domingo, 22 de novembro de 2009

Escolhe outra vez





1. A tentação tem uma lição a ensinar em todas as suas formas, sempre que, ocorre. Ela quer persuadir o santo Filho de Deus de que ele é um corpo, nascido no que tem que morrer, incapaz de escapar à sua fragilidade e limitado ao que o corpo ordena que ele sinta. O corpo estabelece os limites do que ele pode fazer; seu poder é a única força que ele tem; o que ele apreende não pode exceder o alcance diminuto do corpo. Quererias ser assim, se Cristo te aparecesse em toda a Sua glória pedindo-te apenas isso:

Escolhe outra vez se queres tomar o teu lugar entre
os salvadores do mundo, ou se queres permanecer
no inferno e lá manter os teus irmãos.

Pois Ele veio e Ele está pedindo isso.

2. Como fazes a escolha? Como isso é explicado facilmente! Sempre escolhes entre a tua fraqueza e a força de Cristo em ti. E o que escolhes é o que pensas que é real. Simplesmente pelo fato de nunca usares a fraqueza para dirigir as tuas ações, não deste a ela nenhum poder. E à luz de Cristo em ti é dado o controle de tudo o que fazes. Pois trouxeste a tua fraqueza a Ele e Ele te deu a Sua força em lugar dela.

3. As provações são apenas lições que falhaste em aprender, apre­sentadas mais uma vez de forma que onde antes fizeste uma es­colha faltosa agora possas fazer outra melhor e assim escapar de toda a dor que o que escolheste antes trouxe a ti. Em toda difi­culdade, toda aflição e a cada perplexidade, Cristo te chama e gentilmente diz: “Meu irmão, escolhe outra vez.” Ele não deixa­ria uma única fonte de dor sem cura, nem imagem alguma para velar a verdade. Ele quer remover toda a miséria de ti, a quem Deus criou como um altar à alegria. Ele não te deixaria sem con­solo, sozinho em sonhos do inferno, mas quer liberar a tua mente de todas as coisas que escondem a Sua face de ti. A Sua santida­de é a tua porque Ele é único Poder que é real em ti. A Sua força é a tua porque Ele é o Ser Que Deus criou como Seu único Filho.

4. As imagens que fazes não podem prevalecer contra o que o Próprio Deus quer que sejas. Portanto, nunca tenhas medo da tentação, mas a vejas como é: uma outra chance de escolher outra vez e permitir que a força de Cristo prevaleça em qualquer cir­cunstância e em qualquer lugar onde antes havias erguido uma imagem de ti mesmo. Pois o que aparenta esconder a face de Cristo é impotente diante da Sua majestade e desaparece diante da Sua vista santa. Os salvadores do mundo, que vêem como Ele, são simplesmente aqueles que escolhem a Sua força em vez de suas próprias fraquezas, vistas à parte Dele. Eles redimirão o mundo, pois estão unidos em todo o poder da Vontade de Deus. E a sua vontade é apenas aquilo que é a Vontade de Deus.

5. Portanto, aprende o hábito feliz de responder a toda tentação de perceber a ti mesmo como fraco e miserável com estas pala­vras:


Eu sou como Deus me criou. O Filho de Deus
nada pode sofrer. E eu sou Sua Filha.

Assim é a força de Cristo convidada a prevalecer substituindo todas as tuas fraquezas com a força que vem de Deus e que nunca pode falhar. E assim os milagres são tão naturais quanto o medo e a agonia pareciam ser, antes que a escolha pela santidade fosse feita. Pois nesta escolha as falsas distinções desaparecem, as alter­nativas ilusórias são postas de lado e não se deixa nada para inter­ferir com a verdade.

6. Tu és como Deus te criou e assim é cada coisa viva que contem­plas independentemente das imagens que vês. O que contemplas como doença e dor, como fraqueza, sofrimento e perda, não é se­não a tentação de perceber a ti mesmo como sendo indefeso e estando no inferno. Não cedas a isso e verás toda a dor, sob qualquer forma e onde quer que ocorra, simplesmente desaparecer como a névoa diante do sol. Um milagre veio para curar o Filho de Deus e fechar a porta aos seus sonhos de fraqueza, abrindo o caminho para a sua salvação e liberação. Escolhe outra vez o que queres que ele seja, lembrando-te de que cada escolha que fazes estabelece a tua própria identidade assim como tu a verás e acreditarás que é.

