia a estranha idéia de que é possível duvidar de ti mesmo e não ter certeza do que realmente és. Essa é a profundidade da loucura. No entanto, é a questão universal do mundo. O que isso pode significar, senão que o mundo é louco? Por que compartilhar da sua loucura na triste crença de que o que é universal aqui é verdadeiro?

Nada do que o mundo acredita é verdadeiro. É um lugar cujo propósito é o de ser um lar aonde aqueles que declaram não se conhecer podem vir a perguntar o que são. E tornarão a vir até o momento em que a Expiação for aceita e aprenderem que é impossível duvidar de si mesmos e não estar cientes do que são.

A única coisa que pode ser pedida a ti é a aceitação, pois há certeza quanto ao que tu és. Isso é estabelecido para sempre na santa Mente de Deus e na tua própria. Está tão além de qualquer dúvida ou questionamento, que perguntar o que isso não pode deixar de ser, constitui a prova definitiva de que precisas para mostrar que acreditas na contradição de que não conheces o que não podes deixar de conhecer. Isso é uma pergunta ou uma declaração que nega a si mesma ao ser declarada? Não deixemos as nossas santas mentes ocuparem-se com devaneios tão sem sentido quanto esse.

Temos uma missão aqui. Não viemos para reforçar a loucura em que outrora acreditamos. Não nos esqueçamos da meta que aceitamos. Viemos para ganhar mais do que apenas a nossa felicidade. O que aceitamos como o que somos proclama o que todos não podem deixar de ser junto conosco. Não falhe junto aos teus irmãos ou falhas para contigo mesmo. Olha para eles com amor para que possam ter o conhecimento que são parte de ti e tu és parte deles.

É isso que a Expiação ensina e demonstra que a unicidade do Filho de Deus é inatacada pela sua crença, segundo a qual ele não sabe o que ele é. Hoje aceita a Expiação não para mudar a realidade, mas apenas para aceitar a verdade sobre ti e seguir o teu caminho alegrando-te no infinito Amor de Deus. É só isso o que nos é pedido. E é isso o que faremos hoje.

Reservaremos cinco minutos pela manhã e à noite para dedicar as nossas mentes à nossa tarefa para o dia de hoje. Começamos com essa revisão do que é a nossa missão:

Aceitarei a Expiação para mim mesmo, pois continuo sendo tal como Deus me criou.

Não perdemos o conhecimento que Deus nos deu quando nos criou como Ele próprio. Nós podemos nos lembrar disso por todas as pessoas, pois na criação de todas as mentes são uma só. E na nossa memória está a lembrança do quanto os nossos irmãos são queridos para nós na verdade, do quanto cada mente é parte de nós, de quão fiéis eles realmente têm sido conosco e de como o Amor de nosso Pai contém todos eles.

Em agradecimento por toda a criação, em Nome do seu Criador e da Sua Unicidade com todos os aspectos da criação, hoje repetimos a nossa fidelidade à nossa causa a cada hora, deixando de lado todos os pensamentos que nos distrairiam do nosso objetivo santo. Por alguns minutos, deixa que a tua mente seja desembaraçada de todas as tolas teias de aranha que o mundo quer tecer em torno do Filho santo de Deus. E aprende a natureza frágil das correntes que parecem manter o conhecimento de ti mesmo à parte da tua consciência ao dizeres:

Aceitarei a Expiação para mim mesmo, pois continuo sendo tal como Deus me criou.

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