domingo, 17 de agosto de 2008

A nova irtepretação

1. Iria Deus deixar o significado do mundo à tua interpretação? Se Ele o tivesse feito, o mundo não teria significado. Pois não é possível que o significado mude constantemente e ainda assim seja verdadeiro. O Espírito Santo contempla o mundo como se ele tivesse um único propósito, imutavelmente estabelecido. E nenhuma situação pode afetar o objetivo do mundo mas, ao contrário, tem que estar de acordo com ele. Pois só se o seu objetivo pudesse mudar com cada situação é que cada uma poderia estar aberta à interpretação, que é diferente a cada vez que pensas nela. Acrescentas um elemento ao roteiro que escreves a cada minuto do dia, e tudo o que acontece agora significa alguma outra coisa. Tiras um outro elemento e todo significado se altera de acordo com isso.

2. O que refletem os teus roteiros, exceto os teus planos para o que deveria ser o dia? E assim julgas o desastre e o sucesso, o avanço e o retrocesso, o ganho e a perda. Esses julgamentos são todos feitos de acordo com os papéis que o roteiro atribui. O fato de que eles não têm significado em si mesmos é demonstrado pela facilidade com que esses rótulos mudam em função de outros julgamentos, feitos com base em diferentes aspectos da experiência. E assim, ao olhares para trás, pensas que vês um outro significado naquilo que antes se passou. O que é que realmente fizeste, ex-ceto mostrar que ali não havia nenhum significado? Mas tu atribuis significado à luz de metas que mudam, e os significados se alteram à medida que elas mudam.

3. Só um propósito constante é capaz de dotar os eventos com um significado estável. Mas ele tem que dar um só significado a todos eles. Se significados diferentes lhes são dados, isso necessariamente significa que apenas refletem propósitos diferentes. E esse é todo o significado que têm. Isso pode ser significativo? É possível que a significação do significado seja confusão? A percepção não pode estar em um fluxo constante e permitir estabilidade de significado aonde quer que esteja. O medo é um julgamento que nunca é justificado. A sua presença não tem significado além de mostrar que escreveste um roteiro amedrontador e estás, conseqüentemente, com medo. Mas não porque o que temes tenha um significado amedrontador em si mesmo.

4. Um propósito comum é o único meio pelo qual a percepção pode ser estabilizada e uma só interpretação dada ao mundo e a todas as experiências aqui. Nesse propósito compartilhado, um só julgamento é compartilhado por todas as pessoas e coisas que vês. Tu não tens que julgar, pois aprendeste que foi dado um só significado a todas as coisas e estás contente de vê-lo em toda a parte. Ele não pode mudar porque tu o perceberias em toda a parte, imutável pelas circunstâncias. E assim o ofereces a todos os eventos e permites que eles te ofereçam estabilidade.

5. Escapar do julgamento está simplesmente nisso: todas as coisas têm apenas um propósito, que tu compartilhas com todo o mundo. E nada no mundo pode se opor a ele, pois ele pertence a tudo, assim como pertence a ti. No propósito único está o fim de todas as idéias de sacrifício, que têm que assumir um propósito diferente para aquele que ganha e para aquele que perde. Não poderia haver nenhum pensamento de sacrifício à parte dessa idéia. E é a idéia de metas diferentes que faz com que a percepção se altere e o significado mude. Em uma meta unificada isso vem a ser impossível, pois o teu acordo faz a interpretação se estabilizar e durar.

6. Como pode a comunicação realmente ser estabelecida enquanto os símbolos que são usados significam coisas diferentes? A meta do Espírito Santo dá uma única interpretação significativa para ti e para o teu irmão. Assim, podes te comunicar com ele e ele contigo. Em símbolos que ambos podem compreender, o sacrifício do significado é desfeito. Todo sacrifício acarreta a perda da tua capacidade de ver as relações entre os eventos. E quando se olha para eles separadamente, eles não têm significado. Pois não existe nenhuma luz pela qual possam ser vistos e compreendidos. Eles não têm propósito. E aquilo para que servem não pode ser visto. Em qualquer pensamento de perda não há significado. Ninguém concordou contigo quanto ao que ele significa. Ele faz parte de um roteiro distorcido, que não pode ser interpretado significativamente. Tem que ser para sempre ininteligível. Isso não é comunicação. Os teus sonhos escuros são apenas os roteiros isolados e sem sentido que escreveste no sono. Não olhes para sonhos separados em busca de significado. Só sonhos que perdoam podem ser compartilhados. Eles significam o mesmo para ti e para o teu irmão.

7. Não interpretes em função da solidão, pois o que vês nada significa. Aquilo que representa vai se alterar e tu vais acreditar que o mundo é um lugar incerto, no qual caminhas no perigo e na incerteza. São apenas as tuas interpretações, às quais falta estabilidade, pois elas não estão alinhadas com o que tu realmente és. Esse é um estado tão inseguro, aparentemente, que o medo tem que surgir. Não continues assim, meu irmão. Nós temos um Intérprete. E através do Seu uso dos símbolos, nós nos unimos de tal modo que significam a mesma coisa para todos nós. Nossa linguagem comum permite que nós falemos com todos os nossos irmãos e que compreendamos com eles que o perdão foi dado a todos nós, e assim podemos nos comunicar outra vez.

Um Curso Em Milagres


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