quarta-feira, 22 de junho de 2011

Lição 167 - Livro de Exercícios UCEM


Só existe uma vida e eu a compartilho com Deus.

Não existem tipos diferentes de vida, pois a vida é como a verdade. Não tem graduação. É a única condição na qual tudo o que Deus criou compartilha. Como todos os Seus Pensamentos, a vida não tem oposto. A morte não existe, porque o que Deus criou compartilha da Sua Vida. A morte não existe, porque não existe um oposto para Deus. A morte não existe, porque o Pai e o Filho são um.

Nesse mundo, parece haver um estado que é o oposto da vida. Tu o chamas de morte. Mas aprendemos que a idéia da morte toma muitas formas. É a única idéia subjacente a todos os sentimentos que não são supremamente felizes. É o alarme ao qual respondes quando não reages com perfeita alegria. Todo pesar, toda perda, ansiedade, sofrimento e dor, até mesmo um pequeno suspiro de cansaço, um leve desconforto ou o menor olhar de reprovação estão admitindo a morte. E assim, negam que tu vives.

Pensas que a morte é do corpo. No entanto, é apenas uma idéia irrelevante ao que é visto como físico. Um pensamento está na mente. Pode então ser aplicado segundo a direção da mente. Mas, para haver mudança, é na sua origem que o pensamento tem que ser mudado. As idéias não deixam a sua fonte. A ênfase que esse curso dá a essa idéia se deve à sua centralidade nas nossas tentativas de mudar a tua mente sobre ti mesmo. É a razão pela qual podes curar. É a causa da cura. É por isso que não podes morrer. A verdade dessa idéia te estabeleceu uno com Deus.

A morte é o pensamento de que estás separado do teu Criador. É a crença segundo a qual as condições mudam, as emoções se alternam devido a causas que não podes controlar, que não fizeste e nunca podes mudar. É a crença fixa segundo a qual as idéias podem deixar a sua fonte e adquirir qualidades que a fonte não contém, tornando-se diferentes de sua própria origem, à parte dela em espécie, assim como em distância, tempo e forma.

A morte não pode vir da vida. As idéias permanecem unidas à sua fonte. Podem estender tudo o que a sua fonte contém. Nisso podem ir muito além de si mesmas. Mas não podem dar origem ao que nunca lhes foi dado. Assim como foram feitas será o que vierem a fazer. Assim, como nasceram, farão nascer. E de onde vieram, para lá retornarão.

A mente pode pensar que dorme, mas isso é tudo. Não pode mudar o que é o seu estado desperto. Não podes fazer um corpo, nem habitar no interior de um corpo. Aquilo que é alheio à mente não existe, porque não tem fonte. Pois a mente cria todas as coisas que são e não pode lhes dar atributos que lhe faltem e nem modificar o seu próprio estado mentalmente ciente e eterno. Não pode fazer o físico. O que parece morrer é apenas o sinal da mente adormecida.

O oposto da vida só pode ser uma outra forma de vida. Como tal, pode ser reconciliada com o que a criou porque, na verdade, não é um oposto. A sua forma pode mudar, pode parecer ser o que não é. Mas a mente é mente, desperta ou adormecida. Não é o seu oposto em nada que tenha sido criado e tampouco naquilo que ela parece fazer quando acredita estar dormindo.

Deus só cria a mente desperta. Ele não dorme e as Suas criações não podem compartilhar o que Ele não lhes dá, nem dar lugar a condições que Ele não compartilha com elas. O pensamento da morte não é o oposto dos pensamentos de vida. Para sempre sem qualquer tipo de oposição, os Pensamentos de Deus permanecem eternamente imutáveis, com o poder de estenderem-se por toda a eternidade imutavelmente, porém ainda dentro de si mesmos, pois estão em toda parte.

O que parece ser o oposto da vida está apenas dormindo. Quando a mente opta por ser o que não é e por assumir um poder alheio que não tem, um estado estranho no qual não pode entrar, ou uma condição falsa que não esteja dentro da Sua Fonte, ela apenas parece ir dormir um pouco. Sonha com o tempo, um intervalo em que o que parece acontecer nunca ocorreu, em que as mudanças forjadas são sem substância e em que todos os eventos não estão em parte alguma. Quando a mente desperta, apenas continua tal como sempre foi.

Hoje, sejamos as crianças da verdade e não neguemos a nossa santa herança. A nossa vida não é como imaginamos. Quem pode mudar a vida por fechar os olhos, ou fazer de si mesmo o que não é porque está dormindo, vendo em sonhos o oposto do que é? Hoje não pediremos a morte sob nenhuma forma. Tampouco deixaremos que opostos imaginários da vida habitem um só instante onde o próprio Deus estabeleceu o Pensamento da vida eterna.

Hoje, nos esforçamos para manter o lar santo de Deus tal como Ele o estabeleceu e tal como a Vontade de Deus determina que seja para todo o sempre. Ele é o Senhor do que pensamos hoje e nos Seus Pensamentos que não têm opostos, compreendemos que há uma só vida e essa compartilhamos com Ele, com toda a criação e também com seus pensamentos, aos quais Ele criou numa unidade de vida que não pode se separar na morte e deixar a Fonte de vida de onde veio.

Nós compartilhamos uma vida porque temos uma só Fonte, uma Fonte da Qual nos vem a perfeição que permanece sempre nas mentes santas que Ele criou perfeitas. Como éramos, agora somos e sempre seremos. A mente adormecida tem que despertar ao ver a sua própria perfeição espelhando tão perfeitamente o Senhor da Vida, que ela se desvanece no que lá está refletido. E agora não é mais um mero reflexo. Vem a ser aquilo que é refletido e a luz que faz com que o reflexo seja possível. Agora nenhuma visão é necessária. Pois a mente desperta é aquela que conhece a sua Fonte, o seu Ser e a sua Santidade.


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