terça-feira, 29 de setembro de 2009

A mudança interior


1. São os pensamentos, então, perigosos? Para os corpos, sim! Os pensamentos que parecem matar são aqueles que ensinam ao pensador que ele pode ser morto. E assim ele ‘morre’ devido ao que aprendeu. Ele vai da vida para a morte, a prova final de que deu mais valor ao inconstante do que à constância. Com certeza, ele pensou que queria a felicidade. Contudo, não a desejava por­que a felicidade era a verdade e, portanto, tem que ser constante.

2. A constância da alegria é uma condição bastante alheia à tua compreensão. Entretanto, se apenas pudesses imaginar o que ela não pode deixar de ser, tu a desejarias mesmo sem compreendê-la. A constância da felicidade não tem exceções, não muda de forma alguma. É inabalável como o Amor de Deus pela Sua cria­ção. Segura em sua visão assim como o seu Criador no que Ela conhece, a felicidade olha para todas as coisas e vê que são a mesma. Ela não vê o efêmero, pois deseja que todas as coisas sejam como ela própria e as vê assim. Nada tem o poder do confundir sua constância, porque o seu próprio desejo não pode ser abalado. Ela vem com toda certeza àqueles que vêem que a questão final é necessária para o resto, assim como a paz não pode deixar de vir àqueles que escolhem curar e não julgar.

3. A razão te dirá que não podes pedir felicidade de maneira in­constante. Pois se recebes o que desejas e se a felicidade é cons­tante, então só precisas pedir felicidade uma única vez para tê-la sempre. E se não a tens sempre, sendo ela o que é, não a pediste. Pois ninguém falha em pedir o que deseja a qualquer coisa que ele acredite que possa oferecer alguma promessa de poder dar-lhe o que quer. Ele pode estar errado quanto ao que pede, aonde e a quê. Entretanto, ele pedirá porque o desejo é uma solicitação, um pedido feito por alguém a quem o próprio Deus jamais falhará em responder. Deus já deu tudo o que ele realmente quer. Contudo, aquilo do qual ele está incerto, Deus não pode dar. Pois ele não o deseja enquanto permanece incerto e a dádiva de Deus não pode deixar de ser incompleta a menos que seja recebida.

4. Tu, que completas a Vontade de Deus e és a Sua felicidade, cuja vontade é tão poderosa quanto a Sua, com um poder que não se perde nas tuas ilusões, pensa com cuidado na razão pela qual ainda não decidiste como responderás à última questão. A tua resposta às outras te possibilitou uma ajuda para que já sejas par­cialmente são. E, no entanto, é a questão final que, na realidade, pergunta se estás disposto a ser totalmente são.

5. O que é o instante santo senão o apelo de Deus para que reco­nheças o que Ele te deu? Aqui está o grande apelo à razão, a consciência do que está sempre presente para ser visto, a felicida­de que poderia ser sempre tua. Aqui está a paz constante que poderias experimentar para sempre. Aqui o que a negação ne­gou te é revelado. Pois aqui, a questão final já está respondida e o que pedes já foi dado. Aqui está o futuro agora, pois o tempo é impotente devido ao teu desejo por algo que nunca vai mudar. Isso é assim pois pediste que nada se interponha entre a santida­de do teu relacionamento e a tua consciência dessa santidade.

Um Curso em Milagres

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