domingo, 26 de junho de 2011

Revisão V - Livro de Exercícios UCEM

Introdução

Agora, revisamos mais uma vez. Dessa vez, estamos prontos para fazer mais esforço e dar mais tempo ao que empreendemos. Reconhecemos que estamos nos preparando para outra fase da compreensão. Queremos dar esse passo sem restrições para que possamos continuar com mais certeza, mais sinceridade, e com a fé mantida de forma mais segura. Nossos passos não têm sido firmes e as duvidas nos fizeram caminhar hesitantes e lentos pela estrada que esse curso estabelece. Mas agora nos apressamos, pois estamos nos aproximando de uma certeza maior, de um propósito mais firme e de uma meta mais garantida.

Pai Nosso, firma os nossos pés. Que as nossas dúvidas se aquietem e que as nossas mentes santas tenham serenidade, e fala conosco. Nós não temos palavras para dar a Ti. Queremos apenas escutar o Teu Verbo, e fazê-lo nosso. Conduz a nossa prática como um pai conduz uma criança pequena ao longo de um caminho que ela não compreende. Mas ela segue, certa de que está a salvo porque o seu pai lhe mostra o caminho.

Assim, trazemos a Ti a nossa prática. E se tropeçarmos, Tu nos erguerás. Se esquecermos o caminho, contamos com a Tua lembrança que não falhará. Nós nos desviaremos, mas Tu não esquecerás de nos chamar de volta. Apressa os nossos passos agora, para que possamos andar em direção a Ti com maior certeza e rapidez. E aceitamos o Verbo que nos ofereces para unificar a nossa prática à medida que revisamos os pensamentos que nos tem dado.

Esse é o pensamento que deve preceder os pensamentos que revisamos. Cada um deles apenas esclarece algum aspecto deste pensamento, ou ajuda a torná-lo mais significativo, mais pessoal e verdadeiro e mais descritivo do Ser santo que compartilhamos e que agora nos preparamos para conhecer novamente:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Só esse Ser conhece o amor. Só esse Ser é perfeitamente consistente em Seus pensamentos, conhece o Seu Criador, compreende a Si Mesmo, é perfeito em Seu conhecimento e no Seu amor, e nunca muda o Seu constante estado de união com o Seu Pai e Consigo Mesmo.

E é Isso Que nos espera para nos encontrar no final da jornada. Cada passo que damos nos aproxima um pouco mais. Essa revisão reduzirá o tempo de forma imensurável, se mantivermos em mente que Essa continua sendo a nossa meta e que ao praticarmos, é Disso Que nos aproximamos. Erguemos os nossos corações do pó para a vida, ao lembrarmo-nos de que Isso nos foi prometido e de que esse curso foi mandado para abrir-nos o caminho da luz e ensinar-nos, passo a passo, a voltarmos para o Ser eterno que pensamos ter perdido.

Eu faço a jornada contigo. Pois compartilho das tuas dúvidas e medos por algum tempo, para que possas vir a mim que reconheço a estrada pela qual todos os medos e duvidas são vencidos. Nós caminhamos juntos. Eu tenho que compreender a incerteza e a dor, embora saiba que não têm significado. Mais um salvador tem que permanecer com aqueles a quem ensina, vendo o que vêem, mas conservando em sua mente o caminho que o conduziu para fora e que agora também te conduzirá junto com ele. O Filho de Deus é crucificado até que caminhes ao longo da estrada comigo.

A minha ressurreição vem novamente a cada vez que conduzo um irmão em segurança para o lugar em que a jornada acaba e é esquecida. Eu sou renovado a cada vez que um irmão aprende que há um caminho para fora da miséria e da dor. Renasço a cada vez que a mente de um irmão volta-se para a luz em si mesmo e procura por mim. Eu não esqueci ninguém. Ajuda-me agora a conduzir-te de volta para onde a jornada começou, para que faças outra escolha comigo.

Libera-me ao praticar mais uma vez os pensamentos que eu te trouxe Daquele Que vê a tua amarga necessidade e conhece a resposta que Deus deu a Ele. Juntos revisamos estes pensamentos. Juntos lhes dedicamos o nosso tempo e esforço. E juntos os ensinaremos aos nossos irmãos. Deus não quer o Céu incompleto. O Céu espera por ti assim como eu. Sou incompleto sem a tua parte em mim. E, à medida que sou integrado, vamos juntos à nossa antiga morada, preparada para nós antes que o tempo fosse e mantida inalterada pelo tempo, imaculada e segura, tal como será, enfim, quando o tempo tiver terminado.

Que essa revisão seja, então, a tua dádiva para mim. Pois é só disso que preciso, que ouças as palavras que digo e as dês ao mundo. Tu és a minha voz, os meus olhos, os meus pés, as minhas mãos, através das quais eu salvo o mundo. O Ser do Qual eu te chamo é apenas o teu próprio Ser. Juntos vamos a Ele. Toma a mão do teu irmão, pois esse não é um caminho que percorremos sozinhos. Nele, eu caminho contigo e tu comigo. É Vontade do nosso Pai que o Seu Filho seja um com Ele. Assim sendo, o que vive não tem que ser um contigo?

Que essa revisão venha a ser um momento em que compartilhamos uma experiência nova para ti, embora seja velha como o tempo e mais velha ainda. Santificado seja o teu nome. A tua glória para sempre imaculada. E a tua integridade agora completa, tal como Deus a estabeleceu. Tu és o Seu Filho, completando a Sua extensão na tua própria. Praticamos apenas uma verdade antiga que conhecíamos antes que a ilusão parecesse reivindicar o mundo. E estamos lembrando ao mundo que ele está livre de todas s ilusões, a cada vez que dizemos:

Deus é só Amor e, portanto, eu também.

Com isso iniciamos cada dia da nossa revisão. Com isso iniciamos e terminamos cada período de prática. E com esse pensamento adormecemos, para despertarmos mais uma vez com estas mesmas palavras em nossos lábios para saudarmos mais um dia. Envolveremos cada idéia que revisarmos com apenas esse pensamento e as usaremos para mantê-lo em nossas mentes e claro, em nossa memória ao longo do dia. E assim, quando tivermos terminado essa revisão, teremos reconhecido que as palavras que dizemos são verdadeiras.

Entretanto, as palavras são apenas recursos para serem usados, com exceção do começo e do fim dos períodos de prática, apenas para chamar a mente de volta ao seu propósito conforme seja necessário. Colocamos a nossa fé na experiência que vem da prática e não nos meios que usamos. Esperamos pela experiência e reconhecemos que só nela está a convicção. Usamos as palavras e tentamos uma e outra vez ir além delas até o seu significado, que está muito além do seu som. O som se torna indistinto e desaparece à medida que nos aproximamos da Fonte do significado. É Aqui que achamos descanso.


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