segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Parte II - Introdução


Agora as palavras significarão pouco. Nós as usamos apenas como guias dos quais já não dependemos. Pois agora buscamos unicamente a experiência direta com a verdade. As lições que restam são meras introduções para os momentos em que deixaremos o mundo da dor e entraremos na paz. Agora começamos a alcançar a meta que esse curso estabeleceu e a encontrar o fim para o qual a nossa prática sempre esteve dirigida.

Agora procuramos deixar que o exercício seja apenas um começo. Pois esperamos em serena expectativa pelo nosso Deus e Pai. Ele prometeu que Ele próprio daria o ultimo passo. E temos certeza de que as Suas promessas são cumpridas. Já percorremos uma grande parte da estrada e agora esperamos por Ele. Continuaremos a passar algum tempo com Ele de manhã e à noite, tanto quanto nos fizer felizes. Agora não consideraremos o tempo uma questão de duração. Nós usaremos o tempo de que precisarmos para o resultado que desejamos. Tampouco nos esqueceremos de pensar Nele a cada hora do dia, chamando a Deus quando precisarmos Dele nos momentos em que nos sentirmos tentados a esquecer a nossa meta.

Nos próximos dias continuaremos com um pensamento central e usaremos esse pensamento para dar início aos nossos momentos de descanso e para acalmar as nossas mentes quando necessário. Mas não nos contentaremos só com a simples prática nos instantes santos que restam para concluir o ano que demos a Deus. Diremos algumas palavras simples de dar boas-vindas e esperaremos que o nosso Pai Se revele, conforme prometeu. Nós O chamamos e Ele prometeu que o Seu Filho não ficaria sem resposta quando invocasse o Seu Nome.

Agora, vamos a Ele só com o Seu Verbo em nossas mentes e nossos corações e esperamos que Ele dê o passo em nossa direção que, através da Sua própria Voz, Ele disse que não deixaria de dar quando O convidássemos a fazê-lo. Ele não deixou o Seu Filho em toda a sua loucura, nem traiu a Sua confiança Nele. A Sua fidelidade não Lhe valeu o convite que Ele busca para nos fazer felizes? Nós faremos o convite e esse será aceito. E assim, agora, o nosso tempo será passado com Ele. Pronunciamos as palavras do convite que a Sua Voz sugere e esperamos que Ele venha a nós.

Agora, o momento da profecia é cumprido. Agora todas as antigas promessas são mantidas e plenamente cumpridas. Não há mais nenhum passo que o tempo separe da sua realização. Pois agora não podemos falhar. Senta-te silenciosamente e espera o teu Pai. Ele quer vir a ti quando tiveres reconhecido que essa é a tua vontade. E nunca poderias ter chegado até aqui se não tivesses visto, mesmo indistintamente, que essa é a tua vontade.

Estou tão perto de ti que não podemos fracassar. Pai, nós Te oferecemos estes momentos santos em gratidão Àquele Que nos ensinou como deixar o mundo da tristeza em troca do seu substituto, que nos é dado por Ti. Já não olhamos para trás agora. Olhamos para frente, com os nossos olhos fixos no fim da jornada. Aceita estas nossas pequenas dádivas de gratidão, pois pela visão de Cristo contemplamos um mundo além daquele que fizemos e aceitamos esse mundo para substituir inteiramente o nosso.

E agora aguardamos em silêncio, sem medo e certos da Tua Vinda. Buscamos encontrar o nosso caminho seguindo o Guia que nos enviaste. Não sabíamos o caminho, mas Tu não nos esqueceste. E sabemos que não nos esquecerás agora. Pedimos apenas que as Tuas antigas promessas sejam cumpridas, como é Tua Vontade cumpri-las. Ao pedirmos isso, a nossa vontade é a Tua. O Pai e o Filho, Cuja santa Vontade criou tudo o que existe, em nada podem fracassar. Com essa certeza, empreendemos estes últimos passos em Tua direção e descansamos confiantes no Teu Amor, que não fracassará junto ao Filho que Te invoca.

E assim damos inicio à última parte deste ano santo que passamos juntos em busca da verdade e de Deus, Que é o único Criador da verdade. Achamos o caminho que Ele escolheu para nós e escolhemos segui-lo como Ele queria que fizéssemos. A Sua Mão nos amparou. Os Seus Pensamentos iluminaram a escuridão das nossas mentes. O Seu Amor chamou por nós incessantemente desde o início dos tempos.

Desejamos que Deus fracassasse em ter o Filho que Ele criou para Si Mesmo. Quisemos que Deus Se modificasse e que Se transformasse no que queríamos fazer Dele. E acreditamos que os nossos loucos desejos fossem a verdade. Estamos felizes, agora, por tudo isso ter-se desfeito e já não pensamos que as ilusões sejam verdadeiras. A memória de Deus desponta nos vastos horizontes de nossas mentes. Mais um momento e ela surgirá outra vez. Mais um momento e nós, os Filhos de Deus, estaremos a salvo em casa, onde Ele quer que estejamos.

Agora, a necessidade da prática está quase no fim. Pois nesta parte final, passaremos a compreender que precisamos apenas chamar a Deus e todas as tentações desaparecerão. Ao invés de palavras basta sentirmos o Seu Amor. Ao invés de orações, basta invocarmos o Seu Nome. Ao invés de julgar, basta nos aquietarmos e deixarmos que todas as coisas sejam curadas. Aceitaremos o modo como o plano de Deus chegará ao fim, assim como recebemos o modo como começou. Agora ele está completo. Esse ano nos trouxe à eternidade.

Conservaremos ainda uma utilidade para as palavras. De vez em quando, instruções sobre um tema de especial pertinência introduzir-se-ão nas nossas lições diárias e nos períodos sem palavras de profunda experiência que se seguirão. Estes pensamentos especiais devem ser revisados a cada dia e cada um deve continuar até que te sejam dados os pensamentos seguintes. Deves lê-los com vagar e refletir sobre eles por algum tempo antes de um dos abençoados instante santos do dia. Damos a primeira destas instruções agora.

Livro de Exercícios UCEM


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