quinta-feira, 2 de junho de 2011

O fim da injustiça


1. Nesse caso o que permanece ainda por ser desfeito para que reconheças a Presença Deles? Apenas isso: tens uma perspectiva diferenciada quando pensas que o ataque é justificado, e quando pensas que ele não é justo e não deve ser permitido. Quando o percebes como injusto, pensas que uma resposta raivosa agora é justa. E assim vês o que é o mesmo como diferente. A confusão não é limitada. Se ela ocorre, seja como for, será total. E a sua presença, em qualquer forma que seja, esconderá a Presença De­les. Eles são conhecidos com clareza ou simplesmente não são. A percepção confusa irá bloquear o conhecimento. A questão não é o tamanho da confusão ou quanto ela interfere. A sua simples presença fecha a porta à Presença Deles e Os mantém desconhecidos.


2. O que significa perceber que o ataque em certas formas é injus­to para contigo? Significa que devem existir formas nas quais pensas que ele é justo. Pois, de outro modo, como poderiam al­gumas ser avaliadas como injustas? Portanto, dás significado a algumas e essas são percebidas como razoáveis. E só algumas são vistas como sem significado. E isso nega o fato de que todas são sem sentido, igualmente sem causa ou conseqüência e não podem ter efeitos de qualquer espécie. A Presença Deles é obscu­recida por qualquer véu que se interponha entre a brilhante ino­cência Deles e a tua consciência de que essa inocência é tua e pertence igualmente a todas as coisas vivas junto contigo. Deus não limita. E o que é limitado não pode ser o Céu. Portanto, tem que ser o inferno.


3. A injustiça e o ataque são um único equívoco, tão firmemente unidos que onde um deles é percebido, o outro tem que ser visto. Não podes ser tratado de forma injusta. Se acreditas que és, isso é apenas uma outra forma da idéia segundo a qual és destituído por alguém que não é o teu próprio ser. A projeção da causa ao sacrifício está na raiz de todas as coisas que percebes como injustas para ti e não como as recompensas que te são devidas. No entanto, tu pedes isso a ti mesmo, em profunda injustiça para com o Filho de Deus. Não tens inimigos exceto tu mesmo e, de fato, és um inimigo para ele porque não o conheces como a ti mesmo. O que poderia ser mais injusto do que ele ser destituído do que ele é, que o direito de ser ele mesmo lhe seja negado e que lhe seja pedido para sacrificar o amor do seu Pai e o teu, como se não lhe fossem devidos?


4. Que estejas atento para a tentação de perceberes a ti mesmo sendo tratado injustamente. Nessa perspectiva, buscas achar uma inocência que não é Deles, mas apenas tua e ao custo da culpa de alguma outra pessoa. É possível que a inocência seja comprada se deres a tua culpa a uma outra pessoa? E é a inocência que o teu ataque a ela tenta obter? Não é a punição pelo teu próprio ataque ao Filho de Deus que buscas? Não é mais seguro acreditares que és inocente em relação a isso e estás sendo vitimado apesar da tua inocência? Qualquer que seja a forma na qual é jogado o jogo da culpa, tem que haver perda. Alguém tem que perder a própria inocência para que alguma outra pessoa possa tirá-la dele, fazen­do com que seja sua.


5. Pensas que o teu irmão é injusto para contigo porque pensas que alguém tem que ser injusto para fazer com que o outro seja inocente. E nesse jogo percebes o único propósito para todo o teu relacionamento. E isso buscas acrescentar ao propósito que foi dado a ele. O propósito do Espírito Santo é permitir que a Pre­sença dos teus Hóspedes santos seja conhecida por ti. E a esse propósito nada pode ser acrescentado, pois o mundo não tem nenhum propósito exceto esse. Acrescentar ou retirar dessa úni­ca meta não é senão retirar todo o propósito do mundo e de ti mesmo. E cada injustiça que o mundo aparentemente coloca so­bre ti, tu colocaste sobre ele tornando-o sem propósito, sem a função que o Espírito Santo vê. E a simples justiça foi assim ne­gada a todas as coisas vivas sobre a terra.


6. O que essa injustiça faz a ti, que julgas injustamente e que vês de acordo com o teu julgamento, não és capaz de calcular. O mundo torna-se obscuro e ameaçador e nenhum vestígio de todo o cintilar feliz que a salvação traz para iluminar o teu caminho tu és capaz de perceber. E assim te vês privado de luz, abandonado no escuro, largado injustamente sem nenhum propósito em um mundo fútil. O mundo é justo porque o Espírito Santo trouxe a injustiça para a luz interior e lá toda a injustiça foi sanada e substituída pela justiça e pelo amor. Se percebes injustiça em qualquer lugar, só precisas dizer:

Através disso eu nego a Presença do Pai e do Filho.
E prefiro tomar conhecimento Deles do que ver a injustiça,
que se desvanece diante da luz da Sua Presença.

Um Curso Em Milagres

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