7. Não me negues a pequena dádiva que peço, quando, em troca, eu coloco aos teus pés a paz de Deus e o poder de trazer essa paz a cada um que vaga no mundo incerto, solitário e com medo constante. Pois te é dado unir-te a ele e através do Cristo em ti retirar o véu que lhe cobre os olhos e permitir que ele olhe para o Cristo em si mesmo.

8. Meus irmãos na salvação, não deixem de ouvir a minha voz e de escutar as minhas palavras. Eu nada peço senão a tua própria liberação. Não existe lugar para o inferno dentro de um mundo cuja beleza pode ainda ser tão intensa e tão abrangente que ape­nas um passo o separa do Céu. Aos teus olhos cansados eu trago a visão de um mundo diferente, tão novo, tão limpo e fresco, que esquecerás a dor e a tristeza que viste antes. Entretanto, essa é uma visão que tens que compartilhar com todas as pessoas que vês, pois, de outro modo, não a contemplarás. Dar essa dádiva é a forma de fazê-la tua. E Deus determinou, em benignidade amo­rosa, que ela fosse tua.

9. Vamos ficar contentes porque podemos caminhar pelo mundo e achar tantas oportunidades de perceber outra situação onde a dádiva de Deus pode mais uma vez ser reconhecida como nossa! E assim todos os vestígios do inferno, os pecados secretos e os ódios escondidos desaparecerão. E toda a beleza que eles oculta­vam aparecerá como os gramados do Céu aos nossos olhos para erguer-nos bem acima das estradas espinhosas pelas quais viaja­mos antes que Cristo aparecesse. Ouçam-me, meus irmãos, ou­çam e unam-se a mim. Deus determinou que eu não pudesse chamar em vão e na certeza de Deus eu descanso contente. Pois vós ouvireis e escolhereis outra vez. E nesta escolha todos serão libertados.

10. Graças Te dou, Pai, por estas pessoas santas que são meus irm­ãos assim como são Teus Filhos. Minha fé neles é a Tua. Eu estou tão certo de que virão a mim assim como Tu estás certo do que eles são e serão para sempre. Eles aceitarão a dádiva que eu lhes ofereço porque Tu a deste a mim em nome deles. Se assim como eu não quero senão fazer a Tua santa Vontade, assim eles escolherão. E eu dou graças por eles. A canção da salvação ecoa­rá através do mundo com cada escolha que fizerem. Pois nós somos um em propósito e o fim do inferno está próximo.

11. Em alegres boas-vindas minha mão está estendida a todo ir­mão que queira unir-se a mim para alcançar o que está além da tentação, olhando com fixa determinação na direção da luz que brilha além em perfeita constância. Dá-me os que são meus, pois eles pertencem a Ti. E é possível que Tu falhes naquilo que não é senão a Tua Vontade? Eu Te dou graças pelo que são os meus irmãos. E à medida em que cada um elege unir-se a mim, a can­ção de agradecimento da terra para o Céu cresce e os diminutos fios dispersos de melodia vêm a ser um único coro que abrange todo um mundo redimido do inferno, que dá graças a Ti.

12. E agora nós dizemos “Amém.” Pois Cristo veio para habitar na morada que Tu estabeleceste para Ele antes do início dos tem­pos, na calma eternidade. A jornada se encerra, terminando no lugar em que começou. Nenhum traço permanece. A fé não é dada a nenhuma ilusão e nada que venha das trevas ainda per­manece para esconder a face de Cristo de quem quer que seja. A Tua Vontade está feita, completa e perfeitamente, e toda a criação reconhece a Ti e conhece a Ti como a única Fonte que tem. Clara à Tua semelhança, a Luz brilha a partir de todas as coisas que vivem e se movem em Ti. Pois nós alcançamos o lugar onde todos nós somos um e estamos em casa, onde Tu queres que este­jamos.

Um Curso Em Milagres

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